Todos contra a crise ou a crise contra todos!
- Nota de Palmares/MST sobre a crise política em Parauapebas-
Bem perto de completar 25 anos de existência como Município, Parauapebas passa por uma de suas maiores e piores crises de gestão, com consequências danosas do ponto de vista social, econômica e política.
Marcada por uma paralisia que literalmente atinge o Executivo Municipal que a 130 dias de inicio de gestão, o Governo não tem dado um único sinal para dizer a que veio. Parauapebas vive dias de caos que trazem preocupações.
Aliado e ineficiência na gestão da cidade como bem público, o Governo enfrenta uma Greve Geral dentro de sua própria casa, decretada por servidores públicos (trabalhadores em educação, trabalhadores da saúde, setores da administração,...) que é tratada com métodos estranhos a conquistas democráticas recentes de nosso País.
Nós do Assentamento Palmares, que em Junho próximo completamos 19 anos de existência, assim como o nosso movimento - o MST - sempre fomos acusados de radicais e extremistas por setores mais conservadores e reacionários da sociedade - alguns que inclusive residem hoje no atual governo - tivemos a cautela (respeitando a decisão das urnas que por maioria escolheram a opção eleitoral dirigida pelo PSD e seus aliados), e esperamos os sinais da mudança.
Em Março, 25, depois de semanas de debate e discussão com diversos setores da comunidade que se expressou em forma de seminário, protocolamos junto ao Executivo, uma Pauta que expressa nossas principais demandas por serviços públicos. Uma Comissão legitimamente eleita pela comunidade, após entregar a pauta tem esperado retorno do governo, o que parece acontecerá no próximo dia 9 de maio, ou seja, há quase 50 dias esperamos respostas.
Desde sexta, dia 6, nossa comunidade e nossa organização estão em Estado de Alerta. Não são animadores os sinais que emanam do Palácio Executivo. O que vemos é a atrofia do Poder Público. É como se seu principal agente, o Prefeito, não entendesse que por mais voto que tenho tido nas eleições passadas, não governa e não governará sozinho. Por uma simples constatação: a Prefeitura Municipal não é sua empresa. Não é seu patrimônio particular. Ela é o fruto de um movimento de homens e mulheres de todas as classes que há 25 anos, ensaiam fazer da Gestão do Poder Público, um instrumento que realmente esteja a serviço da maioria.
A sociedade de Parauapebas - ainda jovem e sem organizações solida de classe, sem imprensa livre, sem partidos sólidos, com uma Câmara de Leis frágil e corporativa - embora ainda não saiba pra onde quer ir, sabe sim, para onde não quer ir.
Basta de culpar a gestão passada pelo o que a atual não consegue fazer. Quatrocentos milhões de reais entulham os cofres públicos, sendo que falta remédio nos postos de saúde e outros serviços ameaçam paralização por falta de licitação pública.
Os ricos não precisam da saúde pública, das escolas públicas, de programas de moradia popular e de muitos dos serviços públicos, mais a maioria de nosso povo precisa, porque são Direitos Constitucionais.
Basta de a Casa de Leis, ficar olhando “o circo pegar fogo”, como se não tivesse nada a ver com o caos que se instala. Sobre as costas de 15 vereadores também pesa a responsabilidade sobre o drama de cada cidadão que amanhece sem água. De cada cidadão que morre por falta de assistência médica. Por cada criança que esta fora da sala de aula. Por cada trabalhador rural que não consegue transportar sua pequena produção por falta de estradas.
- Nota de Palmares/MST sobre a crise política em Parauapebas-
Bem perto de completar 25 anos de existência como Município, Parauapebas passa por uma de suas maiores e piores crises de gestão, com consequências danosas do ponto de vista social, econômica e política.
Marcada por uma paralisia que literalmente atinge o Executivo Municipal que a 130 dias de inicio de gestão, o Governo não tem dado um único sinal para dizer a que veio. Parauapebas vive dias de caos que trazem preocupações.
Aliado e ineficiência na gestão da cidade como bem público, o Governo enfrenta uma Greve Geral dentro de sua própria casa, decretada por servidores públicos (trabalhadores em educação, trabalhadores da saúde, setores da administração,...) que é tratada com métodos estranhos a conquistas democráticas recentes de nosso País.
Nós do Assentamento Palmares, que em Junho próximo completamos 19 anos de existência, assim como o nosso movimento - o MST - sempre fomos acusados de radicais e extremistas por setores mais conservadores e reacionários da sociedade - alguns que inclusive residem hoje no atual governo - tivemos a cautela (respeitando a decisão das urnas que por maioria escolheram a opção eleitoral dirigida pelo PSD e seus aliados), e esperamos os sinais da mudança.
Em Março, 25, depois de semanas de debate e discussão com diversos setores da comunidade que se expressou em forma de seminário, protocolamos junto ao Executivo, uma Pauta que expressa nossas principais demandas por serviços públicos. Uma Comissão legitimamente eleita pela comunidade, após entregar a pauta tem esperado retorno do governo, o que parece acontecerá no próximo dia 9 de maio, ou seja, há quase 50 dias esperamos respostas.
Desde sexta, dia 6, nossa comunidade e nossa organização estão em Estado de Alerta. Não são animadores os sinais que emanam do Palácio Executivo. O que vemos é a atrofia do Poder Público. É como se seu principal agente, o Prefeito, não entendesse que por mais voto que tenho tido nas eleições passadas, não governa e não governará sozinho. Por uma simples constatação: a Prefeitura Municipal não é sua empresa. Não é seu patrimônio particular. Ela é o fruto de um movimento de homens e mulheres de todas as classes que há 25 anos, ensaiam fazer da Gestão do Poder Público, um instrumento que realmente esteja a serviço da maioria.
A sociedade de Parauapebas - ainda jovem e sem organizações solida de classe, sem imprensa livre, sem partidos sólidos, com uma Câmara de Leis frágil e corporativa - embora ainda não saiba pra onde quer ir, sabe sim, para onde não quer ir.
Basta de culpar a gestão passada pelo o que a atual não consegue fazer. Quatrocentos milhões de reais entulham os cofres públicos, sendo que falta remédio nos postos de saúde e outros serviços ameaçam paralização por falta de licitação pública.
Os ricos não precisam da saúde pública, das escolas públicas, de programas de moradia popular e de muitos dos serviços públicos, mais a maioria de nosso povo precisa, porque são Direitos Constitucionais.
Basta de a Casa de Leis, ficar olhando “o circo pegar fogo”, como se não tivesse nada a ver com o caos que se instala. Sobre as costas de 15 vereadores também pesa a responsabilidade sobre o drama de cada cidadão que amanhece sem água. De cada cidadão que morre por falta de assistência médica. Por cada criança que esta fora da sala de aula. Por cada trabalhador rural que não consegue transportar sua pequena produção por falta de estradas.
Ao anunciar nossa disposição em retomar as ruas para lutar por nossos direitos (que não são favores), pedimos a todos o apoio a nossa mobilização, que só iremos realizar se o Prefeito e seu governo assim quiserem. Nossa opção não é pelo conflito, pelo contrário. Queremos a paz de nossos lares, de nossas terras, de nossos locais de trabalho. Por isso pedimos a compreensão de todos.
Mesmo sendo apenas um Movimento e não um partido politico, queremos propor a todos que se sentem responsáveis pelos rumos de Parauapebas, a fazerem sua parte. Nós faremos a nossa.
Ao sr. Prefeito, dizemos : Para dar mil passos é preciso dar o primeiro. Não se planeja para 20 anos, sem planejar o dia de amanhã. Combinar repostas de curto, médio e longo prazo é a arte dos sábios. A arrogância é a empáfia são atributos da ignorância. Parauapebas precisa de um prefeito que lhes trate como um dos seus e não como um estrangeiro, voraz por saquear seus recursos. Escute a voz das ruas. Escute a voz do povo.
Aos srs. Vereadores, alertamos : Tá na hora de passar dos quebra-molas . Não deixem a vossa casa de lei virar um palco para comédia de baixo nível. Vocês serão cobrados até a decima geração pelo comportamento de hoje. Olhem para trás. A história tem um museu reservado (com direito a foto) para os medíocres que passam sem dizer para que vieram.
Numa crise onde o Executivo não governa e o Legislativo é inapto para legislar, a única saída para assegurar a pressão dos de baixo é o Judiciário e seu aparato de repressão: a Polícia. Um levante civil pode estar batendo as portas das autoridades. É hora de se acertar por cima, antes que os debaixo não suportem mais esperar.
Vários governos, de todas as cores passaram por nossa história. Nós continuamos aqui!
- Viva 25 anos de Parauapebas e 19 anos de Palmares
- Todo apoio a Greve Legitima dos Servidores Públicos do município.
Todos contra a crise ou a crise contra todos!
Palmares (II), 8 de maio de 2013
Prezado Lázaro, agradecemos a visita e a indicação, vamos buscar incluir sim, boa ideia.
ResponderExcluirabraço,
Equipe Artesquerda