Programa Internacional de Avaliação de Alunos: Brasil melhora em avaliação internacional, mas continua um dos piores do mundo

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BRASÍLIA - O Brasil pode comemorar, mesmo que sem muita empolgação, os resultados do o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), realizado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O País teve a terceira maior evolução nas médias de 65 nações e conseguiu superar a barreira dos 400 pontos em leitura e ciências, mas ficou abaixo desse patamar em matemática. O resultado, no entanto, ainda está longe de ser positivo. Nas três áreas, pelo menos a metade dos jovens brasileiros não consegue passar do nível mais básico de compreensão.

O Pisa avalia estudantes de 15 anos completos em todos os países membros da OCDE, mais os convidados - como Brasil, México, Argentina e Chile, entre outros. Em 2009, ano da prova mais recente, foram selecionados 400 mil jovens em todo o mundo, incluindo 20 mil brasileiros de todos os Estados. A escolha pela faixa etária permite uma comparação entre os diferentes países, mesmo que os sistemas de ensino sejam diferentes.

A matemática ainda é o ponto mais fraco dos estudantes do País. Apesar de ter subido 16 pontos, a média nacional - de 386 - ainda fica 111 pontos abaixo da média da OCDE. Em ciências, a média brasileira subiu 15 pontos e chegou a 405, enquanto em leitura, onde houve a maior evolução - 17 pontos -, alcançou 412.

Os melhores números, no entanto, ainda deixam uma boa parte dos alunos pelo caminho. Em leitura, quase metade dos brasileiros avaliados alcança apenas o nível 1. Em três anos, houve uma melhoria de apenas 6 pontos percentuais. O nível 1 significa que esses adolescentes são capazes de encontrar informações explícitas nos textos e relacioná-las com o dia-a-dia deles. E só. Não são analfabetos, mas têm somente o grau mínimo de habilidade de leitura.

Em matemática, 69% dos estudantes do País chegam apenas ao nível 1, contra 73% em 2006. Esses jovens não conseguem ir além dos problemas mais básicos e têm dificuldades de aplicar conceitos e fórmulas. Na avaliação da OCDE, eles teriam inclusive dificuldades de tirar proveito de uma educação mais avançada.
Em ciências, 54,2% dos brasileiros avaliados ficaram no nível 1 - ou seja, conseguem apenas entender o óbvio e têm enormes dificuldades de usar ou compreender essa disciplina. Em 2006, 61% estavam nesse patamar. Na outra ponta, apenas 1,3% dos estudantes atinge os níveis 5 e 6 em leitura, 0,8 % em matemática e 0,6% em ciências.

A evolução revelada na prova foi comemorada pelo governo, já que em apenas três anos o País conseguiu mostrar, pela primeira vez, resultados consistentes. Entre 2003 e 2006, a média geral brasileira havia crescido apenas um ponto. Em leitura, havia caído 10, e permanecido estável em ciências. Apenas matemática havia crescido. Nesta edição, o Brasil conseguiu superar, na América Latina, Colômbia e Argentina, mas ainda está atrás do Chile, Uruguai e México.

Dez Estados tiveram desempenho acima da média nacional

 BRASÍLIA - Dez Estados brasileiros alcançaram resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) melhores que a média nacional. Todos eles estão nas regiões Sul e Sudeste, com exceção do primeiro lugar: o Distrito Federal, que já foi campeão do Pisa 2006 e agora obteve 439 pontos na média das três áreas avaliadas.

No último lugar do ranking, aparece Alagoas, com 354 pontos, seis a menos que sua última média. O Estado perdeu pontos em ciências e leitura e melhorou um pouco em matemática. Outras seis Unidades da Federação - Amapá, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima - pioraram em ciências. Distrito Federal, Sergipe e Santa Catarina caíram em matemática, e apenas Alagoas baixou a média em leitura.

A maioria dos Estados, no entanto, teve resultado significativamente melhor que os de 2006. O Maranhão, último colocado naquele ano, conseguiu aumentar em 43 pontos sua média em leitura - ainda assim, mantém-se como penúltimo no ranking brasileiro. São Paulo, que em 2006 ficou em 11º lugar, atrás de Estados mais pobres, como Paraíba e Sergipe, melhorou sua posição: agora aparece em 7º. Nas médias gerais, ainda está abaixo de todos os Estados do Sul, de Minas Gerais e do Espírito Santo.


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