A ser realizada na ALEPA dia 16 de março, próxima quarta-feira, em Belém, a Audiência Pública tem por objetivo debater o futuro da exploração do ouro e dos garimpeiros de Serra Pelada, afinal o sindicato dos garimpeiros em conjunto com diversas entidades vêem com temeridade a relação estabelecida entre a COOMIGASP e a multinacional canadense COLOSSUS, por se tratar de "... parceria danosa, comprometendo o patrimônio dos garimpeiros, entregando-o ao capital estrangeiro" (trecho do requerimento da UNGB, União Nacional dos Garimpeiros e Mineradores do Brasil, solicitando a audiência).
Na quinta-feira, 17 de março, será realizada Audiência Pública para discutir o Novo Marco Regulatório da Mineração Brasileira e será realizado no HANGAR, centro de convenções, às 9h.
Serra PeladaEsses dois eventos além de possuírem em comum o tema da mineração, trazem outros elementos em comum que são a forma como a atividade ocorre hoje, os benefícios que traz à população do Pará, seus efeitos sobre o meio ambiente e as populações diretamente atingidas por ela. Afinal, enquanto proliferam os lucros das empresas exploradoras de minério, a exemplo a Vale que registrou lucro anual de 30 bilhões de reais, na outra ponta cresce aceleradamente os efeitos dessa exploração em forma de "enclave" que aos paraenses sobra apenas as mazelas dessa atividade como os bolsões de miséria, as tragédias ao meio ambiente e a tranferência da nossa riqueza a construir alhures as fortunas geradas pela mineração em nosso território.
CarajásDevemos sim participar e cobrar da classe política paraense, em especial, uma postura menos vendilhona e covarde diante dessa realidade, onde ao Pará restará apenas a sua malfadada sina de "crescer feito rabo de cavalo", além é calro dos danos sociais e ambientais.
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