Dilma confirma novas universidades no Pará

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A presidente Dilma Rousseff anuncia, na próxima terça, 16, a criação de novas universidades federais, entre elas, o novo campus de Ananindeua e a Universidade Federal do Pará no Sul e Sudeste do Estado. O reitor da UFPA, Carlos Maneschy, esteve ontem em Brasília tratando dos detalhes da criação no Ministério da Educação (MEC). A cerimônia de lançamento vai ser realizada no Palácio do Planalto.

O MEC está finalizando as propostas, que vão detalhar o valor global do investimento. A expansão da rede federal de ensino superior foi precedida de um levantamento, em todo país, da oferta de vagas em faculdades públicas. Esse número foi comparado com o tamanho da população. Pará, Ceará e Bahia estão entre os Estados que serão escolhidos para sediar as novas universidades. Santa Catarina é outro que pode aparecer na lista.

O MEC informa que a proposta está em fase de elaboração, mas não fornece detalhes. Além de criar universidades, o governo deverá lançar novos campi em instituições já existentes. A expansão dará continuidade ao projeto iniciado no governo Lula, que criou 14 universidades - algumas delas a partir de desmembramentos ou da federalização de instituições já existentes.

Com relação ao projeto de criação da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), o projeto encaminhado pela reitoria foi classificado pelo MEC como de alta relevância social e de excelente qualificação técnica.

A implantação da Unifesspa representa o resultado do desmembramento do Campus de Marabá da UFPA. O projeto inicial abrigará um total de 59 cursos, sendo 36 em Marabá, oito em Parauapebas, oito em Rondon do Pará e sete em Xinguara. As principais áreas de abrangência serão engenharias, ciências sociais, ciências humanas, da educação, linguísticas, da saúde, biológicas, socioeconômicas, jurídicas e exatas. No total, devem ser ofertadas 2.170 vagas, e há a estimativa de ser contratado um quadro de pessoal com 755 docentes e 436 técnico-administrativos em educação, todos distribuídos nas unidades e subunidades dos quatro campi. A futura universidade deverá estar totalmente implantada em quatro anos.

Helder diz que prefeitura dará todo suporte à implantação

A criação das novas universidades no Pará foi uma conquista da bancada federal, que promoveu, juntamente com o reitor da UFPA e com o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, diversas reuniões para permitir a viabilização das propostas apresentadas ao MEC.

No caso do campus de Ananindeua, a prefeitura do município tomou a frente do processo inclusive para garantir o local para a instalação do IFPA, UFPA e da UEPA, na Granja do Icuí, doada recentemente ao município pelo governo do Estado.

“Vamos cobrar do governador a conclusão do processo de doação da Granja, mas se houver qualquer obstáculo, a prefeitura vai garantir área para a instalação e deveremos ter, já em 2012, cursos em atividade em Ananindeua”, declarou Helder Barbalho.

A ampliação da Universidade Federal do Pará para Ananindeua, como já proposto no plano de expansão da instituição, foi aceito pelo MEC no final de 2010. “É sem dúvida um dos projetos mais importantes que a cidade passa a ter”, comemorou o prefeito. “Isso agrega valor a Ananindeua e reforça nossa posição estratégica. É fruto de um esforço que temos feito há dois anos”, completou Helder. A deputada Elcione Barbalho destinou 1 milhão de reais para iniciar a construção do campus da UFPA no local.

A proposta de criação de um novo campus da UFPA está incluída no plano de ampliação do ensino superior no Brasil, que tem como prioridade a instalação de mais instituições de ensino superior em regiões metropolitanas com mais de um milhão de habitantes. No final do governo Lula, o MEC aprovou um plano de expansão do ensino superior para os próximos 20 anos. (Diário do Pará, Brasília)


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