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Movimento Estudantil e a greve nas Universidades

Para democratizar precisamos ser democráticos

O Movimento Educacional Brasileiro vive um grande e importante momento de mobilização. Professores de 46 Universidades Federais (ou 80% do total) estão em greve. Em 19 destas Universidades os estudantes também entraram em greve. Já os servidores estão com indicativo de greve para o dia 11 de Junho.

A adesão dos estudantes superaram todas as expectativas. Foram centenas de assembleias nos cursos e dezenas de assembleias gerais lotadas. Fomos à luta não só em apoio aos professores. Criamos pauta própria reivindicando 10% do PIB para educação, gestão democrática nas Universidades, mais verbas e melhorias na política de assistência estudantil, plano emergencial para o término das obras do REUNI, por um ensino, pesquisa e extensão vinculadas às atividades práticas e a realidade social.

Neste clima de unidade e mobilização o conjunto do movimento estudantil convocou junto com outras 31 entidades de variados movimentos sociais uma grande marcha em Brasília. Nesta marcha também foi marcada uma plenária do movimento estudantil para debater a conjuntura da greve e a construção de um comando nacional unificado de greve.

Atendendo o chamado, quase 2 mil estudantes somaram-se a outros 5 mil trabalhadores construindo uma grande marcha unificada. Já na plenária do movimento estudantil tudo encaminhava-se para um bom debate e a construção do tão esperado comando de greve nacional. Como dissemos, caminhava-se...

No meio às negociações, militantes do PSTU, ANEL e outros grupos do movimento estudantil, sem debater isto na plenária ou mesmo consultar outros grupos, se achando os “donos do movimento” se dirigiram a entrada do Ministério da Educação e tentaram ocupar o prédio. Como de imediato os seguranças e a Polícia Militar impediram a entrada, foram jogados várias pedras e tijolos quebrando várias vidraças do MEC como forma de forçar a entrada.

Quando exauridos os meios de negociação, quando o outro lado de forma intransigente nega-se a negociar com o movimento social, entendemos como legítima a ocupação de prédios públicos como forma de pressionar e obter vitórias. Vários são os exemplos que este mecanismo legítimo alcança resultados. No entanto, em hipótese alguma, pode ser feito ou idealizado por um grupo minoritário e sem debates com o conjunto dos manifestantes ou mesmo sem pensar uma estratégia de ação. Agir desta forma é autoritário, antidemocrático e irresponsável.

Por outro lado, entendemos que a UNE se acovardou, e como única entidade nacional que representa os estudantes universitários do Brasil deveria colocar peso na marcha e de forma articulada com os comandos de greves das Universidades deve ser protagonista na construção deste rico e já vitorioso processo de mobilização.

Ainda sim, entendemos que é imprescindível a construção de um comando nacional de greve horizontal, democrático, eleito pelas bases, e que seja a direção desta que tem tudo para ser a maior e mais articulada greve estudantil da última década. Este é o nosso desejo e será a nossa luta!!!

Jonatas Moreth é 3º Vice Presidente da UNE


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