Iriny Lopes: Governo tem compromisso especial com as mulheres brasileiras

 Foto: Elza Fiúza/PR

 

O governo da presidenta Dilma Rousseff tem compromisso com todas as brasileiras e brasileiros, mas especialmente com a mulheres, afirmou a ministra-chefe da Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, durante o programa de rádio Brasil em Pauta especial Brasileiras, que estreou nesta quarta-feira (16). O programa, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços, tem o formato ‘perguntas e respostas’ e será transmitido no canal da Voz do Brasil mensalmente.

Na entrevista, a ministra foi indagada sobre a contenção orçamentária de R$ 50 bilhões anunciada pelo governo no mês passado. A ministra esclareceu que os cortes não comprometerão nenhum programa social e que o mesmo se aplica a sua pasta.

“A presidenta Dilma, ao tomar a iniciativa de estabelecer alguns cortes no orçamento para manter o controle das finanças públicas, teve o cuidado de fazer cortes de maneira a não comprometer os programas sociais. Assim, os programas da nossa secretaria estão mantidos, no que tange aos equipamentos necessários à proteção da mulher, em especial o enfrentamento à violência praticada contra a mulher”, disse.

Ao tratar da reforma política, em discussão no Congresso Nacional, Iriny Lopes disse que o governo está empenhado em defender um conjunto de proposições construído pela SPM e a bancada feminina no Congresso, com apoio dos movimentos de mulheres do país. Como exemplo de ação defendida nesta proposta, a ministra citou a alternância entre homens e mulheres nas listas do Congresso, além do fortalecimento do financiamento de campanha para as mulheres. “Nós teremos muita coisa a debater. O projeto que o governo sustentará no debate é aquele que foi construído com os movimentos de mulheres nos últimos anos”, salientou.

A ministra afirmou ainda que a prioridade da pasta no momento precisa ser a inclusão de mulheres no mercado de trabalho, pois apesar de as brasileiras serem maioria na população e melhor qualificadas profissionalmente, ainda recebem salários inferiores aos dos homens e representam apenas 19% dos postos de direção nas empresas.
“Precisamos muito mesmo do Congresso Nacional. Temos uma legislação já pronta para ser votada, que cria as condições de igualdade no mundo do trabalho (…). Ter uma legislação própria, que respalde as iniciativas, é fundamental agora”, completou.
A ministra destacou a necessidade de um melhor cumprimento, por parte do Judiciário, da Lei Maria da Penha, que pune com maior rigor a violência doméstica contra a mulher. Ela afirmou que o governo estuda a instalação de delegacias especializadas, núcleos de atendimento e casas abrigo também na zona rural do país.
“As mulheres rurais do nosso país merecem tratamento igual em todos níveis, não só do enfrentamento à violência, mas também da autonomia e igualdade das mulheres no mundo do trabalho e outros equipamentos como creche, restaurantes comunitários, buscando dar essa autonomia”, concluiu

Blog do Planalto

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