Dilma (46%) e Aécio (43%) estão na disputa pela Presidência

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ANÁLISE DATAFOLHA

Na reta final da disputa pela Presidência da República, os dois candidatos que estão no 2º turno continuam empatados, mas há uma mudança no cenário até então registrado pelos levantamentos realizados após o 1º turno. Com 46%, Dilma Rousseff (PT) aparece pela primeira vez numericamente à frente de Aécio Neves (PSDB), que obtém 43%. Na semana passada, a petista tinha 43%, e o tucano, 45%. Há ainda 5% que declaram votar em branco ou nulo, e 6% que ainda não decidiram o voto (mesmo índice da pesquisa anterior).

Considerando somente os votos válidos, Dilma agora tem 52%, ante 48% de Aécio, o que também configura um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa. No levantamento anterior, os índices dos candidatos eram de 49% e 51%, respectivamente. Para o cálculo dos votos válidos são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. No 1º turno, Dilma teve 42% dos votos válidos, e Aécio, 34%.

A análise de alguns segmentos da amostra indica que Dilma avançou, principalmente, entre os homens, na fatia dos mais jovens, entre os eleitores com renda média, no grupo com escolaridade média, e nas regiões onde seu adversário obtinha mais vantagem (Sudeste e Centro-Oeste).

Na parcela do eleitorado com idade entre 16 a 24 anos, a petista tem hoje 43%, e o tucano, 46% (no levantamento anterior esses índices eram de 38% e 47%, respectivamente). Entre os homens, Dilma tem 46%, e Aécio, 45% (ante 42% a 48% na semana passada). Na fatia que estudou até o ensino médio, Aécio passou de 47% para 44%, enquanto Dilma foi de 40% para 44%. Entre aqueles com renda familiar de 2 a 5 salários mínimos, o senador mineiro tem 46%, ante 43% da presidente (no levantamento anterior, os índices eram de 50% e 39%, respectivamente).

o Sudeste, o tucano tem vantagem (49% a 40%), mas ela é menor do que na semana passada (50% a 35%). Situação similar ocorre no Centro-Oeste, onde o tucano aparece com 48%, e a petista fica com 39% (no levantamento anterior, 57% a 33%).

Nesse levantamento, realizado no dia 20 de outubro, o Datafolha entrevistou 4.389 eleitores em 257 cidades em todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

Entre os eleitores que declaram intenção de votar, 87% sabem o número de seu candidato à Presidência. Entre os que votam em Dilma, 89% conhecem seu número. Na fatia dos que votam em Aécio, o índice é igual: 89%. Há ainda 2% que citam um número errado, 9% que declaram não saber o número, e 2% que pretendem anular mas não sabem que número irão digitar na urna.

O Datafolha também consultou a inclinação dos indecisos pelas candidaturas que disputam a eleição. Se o 2º turno fosse hoje, Dilma teria mais chance de receber o voto de 31%, e Aécio, de 24%. Devido à base menor de entrevistados, a margem de erro para esses resultados é maior do que a do total da amostra, o que coloca os percentuais da petista e do tucano em um patamar similar. Há ainda 40% neste grupo que reafirmam não ter uma opção de voto, e 5% indicam que não votariam em nenhum deles.

Os dois candidatos enfrentam taxas de rejeição próximas neste momento da campanha: 39% não votariam de jeito nenhum em Dilma, e 40% não votariam em Aécio. Essas taxas convergiram ao longo do 2º turno, com tendência menos favorável ao tucano: em pesquisa realizada entre 08 e 09 de outubro, 34% declaravam não votar de jeito nenhum em Aécio, e 43%, em Dilma. Na semana seguinte, entre 14 e 15 de outubro, a taxa de rejeição do candidato subiu para 38%, e a da petista oscilou para 42%, e no atual levantamento ficaram no mesmo patamar.

A fatia dos que votariam com certeza em Dilma abrange 45% dos eleitores, e há 15% que talvez votassem na presidente. Em Aécio, 41% votariam com certeza, e 18% talvez votassem. Entre os que avaliam o governo Dilma como regular (38% do eleitorado), 26% votariam com certeza na petista, e 24% poderiam votar. Há uma inclinação maior neste grupo em direção a Aécio: 53% votariam com certeza no peessedebista, e 19% poderiam votar. Na fatia de 38% dos que assistiram ou ouviram o debate transmitido na última quinta-feira (16) por SBT, Jovem Pan e UOL, 38% não votariam de jeito nenhum em Aécio, e 44%, em Dilma. Entre os que assistiram ao debate na Record (29% do eleitorado), no último domingo (19), 43% não votariam em Dilma, e 40%, em Aécio.

Defesa de ricos e pobres é o que mais diferencia candidatos

A candidata do PT, Dilma Rousseff, é vista pela maioria como quem mais cuidará dos pobres, caso reeleita, enquanto o nome do PSDB, Aécio Neves, é apontado como quem mais defenderá os ricos se vencer a eleição. Essa é a diferença mais marcante entre eles, segundo os eleitores brasileiros. Para outros aspectos, como preparo para cuida da educação, saúde e segurança, as opiniões se dividem.

Para 56% dos eleitores, Aécio é quem mais defenderá os ricos, caso se torne presidente. Uma fatia de 17% aponta Dilma como defensora dos ricos, 7% dizem que os dois defenderão esse segmento, e 7%, que nenhum deles defenderá. Há ainda 12% que não opinaram. Na fatia dos que votam em Dilma, 72% veem o tucano como aquele que mais defenderá os ricos. Entre os que preferem Aécio, esse índice fica em 43%.

A parcela que vê Dilma como a candidata que mais defenderá os pobres abrange 57% dos eleitores. Os demais se dividem entre os que apontam Aécio como defensor dos mais pobres (26%), os dois (3%) e nenhum deles (8%). Uma fatia de 6% não opinou sobre o assunto. Entre os que declaram voto na atual presidente, 93% a indicam como candidata que mais defenderá os pobres, e somente 2% citam Aécio. No grupo de eleitores que preferem Aécio Neves, 56% o indicam como quem mais defenderá os pobres, e 22% apontam a candidata do PT.

O candidato do PSDB é visto por 41% como o mais preparado para combater a violência, enquanto Dilma é apontada por 36%. Para 13%, nenhum deles está preparado para lidar com o tema, e 2% avaliam que ambos estão preparados. Há ainda 8% que não opinaram. Os eleitores de Aécio são mais convictos sobre o assunto: 82% deles indicam seu candidato como o mais preparado para combater a violência. Entre os que preferem Dilma, 72% a colocam como a mais preparada para combater a violência.

Na educação, 44% veem Dilma como a mais preparada, 40% indicam Aécio, 3% valiam que ambos, e 7%, nenhum deles. Não opinaram 6%.

Para manter a estabilidade econômica, 44% avaliam que Dilma é a mais preparada, e 40% acreditam que o mais preparado é Aécio. Uma fatia de 7% indica que nenhum deles está preparado para lidar com o tema, 2% avaliam que ambos estão preparados, e 7% não opinaram.

Em relação à saúde, 40% avaliam que Dilma é a mais preparada para cuidar dessa área, índice próximo ao dos que apontam Aécio (41%). Os demais se dividem entre os que acreditam que ambos são preparados (3%), que nenhum deles está preparado (9%) e aqueles que não opinaram (7%).


Governo Dilma é aprovado por 42%, índice mais alto desde junho de 2013

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) é aprovado, atualmente, por 42% dos eleitores, índice numericamente mais alto de avaliação desde junho de 2013 (quando também atingia 57%). O resultado também mostra oscilação positiva quando comparada com o registrado na semana passada, quando 40% consideram o governo da petista ótimo ou bom. Os demais eleitores de dividem entre os que reprovam a gestão atual (20%) e aqueles que a consideram regular (37%). No levantamento anterior, esses índices eram de 38% e 21%, respectivamente. Uma fatia de 1% não opinou.

De 0 a 10, a nota média atribuída atualmente ao governo Dilma Rousseff é 6,3, ante 6,2 na semana passada.

Regionalmente, a presidente tem seu índice de avaliação mais alto no Nordeste (55%), e os piores no Sudeste (35%) e Sul (36%). Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 51% aprovam o governo Dilma, ante 30% entre os mais escolarizados.

Entre os eleitores de Dilma neste momento do 2º turno, 75% consideram seu governo ótimo ou bom, 23%, regular, e 1%, ruim ou péssimo.


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