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Professores da UFPA param por 24h

Depois da greve dos servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal do Pará (UFPA) que já se arrasta há 80 dias, agora são os professores da instituição que resolveram protestar. Ontem, dois dias após o reinício das aulas, foi realizada uma paralisação de 24h em todos os onze campus da UFPA.
O ato teve objetivo de pedir valorização da educação pública no Brasil, além de repercutir a manifestação da Jornada Nacional de Lutas dos Movimentos Sociais. “A paralisação é um alerta ao governo federal para uma possível greve dos docentes federais. O governo se recusa a discutir plataforma salarial conosco”, afirma Isabel Florentina, diretora adjunta da Associação de Docentes da UFPA (Adufpa).
Entre as pautas colocadas pelos manifestantes estão aumento salarial, incorporação de gratificações, aumento do investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), melhoria das condições de trabalho e contratação de pessoal nas universidades federais.

SALÁRIO
Segundo a Adufpa, desde 2008 o salário dos professores não é reajustado. O governo federal propôs uma correção de 4%, para acontecer apenas em março de 2012. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) se reunirá hoje com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em Brasília, para uma nova tentativa de negociação.
O posicionamento dos professores da UFPA sobre a possibilidade de greve será definido na próxima assembleia da categoria, que acontecerá na terça-feira, dia 30, às 9h, no Auditório Setorial Profissional da UFPA.
O que se observou entre os alunos do campus Guamá da UFPA foi um misto de confusão e frustração. Lorena Lopes, aluna de administração, se preparava para voltar para casa depois do cancelamento das aulas que teria na manhã de ontem. “Eu não sabia que ia ter paralisação. O restante da turma foi avisada por e-mail. Como não chequei o meu, perdi a viagem vindo aqui”.
Entretanto, nas turmas de biologia, física e oceanografia, as aulas correram como programado. “Os cursos de exatas e biológica têm uma tradição de não aderir ao movimento de greve. Dependemos do andamento de nossas pesquisas”, explica Edmir Amanajás, aluno do curso de oceanografia.
“Paralisação? Que paralisação?”, indaga em tom de ironia Alexandre Casseb, professor da Faculdade de Oceanografia. “Eu prefiro evitar prejudicar alunos. Não tenho visto ninguém reclamar do Instituto de Geociências, sobre laboratórios, uso de salas”.
Em decorrência da greve dos servidores técnicos-administrativos, alguns serviços da UFPA estão cancelados como as visitas à Biblioteca Central do campus Guamá. Alunos reportaram que o Restaurante Universitário (RU) ficou parado por uma semana no começo da greve dos servidores. Segundo a assessoria de comunicação da UFPA, nenhum serviço dos hospitais universitários (Bettina Ferro e João de Barros Barreto) foram afetados, em cumprimento da determinação judicial que prevê a manutenção de 30% do serviço durante greve.
A UFPA também informou que a adesão dos professores da UFPA ao ato é uma decisão pessoal, assegurada pela legislação trabalhista.
(Diário do Pará)


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