Fenner avalia que a produção industrial sentiu o impacto da desaceleração econômica mundial, provocada pelos problemas de dívidas soberanas na Europa. 'A produção industrial está se enfraquecendo globalmente', disse.
Em contrapartida, o consumo das famílias mostrou resistência no Brasil e deve prosseguir como a força mais importante para a economia nacional em 2012, em razão da política de queda dos juros adotada pelo Banco Central.
O PIB ficou estável no terceiro trimestre, em relação ao imediatamente anterior, como divulgou hoje o IBGE. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas do AE Projeções, que iam de queda de 0,30% a uma expansão de 0,60%. O PIB da indústria teve queda de 0,9% no terceiro trimestre deste ano, na margem, a primeira nesse tipo de comparação desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve recuo de 6,4%.
O economista do Lloyds esperava resultado um pouco melhor, de alta de 0,2% para o PIB do terceiro trimestre. Entretanto, não acredita que a economia brasileira entrará em recessão técnica, principalmente em razão das iniciativas do governo. Ele estima que a Selic, atualmente em 11%, voltará a cair meio ponto porcentual no primeiro trimestre de 2012. 'O governo tem poder de fogo para cortar mais os juros e reduzir impostos de forma a ajudar a demanda doméstica', afirmou.
Fenner também avalia que a economia dos Estados Unidos mostra números positivos e que a China não deve registrar um pouso forçado, fatores que ajudam o País.
O maior risco vem da Europa. O cenário de ausência de recessão projetado pelo economista do Lloyds parte do princípio de que não haverá nova deterioração severa da crise do euro. 'A Europa é o grande risco para a economia global, pois um contágio financeiro generalizado prejudicaria inclusive o Brasil', avaliou.
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