OPOSICINHA, a oposição de mentirinha

Foi-se o tempo que petistas no parlamento paraense faziam oposição aos governos de “direita”, “neoliberais”, “oligárquicos”, “elitistas”, “corruptos”, “plutocrátas” e excludentes dos tucanos. Hoje, apesar de declararem-se, através do líder da bancada Deputado Bordalo, oposição ao governo tucano, de fato e irrestritamente falando, não fizeram oposição a nada, nadica de nada mesmo. Afinal que tipo de oposição é essa?



Muito embora a bancada do PT, seja a maior bancada partidária da casa, ampliada no pleito passado de seis para oito deputados, quando o PT perdeu o governo do estado para os mesmos tucanos que supostamente fariam, agora, oposição é que surge essa situação, no mínimo curiosa, de fazer oposição sem se opor a ninguém e nem a nada. Refletindo sobre essa situação é que tentaremos contribuir na busca de lançar luzes que nos ajudem a compreender as razões que levaram nossos iluminados parlamentares petistas a este ocaso político.



Será que os estrategistas que orientam nossa bancada petista a fazer essa oposição, ou melhor, OPOSICINHA são os mesmos que orientaram o governo Ana Júlia e sua campanha, como também a do Paulo Rocha em 2010? Se a resposta for não, no mínimo há uma enorme inspiração destes naqueles e o fim dessa estória já sabemos todos. Se a resposta for sim, aí amigos é que o caldo entornou de vez, afinal ninguém avisou a nossos venturosos parlamentares que perdemos, e de goleada em 2010?!



Será que compor a “mesa da casa”, votando no tucano Pioneiro ao invés de apresentar uma chapa com o ex-petista e ex-chefe do deputado Bordalo, Edmilson Rodrigues, é ser mais radical na oposição? Ou votar com o governo e compor a sua mesa na ALEPA foi a “honrosa” saída para manter seus amigos, cumpinchas e familiares nos carguinhos (DAS) no governo do estado?



Será que envoltos do mais alto espírito de luta dos trabalhadores por melhores condições salário e vida foi que não se opuseram ao aumento salarial (imoral e descabido) dos parlamentares da casa? E, dessa forma, dos seus próprios salários. Afinal, como trabalhadores que são talvez pensaram que melhor seria começar a mudança salarial e de vida por eles mesmos? Bem, se é assim, então tá né, pois logo, logo teremos a certeza que eles estarão brigando ferozmente pelo aumento do salário mínimo e do funcionalismo público? Mas, espera lá, ao votar-se em outras casas parlamentares de pindorama o aumento do mínimo a briga não era para manter o salário mínimo o mais mínimo possível? Hum, hum fim dos tempos? Ou apenas início de outros tempos? Será que nosso destemido deputado Chico da Pesca já se encontrou sobre esse aumento que até dezembro passado lhe fugia da “rede das idéias e opiniões”?



Será que ficar caladinho, mansinho, mas na oposição (!?), e deixar quieto, morrer por asfixia a proposta do ex-prefeito Rodrigues de abertura da CPI contra a corrupção na ALEPA e o desvio de mais de R$ 2.000.000,00 não seria uma forma bravio de oposição cordial e, assim, inovando na busca de novas formas de luta e de oposição? Ou será que esse troço de “caixa de pandora”, versão ALEPA, já encheu o saco e é melhor tratar de coisas mais sérias (!?) do que mexer com o passado e a vida alheia, principalmente a do ex-presidente Juvenil? Bem, sabem como é que é né, esse negócio de desenterrar defunto só dá problema e aborrecimento e pra confirmar isto baste ver o insepulto caso da SEMA e das carteirinhas do seguro defeso, só problema ou não seria a hora de enfrentarmos com coragem altaneira esses probleminhas e passar a limpo tudo, tudinho mesmo?



Nossos iluminados, probos, altaneiros, eruditos, ousados, perseverantes e firmes deputados petistas, portanto, de esquerda e obviamente de oposição ao governo neoliberal do tucano Jatene são acima de tudo e de qualquer coisa figuras do mais alto relevo cultural e criativo e, sendo como são não poderiam deixar de inovar suas práticas de luta em favor da classe trabalhadora que os elegeu, depositou toda a confiança e esperança, assim, é que criativamente renovou-se neste ano parlamentar e a idéia, o conceito, a definição, a prática e a expectativa que ser de OPOSIÇÃO poderia sugerir a qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer hora. No fito de agradecer tão relevante contribuição é que sugerimos que a partir de então chamemos nós, petistas, nossa OPOSIÇÃO parlamentar carinhosamente e cordialmente de OPOSICINHA.



Saudações petistas!

Marcelo Martins

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