Expedito Solaney, drigente da CUT, é indicado por Comitê para integrar a Comissão Nacional da Verdade

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Escrito por: William Pedreira

O secretário de Políticas Sociais da CUT, Expedito Solaney, foi indicado pelo Comitê pela Verdade, Memória e Justiça de São Paulo como um dos nomes para integrar a Comissão Nacional da Verdade.
 
 Sua indicação acompanha nomes como o de Fábio Konder Comparato (jurista), Frei Betto (escritor e ex-preso político), Clarice Herzog (familiar de vítima da Ditadura), e de outros militantes históricos dos Direitos Humanos, sendo em sua maioria, signatários do Manifesto que buscava a modificação do texto que criou a Comissão.

Os nomes apresentados pelo Comitê serão encaminhados à Presidência da República, após manifestação pública, ainda nesta semana. A presidenta Dilma deverá anunciar em 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos, os nomes que irão compor a Comissão.

“O Comitê de São Paulo, após importante debate e em sintonia com os movimentos sociais e outros comitês resolveram de forma correta e inteligente indicar uma lista de nomes à presidenta. Entre eles, tive a grata surpresa e honra de ter sido indicado. Neste sentido, evidentemente, não sou eu pessoa física. Levo comigo o nome da entidade e nossa história de luta para um debate de extrema importância”, sublinha Solaney.

A Comissão da Verdade será composta por sete membros designados pela presidenta Dilma com a finalidade de examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas no período entre 1946 a 1988, que engloba os anos da ditadura militar.

A indicação de militantes históricos dos Direitos Humanos, comprometidos com a luta pela justiça e verdade, traz consigo um importante objetivo: fazer contraponto aos nomes que estão sendo ventilados pela mídia que representam a mais conservadora e repugnante escória da sociedade. Neste caso, basta citar um exemplo: Marco Maciel, agente da ditadura.

”Nossa batalha é para que esta Comissão tenha outro caráter, com amplitude e representatividade para apurar os crimes cometidos pelos agentes da ditadura e seus pares, com condição de alcançar as finalidades almejadas pelos movimentos sociais e grupos de ex-presos políticos e familiares. Além da importância da indicação de nomes comprometidos com esta composição, temos a missão de acompanhar todos os passos desta Comissão. São dois anos apenas para análise, portanto a luta será árdua para que ela não se transforme em um instrumento inócuo”, destaca Solaney.

Diferente de países como Argentina, Uruguai e Chile, o Brasil pouco ou nada avançou no que tange a punição aos torturadores. A expectativa dos movimentos é que o governo não decepcione mais uma vez.

Nomes indicados pelo Comitê pela Verdade, Memória e Justiça de São Paulo:

Aton Fon Filho, advogado, ex-preso político
Chico Sant’anna, jornalista e professor universitário
Clarice Herzog, familiar de vítima da Ditadura
Expedito Solaney, secretário nacional de políticas sociais da CUT
Fábio Konder Comparato, jurista
Frei Betto, escritor, ex-preso político
Iara Xavier Pereira, familiar de vítimas da Ditadura
João Vicente Goulart, familiar de vítima da Ditadura
José Henrique Rodrigues Torres, juiz de Direito
Kenarik Boujikian, juíza de Direito
Lincoln Secco, historiador, professor da USP
Lucilia de Almeida Neves Delgado, historiadora, professora da UnB
Marlon Weichert, procurador regional da República em São Paulo
Narciso Pires, Grupo Tortura Nunca Mais do Paraná
Noaldo Meireles, advogado da CPT da Paraíba
Stanley Calyl, Associação dos Anistiados do Arsenal de Marinha


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