Uma primeira análise geral das eleições identifiquei que o PT
foi o grande vencedor, não apenas pelos números, com maior votação e
crescimento, mas pela qualidade destes avanços, no texto Deu
13 na Cabeça, procurei demonstrar de forma concisa o que conseguir
vislumbrar neste primeiro turno. Mas, vi em alguns amigos, um certo ar de
triunfalismo, que, ao meu ver, isto nos leva a nada.
É verdade que deu PT na cabeça,mas não nos deixemos iludir
por isto,tem um longo segundo turno, em cidades de vital importância para
elevar ainda mais a vitoria da Esquerda. Segundo,sejamos precisos na avaliação,
para fazermos uma reflexão criterioso sobre o significado do avanços e o
limites, pois, com dois excelentes governos nacionais de Lula e este de Dilma,
muito bem avaliados, deveríamos nos perguntar os por quês da vitória nas ser
mais ampla?
Levantei algumas hipóteses para isto:
1) Só agora o PT se constituiu como partido nacional,nas
grandes,médias e pequenas cidades, faltava política ampla;
2) PT ainda funciona de forma centralizada,em contradição
com a dispersão política,precisa azeitar seus canais,combater caciquismos e o
cupulismo;
3 )PT sempre priorizou as eleições gerais(presidência),o que
era correto, porém criou um hiato, na elaboração de projetos locais e
chegar a todos os lugares do Brasil;
4) PT funciona com umbigo em São Paulo, sua origem, hoje com
quadros envelhecendo, nem sempre bem, que tem que aprender a incorporar o
novo,difícil;
5 )PT paga alto preço pelo Mensalão,não adianta
relativizarmos, o peso de ser mais um partido “comum” teu seu preço,seria mais
fácil a comunicação do resultados de seus governos, agora tem que se explicar
porque usou as práticas comuns a todos os outros partidos, quando se pretendia
diferente;
6) A soma geral destes fatores,inibe uma projeção maior.
Lembremos que, historicamente, os partidos que chegam à Presidência têm
mais densidade nacional;
7) PT chegou ao Governo Central e não definiu seu modelo de
Estado, este impasse, que tratamos no post ( Crise 2.0: Novo Estado e os BRICS ), acaba, também,
por sinalizar um conservadorismo em temas sensíveis, com receio de que as
mudanças possam criar problemas de governabilidade;
8) Obvio que a grande vitória neste primeiro turno,não
pode ser subestimada, mas também não deve ser superestimada. Tem longo caminho
pela frente, muitas ideias devem ser tabulados para se mudar – Partido,
Estado e Democracia;
9) PT não costuma ouvir os “de fora”,mesmo quem o apoia
de longa data, seus dirigentes, mesmo os locais agem como burocratas e chegam
com “soluções prontas”, o que afasta o diálogo e à adesão honesta dos de
fora;
São apenas pequenas observações de um velho militante de
esquerda, não petistas, mas que vota no PT. Com intuito de ajudar nas
nossas reflexões,ações e autocríticas. Para qualificar o debate e os
enfrentamentos.
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