Informe da situação no Acampamento do MST na sede da Fazenda Cedro, em Marabá

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A despeito do cheiro de pólvora perdurar em narinas, suor e memória dos trabalhadores sem-terra que ontem pela manhã foram recebidos a saraivada de balas de escopeta calibre 12 e de pistola 380, pelos “jagunços” do banqueiro Daniel Dantas, a noite de ontem para hoje foi de quase tranquilidade, as pessoas já não comentavam tanto o conflito e se punham a buscar um bom local pra dormida ao sereno da noite. Notícias davam conta que os feridos, segundo apuramos, nove ao todo, inclusive uma criança já tinham recebido atendimento médico e apenas duas ainda estavam em observação e recebendo medicação em Eldorado do Carajás. A noite esfriou, mas os ânimos se mantiveram embalados pelos sonhos da terra, cobertos por um céu claro qual uma “manta de estrelas”.

A alvorada de novo dia de luta e trabalho trouxe também a certeza que o protesto rompeu as barreiras da região e ganhou mundo a fora, principalmente pelas redes sociais. As informações eram repassadas em reuniões por grupos iniciadas às 6:30 h, onde um dos coordenadores dava conta que haveria reunião pela manhã, em Marabá, com a Ouvidoria Agrária, representante do INCRA/Brasília, Parlamentares e um enviado do gabinete da Presidenta Dilma Rousseff. Foi informado ainda, que após a reunião haverá visita das autoridades e dirigentes do movimento no local do conflito, Fazenda Cedro, onde se situa o Acampamento Helenira Rezende.

Ao tomar um cafezinho na entrada da fazenda encontramos com Alilson, jovem sem-terra baleado no braço (foto abaixo) por uma bala de calibre 380, que ainda encontra-se alojada em eu braço direito. Afirma que apesar de toda a violência ele não desanima e se mantém firme no propósito da conquista da terra, tanto que ontem logo depois de ser atendido e receber cuidados médicos retornou ao acampamento.




Apesar da descrença quanto aos resultados da reunião de hoje, uma coisa é certa a grande disposição para permanecer e fazer avançar a pressão sobre o Governo Federal para que resolva com mais rapidez as desapropriações e o cumprimento dos acordos feitos com o grupo de Daniel Dantas quanto às fazendas em litígio, a saber: Cedro, Itacaiúnas e Fortaleza.





Do correspondente local do Artesquerda, em 22/06/2012


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