Durante a estadia dos parlamentares baianos, Valmir Assunção (deputado federal – PT/BA) e Marcelino Galo (deputado estadual - PT/BA), à região sudeste do Pará, para participação nos eventos alusivos aos 15 anos do Massacre da Curva do S (Eldorado do Carajás); e em companhia dos militantes petistas Marcelo Martins, Fabiano Rodrigues e Leonidas Mendes Filho, além do líder do MST, João Pedro Stédile; foi intentada uma visita à Flona Carajás, na cidade de Parauapebas.
A visita, entretanto, foi marcada por turbulências, pois, quando a comitiva tentou passar pela portaria da Flona (Floresta Nacional) de Carajás, funcionários da empresa prestadora de serviços de segurança da Vale tentaram impor restrições à entrada dos parlamentares e de seus acompanhantes. Houve, então, protestos por parte dos visitantes contra a arbitrariedade, posto que, há muito, a empresa, numa clara ilegalidade, atenta contra o direito de ir e vir, garantido constitucionalmente e limita o acesso de visitantes à área da Flona.
Importante frisar que tal atitude encontra guarida nas instituições públicas que deveriam assumir a responsabilidade, que é, precípua e legalmente, de dever do IBAMA, que, a pretexto de falta de recursos e pessoal transferiu para a Vale; e, esta por sua vez, repassa para empresas terceirizadas de segurança, que assume as vezes de policia florestal.
Para os parlamentares baianos, ficou a impressão de a Vale, com conivência dos poderes públicos, se posta como substituto do Estado em suas tarefas mínimas em nossa cidade, motivo pelo qual se posicionaram no sentido de reivindicar junto à Presidência da República que o “governo assuma seu dever de cumprir seu papel de garantir os direitos fundamentais do cidadão, incluso, entre estes, o de ir e vir, e da gestão da Flona de Carajás”.
O fato é que, depois de muita discussão e bate-boca, parte da comitiva conseguiu concluir sua visita à Flona, não obstante não tenha conseguido ir até a mina, mas, ficou a impressão de que a Vale, em nossa região, se coloca acima do Estado e dos direitos constitucionais do cidadão.
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