Integrantes da “Sou Pará”oficializaram ontem frente contra a divisão (Foto: Daniel Pinto)
A Assembleia Legislativa do Pará (AL) realizará sessões itinerantes para debater a divisão do Pará para criação dos Estados do Carajás (sul e sudeste) e Tapajós (oeste). As sessões foram propostas pelo líder do PSDB, deputado José Megale, e acatadas pelo presidente da casa, deputado Manoel Pioneiro (PSDB).
A intenção é dar oportunidade à população das regiões nordeste, sul e sudeste, além do oeste, de debater o processo de divisão do Estado, esclarecendo sobre o plebiscito que será realizado em dezembro para que os eleitores decidam sobre a criação dos novos Estados. Megale defende que o parlamento estadual deve liderar esse debate, alegando que os deputados são os representantes da população, portanto, precisam iniciar o processo de discussão sobre a divisão.
Pioneiro informa que as sessões deverão ocorrer nos municípios de Santarém, Marabá e Capanema, mas ainda não foram definidas as datas. Os parlamentares estaduais e federais envolvidos no processo de divisão do Estado se reunirão em Brasília, amanhã, em audiência pública, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para esclarecer as regras sobre o plebiscito.
SOU PARÁ
Membros da frente suprapartidária “Sou Pará”, criada para fortalecer o discurso contra a divisão do Estado, oficializaram ontem, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a criação do bloco composto por cinco legendas que vão engrossar o movimento contrário à divisão .
A coordenação da frente esteve, na tarde de ontem, no DIÁRIO, onde apresentou os argumentos que pretende utilizar para convencer a população a votar contra a divisão. Eles ainda vão aguardar as orientações para a organização das campanhas para o plebiscito, que deve ganhar fôlego após a audiência pública. A “Sou Pará”, que conta com as siglas PTN, PSL, PTdoB, PHS e PTC, informa que está aberta a novas adesões.
Tendo como base os estudos do Instituto de pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que destaca o aumento nas despesas com a criação de mais dois governos estaduais, eles afirmam ser inviável a criação de outros Estados no Brasil. “Os gastos com a manutenção da máquina pública serão maiores do que a arrecadação. Os novos Estados terão um déficit grande que precisarão ser cobertos pelo governo federal, gerando mais custos”, destacou Zezinho Lima, presidente do Partido Trabalhista do Brasil (PT do B).
FRENTES
Na AL, vários deputados já viabilizam as frentes pró e contra a divisão. A frente dos deputados que defendem o Pará unido é liderada por Celso Sabino (PR) e a frente pela divisão é liderada pelo deputado João Salame (PPS).
(Diário do Pará)
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