Encontro do PT Belém sobre Tática Eleitoral 2014, um breve relato

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O encontro foi iniciado com uma hora de atraso de “praxe“, por volta das 15h com a composição da 1° mesa de debate: Conjuntura e tática eleitoral 2014 e se definiu por consenso que como havia apenas duas compreensões distintas sobre a tática apresentadas ao partido, a saber: uma que defende a Candidatura Própria do Partido dos Trabalhadores ao governo do Pará e outra que defende o Apoio ao Filho Caçula de Jáder Barbalho/PMDB para elegê-lo governador do estado. Foi acordado que três representantes de cada posição fariam suas defesas, com o tempo de 7 minutos para as considerações iniciais cada um e 5 minutos para as finais, após a participação da plenária, com 19 inscrições.

As defesas da Candidatura Própria do PT ressaltaram a importância do protagonismo do PT nas lutas do povo e da classe trabalhadora, seu aprendizado com as derrotas eleitorais e a importância dos governos de Belém (1997-2004) e do Pará (2007-2010), que só podem ser recuperados com o esforço necessário de uma candidatura petista ao governo em 2014, posto que o apoio ao filho de Jáder/PMDB seria precipitado e injustificável programaticamente e eleitoralmente. Lembrou-se ainda que em 2010, mesmo aliados na campanha à Dilma ao governo federal, o PMDB de Jáder não fez campanha para a hoje presidenta petista, ao contrário preferiu a nível estadual apoiar e ajudar a eleger o atual governador do PSDB, Simão Jatene. O que se concluiu, pois, que na conjuntura atual cabe ao PT a grande responsabilidade de defender o legado petista a frente do governo brasileiro, quanto lutar incansavelmente pela reeleição da companheira Dilma e no Pará derrotar o desastroso e incompetente governo do PSDB de Simão Jatene. Mas que isso só é possível com uma candidatura petista à frente de uma grande aliança progressista e de esquerda.

As defesas da posição de Apoio ao Filho Caçula de Jáder Barbalho/PMDB para elegê-lo governador do estado lembraram da responsabilidade de contribuir com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, manter ou ampliar as bancadas estadual e federal e retomar a vaga ao senado. O que somente seria possível com uma aliança com o PMDB, pois o PT com a “derrota fragorosa” de Alfredo Costa em 2012 demonstrou não possuir chances de disputar o governo do Pará em 2014, refletiu-se ainda que “não é fácil fazer esta aliança com o PMDB, mas temos que fazer dada a conjuntura estadual, a derrota em 2010, do jeito como se deu, como também não seria prudente enfrentar a posição indicativa do PT nacional e de Lula [...] pois isto levaria o PT ao isolamento...”. Foi dito ainda que apesar das dificuldades na aliança com o PMDB dos Barbalho ”tem que se fechar a aliança com um mínimo de eixo programático comum”.

As intervenções da plenária no geral giraram em torno dos argumentos postos pelas defesas das posições divergentes, e a despeito de acusações, provocações e do acalorado debate, o que se viu foi no geral uma aceitação muito grande da candidatura própria do PT, mas com severas divergências quanto ao nome do deputado federal Cláudio Puty, como candidato ao governo, no que a corrente MS lançou em documento o nome do deputado estadual Valdir Ganzer como pré-candidato para bater chapa com Puty, ressalte-se que Ganzer não chancelou seu nome para a disputa e seu grupo lá presente agradeceu a lembrança, porém declinou terminantemente da oferta da MS.

A novidade do encontro foi o lançamento da defensora pública, ex-vereadora de Belém e ex-deputada estadual Regina Barata, como pré-candidata ao senado federal, realizado pelas tendências internas Articulação de Esquerda e Pororoca Vermelha, e que ”mesmo respeitando a história do petista Paulo Rocha (que estava presente no evento), consideraram que Regina Barata, certamente, é um nome tão representativo e competitivo como o do ex-deputado”.

Lamentável, o representante da MS que supostamente defenderia à Candidatura Própria, por fim fez papelão ao usar seu tempo final no debate para, gratuitamente, atacar o deputado federal Cláudio Puty (que não se fez presente no debate, por se encontrar noutro município paraense) e acusa-lo do grande responsável pela derrota petista em 2010 ao, segundo ele, afastar ”o PMDB do governo e da aliança petista para a reeleição de Ana Júlia em 2010”. O que foi rebatido por militantes da DS que, do plenário, o acusaram de traidor, pois segundo eles o representante da MS se ausentou em 2012 da campanha do petista Alfredo Costa e desde o 1° turno daquelas eleições esteve na coordenação da campanha do candidato do Psol à prefeitura de Belém.

Por fim destacamos a reflexão de Pere Petit, da Articulação de Esquerda, ao destacar que bandeiras históricas do PT como a reforma agrária, passe livre, democratização dos meios de comunicação, combate à corrupção não teriam a menor chance de progredir num eventual governo do caçula do clã Barbalho/PMDB. E merece atenção o questionamento da ex-deputada Regina Barata, que utilizou seu tempo de intervenção para confrontar os apoiadores da aliança com os Barbalhos/PMDB lembrando que “se foi complicado o resultado da derrota do PT em 2012, muito pior foi o resultado da candidatura do PMDB ao governo do Pará em 2010, com resultados vergonhosos, que se valesse o mesmo peso e a mesma medida para avalizar esta proposta de apoio, eles sequer deveriam lançar candidato em 2014, e muito menos nós deveríamos propor apoiá-los, pelas mesmas razões expostas aqui por quem os defende! ”.


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