Candidatura própria do PT no Piauí

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Por Marcelo Mascarenha

Nas eleições estaduais deste ano, no Piauí, estão se consolidando na disputa dois grandes blocos.

De um lado, o senador Wellington Dias (PT) é candidato ao Governo do Estado. Já confirmaram apoio a sua candidatura o PP do senador Ciro Nogueira e o PTB do senador João Vicente Claudino, que será candidato à reeleição. Provavelmente o PP indicará o candidato a vice mas, se for necessário, a vaga de vice na chapa poderá ser oferecida a algum possível aliado para ampliar a coligação.


Do outro lado está um blocão anunciado com toda pompa no início do ano: o deputado federal Marcelo Castro (PMDB) candidato a governador; o ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB) candidato a vice; e Wilson Martins (PSB), atual governador, como candidato a senador. A eles estão se somando, até agora, o PDT, PC do B, PTC, PSD, PPS, PROS, DEM e outros partidos menores.

Esta chapa do blocão, porém, enfrenta algumas dificuldades para se consolidar. A primeira é a diversidade de candidaturas nacionais: Marcelo apóia Dilma, Sílvio apóia Aécio Neves e Wilson apóia Eduardo Campos. A segunda é a resistência de parte das lideranças do PSDB (dentre as quais o atual prefeito de Teresina, Firmino Filho), de entregar a cabeça da chapa a outro partido, estando o nome do tucano Sílvio Mendes mais bem situado nas pesquisas que o de Marcelo.

A terceira é porque, para ser candidato ao senado, Wilson deve se afastar do governo em abril, assumindo o vice-governador Zé Filho (PMDB), que até hoje, embora sistematicamente cobrado pela imprensa, ainda não fez um pronunciamento público sobre sua concordância com a tática desenhada sem a sua presença na chapa. Há quem diga que, uma vez sentado na cadeira de Governador, o condutor da sucessão será Zé Filho, e não mais Wilson; e, portanto, muita coisa pode mudar. Há quem também diga que diante dessas indefinições, e por conta das últimas pesquisas eleitorais que mostraram Wilson em uma situação menos tranquila do que esperava na disputa pelo senado, pode ser que o atual governador não se afaste, permaneça na cadeira e banque uma candidatura própria do PSB ou mesmo apoie o nome do PSDB.

Toda essa indefinição na chapa da situação deixa transparecer que realmente abril trará algumas mudanças no cenário. E de abril a junho novas mudanças podem ocorrer. Até mesmo porque a candidatura de Wellington segue tendo um forte apoio popular, alcançando, na última pesquisa de intenção de voto divulgada o percentual de 64,64%, ante 19,88% de Marcelo, podendo encerrar a disputa no primeiro turno.

No que diz respeito à disputa proporcional, o cenário já é menos tranquilo para o PT. Em 2010, quando Wellington Dias saiu do governo para ser candidato a senador e Wilson assumiu o governo e foi candidato à reeleição, o PT, que apoiou Wilson, elegeu dois deputados federais e cinco deputados estaduais. Agora o partido enfrentará uma dura disputa contra duas grandes máquinas eleitorais: o governo do Estado e a prefeitura de Teresina. Sendo que teremos uma única chapa proporcional, com todos os partidos da aliança majoritária. Na melhor das hipóteses, avaliamos que o PT pode manter as suas bancadas federal e estadual.

Foi considerando todo este cenário que apresentamos ao conjunto do PT-PI a pré-candidatura do companheiro Deputado Estadual Cícero Magalhães à reeleição na Assembléia Legislativa e a pré-candidatura do vereador de Teresina, Gilberto Paixão, para a Câmara Federal. Acreditamos que tão importante quanto reeleger Dilma para presidir o país e eleger novamente Wellington para governar o Piauí, é eleger parlamentares comprometidos coma pauta da classe trabalhadora, que sejam porta-vozes das bandeiras históricas do PT, como a defesa da Reforma Agrária e da Reforma Urbana, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, a ampliação do financiamento do SUS e da educação pública, o combate às terceirizações e a democratização dos meios de comunicação social, dentre outras.

*Marcelo Mascarenha é dirigente nacional da AE


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