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Argentina julga ex-líderes militares por roubo de bebês



 
Dois ex-líderes militares foram a julgamento nesta segunda-feira na Argentina, acusados de um plano sistemático de roubo e troca de identidade de bebês filhos de prisioneiros políticos na época da ditadura militar no país (1976-1983).
Jorge Videla e Reinaldo Bignone são acusados de sequestrar mais de 30 crianças cujos pais morreram ou desapareceram durante a ditadura.
Videla, de 85 anos, chegou ao tribunal algemado e sentou no banco junto ao Bignone, último presidente da ditadura, em uma audiência contra um total de oito réus, entre eles um médico e os ex-almirantes Antonio Vañek e Rubén Franco. O julgamento, que durará até o fim da semana, reúne em uma mesma sala os chefes do Exército e da Marinha pela primeira vez desde o julgamento dos comandantes de 1985, considerado o 'Nuremberg' argentino.
Acredita-se que mais de 100 crianças tenham sido dadas para adoção para militares e policiais. Esta, no entanto, é a primeira vez que ex-líderes da ditadura militar no país vão a tribunal sob acusações desse tipo.
No início de fevereiro, o ex-magistrado Luis María Vera Candiotti foi acusado formalmente de apropriação ilegal de menores durante a ditadura. Ele é acusado de "facilitar a supressão de identidade" de Paula Cortassa, o nome verdadeiro da então menor, entregue em 1977 à família Goyane, depois de uma operação militar na qual morreram seus pais, na capital do distrito.
Os casos vieram à luz pelos esforços do grupo Avós da Praça de Maio, grupo de direitos humanos que busca pistas sobre filhos e netos desaparecidos durante a ditadura militar. A organização conseguiu estabelecer a verdadeira identidade de 102 filhos de desaparecidos políticos ou assassinados durante a ditadura, de um total de 500 nessas condições.


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