15 anos de impunidade, basta!

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Debaixo de um sol amazônico os sem-terra não se amofinaram e seguiram em caminhada desde o Assentamento 17 de Abril, em marcha até a “curva do S”, em Eldorado dos Carajás, palco de dos mais atrozes episódios da luta pela reforma agrária no Pará e no Brasil, para manifestar a sua indignação à impunidade gritante que assola estas terras, como também tecer suas homenagens aos “mártires de abril”. Ao final da mais sangrenta batalha ali ocorrida, onde 19 trabalhadores foram brutalmente assassinados e ainda pairam dúvidas quanto ao verdadeiro número de mortos, pois muitos deles supostamente até hoje permanecem desaparecidos, segundo vários trabalhadores que depõem com pesar terem presenciado a morte de pelo menos 3 mulheres dentre os chacinados.



A conquista destes lutadores culminou com a conquista do hoje maior assentamento do estado do Pará, com mais de 28.000 ha, onde antes era a fazenda Macaxeira, que hoje abriga quase 700 famílias que trabalham, produzem, estudam e vivem dignamente.

                        Mrcelino Galo, João Pedro Stédile e Valmir Assunção
O ato contou com a participação de representantes de vários movimentos sociais que prestaram homenagem aos sem-terra, além de membros da igreja católica, do prefeito do município de Eldorado, Genival Diniz/PT e de vários parlamentares. Dentre estes últimos destacamos a participação dos deputados baianos: Valmir Assunção Deputado Federal/PT e Marcelino Galo Deputado Estadual/PT, além da senadora Marinor Brito (PA).

Marinor destacou em sua fala que seu mandato “está à disposição do movimento social” além de expor toda a sua indignação e disposição para lutar até o final para impedir que os “bandido fichas sujas como Jader Barbalho voltem ao poder”.

                                          Deputado Federal Valmir Assunção
Valmir Assunção, que é assentado na Bahia e foi da direção nacional do MST lembrou que: “hoje estou deputado federal fruto da luta pela reforma agrária e para lutar diuturnamente na defesa desta causa, como pelas políticas públicas que, mesmo num governo petista, ainda são muito tímidas no atendimento à agricultura familiar. Quero ainda prestar minhas homenagens a estes heróis do povo brasileiro que demonstram a força e a coragem daqueles que lutam e transformam a vida no campo com sua resistência, coração, mãos e com as próprias vidas!”.

Marcelino Galo, comandou no dia 15 de abril sessão especial na Assembléia Legislativa da Bahia “para rememorar o massacre de vários camponeses em Eldorado dos Carajás” e na “curva do S” prestou sua homenagem diretamente aos sobreviventes do massacre de eldorado dos Carajás, diante do monumento dos “mártires de abril”, além de dirigir sua fala também às novas gerações de sem-terra disse que: “devemos lembrar e deixar vivo na memória que, aqui neste lugar, os ricos deste país assassinaram covardemente trabalhadores que lutavam por terra, trabalho, liberdade e pão e isto, jamais pode ser esquecido!”

Após o ato, os dois parlamentares baianos dirigiram-se, juntamente com João Pedro Stédile (da direção nacional do MST) ao Assentamento 17 de Abril, onde comprovaram as conquistas dos assentados em 15 anos de muito trabalho e dedicação. Eles foram acompanhados por Gouveia, líder sem-terra daquele assentamento, além do dirigente do PT de Parauapebas, Leônidas Mendes Filho, que destacou a importância da visita da delegação baiana: “é a reafirmação do compromisso histórico do PT e de seus parlamentares com a luta pela Reforma Agrária e pela melhoria das condições de vida do nosso povo!”

Numa breve audiência, durante o almoço oferecido à Delegação pelos assentados do 17 de Abril, Leônidas Mendes Filho, acompanhado pelos lideres dos garimpeiros de Serra Pelada, Etevaldo Cruz e Toninho Arantes, também entregou ao deputado Valmir Assunção um relatório sobre a situação daquela comunidade, destacando, em especial, a questão do contrato, “prejudicial aos garimpeiros”, entre a Coomigasp e a Colossus, e pedindo ao parlamentar petista que envide esforços na Câmara Federal no “intuito de passá-lo a limpo”, compromisso prontamente assumido por Valmir Assunção.


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