Dalmo Dallari reividica que todo o Brasil opine sobre a divisão do Pará
Eduardo Suplicy, o cavaleiro andante do PT e porta-voz da elite quatrocentona apoia. Veja que as razões alegadas, não são tão nobres assim. É São Paulo sempre querendo controlar todo o Brasil. Mas por outro lado, o argumente tem substância quando se trata de alterar o pacto federativo, afinal, se passar a aberração, todo o país vai pagar a conta.
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou em Plenário nesta quarta-feira ação apresentada pelo jurista paulista Dalmo de Abreu Dallari ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reivindicando que toda a população brasileira, e não apenas a paraense, seja ouvida no plebiscito sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós, no território do Pará. No último dia 30 de junho, o TSE determinou que a população do estado seja consultada sobre a divisão. O plebiscito está marcado para 11 de dezembro.
Como a Constituição Federal diz que deve ser consultada a “população diretamente interessada” na divisão, coube ao TSE fazer o entendimento de quem exatamente seriam essas pessoas – os moradores do estado inteiro ou apenas das novas unidades. O tribunal entendeu que todo o estado deveria opinar. Eduardo Suplicy defendeu o ponto de vista de Dalmo Dallari de que todo o país deveria opinar.
- Para criação de novas unidades políticas é necessário, jurídico e justo ouvir toda a população interessada. Não há na lei nada que diga que tem de se ouvir apenas a população do estado. A criação de novos estados afeta os direitos políticos de todo o povo brasileiro, além de criar um ônus financeiro que também será arcado por todo o povo brasileiro – afirmou o senador, com base no documento do jurista.
O argumento para que os brasileiros do país inteiro possam decidir sobre a divisão do Pará é de que a mudança afetará a todos. Com a criação dos novos estados, que ainda não terão renda própria, haverá a necessidade de que os cofres federais paguem a instalação do aparato administrativo, do poder Judiciário e do Legislativo, o que representaria “elevado ônus financeiro” ao povo, de acordo com o senador.
Suplicy ressaltou ainda que haverá um desequilíbrio das forças políticas no país, já que o mesmo eleitorado paraense, que hoje elege três senadores, passará a eleger nove. Na Câmara, como cada estado tem, no mínimo, oito parlamentares, a região passaria a contar com, no mínimo, 24 deputados federais – pelo menos sete a mais do que têm hoje, sem ter sofrido aumento no número de habitantes. “O que obviamente haverá de aumentar o peso político no estado”, no entendimento do senador.
P.S: Não se deve tomar a posição do Suplicy como do PT nacional. Suplicy sempre é uma posição isolada. Defende o PT da Avenida Paulista e quanto mais complicada uma tese, mais ele se identifica com ela. José Dirceu é mais pragmático. Veja aí abaixo por que?
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou em Plenário nesta quarta-feira ação apresentada pelo jurista paulista Dalmo de Abreu Dallari ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reivindicando que toda a população brasileira, e não apenas a paraense, seja ouvida no plebiscito sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós, no território do Pará. No último dia 30 de junho, o TSE determinou que a população do estado seja consultada sobre a divisão. O plebiscito está marcado para 11 de dezembro.
Como a Constituição Federal diz que deve ser consultada a “população diretamente interessada” na divisão, coube ao TSE fazer o entendimento de quem exatamente seriam essas pessoas – os moradores do estado inteiro ou apenas das novas unidades. O tribunal entendeu que todo o estado deveria opinar. Eduardo Suplicy defendeu o ponto de vista de Dalmo Dallari de que todo o país deveria opinar.
- Para criação de novas unidades políticas é necessário, jurídico e justo ouvir toda a população interessada. Não há na lei nada que diga que tem de se ouvir apenas a população do estado. A criação de novos estados afeta os direitos políticos de todo o povo brasileiro, além de criar um ônus financeiro que também será arcado por todo o povo brasileiro – afirmou o senador, com base no documento do jurista.
O argumento para que os brasileiros do país inteiro possam decidir sobre a divisão do Pará é de que a mudança afetará a todos. Com a criação dos novos estados, que ainda não terão renda própria, haverá a necessidade de que os cofres federais paguem a instalação do aparato administrativo, do poder Judiciário e do Legislativo, o que representaria “elevado ônus financeiro” ao povo, de acordo com o senador.
Suplicy ressaltou ainda que haverá um desequilíbrio das forças políticas no país, já que o mesmo eleitorado paraense, que hoje elege três senadores, passará a eleger nove. Na Câmara, como cada estado tem, no mínimo, oito parlamentares, a região passaria a contar com, no mínimo, 24 deputados federais – pelo menos sete a mais do que têm hoje, sem ter sofrido aumento no número de habitantes. “O que obviamente haverá de aumentar o peso político no estado”, no entendimento do senador.
P.S: Não se deve tomar a posição do Suplicy como do PT nacional. Suplicy sempre é uma posição isolada. Defende o PT da Avenida Paulista e quanto mais complicada uma tese, mais ele se identifica com ela. José Dirceu é mais pragmático. Veja aí abaixo por que?
Dirceu de olho no lance e Padilha não volta prá casa
Abram os olhos, a coisa não é tão simples assim.
Sarney estava morto e enterrado no Maranhão, mas com muito dinheiro, desarticulou a política do Amapá e se elegeu senador. Lá só põe os pés em época de eleição, cuida mesmo dos interesses da famiglia nos grandes acordos nacionais.
Isso é o que esta passando na cabeça de José Dirceu, ele sabe, que mesmo absolvido do mensalão, terá dificuldade de se eleger por São Paulo, onde a grande mídia, sempre mais próxima do PSDB, o massacraria e, ainda que com muita grana poderia correr risco de não se eleger deputado federal.
É por isso que Zé Dirceu tá de olho no lance, na separação do Pará, quer entrar como um azarão no páreo: o PT nacional apoiaria a divisão do Pará, mas uma vaga de senador do novo estado de Carajás seria dele. Eleito representaria os interesses do governo federal, nem sempre coincidentes com os da região onde teria residência apenas fictícia.
Outro que quer se arrumar é o Ministro da Saúde Alexandre Padilha, jogaria pesado para ser o novo governador do possível Tapajós. (Pobre Lira Maia que carregou o andor até agora.)
Com isso o PT quebraria a hegemonia do PSDB no Pará, teria um governador e um senador puro-sangue, a custo de muito dinheiro, é claro.
P.S. 1: Estes são só alguns exemplos. Outros que agora estão na lata de lixo da história política do Brasil vão querer vir pra cá conquistar seu quinhão de faroeste.
P.S. 2: A custo de muito dinheiro, é claro.
postado por Flávio Nassar
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