Os representantes da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais- ABGLT foram convidados pelo o atual Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, para discutir as repercussões diante da decisão da presidenta Dilma Roussef em suspender a distribuição do kit educativo do Projeto Escola sem Homofobia no movimento LGBT brasileiro.
O encontro aconteceu no dia 31/05/2011, no Palácio do Planalto e foi a coordenado pelo próprio Ministro. Inicialmente, o ministro solicitou que as lideranças externassem seus sentimentos, bem como os sentimentos da população LGBT em face de todo o descontentamento a decisão de suspender uma ação fundamental de combate a homofobia no ambiente escolar e, fundamentalmente, a declaração da presidenta sobre posição do governo em não veicular nenhuma propaganda de opção sexual (SIC).
A ABGLT apontou firmemente a situação de caos que foi gerada pela posição do governo. Questionou a suspensão do material e a forma como foi construída a decisão da presidenta que não consultou o movimento, tão pouco os profissionais envolvidos na produção do material. Além disso, foi apontado com veemência o retrocesso na garantia de direitos e efetivação de políticas públicas na promoção da cidadania LGBT que repercutirão como efeito cascata nos estados e municípios.
A ABGLT também condenou a demora em aprovar o kit educativo e a falta de transparência nas informações, além do mal estar gerado pela fala da presidenta Dilma sobre a propaganda de opções sexuais e o conselho de costumes pelo seu governo.
O Ministro Gilberto Carvalho se comprometeu que a posição da presidenta foi especificamente ao material do kit e não a política LGBT e nem ao combate à violência homofobia. O governo tem a posição clara de combater a homofobia, a discriminação e não recuará em nenhuma a política pública LGBT no país. E o termo "costumes", foi uma fala infeliz dele a imprensa e não da presidenta, e que de forma alguma haverá qualquer conselho de costumes no governo.
Após quase três horas de muito debate sobre a atual situação, o Ministro disse que o governo irá provar com ações concretas seu posicionamento no combate a homofobia e promoção da cidadania LGBT
Toni Reis, presidente da ABGLT, Irina Bacci, Secretaria Geral, Beto de Jesus, secretário da região Sudeste, Carlos Magno, secretário de comunicação e Vitor de Wolf, coletivo da juventude e representante do Grupo de Trabalho Brasil sem Homofobia no MEC estiveram no encontro e levaram a presidência da república as reivindicações da ABGLT, bem como o descontentamento geral da população LGBT.
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