Otan rebate críticas contra ataques na Líbia

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Depois de dois ataques aéreos em uma semana contra alvos próximos a Muamar Kadafi, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estava hoje na defensiva contra acusações de que estaria infringindo seu mandato ao tentar matar o líder da Líbia. A Rússia disse que o bombardeio à casa do filho mais novo de Kadafi levanta "sérias dúvidas" sobre as declarações da Otan de que não tem como alvo Kadafi ou seus parentes.
"O uso desproporcional da força está levando a consequências desfavoráveis e à morte de civis inocentes", alertou o Ministério de Relações Exteriores da Rússia. A lei internacional não proíbe explicitamente ataques contra comandantes militares em tempos de guerra, mas a determinação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizando a ação da Otan encarrega as forças aliadas de estabelecer uma zona de restrição aérea e de proteger civis dos ataques.
Rússia, China e Brasil, que são membros do Conselho de Segurança alertaram que as tentativas de mudar o regime ou eliminar seus membros seriam uma violação do mandato concedido à Otan.
Representantes e líderes das forças aliadas negaram enfaticamente que estivessem perseguindo Kadafi com o objetivo de romper o impasse na guerra entre as forças de governo melhor treinadas e os rebeldes fracamente armados. A Otan disse que o anúncio do governo líbio de que esse filho mais novo e três netos de Kadafi foram mortos por um ataque aéreo hoje continua sem confirmação.
"Todos os alvos da Otan são militares por natureza e estavam claramente ligados aos ataques sistemáticos do regime de Kadafi contra a população líbia. Não visamos civis", disse o general canadense Charles Bouchard, que comanda as operações da Otan na Líbia. Ele afirmou que o ataque era parte da estratégia da Organização de desestabilizar e destruir "o comando e o controle dessas forças que têm perseguido civis".
O diretor do Instituto Royal United Services, especializado em ações militares, Michael Clarke, destacou que os aviões da Otan mudaram seu foco nas últimas duas semanas, concentrando-se mais em centros de comunicação e militares do governo do que no apoio aos rebeldes nas linhas de frente.
O objetivo imediato dessa mudança de estratégia parece ser o de prejudicar a capacidade de Kadafi de dirigir unidades que cercam o enclave de Misrata ou a costa mediterrânea, onde forças pró-regime têm sofrido uma série de revezes, disse Clarke. Outro objetivo pode ser aumentar a pressão psicológica sobre Kadafi e pessoas próximas ao ditador, ao mostrar que "a guerra está se aproximando deles", acrescentou o especialista. As informações são da Associated Press.


Agência Estado-SP


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