O povo do PSOL, assim como toda a esquerda ortodoxa, adora usar o termo coerência como sinônimo de intransigência, conforme se percebe na nota do partido que justificou o voto em branco de sua bancada na eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. É óbvio que Edmilson não votaria em Manoel Pioneiro, afinal, está no DNA do partido a postura(legítima) radical em questões de princípios ou em questões conjunturais.
Curioso é que essa "coerência" nem sempre foi levada a ferro e fogo como sugere a nota. Lembro que em 2000, quando Edmilson se reelegeu prefeito derrotando Duciomar Costa e todas as forças conservadoras que se uniram para contra ele, elegeu-se também vereadora Ana Júlia Carepa, por sinal, com a maior votação da história daquele Poder. Era justo, então, que o prefeito reeleito se empenhasse para eleger sua correligionária à presidência da CMB na medida em que era ela a mais cacifada pela vontade popular para tal.
Infelizmente, por sectarismo ou alguma "coerência" cuja compreensão estava longe do alcance dos simples mortais, Ed resolveu mudar o rumo da prosa e apoiar o nome de Arnaldo Jordy. Como se tratava de um vereador que tinha um histórico de desavenças intransponíveis com alguns dos seus pares, logo ficou claro que a tarefa era inglória.
O resultado todos sabem: Jordy perdeu para Joaquim Passarinho; a direita sentiu-se revigorada e superou a frustração da derrota para a prefeitura; foram criadas inúmeras cpis palanques contra o prefeito, que, sem a direção do Poder, teve que mandar às favas a tão decantada "coerência", e muitas vezes até os escrúpulos de consciência, para poder aprovar matérias de interesse do Executivo, ou tirar do caminho cascas de banana atiradas pela oposição.
Longe de cobrar o voto do deputado Edmilson Rodrigues a Manoel Pioneiro, pelo contrário, até exaltando que tenha mostrado o cartão de visitas de sua postura oposicionista, só não consigo localizar a coerência. Se esta é nexo, há halgo errado que dissocia qualquer ligação entre as duas atitudes citadas. Apesar do tom enfático adotado pela nota do PSOL.
Infelizmente, por sectarismo ou alguma "coerência" cuja compreensão estava longe do alcance dos simples mortais, Ed resolveu mudar o rumo da prosa e apoiar o nome de Arnaldo Jordy. Como se tratava de um vereador que tinha um histórico de desavenças intransponíveis com alguns dos seus pares, logo ficou claro que a tarefa era inglória.
O resultado todos sabem: Jordy perdeu para Joaquim Passarinho; a direita sentiu-se revigorada e superou a frustração da derrota para a prefeitura; foram criadas inúmeras cpis palanques contra o prefeito, que, sem a direção do Poder, teve que mandar às favas a tão decantada "coerência", e muitas vezes até os escrúpulos de consciência, para poder aprovar matérias de interesse do Executivo, ou tirar do caminho cascas de banana atiradas pela oposição.
Longe de cobrar o voto do deputado Edmilson Rodrigues a Manoel Pioneiro, pelo contrário, até exaltando que tenha mostrado o cartão de visitas de sua postura oposicionista, só não consigo localizar a coerência. Se esta é nexo, há halgo errado que dissocia qualquer ligação entre as duas atitudes citadas. Apesar do tom enfático adotado pela nota do PSOL.
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