O crédito de Rui Falcão

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Rui Falcão, presidente nacional do PT


Alguma coisa não está batendo bem. Depois que toda a mídia divulgou como único resultado da reuni!ão de Dilma e Lula com a cúpula do PMDB o acordo para o PT apoiar a família Sarney no Maranhão, o próprio presidente nacional do PT, Rui Falcão,  negou que o partido tenha decidido apoiar o PMDB no estado.
A informação divulgada pela grande imprensa foi dada pelo presidente do PMDB, Valdir Raupp.
O interessante na negativa de Rui Falcão é que não se pode apontá-lo como contrário a aliança com Sarney. Ele, aliás, é um dos maiores defensores desse acordo.  Falcão é do mesmo grupo de Washington Oliveira, e um dos responsáveis pela intervenção no diretório estadual do partido em 2010 para forçar a legenda a apoiar Roseana Sarney, depois que os petistas decidiram em congresso estadual seguir com Flávio Dino.
Não se pode acusá-lo de parcialidade  ao negar o acordo com Sarney,. Ele representa a ala do PT mais próxima do oligarca,  e dá apoio ao grupo do ex-vice-governador, Washington Oliveira e do atual presidente do PT, Raimundo Monteiro.
É nele que essa turma confia para garantir a vitória de Monteiro no PED, independente do resultado oficial que levou a eleição interna do PT no Maranhão para o segundo turno , vencido de acordo com diretório estadual da legenda por Henrique Souza.
Se as declarações negando o acordo partissem de outros petistas, poderia-se diuvidar.  Mas partindo do próprio Rui Falcão não há o que questionar.
O presidente do PMDB,  Valdir Raupp, anunciou esse acordo para mascarar o fracasso da reunião em relação ao Rio de Janeiro, onde ainda continua indefinida a aliança com o PT.
A grande imprensa cometeu uma gafe ao creditar o acordo do Maranhão ao presidente do PMDB, e não a Dilma, Lula ou o presidente do PT, Rui Falcão,  a única pessoa que  poderia falar pelo partido.
A Folha de São Paulo foi o único jornal que foi buscar a fonte correta para tratar sobre o assunto, e publicou matéria na edição deste domingo, também  reproduzida pelo blog, com Falcão  negando qualquer decisão neste sentido.
Talves suas declarações ao jornal paulista sejam apenas protocolar , no sentido que essa decisão não cabe a Lula ou Dilma, mas a executiva do partido.
Ou seja: se for verdade o que disse Raupp, Falcão negou apenas para cumprir o rito de presidente do partido, que não poderia, pelo menos publicamente, fechar um acordo sem que ele seja avalizado pela executiva do partido , e por ela  anunciado. O que deve ocorrer esta semana.
Mas que é estranho, é estranho, o próprio presidente reeleito do PT negar que o partido fechou acordo para apoiar o candidato de Roseana, Luís Fernando Silva, contra Flávio Dino do PC do B, um aliado histórico do PT ao contrário do PMDB, um aliado circunstancial do partido enquanto ele está no poder.
REPOSTADO DE http://blog.jornalpequeno.com.br/raimundogarrone/2013/12/01/o-credito-de-rui-falcao


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