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MIOPIA: ATUAL DIREÇÃO DO PT PARAENSE ISOLA A MILITÂNCIA
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Por: Eduardo Bueres
Não é somente ridícula: é despropositada da realidade e apartada dos componentes ideológicos, dos valores e das bandeiras históricas defendidas pelo Partido dos Trabalhadores e do conjunto da esquerda brasileira, a posição tomada pela 'direção' que atualmente controla o Partido dos trabalhadores no Estado do Pará que esperneia, embora legalmente, contra a civilizatória lei da Ficha Limpa.
Continua na contramão essa minoria que compõe este núcleo duro que, ontem, 10.01.2011, protocolou no TRE-PA, um recurso pedindo a anulação da eleição de 3 de outubro ao Senado e a realização de um novo pleito, sem que essa importante questão tenha sido alvo de mínima discussão interna no seio das tendências e da escabreada militância papa-chibé que anda, como diz o paraense, 'mordida' com esse descaso.
Quanto mais desta forma continuar agindo e operando, mais se auto condena esse pequeno grupo, a ser desidratado de valores representativos da parte de quem ali os colocou, pois que, representa somente a si mesmo.
Essa afirmativa se faz porque, essas práticas despolitizadas, tão anti-socialistas e anti-democráticas que consistem em empurrar goela abaixo do coletivo essas decisões alopradas que estão sendo tomadas por dirigentes que parecem perturbados ideologicamente, não podem permanecer para sempre intactas e desprovidas de consequências.
Mesmo porque, foram esses mesmos operadores que levaram recentemente o partido dos Trabalhadores á beira do precipício favorecendo com sua intercessão sofrível, despersonalizada e prenhe de subserviência, fato que contribuiu fortemente para que este se deparasse com a maior derrota eleitoral já sofrida em toda sua história no Estado do Pará, desde a sua fundação, se for levado em conta todo o conjunto de condições e circunstâncias verdadeiramente extraordinárias proporcionadas pelo ex-presidente Lula que, carregou, como na famosa fábula "pegadas na areia" a ex-governadora no colo.Foi como perder um pênalti sem goleiro.
A quem mais interessa esse movimento, se não ao ex-deputado Jader Barbalho e ao principal carrasco politico do projeto regional do PT, o velho PMDB, (artífice de tanta trairagem e senhor das grandes pirotecnias em nível de recursos judiciais, tão guloso de poder que, já reassumiu durante o novo governo tucano os velhos cargos que antes mamavam em nossas tetas). O criador e criatura se regozijam com as atitudes diligentes e muy gentis de nossas lideranças. Qual é a agenda oculta?
Tem dirigente velha guarda que resiste a modernidade petista, que ainda não entendeu que grande parte da militância e do movimento social - faz tempo- já esta de saco cheio de fazer o papel de boi de presépio e que chegou a hora das mudanças acontecerem e que, a outra alternativa fora desse campo é a atrofia provocada pela perversidade da mesmice.
Precisamos retomar a caminhada, por isso cabe perguntar:
1) onde nessa atual gestão se escondeu o tradicional princípio das convocações de plenárias e dos debate coletivos e setoriais que, antigamente, norteavam e propunham os novos rumos do nosso querido PT, quando, e onde, eram analisadas e debatidas as conjunturas em nível internacional, nacional, estadual e municipal ?;
2) Por que até hoje a direção do partido dos trabalhadores não convocou seus membros e lideranças distritais para discutir os ônus e bônus referentes as eleições 2010, já que, para aqueles jovens que estudarão a história política do nosso partido em nosso Estado num futuro bem próximo, com a finalidade de aprender com os equívocos dos iluminados da época, constatarão terem existidos erros estratégicos e táticos flagrantes, praticados por quem deveria ter proposto á toda sociedade e a militância, por exemplo, a possibilidade da escolha de dois nomes do PT para disputar o senado nas eleições passadas, sabendo-se com larga antecipação que, o nome do companheiro Paulo Rocha não estava despossuído do risco de ser caçado politicamente (menos pela forma da lei) pelo TSE e que, os petistas verdadeiros jamais votariam ou transfeririam votos para o senhor Barbalho, como sugeriu, hipocritamente, a época, a atual direção?;
3)Por que tapar o sol com a peneira quando toda sociedade paraense e mundial sabe que, os votos que elegeram, legitimamente, a atual senadora Marinor Brito, partiram de militantes do PT,como segunda opção.
E que, essa mesma militância e massa de simpatizantes a preferem ocupando a vaga no senado que ao senhor Jader Barbalho?.
Existem valores perenes estabelecidos na no exercício da construção partidária que muitos dos nossos não possuem mais idade, nem escolhas de sobra para abrir mão por tudo o que já se passou e se construiu...
Somente serão restabelecidos os laços de confiança e afastados os que geram desconfianças e descréditos mediante uma repactuação pelo restabelecimento do diálogo interno, nunca proposto pelo núcleo duro no comando do partido; talvez por temer se defrontar com as críticas fraternais e construtivas e idéias modernas que possam contrariar o seu livre comando e arbítrio.
Diante da necessidade de reagrupamento do PT, precisamos aceitar que perdemos as eleições e que, nesta derrota recebemos quase 50% de votos,que foram depositados como crédito moral que nos impõe retribuir com seriedade e trabalho, fazendo uma oposição firme, superior e construtiva porque, há muitos suores, passados já construímos todas as possibilidades de estarmos presentes no segundo turno de quaisquer disputas majoritárias futuras, seja em 2012 ou 2014.
5) Quando tempo nos, petistas, ainda teremos que esperar para ver o partido sair do atual marasmo e estado paralisante de constante defensiva e sofrível defesa em que se encontra,se o tempo político e diferente do tempo comum e essas gotas de ouro nos não a possuimos?.
Se não existirem respostas para este conjunto de inquietações e, se a finalidade da manutenção de todo esse jogo fechado numa camisa de força de sectarismo for o estabelecimento da contradição pura e simples expondo o verdadeiro poder que não pertence a nem um grupo e nem a todos por que não o alcançam, e sim ao povo dessa terra: porque então isolar em vez de contemplar a maioria daqueles que compõe o maior partido socialista e democrático do ocidente se estes são os que instrumentalizam as mudanças com o seu labor incansável, que vão muito alem da sua mera teimosia e frustração?.
Não sendo assim, melhor seria que a atual direção eleita renunciasse conjunta e solidariamente aos cargos que ocupa já que, percepcionalmente - e na prática - não esta conseguindo exerce-los a contento.
É lamentável que, por conta desse estreitamento no horizonte de comunicação e por falta de iniciativas visando a convocação coletiva para o estabelecimento interno do diálogo, esse tipo de questão esteja sendo tratada através de blogs e não nos legítimos e adequados fóruns, talvez porque tenham virado cal de sepulcro na atual gestão.
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5 Responses to "MIOPIA: ATUAL DIREÇÃO DO PT PARAENSE ISOLA A MILITÂNCIA"
Depois de postar uma avaliação, na minha concepção equivocada, assinada pelo Pere Petit, os companheiros da AE agora chamam o partido ao debate(link acima) questionando a forma como o PT vem tomando suas decisões sem consultar o conjunto, se não da militância, pelo menos dos dirigentes e lideranças das tendências internas do partido.
De minha parte acredito que nesse momento a melhor forma de fortalacer o partido é o chamado à unidade, ao debate interno, com respeito e sem revanchismo.
Apesar da derrota eleitoral que tivemos, o segundo turno, mostrou que o projeto de governo defendido pelo PT tem sim muitos legados a serem defendidos, o principal deles é o próprio conjunto de quase 45% dos eleitores que queriam a continuidade do projeto.
É importante ressaltar o fato de que isso se deu no segundo turno, tendo em vista que nesse momento as forças da direita, que teoricamente estiveram conosco no primeiro turno, já haviam se realinhado ao seu campo original e já estavam todos reagrupados em torno da candidatura Jatene.
No mais, também acredito que tenha sido um erro lançarmos apenas um candidato a senador naquela conjuntura de insegurança jurídica, assim como acredito que, sinceramente, que "chamar" novas eleições agora só beneficiará o Sr. Jader Barbalho. Não tenho nenhuma dúvida que qualquer candidatura do PT ou mesmo da esquerda, nesse momento, não logrará êxito.
Portanto, temos que chamar o partido a fazer uma oposição qualificada e expor ao máximo a perspectiva de retrocesso que representa esse governo tucano para o estado. Para tanto, seria importante e necessário que algumas práticas pudessem ser coordenadas pelo partido, pra isso a unidade é fundamental.
Acredito que um bom começo para viabilizar essa estratégia, seria uma revisão imediata na comunicação do partido. Proponho a criação de um núcleo unificado de comunicação que articule os 12 mandatos do partido, a partir da formulação de conteúdo político que possa preparar toda militância do partido para esse embate.
Essa estratégia é importante para que possamos romper o bloqueio que a "grande mídia" do estado fará ao PT, já que ela é atrelada ao projeto da direita. Deveríamos, no meu modo de ver, articular a construção de uma imensa rede de internautas, que seja capaz de pautar esse debate na sociedade, exemplo da importância que teve a rede para a eleição da companheira Dilma.
Os equívocos desse capas que comandam o PT durante a campanha são inesquecíveis: chegaram a ponto de trazer o ícone tucano Almir Gabriel (fala sério!) para subir no palanque ao lado da Ana Júlia,desastre que tirou mais votos dela, porque a militância repudiou essa idéia, do que vantagens nas urnas.A direção falhou feio em não ter influenciado contra a asneira.O resultado tai.
São atitudes feito a do internauta acima,Vicente Cidades, com sua língua afiada de censor,que acabam fortalecendo o terrível vício da elite que levou o governo do secretariado da Ana Júlia ao triste fim nas urnas, em detrimento do nosso projeto progressista, onde milhões de pessoas sofrerão e pagarão o preço de ter que conviver com as políticas excludentes próprias do elitismo tucano, por conta de equívocos de tão poucos.Foi por calar a voz da militância e pelo medo de chamar o partido para o bom debate, que muitos erros que só agora estão sendo agora denunciados aqui, pelo ART-Esquerda vieram a existir.Sr. Cidades,Não existe nenhum assunto proibido é ninguém santificadamente intocável que não possa ser questionado por seus erros, inclusive o chamado núcleo duro que comanda o PT do Pará com mão de ferro e subserviência comprovada á DS quando assumiu uma postura servil durante todo o governo passado.O Blog esta certo em não assumir uma posição chapa branca e corporativa.Queremos o debate de volta,já!.
Qualquer coletivo dirigente que não tomar cuidado para não cair no ridículo da submissão frente as pressões,que sempre irá se defrontar,acabará sempre mergulhado em um mar de desconfiança, pelo resto do tempo de mandato.não da para iniciar uma guerra contra o TSE só para livrar a cara do Jader.A lei da ficha limpa chegou para ficar.Quem se saiu ileso é porque é puro e ilibado;quem foi barrado, tem que se conformar e enfrentar as conseqüências.O papel da direção é tirar uma lição sobre este fato,para que não volte a se repetir prejudicando todo um esforço.Nossos votos foram parar no lixo,quando poderíamos ter eleito dois senadores, em vez de estar assistindo a posse da Marinor Brito,tirada do PT,graças ao coletivo dirigente engessado.
Talves não tenha sido claro, mas em nenhum momento defendo que não haja debate interno, pelo contrário.
Agora, com relação as análises políticas é que manifesto minha discordância com o divisionismo que vem explícito em seus conteúdos, veja bem o uso do termo, divergência.
O PT tem se tornado um partido pragmático e isso é ruim, porque os fins servem para justificar os meios, inclusive essa falta de debate que como consequência trouxe a apatia de boa parte da militância.
Na minha avaliação, um dos problemas que tivemos foi derivado do fato de que a governadora não pertencia ao grupo majoritário do partido, isso criou uma dicotomia, posto que a correlação interna do partido não foi refletida no governo.
Veja o exemplo do governo federal, onde o CNB possui 13 ministérios, fora os ditos da cota pessoal da presidenta. Não há discursão sobre isso, por que?
Ou seja, o que quero dizer é que nós devemos sim discutir, mas não perder de vista a questão central que é a rearticulação da direita e o retrocesso que isso representa.
Toda direita do estado se rearticulou em torno do projeto tucano, isso é culpa nossa? não.
Agora, o que aconteceu aqui no Pará, mostrou o caminho para os tucanos a nível nacional e é isso que eles vão fazer, articular a oposição a Dilma a partir dos governos estaduais.
Temos então que debater, claro, mas apontando avanços e não retrocessos.
Depois de postar uma avaliação, na minha concepção equivocada, assinada pelo Pere Petit, os companheiros da AE agora chamam o partido ao debate(link acima) questionando a forma como o PT vem tomando suas decisões sem consultar o conjunto, se não da militância, pelo menos dos dirigentes e lideranças das tendências internas do partido.
ResponderExcluirDe minha parte acredito que nesse momento a melhor forma de fortalacer o partido é o chamado à unidade, ao debate interno, com respeito e sem revanchismo.
Apesar da derrota eleitoral que tivemos, o segundo turno, mostrou que o projeto de governo defendido pelo PT tem sim muitos legados a serem defendidos, o principal deles é o próprio conjunto de quase 45% dos eleitores que queriam a continuidade do projeto.
É importante ressaltar o fato de que isso se deu no segundo turno, tendo em vista que nesse momento as forças da direita, que teoricamente estiveram conosco no primeiro turno, já haviam se realinhado ao seu campo original e já estavam todos reagrupados em torno da candidatura Jatene.
No mais, também acredito que tenha sido um erro lançarmos apenas um candidato a senador naquela conjuntura de insegurança jurídica, assim como acredito que, sinceramente, que "chamar" novas eleições agora só beneficiará o Sr. Jader Barbalho. Não tenho nenhuma dúvida que qualquer candidatura do PT ou mesmo da esquerda, nesse momento, não logrará êxito.
Portanto, temos que chamar o partido a fazer uma oposição qualificada e expor ao máximo a perspectiva de retrocesso que representa esse governo tucano para o estado. Para tanto, seria importante e necessário que algumas práticas pudessem ser coordenadas pelo partido, pra isso a unidade é fundamental.
Acredito que um bom começo para viabilizar essa estratégia, seria uma revisão imediata na comunicação do partido. Proponho a criação de um núcleo unificado de comunicação que articule os 12 mandatos do partido, a partir da formulação de conteúdo político que possa preparar toda militância do partido para esse embate.
Essa estratégia é importante para que possamos romper o bloqueio que a "grande mídia" do estado fará ao PT, já que ela é atrelada ao projeto da direita. Deveríamos, no meu modo de ver, articular a construção de uma imensa rede de internautas, que seja capaz de pautar esse debate na sociedade, exemplo da importância que teve a rede para a eleição da companheira Dilma.
Os equívocos desse capas que comandam o PT durante a campanha são inesquecíveis: chegaram a ponto de trazer o ícone tucano Almir Gabriel (fala sério!) para subir no palanque ao lado da Ana Júlia,desastre que tirou mais votos dela, porque a militância repudiou essa idéia, do que vantagens nas urnas.A direção falhou feio em não ter influenciado contra a asneira.O resultado tai.
ResponderExcluirCélia Regina Quadros - Barcarena
São atitudes feito a do internauta acima,Vicente Cidades, com sua língua afiada de censor,que acabam fortalecendo o terrível vício da elite que levou o governo do secretariado da Ana Júlia ao triste fim nas urnas, em detrimento do nosso projeto progressista, onde milhões de pessoas sofrerão e pagarão o preço de ter que conviver com as políticas excludentes próprias do elitismo tucano, por conta de equívocos de tão poucos.Foi por calar a voz da militância e pelo medo de chamar o partido para o bom debate, que muitos erros que só agora estão sendo agora denunciados aqui, pelo ART-Esquerda vieram a existir.Sr. Cidades,Não existe nenhum assunto proibido é ninguém santificadamente intocável que não possa ser questionado por seus erros, inclusive o chamado núcleo duro que comanda o PT do Pará com mão de ferro e subserviência comprovada á DS quando assumiu uma postura servil durante todo o governo passado.O Blog esta certo em não assumir uma posição chapa branca e corporativa.Queremos o debate de volta,já!.
ResponderExcluirQualquer coletivo dirigente que não tomar cuidado para não cair no ridículo da submissão frente as pressões,que sempre irá se defrontar,acabará sempre mergulhado em um mar de desconfiança, pelo resto do tempo de mandato.não da para iniciar uma guerra contra o TSE só para livrar a cara do Jader.A lei da ficha limpa chegou para ficar.Quem se saiu ileso é porque é puro e ilibado;quem foi barrado, tem que se conformar e enfrentar as conseqüências.O papel da direção é tirar uma lição sobre este fato,para que não volte a se repetir prejudicando todo um esforço.Nossos votos foram parar no lixo,quando poderíamos ter eleito dois senadores, em vez de estar assistindo a posse da Marinor Brito,tirada do PT,graças ao coletivo dirigente engessado.
ResponderExcluirCaro anônimo das 19 h.
ResponderExcluirTalves não tenha sido claro, mas em nenhum momento defendo que não haja debate interno, pelo contrário.
Agora, com relação as análises políticas é que manifesto minha discordância com o divisionismo que vem explícito em seus conteúdos, veja bem o uso do termo, divergência.
O PT tem se tornado um partido pragmático e isso é ruim, porque os fins servem para justificar os meios, inclusive essa falta de debate que como consequência trouxe a apatia de boa parte da militância.
Na minha avaliação, um dos problemas que tivemos foi derivado do fato de que a governadora não pertencia ao grupo majoritário do partido, isso criou uma dicotomia, posto que a correlação interna do partido não foi refletida no governo.
Veja o exemplo do governo federal, onde o CNB possui 13 ministérios, fora os ditos da cota pessoal da presidenta. Não há discursão sobre isso, por que?
Ou seja, o que quero dizer é que nós devemos sim discutir, mas não perder de vista a questão central que é a rearticulação da direita e o retrocesso que isso representa.
Toda direita do estado se rearticulou em torno do projeto tucano, isso é culpa nossa? não.
Agora, o que aconteceu aqui no Pará, mostrou o caminho para os tucanos a nível nacional e é isso que eles vão fazer, articular a oposição a Dilma a partir dos governos estaduais.
Temos então que debater, claro, mas apontando avanços e não retrocessos.
Valeu !!