Se as pesquisas estiverem certas, o presidente Rafael Correa
obterá uma vitória consagradora nas eleições marcadas para o próximo domingo,
17 de fevereiro, no Equador. Para o desespero da mídia colonizada, o líder da
"revolução cidadã” poderá ser reeleito já no primeiro turno. Numa das
sondagens divulgadas nesta semana, Rafael Correa aparece com 48% das intenções
de voto; o ex-banqueiro Guillermo Lasso surge em segundo lugar, com 11%; e o
ex-presidente Lucio Gutierrez contabiliza apenas 8% dos votos.
A vitória de Rafael Correa representará uma dura derrota das
oligarquias e da mídia local. No poder desde 2007, o jovem economista de 49
anos conseguiu introduzir importantes avanços no sofrido país. Na política
externa, o Equador passou a adotar uma postura mais soberana e altiva, deixando
de ser um apêndice dos EUA – inclusive com o fim da sua base militar de Manta.
A nação apostou na integração latino-americana, reforçando a Alba (Alternativa
Bolivariana das Américas) e outras iniciativas regionais.
Na política interna, Correa garantiu maiores espaços de
participação popular e avançou na consolidação da democracia. Antes dele, o
país vivia forte instabilidade. Entre 1996 e 2006, o Equador teve 15
presidentes e sofreu vários golpes. É certo que a sua gestão foi alvo de
inúmeras tentativas de desestabilização, sempre alimentadas pela mídia, mas
elas foram derrotadas. Correa se mostrou um político corajoso e convicto no
enfrentamento dos golpistas – inclusive com a apresentação de uma nova lei para
democratizar os meios de comunicação.
O maior trunfo de Correa, porém, encontra-se nas políticas
sociais. O seu governo priorizou a redução da miséria no país, reforçando o
papel do Estado como indutor do desenvolvimento econômico e da distribuição de
riquezas. Através do "Abono de Desenvolvimento Humano (ADH)”, o governo
garantiu uma renda básica para as famílias mais carentes. O governo triplicou
os gastos na saúde e dobrou na educação. Os índices de pobreza diminuíram e a
taxa de desemprego hoje é de 5%, a menor da história do país.
Estes avanços políticos e sociais neutralizaram a ação
golpista da mídia equatoriana, que é monopolizada por apenas três famílias e
tem fortes vínculos com os banqueiros. Correa não se intimidou diante da máfia
midiática: polemizou abertamente com os veículos da direita oligárquica;
processou jornalistas caluniadores; cassou a outorga de emissoras irregulares
de rádio e tevê; e investiu em meios alternativos de comunicação. No próximo
domingo (17), Rafael Correa poderá infringir mais uma derrota aos barões da
mídia do Equador.
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