ELEIÇÃO 2010: O VALOR DO VOTO

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Por Marcelo Martins*

Lembro das campanhas eleitorais onde somente a direita pagava pessoal e comprava votos, do tempo em que a necessidade criou o “corpo a corpo”, do tempo em que as doações e livros de ouro eram a principal fonte de financiamento de campanha da esquerda brasileira. Agora, tudo tem seu preço e o valor do suor empregado numa campanha é uma mercadoria como outra qualquer.

Será que isto se deve a mudança de perspectivas e programas dos partidos de esquerda? Será que foi a realidade, a sociedade o capitalismo que já não aceita relações pré-capitalistas seja em qual for o ramo da economia, como o é uma eleição? Será que não existem mais diferenças entre direita e esquerda, pelo menos quanto ao método eleitoral? Será que a sociedade compreendeu finalmente que no capitalismo tudo tem um preço, incluindo, é claro o voto?

Em momento de grandes mudanças por que passa o sistema político eleitoral brasileiro, incluindo aí a lei dos “ficha sujas”, a que impede as doações de quaisquer tipo, a carnavalização dos comícios, etc., nos parece que a realidade e o “jeitinho” sempre encontram uma maneira de seguir na lógica do “é dando que se recebe”, como por exemplo do candidato que monta uma “banquinha” numa esquina para pegar as receitas e outra num outro bairro e esquina para entregar o remédio, ou o “showmício cruzado”, que ocorre quando o candidato “coincidentemente” realiza um comício em frente a um bar que toca, coincidentemente, o seu jingle e desliga o som quando ele começa a falar e para o cúmulo da coincidência doa cerveja aos participantes do comício do candidato.

Nestes tempos, portanto, onde a lei endurece o jogo eleitoral e todo entusiasmo é vertido à profissionalização pela indústria eleitoral, quanto valerá um voto?

*Marcelo Martins
Historiador e Petista


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