Executiva do PT recua e decide aguardar explicações de Palocci

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Na reunião da Executiva dois integrantes do comando do PT pediram a saída de Palocci do governo: Walter Pomar e Renato Simões.

 Após a informação publicada no blog do jornalista Ricardo Noblat de que o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) vai dar explicações nesta sexta-feira sobre o aumento de seu patrimônio, o comando do PT recuou em divulgar uma resolução em que afirmaria que o caso Palocci é uma questão do governo.

Mais cedo, a cúpula do partido não considerou a possibilidade de uma declaração de apoio ou solidariedade a Palocci, mas diante da garantia do Planalto de que o ministro vai se explicar, os dirigentes petistas resolveram esperar.

Na reunião da Executiva dois integrantes do comando do PT pediram a saída de Palocci do governo: Walter Pomar e Renato Simões.

Na primeira parte da reunião da Executiva Nacional do PT, na manhã desta quinta-feira, ficou decidido que o partido não faria qualquer manifestação de apoio ou solidariedade ao ministro palaciano.

Vice-líder do PT no Seando defende que Palocci preste esclarecimentos

O vice-líder do PT no Senado, Wellington Dias (PT-PI), defendeu nesta quinta-feira que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, venha a público prestar esclarecimentos sobre sua evolução patrimonial. O senador afirmou que apenas assim Palocci conseguiria encerrar "a novela" em que se transformou o tema.

"Sou um daqueles que defende que ele deve se colocar à disposição para dar as informações publicamente. Compreendo que, por outro lado, essa é uma decisão de foro íntimo", disse Wellington Dias, ao passar pelo local onde ocorre a reunião da Executiva do PT.

O secretário nacional de Relações Institucionais do PT, Geraldo Magela, porém, considera que Palocci já se explicou o suficiente:

"Acho que o ministro Palocci já deu todas as explicações que foram solicitadas. Aquilo que não está resguardado por sigilo contratual e profissional ele já respondeu à Procuradoria (Geral da República)".

Para o senador piauiense, nas reuniões fechadas com a bancada do PT no Senado e com correligionários, Palocci conseguiu convencer a todos que não houve ilegalidade na sua evolução patrimonial. Por isso, ele deve se manifestar publicamente sobre o assunto.

"Ele deu informações convincentes para construção do seu patrimônio. Pessoalmente, vejo que se foi possível convencer a mim e a várias outras lideranças, como não é possível vir a público e convencer a opinião publica", argumentou.

O petista voltou a defender a inocência do ministro e atribuiu à função de Palocci no governo a proporção que o caso tem tido nas últimas semana.

"Não há nenhuma comprovação de crime praticado. O fato de ele ser uma liderança do PT, ter sido da coordenação da campanha e estar ao lado da presidenta da República aumenta a responsabilidade dele e acaba sendo alvo prioritário da oposição", afirmou.

Da Agência O Globo,
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR


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