Nicarágua elege, pela terceira vez, Daniel Ortega como presidente

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Natasha Pitts
Jornalista da Adital

Ao que tudo indica, Daniel Ortega, candidato da Frente Sandinista de Liberação Nacional (FSLN) será, pela terceira vez, presidente da Nicarágua. A notícia foi dada na madrugada desta segunda-feira (7) por meio do boletim do Conselho Supremo Eleitoral (CSE).

O mandatário obteve, até o momento, nas eleições de ontem, 66,43% dos votos válidos. Distância considerável do segundo colocado, Fabio Gadea, do Partido Liberal Independente (PLI), com 25,52%; e de Arnoldo Alemán, da Aliança Liberal Constitucional (ALC), com 7,10%. Com esta vitória, Ortega permanecerá no poder até 2016.

Até a madrugada desta segunda, pouco mais de 40% das urnas haviam sido contabilizadas, no entanto, devido à grande vantagem de Daniel Ortega, sua vitória já foi dada como certa, assim como mostravam as pesquisas de intenção de votos.

De acordo com Roberto Rivas, presidente do CSE, estas eleições foram marcadas por tranquilidade e pela intensa participação da população nas urnas. Cerca de 3,4 milhões de cidadãos e cidadãs se fizeram presentes nos 4.200 colégios de votação.

Além de escolher o presidente, a população também indicou deputados para a Assembleia Nacional (90) e representantes para o Parlamento Centro-americano – Parlacen (20). De acordo com o boletim de resultados iniciais do CSE, 65,71% dos deputados mais votados são do FSLN. Este resultado foi seguido pelos deputados do PLI, com 25,96 %, e da ALC, com 7%. Também na escolha para o Parlacen a votação seguiu a mesma regra: FSLN (65,88 %), PLI (25,85%) e ALC (7,02%).

Com esta vitória, Daniel Ortega sentará na cadeira presidencial pela terceira vez. O primeiro mandato foi de 1985 a 1990, o segundo começou em janeiro de 2007 e termina em janeiro de 2012 e o terceiro continua até janeiro de 2017.

As constantes vitórias nas urnas e a grande diferença percentual de seus concorrentes nestas eleições, se devem, segundo análise do Periódico La Marcha, às divisões existentes dentro do tradicional Partido Liberal Constitucionalista (PLC).

Outro ponto a favor de Ortega, que pesou ontem nas urnas, foram suas políticas voltadas para os mais pobres. Com a ajuda do presidente venezuelano Hugo Chávez, que envia anualmente remessas ao segundo país mais pobre da América Latina, a exclusão social e, consequentemente os índices de pobreza e extrema pobreza, foram reduzidos mesmo que sensivelmente.

A Pesquisa de Lares para a Medição da Pobreza na Nicarágua, realizada em 2010, mostrou que no período 2005-2009 os índices de pobreza e de extrema pobreza baixaram de 48,3% para 42,5% e de 17,2% para 14,6%, respectivamente.


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