Folha de São Paulo, 27/08/10
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Eliane Cantanhêde: SALVE-SE QUEM PUDER
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“A onda Dilma vira tsunami e, depois de chegar à praia presidencial, tende a se espalhar pela estadual. Quanto mais a onda Dilma atrai os eleitores (não só os indecisos, mas até os de Serra e de Marina), mais gera pânico na oposição nos Estados. Os candidatos tentam salvar a própria pele, e histórias da correria do PPS e do próprio PSDB rumo a areias menos movediças surgem por todo canto. O DEM, coitado, não tem para onde correr”,
Folha de São Paulo, 27/08/10
Folha de São Paulo, 27/08/10
Lula: "Dilma, você tem uma sorte desgramada!"
ARTesquerda
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"Dilma, você tem uma sorte desgramada! Vai ganhar a primeira eleição para presidente que disputou. Eu perdi muita eleição até conseguir meu primeiro mandato. Eu chegava em casa, e a Marisa dizia: “Chega, ô meu! Vai fazer outra coisa, meu filho!”
Lula, esbanjando confiança.
Fonte: O Globo, 27/08/10.
Lula, esbanjando confiança.
Fonte: O Globo, 27/08/10.
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Ex-menina de rua de SP estuda Medicina em Cuba
ARTesquerda
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Graças a alguns “papa-hóstias”, como costumo chamar meus amigos da igreja, fiquei sabendo da história dela durante um agradável almoço na Feijoada da Lana, na Vila Madalena, a melhor da cidade. Repórter vive disso: tem que andar por aí, conversar com todo mundo para descobrir as novidades, ficar sabendo de personagens cuja vida vale a pena ser contada.
É este o caso da jovem Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, ex-menina de rua de São Paulo, nascida em Ribeirão Pires, que deu a volta por cima e hoje está no terceiro ano de Medicina. Detalhe: ela estuda no Instituto Superior de Ciências Médicas de La Habana, em Cuba, onde estão matriculados outros 275 brasileiros.
Gisele veio passar as férias no Brasil e, na próxima semana, volta a Cuba. Como ela foi parar lá? Ninguém melhor do que a própria Gisele, que escreve muito bem, para nos contar como é a vida lá e como foi esta sua incrível travessia das ruas de São Paulo até cursar uma faculdade de Medicina em outro país.
A meu pedido, Gisele enviou seu depoimento nesta sexta-feira e eu pedi autorização para poder reproduzí-lo aqui no Balaio. Tenho certeza de que esta comovente história com final feliz pode servir de estímulo e inspiração a outros jovens que vivem em dificuldades.
Ricardo Kotscho
Olá!!!
Autorizo o senhor a publicar essa história. Caso deseje, pode corrigir os erros. Mas, por favor, sem sensacionalismo. Tente seguir mais o menos o texto abaixo. Desculpa por escrever isso, mas eu já tive problemas.
Gosto do seu blog, vou tentar acessar nele em Cuba.
Abraços
Gisele Antunes
***
Só mais uma brasileira
Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.
Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.
Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.
Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.
Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.
Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.
A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.
As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.
Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.
Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.
Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.
Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.
Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?
Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.
Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.
A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.
Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.
Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.
Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.
Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.
Gisele Antunes Rodrigues
Ser culto é o único modo de ser livre (José Martí
É este o caso da jovem Gisele Antunes Rodrigues, de 23 anos, ex-menina de rua de São Paulo, nascida em Ribeirão Pires, que deu a volta por cima e hoje está no terceiro ano de Medicina. Detalhe: ela estuda no Instituto Superior de Ciências Médicas de La Habana, em Cuba, onde estão matriculados outros 275 brasileiros.
Gisele veio passar as férias no Brasil e, na próxima semana, volta a Cuba. Como ela foi parar lá? Ninguém melhor do que a própria Gisele, que escreve muito bem, para nos contar como é a vida lá e como foi esta sua incrível travessia das ruas de São Paulo até cursar uma faculdade de Medicina em outro país.
A meu pedido, Gisele enviou seu depoimento nesta sexta-feira e eu pedi autorização para poder reproduzí-lo aqui no Balaio. Tenho certeza de que esta comovente história com final feliz pode servir de estímulo e inspiração a outros jovens que vivem em dificuldades.
Ricardo Kotscho
Olá!!!
Autorizo o senhor a publicar essa história. Caso deseje, pode corrigir os erros. Mas, por favor, sem sensacionalismo. Tente seguir mais o menos o texto abaixo. Desculpa por escrever isso, mas eu já tive problemas.
Gosto do seu blog, vou tentar acessar nele em Cuba.
Abraços
Gisele Antunes
***
Só mais uma brasileira
Saí de casa com 9 anos de idade porque minha mãe espancava eu e meu irmão. Não tínhamos comida, o básico para sobreviver. Meu pai nunca foi presente. É um alcoólatra que só vi duas vezes na vida. Minha mãe é uma mulher honesta, mas que não conseguia educar seus filhos. Já foi constatado que ela tem problemas mentais.
Ela trabalhava como cigana na Praça da República. Quando eu fugi de casa segui esse caminho, e encontrei uma grande quantidade de meninos e meninas de rua. Apresentei-me a um deles, este me ensinou como chegar em um albergue para jovens, e a partir desse momento passei a ser menina de rua. Só comparecia nessa instituição para comer, tomar banho e ter um pouco de infância (brincar). No meu quinto dia na rua, comecei a cheirar cola e depois maconha.
Alguns educadores preocupados com a minha situação tentavam me orientar, mas de nada valia. Foi quando me apresentaram a uma religiosa, a irmã Ana Maria, que me encaminhou para um abrigo, o Sol e Vida. Passei uns três anos lá e deixei de usar dogras. Esta instituição não era financiada pelo governo. Quando foi fechada, me encaminharam a outros abrigos da prefeitura, entre eles o Instituto Dom Bosco, do Bom Retiro. E assim foi, até os 17 anos.
Para alguém que usa droga, não era fácil seguir regras. Foi por muita persistência e um ótimo trabalho de vários educadores que eu consegui deixar a drogas, sair da desnutrição e recuperar a saúde após anemia grave.
Na infância, era rebelde, não queria aceitar a minha situação. Apenas queria ter uma família. Mas havia algo que eu valorizava _ a escola e os cursos que eu fazia na adolescência. Aos 14 anos de idade, comecei a jogar futebol, tive a minha primeira remuneração. Aos 16 anos, entrei em uma empresa, a Ericsson, que capacitava jovens dos abrigos para o mercado de trabalho. Essa empresa financiou meu curso de auxiliar de enfermagem e o inicio do técnico. O último não foi possível concluir.
Explico: existe uma lei nas instituições públicas segunda a qual o jovem a partir dos 17 anos e 11 meses não é mais sustentado pelo governo, tem que se manter sozinho. Como eu não tinha contato com a minha família, quando se aproximou a data de completar essa idade, entrei em desespero.
A sorte foi que a entidade, o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, criou um projeto denominado Aquece Horizonte. Este projeto é uma república para jovens que, ao sair do abrigo, podem ficar lá até os 21 anos. Os coordenadores e patrocinadores acompanham o desenvolvimento do jovem neste período de amadurecimento.
As regras mais básicas da república são: trabalhar, estudar e querer vencer na vida. No segundo ano de república, eu desejava entrar na universidade, mas sabia que não tinha condições de pagar a faculdade de enfermagem ou conseguir passar na universidade pública.
Optei então por fazer a faculdade de pedagogia. É uma área que me encanta, e a única que podia pagar. No primeiro semestre da faculdade de pedagogia, um educador do abrigo, o Ivandro, me chamou pra uma conversa e me informou sobre um processo seletivo para estudar medicina em Cuba. Fiquei contente e aceitei participar da seleção.
Passei pelo processo seletivo no consulado cubano e estou desde 2007 em Cuba. Dou inicio ao terceiro ano de medicina no dia 06 de setembro de 2010. São 7 anos no país, sendo 6 de medicina e um de pré-médico.
Ir a Cuba foi minha maior conquista. Além de aprender sobre a medicina, aprendo sobre a vida, a importância dos valores. Antes de ir, sempre lia reportagens negativas sobre o país, mas quando cheguei lá, não foi isso que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico pra sobreviver.
Li em muitas revistas que o Fidel Castro é um ditador, e descobri em Cuba, que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é o país da miséria. Mas de que tipo de miséria eles falam? Interpreto como miséria o que passei na infância. Em casa, não tinha água encanada, luz, comida.
Recordo que tinha dias em que eu, meu irmão e minha mãe não conseguíamos nos levantar da cama devido a fraqueza por falta de alimento. Tomávamos água doce pra esquecer a fome. Então, quando abro uma revista publicada no Brasil e nela está escrito que Cuba é um país miserável, eu me pergunto: se em Cuba, onde todos têm os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?
Temos um país com riqueza imensa, que conquistou o 8º lugar no ranking dos países mais ricos, mas sua riqueza se concentra nas mãos de poucos, com uns 60 % da população vivendo em uma miséria verdadeira, pior que a miséria da minha infância.
Cuba sofre um embargo econômico imposto pelos estados Unidos por ser um país socialista e é criticado por outros governos. No entanto, consegue dar bolsa para mais de 15 mil estrangeiros de vários países, se destaca na área da saúde (gratuita), educação (colegial, médio, técnico e superior gratuito para todos) e esporte (2º lugar no quadro de medalhas, na historia dos Jogos Panamericanos), é livre de analfabetismo.
A cada mil nascidos vivos morrem menos de 4. Vivenciando tudo isso, eu queria também que o Brasil fosse miserável como Cuba, como é escrito em varias revistas. Acho que o brasileiro estaria melhor e não seria tão comum encontrar tantos jovens sem educação, matando, roubando e se drogando nas ruas.
Vou passar mais quatro anos em Cuba e não quero deixar o curso por nada. Desejo concluir a faculdade e ajudar esse povo carente que sonha com melhoras na área da saúde, quero ajudar outros jovens a realizar os seus sonhos , como me ajudaram. Também pretendo apoiar meu irmão, que deseja estudar direito.
Tenho meu irmão como exemplo de superação. Saiu de casa com 13 anos de idade, mas não foi para uma instituição governamental. Morou em um cômodo que seu patrão lhe ofereceu. Enquanto eu estudava e fazia cursos, ele estava trabalhando para ter o pão de cada dia. Hoje, ele é um homem com 25 anos de idade, casado e tem uma filha linda, e mesmo assim encontra tempo pra me apoiar e me dar conselhos.
Foi muito bom visitar o Brasil. Depois de longos 13 anos tive um tipo de comunicação com a minha mãe. Isso pra mim é uma vitoria. Quero estar próxima dela quando voltar.
Conto um pouco da minha história, mas sei que muitos brasileiros ultrapassaram barreiras piores, até realizarem seus sonhos. Peço ao povo brasileiro que continue lutando. É período de eleições, peço também que todos votem com consciência, escolha a pessoa adequada pra administrar o nosso país tão injusto.
Gisele Antunes Rodrigues
Ser culto é o único modo de ser livre (José Martí
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PARTICIPE - Plebisicito pelo Limite da Propriedade de Terra no país
ARTesquerda
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O povo brasileiro contra o latifúndio no Brasil, de 1 a 7 de setembro
O Brasil é o segundo país no mundo que mais concentra terras, perde apenas para o Paraguai. Essa realidade pode começar a mudar com um limite determinado por lei às propriedades rurais. Vote no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra
COMO PARTICIPAR:
As urnas serão colocadas em comitês regionais, sindicatos, comunidades religiosas, entre outros locais. Também serão coletadas assinaturas por meio de um abaixo-assinado na internet.
A divulgação deve ser feita ainda nas redes sociais na internet e nos comitês regionais distribuídos pelos estados.
O voto
Para votar, o participante preenche uma cédula em que opina se é favorável ou não a se estabelecer limite máximo ao tamanho das propriedades rurais.
Após o plebiscito, está previsto o envio de proposta de emenda constitucional junto das assinaturas para o Congresso.
Abaixo-Assinado Destinatário Congresso Nacional
Assine o abaixo-assinado e envie por e-mail através do Site da Campanha Nacional
http://www.limitedaterra.org.br/
O Brasil é o segundo país no mundo que mais concentra terras, perde apenas para o Paraguai. Essa realidade pode começar a mudar com um limite determinado por lei às propriedades rurais. Vote no Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra
COMO PARTICIPAR:
As urnas serão colocadas em comitês regionais, sindicatos, comunidades religiosas, entre outros locais. Também serão coletadas assinaturas por meio de um abaixo-assinado na internet.
A divulgação deve ser feita ainda nas redes sociais na internet e nos comitês regionais distribuídos pelos estados.
O voto
Para votar, o participante preenche uma cédula em que opina se é favorável ou não a se estabelecer limite máximo ao tamanho das propriedades rurais.
Após o plebiscito, está previsto o envio de proposta de emenda constitucional junto das assinaturas para o Congresso.
Abaixo-Assinado Destinatário Congresso Nacional
Assine o abaixo-assinado e envie por e-mail através do Site da Campanha Nacional
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Limite do tamanho da propriedade rural no Brasil pode reduzir a desigualdade no campo.
ARTesquerda
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O geógrafo Paulo Alentejano, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), conta nesta entrevista como o limite do tamanho da propriedade rural no Brasil pode reduzir a desigualdade no campo. Ao contrário do que os opositores da medida fazem parecer, ele explica por que a proposta não é radical e como outros países já limitaram o tamanho das fazendas, inclusive implementando reformas agrárias. Segundo o pesquisador, nenhum projeto de reforma agrária foi colocado em prática em toda a história do Brasil.
Leia a Paulo Alentejo no site:
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35866
A entrevista é de Raquel Júnia e foi publicada pelo sítio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz, 30-08-2010.
Leia a Paulo Alentejo no site:
http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=35866
A entrevista é de Raquel Júnia e foi publicada pelo sítio da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Fiocruz, 30-08-2010.
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Limite das fazendas em até 3 mil campos de futebol assentaria grande parte da população sem terra no país
ARTesquerda
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Raquel Junia
Adital, 30.08.10
http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=50546
Hoje, no Brasil, mais de 15 mil propriedades rurais possuem mais de dois mil e quinhentos hectares, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2006, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo censo mostra que apenas 1% dos imóveis rurais tem área acima de mil hectares, mas ocupam 44% das terras do país. É para tornar esta realidade menos desigual que o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) está organizando um plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra no Brasil. Pela proposta do FNRA, as fazendas podem ter no máximo 35 módulos fiscais, que em estados como Amazonas, Mato Grosso, Acre e Roraima significa 3.500 hectares, ou seja, cerca de 3.500 campos de futebol. O plebiscito será realizado de 1º a 7 de setembro em todas as regiões do país.
O Fórum propõe que as terras excedentes para além dos 35 módulos fiscais sejam destinadas à reforma agrária. De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), fazendas com mais de 15 módulos fiscais já são consideradas grandes propriedades. “Com o limite em 35 módulos fiscais, o tamanho da propriedade variará de 175 hectares, próximo aos grandes centros, o que é muito, até 3.500 hectares em áreas mais distantes, como a Amazônia. Não estamos propondo acabar com a grande propriedade, já que esta é acima de 15 módulos fiscais, estamos apenas acabando com as gigantescas. Então, trata-se de reduzir a desigualdade e não acabar com ela”, explica o geógrafo Paulo Alentejano, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e membro da coordenação do plebiscito no Rio de Janeiro.
Terra para todo mundo
Como o módulo fiscal varia de acordo com o município, o limite da propriedade, com a aprovação do plebiscito, também será variável. A estimativa é de que 200 milhões de hectares excedentes poderiam ser destinados para a reforma agrária. Atualmente, não existe um dado exato sobre o número de famílias que demandam viver e trabalhar no campo, entretanto, de acordo com os dados do último Censo Agropecuário (2006), há 4 milhões de famílias camponesas sem-terra trabalhando na zona rural como assalariados, arrendatários e parceiros. Outros balanços dão conta de 200 mil famílias sem-terra acampadas à espera dos assentamentos. “Se você agregar a isso milhões de famílias que foram expulsas do campo e vivem precariamente nas cidades — porque algumas delas podem ter interesse em voltar para a terra —, isso poderia chegar a dez milhões de famílias. E de fato esta medida de limitar as propriedades poderia resolver tranquilamente esta demanda”, diz Paulo Alentejano.
De acordo com o Incra, a média nacional de tamanho dos lotes nos assentamentos da reforma agrária tem sido de 34 hectares, variando de acordo com a região. Com a concretização da proposta do plebiscito, os 200 milhões de hectares excedentes seriam suficientes para assentar a provável demanda de dez milhões de famílias em lotes de até 20 hectares, tamanho que está dentro do módulo fiscal mínimo em vários estados do país. Um módulo fiscal é o tamanho considerado pelo Incra com o mínimo necessário para que uma família possa tirar o seu sustento, nenhum lote destinado a assentamento pode ter menos de um módulo fiscal.
Segundo o FNRA, em outros países a propriedade rural já foi limitada de forma mais radical do que a que está sendo proposta para o Brasil. No Japão, por exemplo, o limite é de 12 hectares; na Coréia do Sul, de apenas três hectares; na Índia, de 21,9 hectares. Na América Latina, os limites no Peru, El Salvador e Nicarágua são de 150 hectares, 500 hectares e 700 hectares, respectivamente. Todas as medidas são menores do que os 3.500 hectares que algumas propriedades poderão continuar tendo no Brasil, mesmo após a limitação em 35 módulos fiscais.
Concentração histórica
A história da concentração de terras no Brasil começou ainda nos tempos de Colônia com a divisão do país em Sesmarias. “Distribuiu-se o controle da terra para poucos amigos do rei, que passaram a ter o direito de explorar a terra, mas também a responsabilidade sobre o controle político do território. É um sistema que articula economia e política, a exploração da terra via exploração do trabalho escravo cada vez mais e também o controle político sobre o território para que outras potências estrangeiras não viessem se apoderar disso”, explica Paulo.
Ele lembra que em 1850 foi promulgada a Lei de Terras, medida que mantém as propriedades nas mãos de poucos e alija grande parte da população do acesso à terra à medida que as propriedades passam a ser vendidas para aqueles que podem pagar. “Mantém-se o monopólio da terra e a concentração dela após a Lei de Terras e ao longo de toda a história do século XX. Agora, no século XXI, as sucessivas tentativas de realizar a reforma agrária no Brasil foram barradas pelo poder político do latifúndio”, observa.
O professor aponta que, a partir da década de 1970, com a modernização da agricultura, ainda mais camponeses foram expulsos do campo e a concentração de terras foi se tornando cada vez maior. Paulo avalia que o latifúndio no país foi tomando feições diferentes ao longo do tempo e que hoje é administrado por grandes empresas capitalistas, muitas vezes, transnacionais, e que combinam modernas técnicas de produção com práticas arcaicas, como o trabalho escravo. “São interesses extremamente poderosos que existem hoje contra qualquer tipo de reforma agrária. E por que isso? Porque mesmo o agronegócio dito altamente produtivo necessita permanentemente de terras novas para sua expansão. Até porque ele desgasta profundamente o solo, e desgastando o solo, precisa de novas terras para se expandir. Caso não haja estoque de terras improdutivas, o agronegócio não tem para onde avançar, e não tem como se recompor, por isso há uma necessidade destes setores, mesmo os ditos mais desenvolvidos da agricultura brasileira, de manterem estoques de terras paradas e situações arcaicas de produção”, analisa.
Menos concentração e mais saúde
Para além da proposta de definição do tamanho máximo de uma propriedade rural, os movimentos sociais reunidos no FNRA também propõe um novo modelo para a produção agrícola, baseado na agroecologia, sem utilização de agrotóxicos e relações de trabalho e do homem com a natureza diferenciadas. " A crítica a esse modelo agrário dominante se rebate na defesa de um outro modelo que embasaria a proposta de reforma agrária, com base na democratização das condições de vida no campo e na rejeição destas características que estão postas com este modelo - violência, superexploração do trabalho e devastação ambiental", define Paulo.
Neste sentido, a proposta do limite da propriedade associada a esta forma diferenciada de trabalho agricola pode possibilitar uma condição de vida mais saudável. Paulo destaca que ao evitar o uso de insumos químicos e se concentrar no uso de insumos orgânicos, a agroecologia deixaria de impactar tanto o solo, a àgua, os trabalhadores e os alimentos como tem feito o agronegócio. "A relação que se mantem com o ambiente é uma relação que busca não impor a lógica produtiva dada a priori às condições ambientais e sim adaptar a produção às condições dadas pelo ambiente, então, é outra relação dada entre sociedade e natureza e homem e natureza que tenta se estabelecer a partir da agroecologia de forma que não se produz tantas transformações sobre o meio ambiente e consequentemente o ambiente também não gera reações sobre as pessoas".
O pesquisador explica ainda que não está em jogo na produção agroecológica a superexploração do trabalho em busca do lucro, mas a qualidade da vida dos próprios trabalhadores que estão no campo.
Participação popular
Para a economista do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), Sandra Quintela, o plebiscito é uma oportunidade para se exercer a democracia participativa e pressionar para que situações injustas como a concentração de terras no país sejam mudadas. “O plebiscito é um instrumento para questionarmos a democracia representativa, porque ela virou sinônimo de democracia, como se fosse a única forma de a maioria da população entender o que é democracia. Mas democracia não é apenas passar um cheque em branco para uma pessoa que vai legislar ou governar em seu nome: temos que criar mecanismos de participação direta da população sobre assuntos de grande relevância, como é o caso do uso da terra. Este deveria ser de fato um instrumento mais corriqueiro na forma de tomar decisões no Brasil”, avalia.
Sandra lembra que este é o 4º plebiscito realizado no país. O primeiro foi sobre a dívida externa brasileira, em seguida foi realizado o plebiscito sobre a adesão do Brasil à Alca e, posteriormente, sobre a reestatização da companhia Vale. Ela conta que em todos os plebiscitos houve grande participação popular. “Além dos militantes, muita gente que não é de partidos, sindicatos e movimentos sociais, também se envolve na organização do plebiscito porque de fato entende a importância do tema e se encanta com o próprio método de trabalhar, de forma descentralizada, que tem muito mais a ver com um mutirão mesmo de diálogo com a população. Na realidade, é um instrumento pedagógico”, diz.
O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo está incentivando a criação de comitês pelo limite da propriedade da terra em todo país. Em todos os estados deve haver votação. Após a data de realização do plebiscito, os votos serão contabilizados nos estados e depois enviados à Brasília. O plebiscito não tem caráter deliberativo mas a ideia é que dê subsídios para a proposta de realização de um plebiscito oficial. Junto, está sendo organizado um abaixo-assinado a partir do qual se pretende criar um projeto de lei sobre o assunto. Sandra chama atenção para os resultados dos plebiscitos anteriores. “Nós conseguimos barrar a Alca e, no caso brasileiro, conseguimos barrar também a implantação de uma base militar dos Estados Unidos em nosso território. E isso é muito importante. No caso do plebiscito da dívida, conseguimos, dez anos depois, que o Congresso Nacional fizesse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a dívida, e hoje o Ministério Público Federal está estudando os resultados da CPI. Neste ano realizamos o encontro nacional dos atingidos pela Vale também como desdobramento do plebiscito da Vale. Por isso é muito importante que todos participem”, convida.
Adital, 30.08.10
http://www.adital.org.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=50546
Hoje, no Brasil, mais de 15 mil propriedades rurais possuem mais de dois mil e quinhentos hectares, de acordo com os dados do Censo Agropecuário de 2006, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo censo mostra que apenas 1% dos imóveis rurais tem área acima de mil hectares, mas ocupam 44% das terras do país. É para tornar esta realidade menos desigual que o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) está organizando um plebiscito popular pelo limite da propriedade da terra no Brasil. Pela proposta do FNRA, as fazendas podem ter no máximo 35 módulos fiscais, que em estados como Amazonas, Mato Grosso, Acre e Roraima significa 3.500 hectares, ou seja, cerca de 3.500 campos de futebol. O plebiscito será realizado de 1º a 7 de setembro em todas as regiões do país.
O Fórum propõe que as terras excedentes para além dos 35 módulos fiscais sejam destinadas à reforma agrária. De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), fazendas com mais de 15 módulos fiscais já são consideradas grandes propriedades. “Com o limite em 35 módulos fiscais, o tamanho da propriedade variará de 175 hectares, próximo aos grandes centros, o que é muito, até 3.500 hectares em áreas mais distantes, como a Amazônia. Não estamos propondo acabar com a grande propriedade, já que esta é acima de 15 módulos fiscais, estamos apenas acabando com as gigantescas. Então, trata-se de reduzir a desigualdade e não acabar com ela”, explica o geógrafo Paulo Alentejano, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e membro da coordenação do plebiscito no Rio de Janeiro.
Terra para todo mundo
Como o módulo fiscal varia de acordo com o município, o limite da propriedade, com a aprovação do plebiscito, também será variável. A estimativa é de que 200 milhões de hectares excedentes poderiam ser destinados para a reforma agrária. Atualmente, não existe um dado exato sobre o número de famílias que demandam viver e trabalhar no campo, entretanto, de acordo com os dados do último Censo Agropecuário (2006), há 4 milhões de famílias camponesas sem-terra trabalhando na zona rural como assalariados, arrendatários e parceiros. Outros balanços dão conta de 200 mil famílias sem-terra acampadas à espera dos assentamentos. “Se você agregar a isso milhões de famílias que foram expulsas do campo e vivem precariamente nas cidades — porque algumas delas podem ter interesse em voltar para a terra —, isso poderia chegar a dez milhões de famílias. E de fato esta medida de limitar as propriedades poderia resolver tranquilamente esta demanda”, diz Paulo Alentejano.
De acordo com o Incra, a média nacional de tamanho dos lotes nos assentamentos da reforma agrária tem sido de 34 hectares, variando de acordo com a região. Com a concretização da proposta do plebiscito, os 200 milhões de hectares excedentes seriam suficientes para assentar a provável demanda de dez milhões de famílias em lotes de até 20 hectares, tamanho que está dentro do módulo fiscal mínimo em vários estados do país. Um módulo fiscal é o tamanho considerado pelo Incra com o mínimo necessário para que uma família possa tirar o seu sustento, nenhum lote destinado a assentamento pode ter menos de um módulo fiscal.
Segundo o FNRA, em outros países a propriedade rural já foi limitada de forma mais radical do que a que está sendo proposta para o Brasil. No Japão, por exemplo, o limite é de 12 hectares; na Coréia do Sul, de apenas três hectares; na Índia, de 21,9 hectares. Na América Latina, os limites no Peru, El Salvador e Nicarágua são de 150 hectares, 500 hectares e 700 hectares, respectivamente. Todas as medidas são menores do que os 3.500 hectares que algumas propriedades poderão continuar tendo no Brasil, mesmo após a limitação em 35 módulos fiscais.
Concentração histórica
A história da concentração de terras no Brasil começou ainda nos tempos de Colônia com a divisão do país em Sesmarias. “Distribuiu-se o controle da terra para poucos amigos do rei, que passaram a ter o direito de explorar a terra, mas também a responsabilidade sobre o controle político do território. É um sistema que articula economia e política, a exploração da terra via exploração do trabalho escravo cada vez mais e também o controle político sobre o território para que outras potências estrangeiras não viessem se apoderar disso”, explica Paulo.
Ele lembra que em 1850 foi promulgada a Lei de Terras, medida que mantém as propriedades nas mãos de poucos e alija grande parte da população do acesso à terra à medida que as propriedades passam a ser vendidas para aqueles que podem pagar. “Mantém-se o monopólio da terra e a concentração dela após a Lei de Terras e ao longo de toda a história do século XX. Agora, no século XXI, as sucessivas tentativas de realizar a reforma agrária no Brasil foram barradas pelo poder político do latifúndio”, observa.
O professor aponta que, a partir da década de 1970, com a modernização da agricultura, ainda mais camponeses foram expulsos do campo e a concentração de terras foi se tornando cada vez maior. Paulo avalia que o latifúndio no país foi tomando feições diferentes ao longo do tempo e que hoje é administrado por grandes empresas capitalistas, muitas vezes, transnacionais, e que combinam modernas técnicas de produção com práticas arcaicas, como o trabalho escravo. “São interesses extremamente poderosos que existem hoje contra qualquer tipo de reforma agrária. E por que isso? Porque mesmo o agronegócio dito altamente produtivo necessita permanentemente de terras novas para sua expansão. Até porque ele desgasta profundamente o solo, e desgastando o solo, precisa de novas terras para se expandir. Caso não haja estoque de terras improdutivas, o agronegócio não tem para onde avançar, e não tem como se recompor, por isso há uma necessidade destes setores, mesmo os ditos mais desenvolvidos da agricultura brasileira, de manterem estoques de terras paradas e situações arcaicas de produção”, analisa.
Menos concentração e mais saúde
Para além da proposta de definição do tamanho máximo de uma propriedade rural, os movimentos sociais reunidos no FNRA também propõe um novo modelo para a produção agrícola, baseado na agroecologia, sem utilização de agrotóxicos e relações de trabalho e do homem com a natureza diferenciadas. " A crítica a esse modelo agrário dominante se rebate na defesa de um outro modelo que embasaria a proposta de reforma agrária, com base na democratização das condições de vida no campo e na rejeição destas características que estão postas com este modelo - violência, superexploração do trabalho e devastação ambiental", define Paulo.
Neste sentido, a proposta do limite da propriedade associada a esta forma diferenciada de trabalho agricola pode possibilitar uma condição de vida mais saudável. Paulo destaca que ao evitar o uso de insumos químicos e se concentrar no uso de insumos orgânicos, a agroecologia deixaria de impactar tanto o solo, a àgua, os trabalhadores e os alimentos como tem feito o agronegócio. "A relação que se mantem com o ambiente é uma relação que busca não impor a lógica produtiva dada a priori às condições ambientais e sim adaptar a produção às condições dadas pelo ambiente, então, é outra relação dada entre sociedade e natureza e homem e natureza que tenta se estabelecer a partir da agroecologia de forma que não se produz tantas transformações sobre o meio ambiente e consequentemente o ambiente também não gera reações sobre as pessoas".
O pesquisador explica ainda que não está em jogo na produção agroecológica a superexploração do trabalho em busca do lucro, mas a qualidade da vida dos próprios trabalhadores que estão no campo.
Participação popular
Para a economista do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), Sandra Quintela, o plebiscito é uma oportunidade para se exercer a democracia participativa e pressionar para que situações injustas como a concentração de terras no país sejam mudadas. “O plebiscito é um instrumento para questionarmos a democracia representativa, porque ela virou sinônimo de democracia, como se fosse a única forma de a maioria da população entender o que é democracia. Mas democracia não é apenas passar um cheque em branco para uma pessoa que vai legislar ou governar em seu nome: temos que criar mecanismos de participação direta da população sobre assuntos de grande relevância, como é o caso do uso da terra. Este deveria ser de fato um instrumento mais corriqueiro na forma de tomar decisões no Brasil”, avalia.
Sandra lembra que este é o 4º plebiscito realizado no país. O primeiro foi sobre a dívida externa brasileira, em seguida foi realizado o plebiscito sobre a adesão do Brasil à Alca e, posteriormente, sobre a reestatização da companhia Vale. Ela conta que em todos os plebiscitos houve grande participação popular. “Além dos militantes, muita gente que não é de partidos, sindicatos e movimentos sociais, também se envolve na organização do plebiscito porque de fato entende a importância do tema e se encanta com o próprio método de trabalhar, de forma descentralizada, que tem muito mais a ver com um mutirão mesmo de diálogo com a população. Na realidade, é um instrumento pedagógico”, diz.
O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo está incentivando a criação de comitês pelo limite da propriedade da terra em todo país. Em todos os estados deve haver votação. Após a data de realização do plebiscito, os votos serão contabilizados nos estados e depois enviados à Brasília. O plebiscito não tem caráter deliberativo mas a ideia é que dê subsídios para a proposta de realização de um plebiscito oficial. Junto, está sendo organizado um abaixo-assinado a partir do qual se pretende criar um projeto de lei sobre o assunto. Sandra chama atenção para os resultados dos plebiscitos anteriores. “Nós conseguimos barrar a Alca e, no caso brasileiro, conseguimos barrar também a implantação de uma base militar dos Estados Unidos em nosso território. E isso é muito importante. No caso do plebiscito da dívida, conseguimos, dez anos depois, que o Congresso Nacional fizesse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a dívida, e hoje o Ministério Público Federal está estudando os resultados da CPI. Neste ano realizamos o encontro nacional dos atingidos pela Vale também como desdobramento do plebiscito da Vale. Por isso é muito importante que todos participem”, convida.
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Já saiu o Página 13 Eletrônico de Agosto
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Consulte o jornal da Articulação de Esquerda (Nacional)
http://pagina13.org.br/?p=3868
Todas as pesquisas eleitorais indicam que Dilma Roussef lidera a disputa presidencial, podendo vencer no primeiro turno. Apesar disso, ou por isto mesmo, a orientação do PT é evitar o salto alto, o já ganhou. E aproveitar o ambiente favorável para fortalecer nosso desempenho nas campanhas para governo de estado, Senado, Câmara e Assembléias Legislativas.
Esta edição eletrônica de Página 13 traz textos sobre a conjuntura nacional (pp 2 a 6), programáticos (pp 7 a 9), sobre comunicação (p. 10), campanha nos estados (pp 11 a 13) e internacional (pp 14 e 15). A próxima edição, que circulará em setembro, trará a lista de candidatos a deputado federal e estadual apoiados pela Articulação de Esquerda.
http://pagina13.org.br/?p=3868
Todas as pesquisas eleitorais indicam que Dilma Roussef lidera a disputa presidencial, podendo vencer no primeiro turno. Apesar disso, ou por isto mesmo, a orientação do PT é evitar o salto alto, o já ganhou. E aproveitar o ambiente favorável para fortalecer nosso desempenho nas campanhas para governo de estado, Senado, Câmara e Assembléias Legislativas.
Esta edição eletrônica de Página 13 traz textos sobre a conjuntura nacional (pp 2 a 6), programáticos (pp 7 a 9), sobre comunicação (p. 10), campanha nos estados (pp 11 a 13) e internacional (pp 14 e 15). A próxima edição, que circulará em setembro, trará a lista de candidatos a deputado federal e estadual apoiados pela Articulação de Esquerda.
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Parauapebas - Eleições 2010
ARTesquerda
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http://blogdowanterlor.blogspot.com/
As campanhas da governadora Ana Julia e Paulo Rocha ainda não acelerou aqui no pebinha.
Governador e Senador:
Dentro das hostes petistas e governista o que se tem visto é muito corpo mole e freio de mão puxado.
-Falta de motivação. Dizem os aliados
Os cartazes e adesivos estão amontoados nos comitês.
Os principais caciques da DS estão escondendo a candidata e de reboque a campanha do deputado Paulo Rocha ao senado.
Todos os esforços estão concentrados na campanha para deputado estadual.
As campanhas da governadora Ana Julia e Paulo Rocha ainda não acelerou aqui no pebinha.
Governador e Senador:
Dentro das hostes petistas e governista o que se tem visto é muito corpo mole e freio de mão puxado.
-Falta de motivação. Dizem os aliados
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Frente Popular Acelera Pará: Os erros da pesquisa Ibope, segundo a coligação de Ana Júlia
ARTesquerda
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A Frente Popular Acelera Pará está recorrendo novamente à Justiça, nesta segunda-feira, dia 30, com ação cautelar, contra a divulgação da pesquisa do Ibope, apresentada pelo Grupo Liberal, antes mesmo da publicação de despacho judicial que libera a medida.
Há falhas na pesquisa que indicam que os resultados da pesquisa podem estar absolutamente errados.
O coordenador da campanha, André Farias, consultou vários especialistas e avaliou que, além do histórico de erros do Ibope em vários estados brasileiros, inclusive no Pará, no caso da pesquisa divulgada as falhas são evidentes no próprio registro do levantamento, que demonstra desconsiderar, por exemplo, as áreas rurais do estado, entre outros problemas.
Embora considere que pesquisas são retratos apenas imediatos e que a campanha de Ana Júlia só tenha ganhado corpo, ele frisa que a divulgação da pesquisa pode induzir o eleitor a erros de avaliação acerca da real situação eleitoral no Pará.
“Pelas avaliações técnicas que recebemos, há fortes indícios de um desvio da mostra de 812 eleitores ouvidos pelo Ibope. Aparentemente, a pesquisa se concentrou na Região Metropolitana de Belém, desrespeitou proporcionalidades em algumas cidades e praticamente excluiu a área rural do estado, onde Ana Júlia tem desempenho maior”, disse André Farias, frisando ainda que o Pará é um estado de geografia diferenciada.
Além disso, Farias lembra vários casos de erros do Ibope. “Em 2006, faltando menos de duas semanas para as eleições, o Ibope informou que o governador Jacques Wagner (PT), da Bahia, não entraria nem no segundo turno. E em seguida ele venceu no primeiro turno”, disse.
Outro erro do Ibope no Pará foi mais recente, nas eleições de 2008 para prefeito de Belém. ”O Ibope, a duas semanas das eleições, informou aos eleitores que Valéria Pires Franco liderava, com 25% , seguida de Duciomar Costa, com 23%. Duciomar venceu com 35% dos votos, seguido de José Priante, com 19%. Logo, a margem de erro do Ibope, de 2% saltou para 12%”, lembra.
Outro caso no Pará ocorreu nas eleições para o governo, em 2006. Segundo o Ibope, Ana Júlia tinha 30% contra 41% de Almir Gabriel. Ana Júlia foi para o segundo turno com 37%, embora a margem de erro fosse de 3% e não de 7%. “Assim, são muitos erros que, agora, nesta pesquisa, o Ibope provavelmente repete, como demonstram os próprios argumentos técnicos que levamos à Justiça”, disse Farias.
Outro caso que Farias frisa, diz respeito ao erro do Ibope contra o PT admitido pelo próprio presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, na edição 2.129 da Revista Isto´é. Diz a revista: “Há exatamente um ano, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faria o sucessor, apesar da alta popularidade. Na ocasião, o responsável por um dos mais tradicionais institutos de pesquisas do País assegurava que o presidente não conseguiria transferir seu prestígio pessoal para um “poste”, como tratava a ex-ministra Dilma Rousseff. Agora, a um mês das eleições e respaldado por números apresentados em pesquisas diárias, Montenegro faz um mea-culpa. “Errei e peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana”, afirmou. “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff.” , diz a revista citada pelo coordenador da campanha.
Para entender o caso na Justiça:O juiz federal Osmani dos Santos concedeu liminar, na sexta-feira, 27, impedindo a divulgação da pesquisa eleitoral do Ibope, encomendada pela TV Liberal.
O pedido foi impetrado pela Frente Popular Acelera Pará, que alegou violação à lei eleitoral no registro da pesquisa.
Argumentos Iniciais:
1) Não foi juntado ao processo de registro eleitoral os municípios em que aconteceu a pesquisa;
2) Não foi juntado o questionário da pesquisa;
3) Não ficou claro o período em que ocorreu o levantamento de dados, pois constava no pedido o período de “23/08 a 28/03”.
Na noite do último domingo, 29, às 19h30, o juiz reviu a decisão, após o Ibope apresentar as informações dos municípios; informar que o questionário padrão consta no site do TRE (portanto, não haveria a obrigação de juntá-lo ao pedido de registro); e esclarecer que o período da pesquisa foi de 23/08 a 28/08.
A pesquisa foi divulgada no jornal O Liberal e programa Bom Dia Pará da TV Liberal, nesta segunda-feira, 30.
A Frente Acelera Pará recorre da decisão nesta segunda, alegando o seguinte:
1) A decisão do juiz ainda não havia sido publicada (na Justiça Eleitoral), o que só ocorreu às 10 horas da manhã de segunda (na noite em que a decisão foi dada, o tribunal estava fechado) quando a pesquisa foi divulgada;
2) Não foi obedecido o prazo de 5 dias de antecedência para prestar as citadas informações à Justiça. Portanto, a pesquisa só poderia ser divulgada na quarta-feira, 1º de setembro;
3) Quanto aos municípios informados, o número de pessoas entrevistadas não obedece à proporcionalidade de eleitores. Por exemplo, Em Pau D´Arco, que tem menos de 6 mil eleitores, foi entrevistado o mesmo número de pessoas que em Castanhal, que tem mais de 100 mil eleitores.
4) O questionário não foi juntado.
5) Permanece ainda a dúvida sobre o prazo em que a pesquisa aconteceu: o período informado ao juiz 23 a 28/08, não confere com o período informado na edição do Jornal O Liberal, desta segunda, que informa 24 a 26/08. 6.
Outro argumento é que, na hipótese de a pesquisa ter sido concluída no sábado, 28/08, não haveria tempo suficiente de se processar os dados e tabular a pesquisa na mesma data em que ela seria divulgada, especialmente considerando que o fechamento do jornal impresso acontece ao meio-dia de sábado.
A Assessoria Jurídica afirma, então, que as ilegalidades permanecem. O objetivo da ação é determinar que nenhum veículo de comunicação divulgue novamente a pesquisa, bem como nenhum partido, candidato ou coligação divulgue no horário eleitoral, sob pena de multa.
Há falhas na pesquisa que indicam que os resultados da pesquisa podem estar absolutamente errados.
O coordenador da campanha, André Farias, consultou vários especialistas e avaliou que, além do histórico de erros do Ibope em vários estados brasileiros, inclusive no Pará, no caso da pesquisa divulgada as falhas são evidentes no próprio registro do levantamento, que demonstra desconsiderar, por exemplo, as áreas rurais do estado, entre outros problemas.
Embora considere que pesquisas são retratos apenas imediatos e que a campanha de Ana Júlia só tenha ganhado corpo, ele frisa que a divulgação da pesquisa pode induzir o eleitor a erros de avaliação acerca da real situação eleitoral no Pará.
“Pelas avaliações técnicas que recebemos, há fortes indícios de um desvio da mostra de 812 eleitores ouvidos pelo Ibope. Aparentemente, a pesquisa se concentrou na Região Metropolitana de Belém, desrespeitou proporcionalidades em algumas cidades e praticamente excluiu a área rural do estado, onde Ana Júlia tem desempenho maior”, disse André Farias, frisando ainda que o Pará é um estado de geografia diferenciada.
Além disso, Farias lembra vários casos de erros do Ibope. “Em 2006, faltando menos de duas semanas para as eleições, o Ibope informou que o governador Jacques Wagner (PT), da Bahia, não entraria nem no segundo turno. E em seguida ele venceu no primeiro turno”, disse.
Outro erro do Ibope no Pará foi mais recente, nas eleições de 2008 para prefeito de Belém. ”O Ibope, a duas semanas das eleições, informou aos eleitores que Valéria Pires Franco liderava, com 25% , seguida de Duciomar Costa, com 23%. Duciomar venceu com 35% dos votos, seguido de José Priante, com 19%. Logo, a margem de erro do Ibope, de 2% saltou para 12%”, lembra.
Outro caso no Pará ocorreu nas eleições para o governo, em 2006. Segundo o Ibope, Ana Júlia tinha 30% contra 41% de Almir Gabriel. Ana Júlia foi para o segundo turno com 37%, embora a margem de erro fosse de 3% e não de 7%. “Assim, são muitos erros que, agora, nesta pesquisa, o Ibope provavelmente repete, como demonstram os próprios argumentos técnicos que levamos à Justiça”, disse Farias.
Outro caso que Farias frisa, diz respeito ao erro do Ibope contra o PT admitido pelo próprio presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, na edição 2.129 da Revista Isto´é. Diz a revista: “Há exatamente um ano, o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, declarou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não faria o sucessor, apesar da alta popularidade. Na ocasião, o responsável por um dos mais tradicionais institutos de pesquisas do País assegurava que o presidente não conseguiria transferir seu prestígio pessoal para um “poste”, como tratava a ex-ministra Dilma Rousseff. Agora, a um mês das eleições e respaldado por números apresentados em pesquisas diárias, Montenegro faz um mea-culpa. “Errei e peço desculpas. Na vida, às vezes, você se engana”, afirmou. “O Brasil já tem uma presidente. É Dilma Rousseff.” , diz a revista citada pelo coordenador da campanha.
Para entender o caso na Justiça:O juiz federal Osmani dos Santos concedeu liminar, na sexta-feira, 27, impedindo a divulgação da pesquisa eleitoral do Ibope, encomendada pela TV Liberal.
O pedido foi impetrado pela Frente Popular Acelera Pará, que alegou violação à lei eleitoral no registro da pesquisa.
Argumentos Iniciais:
1) Não foi juntado ao processo de registro eleitoral os municípios em que aconteceu a pesquisa;
2) Não foi juntado o questionário da pesquisa;
3) Não ficou claro o período em que ocorreu o levantamento de dados, pois constava no pedido o período de “23/08 a 28/03”.
Na noite do último domingo, 29, às 19h30, o juiz reviu a decisão, após o Ibope apresentar as informações dos municípios; informar que o questionário padrão consta no site do TRE (portanto, não haveria a obrigação de juntá-lo ao pedido de registro); e esclarecer que o período da pesquisa foi de 23/08 a 28/08.
A pesquisa foi divulgada no jornal O Liberal e programa Bom Dia Pará da TV Liberal, nesta segunda-feira, 30.
A Frente Acelera Pará recorre da decisão nesta segunda, alegando o seguinte:
1) A decisão do juiz ainda não havia sido publicada (na Justiça Eleitoral), o que só ocorreu às 10 horas da manhã de segunda (na noite em que a decisão foi dada, o tribunal estava fechado) quando a pesquisa foi divulgada;
2) Não foi obedecido o prazo de 5 dias de antecedência para prestar as citadas informações à Justiça. Portanto, a pesquisa só poderia ser divulgada na quarta-feira, 1º de setembro;
3) Quanto aos municípios informados, o número de pessoas entrevistadas não obedece à proporcionalidade de eleitores. Por exemplo, Em Pau D´Arco, que tem menos de 6 mil eleitores, foi entrevistado o mesmo número de pessoas que em Castanhal, que tem mais de 100 mil eleitores.
4) O questionário não foi juntado.
5) Permanece ainda a dúvida sobre o prazo em que a pesquisa aconteceu: o período informado ao juiz 23 a 28/08, não confere com o período informado na edição do Jornal O Liberal, desta segunda, que informa 24 a 26/08. 6.
Outro argumento é que, na hipótese de a pesquisa ter sido concluída no sábado, 28/08, não haveria tempo suficiente de se processar os dados e tabular a pesquisa na mesma data em que ela seria divulgada, especialmente considerando que o fechamento do jornal impresso acontece ao meio-dia de sábado.
A Assessoria Jurídica afirma, então, que as ilegalidades permanecem. O objetivo da ação é determinar que nenhum veículo de comunicação divulgue novamente a pesquisa, bem como nenhum partido, candidato ou coligação divulgue no horário eleitoral, sob pena de multa.
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Leonardo Boff: Consolidar a ruptura histórica operada pelo PT
ARTesquerda
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Para mim o significado maior desta eleição é consolidar a ruptura que Lula e o PT instauraram na história política brasileira. Derrotaram as elites econômico-financeiras e seu braço ideológico a grande imprensa comercial. Notoriamente, elas sempre mantiveram o povo à margem da cidadania, feito, na dura linguagem de nosso maior historiador mulato, Capistrano de Abreu,”capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Elas estiveram montadas no poder por quase 500 anos. Organizaram o Estado de tal forma que seus privilégios ficassem sempre salvaguradados. Por isso, segundo dados do Banco Mundial, são aquelas que, proporcionalmente, mais acumulam no mundo e se contam, política e socialmente, entre as mais atrasadas e insensíveis. São vinte mil famílias que, mais ou menos, controlam 46% de toda a riqueza nacional, sendo que 1% delas possui 44% de todas as terras. Não admira que estejamos entre os paises mais desiguais do mundo, o que equivale dizer, um dos mais injustos e perversos do planeta.
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.
Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
Leonardo Boff autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes(2000).
Até a vitória de um filho da pobreza, Lula, a casa grande e a senzala constituíam os gonzos que sustentavam o mundo social das elites. A casa grande não permitia que a senzala descobrisse que a riqueza das elites fôra construida com seu trabalho superexplorado, com seu sangue e suas vidas, feitas carvão no processo produtivo. Com alianças espertas, embaralhavam diferentemente as cartas para manter sempre o mesmo jogo e, gozadores, repetiam:”façamos nós a revolução antes que o povo a faça”. E a revolução consistia em mudar um pouco para ficar tudo como antes. Destarte, abortavam a emergência de um outro sujeito histórico de poder, capaz de ocupar a cena e inaugurar um tempo moderno e menos excludente. Entretanto, contra sua vontade, irromperam redes de movimentos sociais de resistência e de autonomia. Esse poder social se canalizou em poder político até conquistar o poder de Estado.
Escândalo dos escândalos para as mentes súcubas e alinhadas aos poderes mundiais: um operário, sobrevivente da grande tribulação, representante da cultura popular, um não educado academicamente na escola dos faraós, chegar ao poder central e devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde “a coisa pública”, o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade. Na linha de Gandhi, Lula anunciou: “não vim para administrar, vim para cuidar; empresa eu administro, um povo vivo e sofrido eu cuido”. Linguagem inaudita e instauradora de um novo tempo na política brasileira. A “Fome Zero”, depois a “Bolsa Família”, o “Crédito consignado”, o “Luz para todos”, a “Minha Casa, minha Vida, a “Agricultura familiar, o “Prouni”, as “Escolas profissionais”, entre outras iniciativas sociais permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.
Mas essa derrota inflingida às elites excludentes e anti-povo, deve ser consolidada nesta eleição por uma vitória convincente para que se configure um “não retorno definitivo” e elas percam a vergonha de se sentirem povo brasileiro assim como é e não como gostariam que fosse. Terminou o longo amanhecer.
Houve três olhares sobre o Brasil. Primeiro, foi visto a partir da praia: os índios assistindo a invasão de suas terras. Segundo, foi visto a partir das caravelas: os portugueses “descobrindo/encobrindo” o Brasil. O terceiro, o Brasil ousou ver-se a si mesmo e aí começou a invenção de uma república mestiça étnica e culturalmente que hoje somos. O Brasil enfrentou ainda quatro duras invasões: a colonização que dizimou os indígenas e introduziu a escravidão; a vinda dos povos novos, os emigrantes europeus que substituirem índios e escravos; a industrialização conservadora de substituição dos anos 30 do século passado mas que criou um vigoroso mercado interno e, por fim, a globalização econômico-financeira, inserindo-nos como sócios menores.
Face a esta história tortuosa, o Brasil se mostrou resiliente, quer dizer, enfrentou estas visões e intromissões, conseguindo dar a volta por cima e aprender de suas desgraças. Agora está colhendo os frutos.
Urge derrotar aquelas forças reacionárias que se escondem atrás do candidato da oposição. Não julgo a pessoa, coisa de Deus, mas o que representa como ator social. Ceslo Furtado, nosso melhor pensador em economia, morreu deixando uma advertência, título de seu livro A construção interrompida(1993):”Trata-se de saber se temos um futuro como nação que conta no devir humano. Ou se prevalecerão as forças que se empenham em interromer o nosso processo histórico de formação de um Estado-nação”(p.35). Estas não podem prevalecer. Temos condições de completar a construção do Brasil, derrotando-as com Lula e as forças que realizarão o sonho de Celso Furtado e o nosso.
Leonardo Boff autor de Depois de 500 anos: que Brasil queremos, Vozes(2000).
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O JOGO COMEÇOU!
ARTesquerda
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Antes tarde do que nunca! Já diriam os otimistas, as eleições de fato, agora, podem ser consideradas iniciadas aqui no Pará. Afinal, além dos candidatos e seus números dispostos, parcamente, apenas em alguns pontos das principais cidades do Estado, tanto que Belém estava mais para disputa municipal que estadual dada à rarefeita propaganda e atividades oficiais de campanha até o momento, tudo era monotonia. Agora, contudo, dois ingredientes, que apesar de tradicionais nas campanhas eleitorais, fazem toda a diferença ainda faltavam, ou seja: o confronto entre os candidatos(a) e a pesquisa eleitoral.
O debate na TV (RBA de Jáder Barbalho, que apóia oficialmente Juvenil) apesar de considerado morno para alguns, demonstrou para onde e para quem as armas de cada um estão apontadas e a disposição, mesmo inicial, dos contendores para a guerra a ser disputada, ao que tudo indica, em duas batalhas.
A pesquisa eleitoral do Ibope, encomendada pelo grupo ORM, preencheu um importante vazio tanto para os eleitores quanto para os candidatos que disputam à dianteira, afinal, apesar de todos e cada um possuírem suas pesquisas de opinião desde abril e maio elas estavam confinadas nas escrivaninhas dos estrategistas aguardando a melhor hora para lançá-las. Porém, ao que parece ninguém quis se precipitar ou arriscar anunciar ao “honorável público” (o povo) o que todos sabiam. Parece campeonato por “pontos corridos“ onde vence quem erra menos e não um “mata-mata” eleitoral onde, parafraseando o filme Highlander: “só pode existir um!” vitorioso.
Até aqui não há surpresas e haverá tempo de ter alguma? Parece que não antes do 2° tempo de jogo, até lá esperamos com certa ansiedade, as condições objetivas surgirem para, enfim, colocarmos de vez o exército vermelho nas ruas e acelerarmos até a vitória, antes que seja tarde demais.
O debate na TV (RBA de Jáder Barbalho, que apóia oficialmente Juvenil) apesar de considerado morno para alguns, demonstrou para onde e para quem as armas de cada um estão apontadas e a disposição, mesmo inicial, dos contendores para a guerra a ser disputada, ao que tudo indica, em duas batalhas.
A pesquisa eleitoral do Ibope, encomendada pelo grupo ORM, preencheu um importante vazio tanto para os eleitores quanto para os candidatos que disputam à dianteira, afinal, apesar de todos e cada um possuírem suas pesquisas de opinião desde abril e maio elas estavam confinadas nas escrivaninhas dos estrategistas aguardando a melhor hora para lançá-las. Porém, ao que parece ninguém quis se precipitar ou arriscar anunciar ao “honorável público” (o povo) o que todos sabiam. Parece campeonato por “pontos corridos“ onde vence quem erra menos e não um “mata-mata” eleitoral onde, parafraseando o filme Highlander: “só pode existir um!” vitorioso.
Até aqui não há surpresas e haverá tempo de ter alguma? Parece que não antes do 2° tempo de jogo, até lá esperamos com certa ansiedade, as condições objetivas surgirem para, enfim, colocarmos de vez o exército vermelho nas ruas e acelerarmos até a vitória, antes que seja tarde demais.
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Ibope: Saem números do Pará
ARTesquerda
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Pesquisa indica que tucano Simão Jatene tem 43% de intenção de votos, contra 33% da petista Ana Júlia
O candidato Simão Jatene (PSDB) aparece na frente na corrida pelo governo do Estado, segundo a primeira pesquisa Ibope de intenção de voto no Pará, divulgada ontem. Na avaliação estimulada, o tucano aparece com 43% das intenções de voto, contra 33% da adversária Ana Júlia Carepa (PT). Em terceiro lugar está Domingos Juvenil (PMDB), com 6%. Os candidatos Fernando Carneiro (PSOL) e Cleber Rabelo (PSTU) aparecem empatados na quarta colocação, com 2% da preferência do eleitorado paraense. Os votos brancos, nulos ou indecisos somam 14%. A margem de erro máxima estimada da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Isso indica que Jatene pode ter entre 40% e 46% e Ana Júlia, entre 30% e 36%. (matéria completa aqui)
O candidato Simão Jatene (PSDB) aparece na frente na corrida pelo governo do Estado, segundo a primeira pesquisa Ibope de intenção de voto no Pará, divulgada ontem. Na avaliação estimulada, o tucano aparece com 43% das intenções de voto, contra 33% da adversária Ana Júlia Carepa (PT). Em terceiro lugar está Domingos Juvenil (PMDB), com 6%. Os candidatos Fernando Carneiro (PSOL) e Cleber Rabelo (PSTU) aparecem empatados na quarta colocação, com 2% da preferência do eleitorado paraense. Os votos brancos, nulos ou indecisos somam 14%. A margem de erro máxima estimada da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Isso indica que Jatene pode ter entre 40% e 46% e Ana Júlia, entre 30% e 36%. (matéria completa aqui)
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Ibope: Dilma sobe 8 pontos e chega a 51%; Serra cai para 27%
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"No último levantamento, os índices eram de 43% e 32%, respectivamente. A enquete anterior foi feita antes do início do horário eleitoral na TV e no rádio. A vantagem de 24 pontos, portanto, reflete os dez dias de exposição dos candidatos nos meios eletrônicos.
A candidata do PV, Marina Silva, caiu para 7%, ante os 8% averiguados na última pesquisa.
Somados, todos os adversários de Dilma tem 35% das intenções de voto, 16 pontos percentuais a menos do que ela. Se a eleição fosse hoje, a ex-ministra venceria no primeiro turno com 59% dos votos válidos.
A performance de Dilma já pode ser comparada à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2006. Na época, no primeiro turno, Lula teve 59% dos votos válidos como teto nas pesquisas." (Folha de SP, 28/08/10, click aqui para ver matéria na íntegra)
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Eu apóio o MST: Dom Pedro Casaldáliga
ARTesquerda
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Veja vídeo com depoimento de Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sobre a importância da luta do MST.
http://www.mst.org.br/eu-apoio-mst-pedro-casaldaliga
"O MST é uma força alternativa. É uma força autônoma e estritamente popular, no sentido forte da palavra. Inclusive, mais do que um movimento, eu diria que deve ser sempre um estímulo, uma cutucada, para a movimentação.
"O MST é uma força alternativa. É uma força autônoma e estritamente popular, no sentido forte da palavra. Inclusive, mais do que um movimento, eu diria que deve ser sempre um estímulo, uma cutucada, para a movimentação.
"O MST poderia desaparecer, porque já deixou uma marca que não se apaga. Eu espero que por muitos anos ainda... A não ser que se acabe com o agronegócio e com o latifúndio. Aí não vamos necessitar do MST. Enquanto o diabo estiver solto aí, necessitamos do MST...
"[A luta vai continuar] enquanto houver latifúndio, produtivo ou improdutivo, no meu entender, porque latifúndio é sempre acumulação, sempre é exclusão, sempre é prepotência”.
"[A luta vai continuar] enquanto houver latifúndio, produtivo ou improdutivo, no meu entender, porque latifúndio é sempre acumulação, sempre é exclusão, sempre é prepotência”.
Para compartilhar nas sua página, entre no canal do MST no YouTube: http://www.youtube.com/user/videosmst
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ANA JÚLIA NO DEBATE NA TV-BANDEIRANTES
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Ana Júlia apesar do bombardeio dos demais candidatos, como era esperado, se saiu bem, aproveitou para fazer prestação de contas necessária do governo e ainda conseguiu desferir importantes golpes em seu principal adversário (Jatene), com quem divide a liderança disparada nas pesquisas eleitorais. A campanha que era morna agora acelera e esquenta de vez.
Em outubro:
Dilma Presidenta - 13
Ana Júlia Governadora - 13
Paulo Rocha Senador - 131
Professor Mário Cardoso Deputado Federal - 1350
Professor Bira Rodrigues Deputado Estadual - 13.640
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A QUEM INTERESSA UM 'CASO LUNUS' VERSÃO 2010?
ARTesquerda
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Carta Maior
Globo online 27-08: "...Numa última tentativa, a ordem, ainda que não consensual na campanha tucana, foi de jogar todas as fichas no episódio da violação do sigilo fiscal... "
Por que raios o PT , a candidatura Dilma ou quem quer que seja no âmbito progressista iria bisbilhotar o sigilo fiscal da apresentadora Ana Maria Braga? A quem interessaria, de fato, enredar a campanha do PT --como acusa Serra no leito da extrema-unção eleitoral -- numa trama improvável que transforma em vítimas de um mesmo redil alguns de seus 'homens de confiança e de caixa" e a apresentadora mais popular da televisão brasileira junto ao eleitorado feminino? Recorde-se que esta fatia majoritária do universo eleitoral, antes serrista, foi progressivamente conquistada por Dilma, que empatou e agora bate o adversário na preferencia das mulheres, por larga margem, em todas as pesquisas de intenção de voto.
A própria apresentadora Ana Maria Braga já manifestou simpatia pela candidata à sucessão de Lula. Insuspeito de qualquer empatia equivalente, o comentarista da Folha, Janio de Freitas, sempre ácido contra Lula, alertava de forma quase premonitória em sua coluna de 5º feira: "...Menos pela excitação quase esportiva das pesquisas do que pelas atitudes de José Serra e do PSDB diante delas, a disputa eleitoral para a Presidência reduz-se a uma pergunta: o que dizer ainda a seu respeito? É verdade que a Polícia Federal, ao menos até agora, não entrou em cena, como fez nas últimas campanhas com insuspeitada vocação eleitoral, de feitos jamais esclarecidos dada a útil circunstância de que à própria PF coube o dever do esclarecimento.O ensaio de um ex-delegado federal não passou disso mesmo, agora, com o tal convite para abastecer de dados, sobre oposicionistas, um citado serviço de inteligência da campanha de Dilma Rousseff. Tempo há, mas seria impróprio atribuir a essa expectativa as atitudes de Serra e do PSDB diante da sua performance no skate em ladeira..." Recoloca-se assim pergunta: a quem interessa a reedição de um 'caso Lunus' versão 2010?
Em 2002, como se recorda, uma obscura ação da PF envolvendo como sempre malas de dinheiro fotogenicamente oferecidas ao Jornal Nacional e correlatos, tirou da disputa Roseane Sarney, então a principal rival de Serra na disputa pela primazia eleitoral junto aos interesses de centro-direita na sucessão de FHC. Como ironiza Janio de Freitas coube à própria raposa investigar o esquartejamento das galinhas nquele episódio. O caso nunca foi esclarecido, mas a família Sarney sedimentou uma esférica certeza: Serra deixou digitais na chacina.
(Carta Maior; 27-08)
Globo online 27-08: "...Numa última tentativa, a ordem, ainda que não consensual na campanha tucana, foi de jogar todas as fichas no episódio da violação do sigilo fiscal... "
Por que raios o PT , a candidatura Dilma ou quem quer que seja no âmbito progressista iria bisbilhotar o sigilo fiscal da apresentadora Ana Maria Braga? A quem interessaria, de fato, enredar a campanha do PT --como acusa Serra no leito da extrema-unção eleitoral -- numa trama improvável que transforma em vítimas de um mesmo redil alguns de seus 'homens de confiança e de caixa" e a apresentadora mais popular da televisão brasileira junto ao eleitorado feminino? Recorde-se que esta fatia majoritária do universo eleitoral, antes serrista, foi progressivamente conquistada por Dilma, que empatou e agora bate o adversário na preferencia das mulheres, por larga margem, em todas as pesquisas de intenção de voto.
A própria apresentadora Ana Maria Braga já manifestou simpatia pela candidata à sucessão de Lula. Insuspeito de qualquer empatia equivalente, o comentarista da Folha, Janio de Freitas, sempre ácido contra Lula, alertava de forma quase premonitória em sua coluna de 5º feira: "...Menos pela excitação quase esportiva das pesquisas do que pelas atitudes de José Serra e do PSDB diante delas, a disputa eleitoral para a Presidência reduz-se a uma pergunta: o que dizer ainda a seu respeito? É verdade que a Polícia Federal, ao menos até agora, não entrou em cena, como fez nas últimas campanhas com insuspeitada vocação eleitoral, de feitos jamais esclarecidos dada a útil circunstância de que à própria PF coube o dever do esclarecimento.O ensaio de um ex-delegado federal não passou disso mesmo, agora, com o tal convite para abastecer de dados, sobre oposicionistas, um citado serviço de inteligência da campanha de Dilma Rousseff. Tempo há, mas seria impróprio atribuir a essa expectativa as atitudes de Serra e do PSDB diante da sua performance no skate em ladeira..." Recoloca-se assim pergunta: a quem interessa a reedição de um 'caso Lunus' versão 2010?
Em 2002, como se recorda, uma obscura ação da PF envolvendo como sempre malas de dinheiro fotogenicamente oferecidas ao Jornal Nacional e correlatos, tirou da disputa Roseane Sarney, então a principal rival de Serra na disputa pela primazia eleitoral junto aos interesses de centro-direita na sucessão de FHC. Como ironiza Janio de Freitas coube à própria raposa investigar o esquartejamento das galinhas nquele episódio. O caso nunca foi esclarecido, mas a família Sarney sedimentou uma esférica certeza: Serra deixou digitais na chacina.
(Carta Maior; 27-08)
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O desdobramento das pesquisas eleitorais
ARTesquerda
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Luis Nassif
Carta Maior, 25 e agosto 2010
A frente PSDB-DEM deve sofrer um duro golpe nas eleições deste ano, prevê João Francisco Meira, diretor presidente do Vox Populi. Vai sobrar Aécio Neves, em Minas, Kátia Abreu em Tocantins, talvez Roseane Sarney (embora no PMDB) no Maranhão. Cesar Maia corre o risco de não se eleger, assim como Agripino Maia e outros caciques. A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições. Levará no mínimo oito anos para se recompor a oposição, com todos os inconvenientes que trará para o aprimoramento democrático do país. O artigo é de Luis Nassif.
A grande tragédia política dessas eleições será o fim quase completo da frente PSDB-DEM, a única que poderia oferecer uma oposição consistente ao novo governo, que será empossado em 1º de janeiro de 2011. Não existe governo, por mais virtuoso, que resista a um mandato sem oposição. E este é o risco que o Brasil corre, com os erros cometidos pela oposição nas atuais eleições. A avaliação é de João Francisco Meira, diretor-presidente do Instituto Vox Populi.
Em meados do ano passado, a partir de conversas com Meira e de reflexões próprias, parlamentares do DEM – como o ex-deputado Saulo Queiroz – alertaram para as dificuldades que haveria em uma provável candidatura José Serra. Estava claro para eles a quase impossibilidade de vitória de Serra, por um conjunto de fatores.
O alerta de nada adiantou.
Em março, durante Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), Meira alertou mais uma vez que a eleição já estava decidida para Dilma Rousseff. Tanto o Vox Populi quanto o Instituto Sensus trabalhavam com modernas técnicas de pesquisa, visando antecipar tendências do eleitorado.
A metodologia era simples. Parte relevante do eleitorado não sabia ainda que Dilma era candidata de Lula. Mas certamente saberá no dia das eleições. A técnica consistia em antecipar aos pesquisados as informações. A partir daí, se chegaria a um resultado muito mais próximo do resultado final das urnas.
No encontro, houve um forte questionamento do Instituto Datafolha, para quem pesquisas não deveriam antecipar tendência.
É uma bela discussão conceitual. O que interessa em uma pesquisa eleitoral: saber qual o resultado se a eleição fosse hoje ou tentar antecipar o resultado final da eleição? A fronteira da pesquisa de mercado é justamente antecipar tendências, explica Meira.
Nos meses seguintes, um inferno se abateu sobre os Institutos que seguiram essa nova metodologia – Sensus e Vox Populi. Foram atacados pelos jornais.
O momento mais dramático dessa história foi quando, estimulado pelas matérias da Folha, o PSDB entrou na justiça eleitoral exigindo a auditagem da pesquisa do Sensus. O Instituto amanheceu com um estatístico convocado em São Carlos, com a polícia, para garantir a vistoria, e com um repórter da Folha (empresa proprietária do Datafolha) para escandalizar o acontecimento.
Não se encontrou nenhuma irregularidade na pesquisa. Mais que isso, à medida que os dias iam passando, confirmava-se integralmente o acerto do Sensus e do Vox.
O próximo desafio de Meira será produzir um trabalho acadêmico a respeito das conseqüências do viés das pesquisas. Em um primeiro momento, aumentou a desinformação da opinião pública. Agora, há muita gente perplexa com um resultado que já era previsível desde o ano passado.
Ao comprar a ideia de que Serra era competitivo, contra toda a evidência de um ano atrás, a oposição acabou indo para o caminho que Lula queria.
Meira equipara esse episódio às grandes tragédias shakespeareanas, de desdobramentos terríveis quando se toma a decisão errada na política, na guerra e no amor. Os fatos acabam voltando no meio da sua testa, com fúria redobrada.
Caminhos alternativos
Se não se tivesse embarcado nessa armadilha das pesquisas com viés, a oposição teria tomado outro caminho. Constataria que Lula inaugurou um novo tempo na política brasileira e tentaria se adequar a esse novo cenário, pensando em um pacto progressista, que permitisse reformas estruturais do Judiciário, reforma fiscal, estrutura tributária. Não venceria as eleições, mas sairia preservada.
A queima das caravelas
Em vez disso, queimaram-se as caravelas e se chegou ao final da tragédia, com a aniquilação quase completa da estrutura DEM-PSDB. Vai sobrar Aécio Neves, em Minas, Kátia Abreu em Tocantins, talvez Roseane Sarney (embora no PMDB) no Maranhão. Cesar Maia corre o risco de não se eleger, assim como Agripino Maia e outros caciques. A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições.
O final da tragédia
Levará no mínimo oito anos para se recompor a oposição, com todos os inconvenientes que trará para o aprimoramento democrático do país. O final da tragédia será em São Paulo. Geraldo Alckmin será eleito, possivelmente com folga. Mas há grande probabilidade de Serra perder no seu próprio estado, a partir do qual se produziu a fantasia que liquidou com a oposição em todo país.
Carta Maior, 25 e agosto 2010
A frente PSDB-DEM deve sofrer um duro golpe nas eleições deste ano, prevê João Francisco Meira, diretor presidente do Vox Populi. Vai sobrar Aécio Neves, em Minas, Kátia Abreu em Tocantins, talvez Roseane Sarney (embora no PMDB) no Maranhão. Cesar Maia corre o risco de não se eleger, assim como Agripino Maia e outros caciques. A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições. Levará no mínimo oito anos para se recompor a oposição, com todos os inconvenientes que trará para o aprimoramento democrático do país. O artigo é de Luis Nassif.
A grande tragédia política dessas eleições será o fim quase completo da frente PSDB-DEM, a única que poderia oferecer uma oposição consistente ao novo governo, que será empossado em 1º de janeiro de 2011. Não existe governo, por mais virtuoso, que resista a um mandato sem oposição. E este é o risco que o Brasil corre, com os erros cometidos pela oposição nas atuais eleições. A avaliação é de João Francisco Meira, diretor-presidente do Instituto Vox Populi.
Em meados do ano passado, a partir de conversas com Meira e de reflexões próprias, parlamentares do DEM – como o ex-deputado Saulo Queiroz – alertaram para as dificuldades que haveria em uma provável candidatura José Serra. Estava claro para eles a quase impossibilidade de vitória de Serra, por um conjunto de fatores.
O alerta de nada adiantou.
Em março, durante Congresso da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP), Meira alertou mais uma vez que a eleição já estava decidida para Dilma Rousseff. Tanto o Vox Populi quanto o Instituto Sensus trabalhavam com modernas técnicas de pesquisa, visando antecipar tendências do eleitorado.
A metodologia era simples. Parte relevante do eleitorado não sabia ainda que Dilma era candidata de Lula. Mas certamente saberá no dia das eleições. A técnica consistia em antecipar aos pesquisados as informações. A partir daí, se chegaria a um resultado muito mais próximo do resultado final das urnas.
No encontro, houve um forte questionamento do Instituto Datafolha, para quem pesquisas não deveriam antecipar tendência.
É uma bela discussão conceitual. O que interessa em uma pesquisa eleitoral: saber qual o resultado se a eleição fosse hoje ou tentar antecipar o resultado final da eleição? A fronteira da pesquisa de mercado é justamente antecipar tendências, explica Meira.
Nos meses seguintes, um inferno se abateu sobre os Institutos que seguiram essa nova metodologia – Sensus e Vox Populi. Foram atacados pelos jornais.
O momento mais dramático dessa história foi quando, estimulado pelas matérias da Folha, o PSDB entrou na justiça eleitoral exigindo a auditagem da pesquisa do Sensus. O Instituto amanheceu com um estatístico convocado em São Carlos, com a polícia, para garantir a vistoria, e com um repórter da Folha (empresa proprietária do Datafolha) para escandalizar o acontecimento.
Não se encontrou nenhuma irregularidade na pesquisa. Mais que isso, à medida que os dias iam passando, confirmava-se integralmente o acerto do Sensus e do Vox.
O próximo desafio de Meira será produzir um trabalho acadêmico a respeito das conseqüências do viés das pesquisas. Em um primeiro momento, aumentou a desinformação da opinião pública. Agora, há muita gente perplexa com um resultado que já era previsível desde o ano passado.
Ao comprar a ideia de que Serra era competitivo, contra toda a evidência de um ano atrás, a oposição acabou indo para o caminho que Lula queria.
Meira equipara esse episódio às grandes tragédias shakespeareanas, de desdobramentos terríveis quando se toma a decisão errada na política, na guerra e no amor. Os fatos acabam voltando no meio da sua testa, com fúria redobrada.
Caminhos alternativos
Se não se tivesse embarcado nessa armadilha das pesquisas com viés, a oposição teria tomado outro caminho. Constataria que Lula inaugurou um novo tempo na política brasileira e tentaria se adequar a esse novo cenário, pensando em um pacto progressista, que permitisse reformas estruturais do Judiciário, reforma fiscal, estrutura tributária. Não venceria as eleições, mas sairia preservada.
A queima das caravelas
Em vez disso, queimaram-se as caravelas e se chegou ao final da tragédia, com a aniquilação quase completa da estrutura DEM-PSDB. Vai sobrar Aécio Neves, em Minas, Kátia Abreu em Tocantins, talvez Roseane Sarney (embora no PMDB) no Maranhão. Cesar Maia corre o risco de não se eleger, assim como Agripino Maia e outros caciques. A nova geração de centro-direita, esperança de um revigoramento da oposição, será arrasada nas eleições.
O final da tragédia
Levará no mínimo oito anos para se recompor a oposição, com todos os inconvenientes que trará para o aprimoramento democrático do país. O final da tragédia será em São Paulo. Geraldo Alckmin será eleito, possivelmente com folga. Mas há grande probabilidade de Serra perder no seu próprio estado, a partir do qual se produziu a fantasia que liquidou com a oposição em todo país.
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Duas trajetórias distintas
ARTesquerda
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*Emir Sader - Sociólogo e cientista político.
Nas horas mais difíceis se revela a personalidade – as forças e as fraquezas - de cada um. Os franceses puderam fazer esse teste quando foram invadidos e tinham que se decidir entre compactuar com o governo capitulacionsista de Vichy ou participar da resistência. Os italianos podiam optar entre participar da resistência clandestina ou aderir ao regime fascista. Os alemães perguntam a seus pais onde estavam no momento do nazismo.
No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.
Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.
José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.
Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.
No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.
No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.
Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.
Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.
Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela e o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que seqüestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.
Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/blogMostrar.cfm?blog_id=1&alterarHomeAtual=1
*Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição. Foi professor de Filosofia e Ciência Política da USP. Atualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de "A Vingança da História", entre outros livros.
Nas horas mais difíceis se revela a personalidade – as forças e as fraquezas - de cada um. Os franceses puderam fazer esse teste quando foram invadidos e tinham que se decidir entre compactuar com o governo capitulacionsista de Vichy ou participar da resistência. Os italianos podiam optar entre participar da resistência clandestina ou aderir ao regime fascista. Os alemães perguntam a seus pais onde estavam no momento do nazismo.
No Brasil também, na hora negra da ditadura militar, formos todos testados na nossa firmeza na decisão de lutar contra a ditadura, entre aderir ao regime surgido do golpe, tentar ficar alheios a todas as brutalidades que sucediam ou somar-se à resistência. Poderíamos olhar para trás, para saber onde estava cada um naquele período.
Dois personagens que aparecem como pré-candidatos à presidência são casos opostos de comportamento e daí podemos julgar seu caráter, exatamente no momento mais difícil, quando não era possível esconder seus comportamentos, sua personalidade, sua coragem para enfrentar dificuldades, seus valores.
José Serra era dirigente estudantil, tinha sido presidente do Grêmio Politécnico, da Escola de Engenharia da USP. Já com aquela ânsia de poder que seguiu caracterizando-o por toda a vida, brigou duramente até conseguir ser presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo e, com os mesmos meios de não se deter diante de nada, chegou a ser presidente da UNE.
Com esse cargo participou do comício da Central do Brasil, em março de 1964, poucas semanas antes do golpe. Nesse evento, foi mais radical do que todos os que discursaram, não apenas de Jango, mas de Miguel Arraes e mesmo de Leonel Brizola.
No dia do golpe, poucos dias depois, da mesma forma que as outras organizações de massa, a UNE, por seu presidente, decretou greve geral. Esperava-se que iria comandar o processo de resistência estudantil, a partir do cargo pelo qual havia lutado tanto e para o qual havia sido eleito.
No entanto, Serra saiu do Brasil no primeiro grupo de pessoas que abandonou o país. Deixou abandonada a UNE, abandonou a luta de resistência dos estudantes contra a ditadura, abandonou o cargo para o qual tinha sido eleito pelos estudantes. Essa a atitude de Serra diante da primeira adversidade.
Por isso sua biografia só menciona que foi presidente da UNE, mas nunca diz que não concluiu o mandato, abandonou a UNE e os estudantes brasileiros. Nunca se pronunciou sobre esse episódio vergonhoso da sua vida.
Os estudantes brasileiros foram em frente, rapidamente se reorganizaram e protagonizaram, a parir de 1965, o primeiro grande ciclo de mobilizações populares de resistência à ditadura, enquanto Serra vivia no exílio, longe da luta dos estudantes. Ficou claro o caráter de Serra, que só voltou ao Brasil quando já havia condições de trabalho legal da oposição, sem maiores riscos.
Outra personalidade que aparece como pré-candidata à presidência também teve que reagir diante das circunstâncias do golpe militar e da ditadura. Dilma Rousseff, estudante mineira, fez outra escolha. Optou por ficar no Brasil e participar ativamente da resistência à ditadura, primeiro das mobilizações estudantis, depois das organizações clandestinas, que buscavam criar as condições para uma luta armada contra a ditadura militar.
No episódio da comissão do Senado em que ela foi questionada por ter assumido que tinha dito mentido durante a ditadura – por um senador da direita, aliado dos tucanos de Serra -, Dilma mostrou todo o seu caráter, o mesmo com que tinha atuado na clandestinidade e resistido duramente às torturas. Disse que mentiu diante das torturas que sofreu, disse que o senador não tem idéia como é duro sofrer as torturas e mentir para salvar aos companheiros. Que se orgulha de ter se comportado dessa maneira, que na ditadura não há verdade, só mentira. Que ela e o senador da base tucano-demo estavam em lados opostos: ela do lado da resistência democrática, ele do lado da ditadura, do regime de terror, que seqüestrada, desaparecia, fuzilava, torturava.
Dilma lutou na clandestinidade contra a ditadura, nessa luta foi presa, torturada , condenada, ficando detida quatro anos. Saiu para retomar a luta nas novas condições que a resistência à ditadura colocava. Entrou para o PDT de Brizola, mais tarde ingressou no PT, onde participou como secretária do governo do Rio Grande do Sul. Posteriormente foi Ministra de Minas e Energia e Ministra-chefe da Casa Civil.
Essa trajetória, em particular aquela nas condições mais difíceis, é o grande diploma de Dilma: a dignidade, a firmeza, a coerência, para realizar os ideais que assume como seus. Quem pode revelar sua trajetória com transparência e quem tem que esconder momentos fundamentais da sua vida, porque vividos nas circunstâncias mais difíceis?
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/blogMostrar.cfm?blog_id=1&alterarHomeAtual=1
*Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição. Foi professor de Filosofia e Ciência Política da USP. Atualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de "A Vingança da História", entre outros livros.
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Informamos que os perfis em redes sociais do candidato a deputado estadual pelo Bloco da Esquerda Petista, Bira Rodrigues - 13640 - já estão em atividade
ARTesquerda
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Gostariamos de convidá-los a participar deste momento em que a forma de fazer politica em nosso país está mudando,onde a relação candidato eleitor está se estreitando.
Para isso estamos solicitando os seus contatos em redes sociais, seus blogs e sites para formarmos uma rede de mobilização em favor do Bira.
Para facilitar, segue abaixo os links para você adicionar o candidato a deputado estadual Bira Rodrigues em sua redes sociais.
Site: www.birarodrigues13640.com.br
Orkut: http://bit.ly/bira13640
comunidade: http://bit.ly/cprmbira
Twitter: www.twitter.com/bira13640
contamos com vocês para participarmos desse momento histórico.
Atenciosamente
Equipe digital da campanha de Bira Rodrigues
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Blog do Emir: Getúlio e Lula: o mesmo combate
Texto postado por Emir Sader no Blog do Emir nesta terça-feira (24)
Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).
Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.
Um país que tinha tido escravidão até pouco mais de 4 décadas – o ultimo a terminar com a escravidão nas Américas - , que significava que o trabalho era atividade reservada a “raças inferiores”, passava a ter um presidente que interpelava os brasileiros no seu discurso com “Trabalhadores do Brasil”. Fundou o Ministério do Trabalho, deu inicio à Previdência Social, fazendo com que a questão social passasse de “questão de policiai”, a responsabilidade do Estado.
Começou a aparelhar o Estado para ser instrumento fundamental na indução do crescimento econômico que, junto às políticas de industrialização substitutiva de importações, deu inicio ao mais longo ciclo de expansão da história do Brasil. Promoveu a expansão da classe operária, criou as carreiras públicas no Estado, impulsionou a construção de um projeto nacional, de uma ideologia da soberania nacional, organizou um bloco de forças que levou a cabo o processo de industrialização, de urbanização, de modernização do Brasil.
Getúlio pagou com sua vida a audácia da fundação da Petrobrás, no seu segundo mandato. Foi vítima dos tucanos da época, com o corvo mor Carlos Lacerda como golpista de plantão. Tal como agora, detestavam tudo o que tivesse que ver com o povo, com nação, com Estado. Resistiram à campanha “O petróleo é nosso”, como entreguistas e representantes do império norteamericano aqui. A direita nunca perdoou Getúlio.
Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.
A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.
São Paulo, que promoveu uma tentativa de derrubada do Getúlio em 1932 – movimento caracterizado por Lula como uma tentativa de golpe -, promove Washington Luis e o 9 de Julho (de 1932), com nomes de avenidas, estradas e ruas, mas não tem nenhum espaço público importante com o nome do Getúlio. Não por acaso São Paulo representa hoje o ultimo grande bastião da direita, das forças e do pensamento conservador, no Brasil.
Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.
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HOME-PAGE DA CANDIDATURA DE BIRA RODRIGUES,
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CONSULTE, DIVULGUE... A HOME-PAGE DA CANDIDATURA DE BIRA RODRIGUES,
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Declaração das juventudes do Foro de São Paulo
ARTesquerda
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Declaração das juventudes do Foro de São Paulo
23 agosto 2010 Sem Comentários
II Encuentro de las Juventudes en el marco del XVI Foro de Sao Paulo, realizado en la Ciudad de Buenos Aires los días 17-20 de Agosto de 2010
Declaración Final
En el momento actual de crisis que vive el capitalismo, los jóvenes somos testigos del aumento vertiginoso del desempleo, la quiebra de empresas y el incremento de la deuda. El sistema imperial, basura de la especulación financiera generalizada, ha hecho saltar por los aires el empleo y la estabilidad macroeconómica, ya de por sí precarios en los últimos años. El modelo económico que ha prevalecido es incompatible con los intereses de la humanidad, por lo que debe cesar. El capitalismo no sirve ni como instrumento. Es como un árbol con raíces podridas, del que sólo brotan las peores calamidades para la especie humana: miseria, hambre, destrucción medio ambiental, individualismo, corrupción y desigualdad.
En nuestra América Latina y el Caribe continúa agudizándose el enfrentamiento entre dos fuerzas históricas. De un lado, un sistema económico dependiente, elitista y explotador, heredero del colonialismo y del neocolonialismo, subordinado a los intereses del imperio. Del lado opuesto, el avance de las fuerzas políticas revolucionarias y progresistas que representan a las clases tradicionalmente desposeídas y discriminadas; comprometidas con la justicia social, con la verdadera independencia y unión de los pueblos de la región y con la aspiración de distribuir justamente las inmensas riquezas del continente. Se trata en esencia de la lucha histórica para concretizar la realización de la visión de una América Latina Unida, solidaria con todos los pueblos, presente en la lucha bolivariana, martiana y Sanmartiniana, procesos de Nuestra América que luchan en contra del afán demencial de la hegemonía imperial de Estados Unidos y Europa.
Los jóvenes de estos tiempos continuamos siendo los más afectados por la crisis; nos duele ver que en el continente millones de ellos no pudieron siquiera aprender a leer y escribir, o permanecen como semianalfabetos, o simplemente no poseen trabajo e ignoran todo lo que se refiere a los derechos propios del ser humano. Nuestros pueblos han acumulado la experiencia histórica de la explotación y el subdesarrollo expresado en la desigualdad del ingreso, injusticia social, hambre, precariedad en la atención de salud, sobre-explotación de los recursos naturales y las consecuencias de insuficiente infraestructura económica y social, que se añade la abusiva carga del servicio de la deuda externa, el cuadro nefasto que suponen la criminalidad, el narcotráfico y el deterioro del medio ambiente.
El camino recorrido hasta aquí ha sido largo y difícil, es por ello que nos convoca hoy el ejemplo de todos los jóvenes latinoamericanos que ofrendaron sus vidas y a los que aún permanecen desaparecidos por haber cometido el único “delito” de luchar por un mundo de justicia social y paz. Los jóvenes somos la vanguardia, el momento que vivimos es claramente propicio para que la juventud latinoamericana se proponga nuevos paradigmas de unidad e integración juvenil en la región, que rebasen nuestras diferencias, favorezcan nuestra unión de intereses y necesidades, promuevan la acción solidaria y amplíen la cooperación y la unidad de la juventud latinoamericana. El reto principal resulta pasar paulatinamente de la palabra a los hechos. Nuestras diferencias no deben privarnos de trabajar por nuestra unidad, reconociendo y respetando nuestra diversidad, para hacer realidad los justos anhelos de la gran mayoría de los Pueblos de Nuestra América. Para ello, será imprescindible el protagonismo de los jóvenes en la solución de las complejidades actuales.
Apoyamos las iniciativas que proponen nuevas formas de integración y unión con un formidable renacer del espíritu de nuestros pueblos, con el surgimiento de una pujante fuerza ciudadana dispuesta a asumir los destinos de los respectivos países, para hacer valer la prioridad que merecen los programas sociales, defender las riquezas nacionales y la lucha por la justicia.
Los jóvenes participantes del II Encuentro Juvenil en el marco del XVI Foro de Sao Paulo luchamos por la Paz en nuestra región, a través de la coexistencia pacífica y la promoción de la multilateralidad como única vía de construir un mundo pluripolar. Apoyamos a la juventud y al pueblo colombiano por la búsqueda de una solución política negociada al conflicto politico, social y armado que lo desangra desde décadas, por voluntad de la rapaz oligarquía de ese país. Igualmente condenamos el peligro inminente de una guerra nuclear en Irán y Corea del Norte, que provocaría efectos devastadores en todo el mundo.
Estamos convencidos de la responsabilidad que tenemos por concientizar de una manera colectiva y dialógica a la juventud latinoamericana y caribeña en la lucha por la supervivencia de la especie humana, en contra de la despiadada devastación de nuestro medio ambiente causada por el capitalismo salvaje que destruye nuestro hábitat para satisfacer los gustos de los ricos.
Consideramos que la educación debe contribuir a la liberación de nuestros pueblos, por tanto asumimos el compromiso de defender la educación pública, gratuita y con pleno acceso para todos, de luchar porque no existan jóvenes excluidos de las universidades, porque se amplíe el presupuesto destinado a la educación y porque la orientación de los sistemas educativos nacionales formen generaciones de latinoamericanos comprometidos con las luchas de sus pueblos.
Rechazamos la acciones desestabilizadoras del imperialismo norteamericano, su injerencia militar en la región, que apunta contra la Revolución Bolivariana de Venezuela, los procesos en Ecuador y Bolivia y la Revolucion Sandinista de Nicaragua, con el pretexto de combatir el narcotrafico. Condenamos la reactivación de la cuarta flota, la instalación de 7 bases militares en Colombia, la violación recurrente del espacio aéreo venezolano por parte de aeronaves pertenecientes a las bases yankees apostadas en Aruba y Curacao, el golpe de estado en Honduras y el reconocimiento de un gobierno surgido de un proceso ilegitimo, el desembarco de tropas y navios de guerras en Costa Rica, Haití y la instalación de bases aereonabales en Panamá, cuya intención es concretizar su doctrina político militar de ocupar y dominar a cualquier precio el territorio que siempre consideraron como su traspatio natural, que nos demuestra que para lograr sus objetivos, no tendrán limites, excepto el que le imponga la resistencia que seamos capaces de ofrecerles.
Condenamos el injusto bloqueo impuesto al pueblo cubano por el gobierno de Estados Unidos hace ya más de 50 años, violando el derecho internacional, y exigimos la inmediata liberación de los Cinco Héroes Cubanos, que se encuentran injustamente encarcelados en prisiones de Estado Unidos, por luchar en contra del terrorismo. Reiteramos nuestro respaldo al proceso de cambios que se viene produciendo en nuestra región encabezados por las fuerzas de izquierda y progresistas que gobiernan en Argentina, Bolivia, Brasil, Cuba, Ecuador, El Salvador, Nicaragua, Paraguay, Venezuela y Uruguay. Saludamos al Heroico Frente Farabundo Marti para la Liberacion Nacional FMLN de El Salvador por celebrar el proximo Octubre su 30 Aniversario de Lucha. Reconocemos y saludamos los esfuerzos de las fuerzas progresistas y de izquierda en el resto de países de America Latina, quienes vienen haciendo tenaz oposición a gobiernos de corte neoliberal.
Apoyamos las fuerzas que hoy en Brasil, en el marco del proceso electoral, luchan por profundizar un proyecto de desarrollo más democrático y participativo. Estamos conscientes de los avances que se han producido en la derecha en la región, que tienen hoy su máxima expresión en los gobiernos de Chile, Panamá, Colombia, Perú y México, los que criminalizan la protesta social y promueven el asesinato de dirigentes sociales y populares, condenamos enérgicamente la políticas represivas que estos implementan en contra de sus pueblos.
Rechazamos los intentos del gobierno de Sebastián Piñera, que a traves de los dichos y acusaciones del ministro del interior contra el Partido Comunista, buscan como objetivo reprimir y poner al margen de ley a este partido. Asi tambien, apoyamos la lucha del Pueblo Mapuche en Chile que hoy está siendo perseguido y juzgado con la aplicación de una ley antiterrorista que busca terminar con la organización de una nación que exige su reconocimiento como pueblo originario. De igual manera, condenamos le política represiva y autoritaria que ha implementado el gobierno de Alan García en Perú, el cual busca asociar a las fuerzas de izquierda y del cambio con organizaciones terroristas. Manifestamos nuestra solidaridad y compromiso militante con los pueblos andinos y amazónicos a quienes pretenden despojarles de sus tierras ancestrales para beneficiar a las trasnacionales.
Condenamos el ataque internacional que de manera coordinada se ha llevado a cabo en contra de la Revolución Bolivariana que comanda el Presidente Hugo Chávez en el contexto de las elecciones parlamentarias que el próximo mes se llevarán a cabo en ese país y apoyamos decididamente los cambios estructurales que han permitido elevar los niveles de vida y la inclusión y justicia social en Venezuela.
Exigimos un trato humanitario digno y con respeto a las leyes internacionales que protegen a los inmigrantes y rechazamos el trato discriminatorio a nuestro hermanos inmigrantes latinoamericanos a los que se les violentan los más elementales derechos humanos. Rechazamos categóricamente leyes xenofóbicas como la SB1070 de Arizona que alientan la política de odio hacia los migrantes latinoamericanos y expresamos nuestra más amplia solidaridad hacia con ellas y ellos.
Nos solidarizamos con el heróico pueblo de Puerto Rico en su derecho a la autodeterminacion y lucha por la independencia, y exigimos la excarcelación inmediata e incondicional de sus patriotas presos en cárceles estadounidenses. Igualmente, lamentamos el fallecimiento de la heroína nacional Lolita Lebron, quien también fuese prisionera política, y saludamos la reciente liberación de Carlos Alberto Torres, tras 30 años de cárcel en las prisiones norteamericanas. Respaldamos la lucha de nuestros hermanos del Frente Nacional de Resistencia Popular de Honduras por restablecer la democracia constitucional y por el derecho a construir una sociedad justa. Reconocemos como unico y legitimo presidente de la Republica de Honduras a Manuel Zelaya.
En el marco de la lucha internacional que vive la juventud progresista, apoyamos iniciativas como la convocatoria realizada por la Federación Mundial de Juventudes Democráticas a las juventudes progresistas y antimperialistas del mundo a participar del XVII Festival Mundial de la Juventud y Estudiantes en Sudáfrica en diciembre de este año, para unirnos en la lucha mundial en contra del imperialismo y construir un mundo mejor.
Convocamos al III Encuentro de las Juventudes del Foro de Sao Paulo, que se realizará el próximo año en Managua, Nicaragua, en saludo a la celebración del 50 aniversario de la fundación del Frente Sandinista de Liberación Nacional.
Con esta declaración queremos compartir con el mundo nuestra conviccion y compromiso de continuar asumiendo el rol de vanguardia, guiados por el ejemplo de nuestros héroes y mártires en su lucha por una latinoamérica unida en su diversidad y un mundo mejor, que sólo sera posible con la construcción del socialismo.
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Olívio Dutra: “Pós-Lula seremos o mesmo partido. O PT não é de meia dúzia.”
ARTesquerda
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Olívio Dutra: “Pós-Lula seremos o mesmo partido. O PT não é de meia dúzia.”
23 agosto 2010 2 Comentários
Por Rachel Duarte do sítio Sul21
Em meio à correria de campanha, o ex-governador Olívio Dutra reservou um tempo para conversar com o Sul21. Olívio está contribuindo com as candidaturas de Tarso Genro (PT) ao governo gaúcho e de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Um dos fundadores do partido e amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele falou sobre a necessidade do PT preservar a essência do partido e não cair na vala comum da política. Também avaliou a influência da mídia no caso Ford, que marcou seu governo em 1999. Como explicação para o clamor dos militantes, o lendário Olívio Dutra atribui seu carisma a um trabalho coletivo.
Sul21 – O senhor já declarou que depois 30 anos o PT corre o risco de passar de partido da transformação para partido da acomodação. O pragmatismo político está sendo a moeda de negociação do partido na disputa de poder?
Olívio Dutra - Esse risco é real. Porque o partido vai assumindo cada vez mais cargos, quantitativamente, na estrutura do estado brasileiro, nas suas três dimensões e com quadros novos. Isso por um lado é positivo e por outro significa um descolamento, um desenraizamento e, de certa forma, uma flexibilização do conteúdo básico que deu razão à existência do PT.
O PT não é um partido que surgiu dos gabinetes legislativos e executivos. O PT surgiu das lutas que parcela do povo brasileiro empreendeu numa quadra seriíssima da história brasileira ainda sobre a ditadura. E o PT lutou com outras forças contra a ditadura, pelas liberdades, pela democracia e já lutava desde o início por uma transformação social, econômica e preservando matrizes, raízes e pluralidades da formação cultural do nosso povo. Essa foi a força e compromisso que motivou o surgimento do partido. É um partido para transformação e não um partido para que na medida em que fosse assumindo cargos na institucionalidade fosse contemporizando com ela e aos poucos se acomodando nela. E não raras vezes temos visto isso acontecer em vários setores. E não foi de graça que passamos por uma crise profunda, que está ligada com este comportamento desviado do que é a política para nós: uma construção para o bem comum com o protagonismo das pessoas. Os cargos não podem ser mais importantes que as estruturas da base partidária.
É por isso que eu prego a formação permanente. O PT, como um partido de esquerda e do socialismo democrático tem que trabalhar permanentemente com a formação. Mas evidentemente que não é uma imposição de sábios que estão chegando. É uma formação onde todos os níveis e bases partidárias aprendem uns com os outros e muito mais com o povo, através das relações com os movimentos sociais.
Essa ideologia permite uma coalizão tão ampla como no governo Lula, por exemplo?
Nós estamos tendo problemas na relação com os movimentos sociais exatamente por conta de uma visão que eu acho distorcida da relação que um partido deve ter enquanto governo, com os mandatos e os movimentos sociais. Partido é uma parte da sociedade que tem uma proposta, um projeto, uma visão de estado e de país. Então, uma vez assumindo mandatos executivos e legislativos eles não podem ser atomizados na conduta pessoal/individual dos exercentes destes mandatos. Quando no governo, nós temos os limites institucionais, mas isso não pode justificar o ato de desviar o rumo. Pode ser elemento para o debate na base da sociedade e para o aprendizado comum do que é o estado, do que são as estruturas institucionais legais que precisam ser alteradas.
Nos primeiros momentos de crescimento do nosso partido os melhores quadros tiveram que ser destacados para funções legislativas ou executivas, na estrutura institucional. Isso causou um certo impacto na vida partidária. Então tinha que ser retomado isso para as instâncias partidárias passarem a ter a importância que devem ter, mas sem se confundir partido e governo. Nós temos é que dar sustentação para os governos que elegemos, mas não subordinar o projeto estratégico do partido às condições que os nossos governos vão ter para objetivamente executar programas. Assim como nós não podemos exigir dos outros governos aquilo que eles não podem fazer. Nós temos que saber trabalhar nestas duas pontas e investir num processo de protagonismo social que mude as estruturas do estado brasileiro para serem democráticos e de controle público e não privado de quem quer que seja.
Formação permanente
Temos que saber dialogar com os diferentes. A esquerda não é unipartidária, nunca defendemos a ideia do partido único. O limite para as alianças são os programas, a relação com a coisa pública, a visão republicana radical. A coisa pública não é propriedade dos governantes e seus amigos e muito menos dos mais influentes. Temos que representar os interesses públicos e quem estiver centrado nesta ideia já tem proximidade conosco. Quem respeita os movimentos sociais, como sujeitos no processo de mudanças e vê a questão social como um instrumento de política e não de repressão também se aproxima com nossos princípios. Os eixos do desenvolvimento sustentável, políticas públicas para o meio ambiente e cultura também são importantes. Construir programas nestes eixos pode selar coalizões com partidos diferentes.
Qual é a sua avaliação do governo Lula? Ele deixou lacunas em setores de forte identificação ideológica com o PT, vemos isso no exemplo da desejada Reforma Agrária que não ocorreu nos seus mandatos.
Nós não podíamos exigir do nosso governo aquilo que ele não poderia fazer na co-relação de forças criada. Mas nem por isso temos que arriar as bandeiras da reforma agrária, urbana, tributária, política. Estão longe de ter sido alcançadas essas reformas fundamentais para mudar a qualidade da relação do estado com a sociedade brasileira. O governo Lula fez de tudo para, no tempo dos seus mandatos, que tem prazo legal diferente dos partidos, mudar a estrutura do Estado.
O presidente Lula encaminhou em abril de 2003 uma proposta de Reforma Tributária que seria uma transformação. Combinada com distribuição de renda, com diminuição das distorções na distribuição do bolo de arrecadação. Mas ficou lá. Mesmo em um governo de coalizão que teve que ser formado, não se teve maioria para aprovar uma reforma tributária com aquela envergadura. Onde quem tem mais paga mais e quem tem menos paga menos. O poder público não abdicaria de nenhum centavo da sua receita. A receita iria para atender as prioridades dos cidadãos, definidas junto com a população junto de processos parecidos com o Orçamento Participativo. Há avanços importantes na inclusão social, infraestrutura, ensino público nos três níveis, mas há muito o que avançar ainda. Nestes oito anos nos transformamos num país menos desigual, mas ainda somos um país de enormes distâncias em concentração de renda. Mesmo depois de tudo que se fez no governo Lula de aumentar a renda dos mais pobres. O Brasil não pode andar pra trás.
É justamente este o discurso do candidato da Unidade Popular pelo Rio Grande, Tarso Genro (PT): de que o RS não avançou junto com o país. Esta é a aposta da campanha?
Nós temos aqui décadas de governo do modelo da senhora governadora Yeda Crusius (PSDB). O PMDB e este grupo de partidos que estão hoje no governo estadual, governaram este Estado a partir da ditadura. Só teve um governo diferenciado, o de Jair Soares. Eu penso que o governo do Alceu Collares e o da Frente Popular foram dois momentos distintos dos demais que hoje representam a situação. Foi nestes dois governos que o Estado teve uma recuperação. No governo da Frente Popular o RS cresceu acima da média nacional. Interrompeu um período de queda no seu PIB, tanto agropecuário como industrial, e cresceu com melhor distribuição de renda. Nós tivemos a oportunidade de ter o melhor salário mínimo regional do país. Houve geração de novas oportunidades para a agricultura familiar, os sistemas locais de produção, a renúncia fiscal que nós implementamos para não deixar o dinheiro público na mão dos poderosos. Houve uma inversão de prioridades. A nossa derrota fez com que a política do Estado como patrimônio privado para grupos retornasse, fazendo bons negócios para si com o dinheiro público. Não é à toa que o governo atual esteve envolto em suspensões seriíssimas de espaços públicos para pessoas de dentro do governo fazerem negócios. O Tarso irá recuperar as estruturas do estado para os interesses públicos e nas políticas para o desenvolvimento regional, sustentável. E é isso que irá sintonizar o Rio Grande com o projeto de Brasil-nação. O Tarso tem esta tarefa e tem essa importância a sua eleição.
Coerência no voto
A pergunta que ficou no ar na coletiva de imprensa quando o presidente Lula esteve em Porto Alegre no dia 29 de julho foi o que tanto o senhor e o presidente conversaram no palanque? Haviam bastante sorrisos.
Não. Não era nada. Apenas uma conversa solta.
Em maio deste ano o Sul21 alertou a imprensa para a sentença que condena a Ford Brasil Ltda. a indenizar o Estado. Ficou reconhecido o rompimento contratual por parte da montadora. Mas isso só veio a público pelo nosso jornal, apesar da sentença estar disponível desde o início do ano. O senhor sentiu desequilíbrio no tratamento do assunto por parte da mídia na época e agora?
A mídia não é um ente acima de tudo e de todos. A mídia é um dado da realidade e parte dela está vinculada a interesses econômicos poderosos, afinal são empresas. Fazem negócios com as notícias e escolhem, analisam quais os governos que facilitam para elas esta relação comercial. Bueno. Para essa parte da mídia não interessava um governo como o nosso, que entendia que o dinheiro público não era para facilitar negócios privados, era para qualificar a vida da maioria da população. Nós reduzimos os recursos para publicidade e entramos em choque com estes grupos. Depois, também com a renúncia fiscal, que sustentava esta parte da mídia que vivia de contas de publicidade altíssimas motivou-a a agir de forma ideológica, defendendo os seus interesses. A iniciativa teria todo o nosso apoio, desde que arriscasse investimentos com seus recursos e assumisse o risco. Não com o prejuízo para o Estado. E parte considerável da mídia vive desses negócios e tem o pensamento de como o governante deve se relacionar com ela.
A sentença lhe trouxe alívio?
Eu não me senti perseguido pela mídia neste caso. Sempre foi claro os interesses desta mídia. Distorcer a verdade ou não, falar efetivamente o que acontecia faz parte deste jogo. A mídia com os canhões que tem na mão, com a pretensão de formar a opinião, evidentemente que pode influenciar parte da sociedade. Dentro do próprio PT houve dúvidas. A disputa no governo seguinte deu no que deu por conta que dentro do PT se contaminou a pressão desta parte da mídia e, ao invés de o partido se unir e enfrentar com toda a força e tranqüilidade a situação, tentou-se flexibilizar, negociar. O que aconteceu ali foi fundamental, tinha que acontecer assim, se não nós iríamos flexibilizar num ponto chave do nosso programa: a renúncia fiscal.
Existe morosidade ou influência política na justiça brasileira?
Nós achamos que o poder judiciário não pode ser um poder impune num país democrático, como é aqui no Brasil. Em várias democracias, as mais consolidadas, e não só nos países do leste europeu, a população já elege um percentual considerável de integrantes de diferentes tribunais do judiciário. Claro que os candidatos tem que preencher critérios, mas não é lista para o governante indicar, é pelo voto da cidadania. Aqui este tema parece ameaçar as estruturas.
O senhor foi o candidato do PT por diversas eleições, porque neste ano não foi o candidato do partido?
Eu não sou candidato conscientemente. Fui presidente do PT já na sua fundação e depois em outros momentos. Sempre em momentos difíceis do partido eu estava lá, inclusive sendo candidato. Não só para pensar em ganhar, mas para firmar o partido. Então eu entendi que o partido já está suficientemente amadurecido com o seu quadro para distribuir suas responsabilidades e eu não preciso ser candidato em tudo que é eleição. Atuo no partido desde a sua fundação, ao lado do presidente Lula. O Tarso não é do grupo fundador do PT, é bom lembrar. Ele entrou no partido em 1984. Mas foi bom que ele tenha entrado, junto com outros importantes quadros que de lá pra cá entraram no partido e ajudaram a enriquecer o PT com práticas e idéias. Eu entendo que por ter concorrido quase em todas as outras eleições chegou a hora de não ser candidato a nada. A política também se faz com gestos. Estou na função de afirmar a importância de um projeto partidário e estou em plena campanha. Integrando os comitês da campanha Dilma e do Tarso aqui no Estado para eleger a presidenta e o governador. Mas também trabalhar essas coisas de conteúdo de programas e de formação política e aprender. Mas eu me orgulho de ter sido prefeito de Porto Alegre, deputado constituinte, governador, fui convocado para ser ministro das Cidades, tudo pelo PT. Então me orgulho disso e penso que eu posso ajudar a mudar o PT e o pensamento democrático sem ser candidato a nada e nem depender de cargos. Sempre temos oportunidade de aprender e transmitir essa trajetória de vida.
Mas qual é o seu diferencial, pois o clamor é forte. Não lhe seduz ser o mais aplaudido nos eventos políticos ou partidários?
Isso é fruto da identidade coletiva que eu represento. Mas que precisa ser aperfeiçoada constantemente. O partido é um sujeito coletivo, não sou eu. É construído por milhares de mãos e tem que se renovar sem perder o rumo com a esquerda e o socialismo democrático.
Além de formação política o senhor está agregando outras formações. O senhor voltou aos bancos da Universidade?
Sim. Eu fiz curso de licenciatura em Língua Portuguesa e Inglês, em 1975. Agora a Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) abriu a possibilidade de voltar a estudar. Fui aprovado na seleção e passei o primeiro semestre indo para a aula. No segundo semestre, vou precisar estudar melhor a minha planilha de horários porque vou ser mais demandado por conta das eleições. Mas pretendo conciliar os horários e continuar os meus estudos.
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La importancia estratégica de América del Sur en la política exterior de Brasil
ARTesquerda
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Por el profesor Luiz Moniz Bandeira
23 agosto 2010
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Dilma abre 20 pontos de vantagem e passa Serra (também) em SP--Datafolha
ARTesquerda
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Dilma abre 20 pontos de vantagem e passa Serra (também) em SP--Datafolha
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, ampliou a vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), para 20 pontos, mostrou pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta quinta-feira.
Dilma aparece com 49 por cento das intenções de voto, dois pontos a mais do que na pesquisa divulgada no último fim de semana, enquanto Serra caiu um ponto e está com 29 por cento, de acordo com o instituto.
A candidata do PV, Marina Silva, manteve os nove pontos que havia obtido no levantamento anterior. Nenhum dos demais candidatos conseguiu somar 1 por cento da intenção de voto. Quatro por cento afirmaram que votarão em branco ou anularão o voto e 8 por cento disseram não saber em quem votará.
De acordo com a sondagem do Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo e publicada pelo diário em sua edição desta quinta, Dilma aparece com 55 por cento das intenções de voto válido e venceria a eleição ainda no primeiro turno, marcada para 3 de outubro.
As oscilações dos dois principais candidatos aconteceram dentro da margem de erro do levantamento, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O Datafolha entrevistou 10.948 pessoas nos dias 23 e 24 de agosto.
O Datafolha também perguntou em quem os eleitores votariam num eventual segundo turno entre Dilma e Serra. A petista ganhou dois pontos em relação ao levantamento anterior e agora tem 55 por cento das intenções de voto num eventual segundo turno. O tucano caiu três pontos e agora tem 36 por cento.
Na pesquisa espontânea, Dilma subiu quatro pontos, para 35 por cento, e Serra cresceu um ponto, para 18 por cento.
DILMA BATE SERRA EM SÃO PAULO
O Datafolha mostrou a candidata petista superando seu principal adversário nas intenções de voto nos Estados com maior número de eleitores do país, incluindo São Paulo, principal reduto eleitoral de Serra, que governou o Estado até março deste ano.
Dilma aparece com 41 por cento da preferência do eleitorado paulista, contra 36 por cento do tucano. São Paulo é o Estado com maior número de eleitores do país, mais de 30 milhões, de acordo com o Tribunal Superior Eleitora;l (TSE).
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, Dilma tem 48 por cento das intenções de voto, contra 29 por cento de Serra. No Rio de Janeiro, Dilma tem 46 por cento, ante 23 por cento de Serra.
No Estado quarto colocado em número de eleitores, Bahia, Dilma tem 60 por cento, contra apenas 22 por cento de Serra e, no Rio Grande do Sul, a petista aparece com 43 por cento, ante 39 por cento do tucano.
Dilma lidera também em todas as regiões do país. Ela bate Serra por 44 a 32 por cento no Sudeste, 43 a 36 na região Sul, 60 a 21 no Nordeste, e 50 a 29 nas regiões Norte e Centro-Oeste.
De acordo com o Datafolha, Serra é o candidato a presidente com maior rejeição entre os eleitores ouvidos na sondagem, 29 por cento. Dilma é rejeitada por 19 por cento dos entrevistados e Marina por 16 por cento.
SÃO PAULO (Reuters) - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, ampliou a vantagem sobre seu principal adversário, José Serra (PSDB), para 20 pontos, mostrou pesquisa do instituto Datafolha publicada nesta quinta-feira.
Dilma aparece com 49 por cento das intenções de voto, dois pontos a mais do que na pesquisa divulgada no último fim de semana, enquanto Serra caiu um ponto e está com 29 por cento, de acordo com o instituto.
A candidata do PV, Marina Silva, manteve os nove pontos que havia obtido no levantamento anterior. Nenhum dos demais candidatos conseguiu somar 1 por cento da intenção de voto. Quatro por cento afirmaram que votarão em branco ou anularão o voto e 8 por cento disseram não saber em quem votará.
De acordo com a sondagem do Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de S. Paulo e publicada pelo diário em sua edição desta quinta, Dilma aparece com 55 por cento das intenções de voto válido e venceria a eleição ainda no primeiro turno, marcada para 3 de outubro.
As oscilações dos dois principais candidatos aconteceram dentro da margem de erro do levantamento, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O Datafolha entrevistou 10.948 pessoas nos dias 23 e 24 de agosto.
O Datafolha também perguntou em quem os eleitores votariam num eventual segundo turno entre Dilma e Serra. A petista ganhou dois pontos em relação ao levantamento anterior e agora tem 55 por cento das intenções de voto num eventual segundo turno. O tucano caiu três pontos e agora tem 36 por cento.
Na pesquisa espontânea, Dilma subiu quatro pontos, para 35 por cento, e Serra cresceu um ponto, para 18 por cento.
DILMA BATE SERRA EM SÃO PAULO
O Datafolha mostrou a candidata petista superando seu principal adversário nas intenções de voto nos Estados com maior número de eleitores do país, incluindo São Paulo, principal reduto eleitoral de Serra, que governou o Estado até março deste ano.
Dilma aparece com 41 por cento da preferência do eleitorado paulista, contra 36 por cento do tucano. São Paulo é o Estado com maior número de eleitores do país, mais de 30 milhões, de acordo com o Tribunal Superior Eleitora;l (TSE).
Em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, Dilma tem 48 por cento das intenções de voto, contra 29 por cento de Serra. No Rio de Janeiro, Dilma tem 46 por cento, ante 23 por cento de Serra.
No Estado quarto colocado em número de eleitores, Bahia, Dilma tem 60 por cento, contra apenas 22 por cento de Serra e, no Rio Grande do Sul, a petista aparece com 43 por cento, ante 39 por cento do tucano.
Dilma lidera também em todas as regiões do país. Ela bate Serra por 44 a 32 por cento no Sudeste, 43 a 36 na região Sul, 60 a 21 no Nordeste, e 50 a 29 nas regiões Norte e Centro-Oeste.
De acordo com o Datafolha, Serra é o candidato a presidente com maior rejeição entre os eleitores ouvidos na sondagem, 29 por cento. Dilma é rejeitada por 19 por cento dos entrevistados e Marina por 16 por cento.
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