Parlamento israelense aprova lei macartista‏

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Foi aprovada hoje, 5 de janeiro, pelo parlamento israelense, uma nova lei que instaura uma "CPI" ("parliamentary panel of inquiry") contra organizações de esquerda do país, as quais estariam participando de uma campanha de deslegitimação de Israel e seus soldados.
A proposta foi levantada por Avigdor Lieberman, Ministro das Relações Exteriores, apresentada por uma parlamentar de seu partido, e aprovada por 47 votos, com 16 votos contra.
Foi alegado que estes grupos teriam fornecido material para a Comissão Goldstone (que investigou os ataques a Gaza), e estariam por trás das acusações sofridas por oficiais israelenses. A aprovação vem após o "procurador geral" do país ter determinado que este tipo de investigação não deveria ser levada contra tais grupos.
O foco primário é investigar as fontes de financiamento de quaisquer grupos de esquerda (ONGs, fundações, partidos), particularmente se o dinheiro vem de estados ou organizações estrangeiras envolvidas com atividades terroristas.
A iniciativa foi recebida com duras críticas tanto pela oposição quanto grupos de direitos humanos.
O parlamentar Nitzan Horowitz, do Meretz, afirmou que esta comissão é para silenciar as críticas, sendo na verdade uma política de perseguição percrutada pela coalizão majoritária sob a fachada legal de uma comissão de investigação.
O parlamentar Dov Khenin, do Hadash e um dos líderes do Partido Comunista de Israel, afirmou que o Macartismo começou da mesma forma. O presidente do Hadash, Mohamed Barakeh, chamou de um dia racista e facista, e que a campanha contra os direitos humanos e dos cidadãos atingiu um nível ainda mais baixo.


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