Entrevista especial com Philip Fearnside
Instituto Humanitas Unisinos, Adital
Considerada por muitos ambientalistas como a fonte de energia mais limpa do mundo, a hidrelétrica polui quatro vezes mais do que o estimado, revela estudo realizado pelo Instituto Catalão de Ciências do Clima – IC3 e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, do Brasil. As usinas construídas em áreas tropicais, como a da floresta amazônica, "são as que mais emitem gases de efeito estufa”, informa Philip Fearnside em entrevista à IHU On-Line concedida por telefone.
O biólogo explica que "o metano é liberado pela água que sai das turbinas e o gás carbônico é emitido quando folhas e plantas apodrecem na beira dos rios”. No Brasil, a hidrelétrica de Três Marias, construída na década de 1960, em Minas Gerais, "é a campeã de emissões de metano”, assinala.
Na estimativa do pesquisador, na primeira década de funcionamento, Belo Monte e a barragem de Babaquara "emitirão o equivalente a 11,2 milhões de toneladas de carbono em forma de CO2 por ano”, gerando mais poluição do que a cidade de São Paulo. Depois de 41 anos emitindo poluentes, as hidrelétricas começarão "a gerar benefícios industriais”, avalia.
Philip Fearnside é graduado em Biologia pelo Colorado College, nos Estados Unidos, e especializou-se em Sistemas de Informações Geográficas, pela USP. Possui mestrado em Zoologia e doutorado em Ciências Biológicas, pela University of Michigan, nos Estados Unidos. Atualmente, é professor da Universidade Federal do Amazonas e pesquisador do CNPq e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa.
Confira a entrevista:
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=59151
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