Esses são os resultados que mais chamam a atenção no
capítulo da pesquisa Datafolha que apurou atributos positivos e negativos dos
dois postulantes à prefeitura.
As conclusões ajudam a explicar, em parte, a liderança de
Haddad no levantamento de intenções de voto. Ele tem 49% contra 34% do tucano.
Para investigar os atributos dos candidatos, o Datafolha
listou 11 características positivas e quatro negativas e pediu que cada eleitor
associasse Haddad ou Serra a cada atributo. Foram feitas 2.084 entrevistas, o
que resulta numa margem de erro de dois pontos.
No grupo de 11 predicados positivos, o jogo é equilibrado.
Haddad vence Serra em cinco, mas perde nos outros quatro. Além de ser visto com
o mais inovador e o que mais defenderá os pobres, ganha como o mais preparado
para cuidar da educação, do transporte e do trânsito.
Já Serra vence de Haddad quando o eleitor é convidado a
apontar o mais inteligente, o mais realizador, o mais preparado para cuidar da
saúde. Além de ser visto como o mais preparado em geral.
O jogo desequilibra no instante em que o eleitor é chamado a
associar os concorrentes a características negativas. Nessa seção, Serra
"vence" Haddad nas quatro questões apresentadas. Além de autoritário
e pró-rico, é visto como o mais indeciso e o que mais faz promessas que não
poderá cumprir.
A percepção de que Serra é o mais autoritário e o que mais
defenderá os ricos se vencer é forte mesmo entre os seus próprios eleitores.
No grupo dos que declaram voto em Serra, 63% dizem que o
tucano é o mais autoritário, enquanto Haddad fica com 19%. Nesse mesmo
universo, 34% dizem que Serra é o que mais defenderá os ricos contra 20% de
Haddad.
No recorte de classe, a pesquisa mostra que quanto maior a
renda do eleitor, mais ele duvida que algum candidato defenderá os ricos.
No grupo dos que vivem em famílias com mais de R$ 6.220 de
renda, 22% dizem que nenhum candidatos defenderá os ricos. Mas mesmo nesse
universo, a maioria (53%) também acha que Serra é o maior defensor dos
abastados.
RICARDO MENDONÇA, FOLHA DE SÃO PAULO
Haddad foi genial. Quando percebeu que a rede pública de SP era uma das melhores do Brasil e com pouca vagas no ensino superior público, pensou rápido: por que gente não gasta alguns bilhões para levar esses fazer curso superior em públicas de outros estados quando muito que ingressam nessas são um bando de inqualificáveis?
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