Jairan Feitosa, mais uma liderança da luta pela terra no Pará é assassinada em Marabá

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Jairan Feitosa, sindicalista, foi morta em Marabá, quando conversava com um companheiro do MST. Dois homens  em uma moto se aproximaram e um homem desceu da garupa e disparou vários tiros contra a sindicalista, atingindo órgãos vitais da vítima, como a cabeça. O amigo que conversava com Jairan também foi atingido no braço, mas foi socorrido.
 
Crimes dessa natureza, infelizmente, tem aumentado as estatísticas negativas de assassinatos de trabalhadoras e trabalhadoras rurais no Pará. A violência sem controle tem mobilizado servidores do próprio sistema de segurança, como Detran e Polícia Civil, em greve, e trabalhadores nas cidades e no campo e toda sociedade paraense, que já cansada de publicidade, e pede providências práticas e reais, para evitar mais crimes que já colocam o Pará no segundo lugar do ranking do mapa da violência nas regiões Norte/Nordeste.
 
Jairan era liderança no acampamento Cristo Rei, na Região Sudeste, município de Itupiranga. A sindicalista estava na lista de trabalhadores ameaçados de morte por telefone, conforme afirmou o marido da sindicalista, Cláudio Adão. A investigação conta agora com a Superintendência de Polícia Civil e teve repercussão nacional e internacional, pois há suspeitas mais uma vez de que haja relações entre o assassinato de uma trabalhadora rural e conflitos agrários no Pará.
 


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Zelaya: "se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas"

Zelaya: "se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas"

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Deposto por um golpe militar patrocinado pelos EUA em 2009, Zelaya enfatizou que "as urnas falaram em defesa de uma mudança profunda".

“Exigimos que se respeite a decisão do povo de que Xiomara Castro seja a sua presidenta. Não importa o que façam, porque esse processo se iniciou e ninguém vai pará-lo”, afirmou o coordenador do Partido Livre (Liberdade e Refundação), Manuel Zelaya. Junto a centenas de militantes, o ex-presidente destacou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25) em Tegucigalpa que, “se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas”.

Deposto por um golpe militar patrocinado pelos EUA em 2009, Zelaya enfatizou que “as urnas falaram em defesa de uma mudança profunda” e denunciou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) age em função dos interesses da oligarquia vende-pátria, representada pelo candidato Juan Orlando Hernández, do Partido (Anti) Nacional.

 “O Tribunal não está contabilizando 1.900 atas, cerca de 400 mil votos, de zonas em que o Partido Livre ganhou amplamente. Estamos prontos para comparar as atas que temos com as que chegaram do TSE. Que eles demonstrem o contrário, que perdemos. Nunca poderiam fazê-lo”, acrescentou Zelaya, aplaudido de pé.

Segundo Zelaya, a disposição do Partido Livre não é a de “conclamar a sublevação, mas de garantir direitos, que não se negociam”. “Por que o Tribunal aparta 20% das urnas em seu resultado? Basta ter um mínimo de inteligência para explicar”, condenou o ex-presidente, com a militância respondendo em coro: “vamos às ruas!”.

A presidenta eleita, Xiomara Castro, dedicou a vitória aos “homens e mulheres que entregaram sua vida por esta causa, aos jovens que doaram seu sangue pela liberdade da Pátria e de todo o povo hondurenho”. “Os dados que recebemos de todo o país com a contagem das atas eleitorais confirmam que sou a presidenta da Honduras. Não vou decepcionar, cumpriremos da primeira a última palavra empenhada”, agradeceu.

Rechaço à fraude
O candidato do Partido Anti-Corrupção (PAC), Salvador Nasralla, também rechaçou a fraude: “Os resultados estão dramaticamente violentados e não correspondem à realidade”. Nasralla, um apresentador de televisão, asseverou que o partido governista utilizou dois call centers para produzir e escanear atas falsas. Elas seriam enviadas ao centro de apuração, adulterando os resultados. “Tenho todas as provas e já apresentei uma denúncia à fiscalização. Além disso, o partido do governo comprou muitos dos representantes de mesa do meu partido, para que se retirassem do centro de votação e não defendessem nossos votos”, disse.

Reforçando esta denúncia, a TV Globo de Honduras divulgou entrevistas com inúmeros fiscais que comercializaram suas credenciais partidárias para o Partido Nacional. A reflexão é elementar: pela legislação eleitoral, as mais de 16 mil urnas necessitariam de pelo menos 32 mil pessoas de cada partido, entre fiscais e suplentes. Tais agremiações deveriam ter, portanto, pelo menos esses dois votos. Abertas as urnas, os partidos que atuaram como legenda de aluguel, todos juntos, não somaram sequer 1% dos votos. Formados para isolar o Partido Livre, seus “representantes” atuaram para controlar as mesas eleitorais e armar a fraude.

"Graves evidência de fraude"
Foi o que viu a delegação de observadores da Confederação Sindical Internacional (CSI), que apontou a existência de “graves evidências de uma fraude eleitoral”. “Durante todo o dia recebemos denúncias de diversas formas de manipulação e compra de votos, ameaças e outros atos de violência contra os fiscais e os eleitores do Livre”, informou a CSI, ressaltando que “alguns deles foram testemunhados pelos representantes da missão, assim como pelas várias organizações internacionais aqui vindas para observar as eleições”.

Também nesta segunda-feira à tarde, no Comitê de Familiares de Detidos e Desaparecidos de Honduras (Cofadeh), a canadense Laura Carter, dirigente do Industrial Global Union, apontou a existência de “uma série de irregularidades, que podem ter impacto determinante nos números divulgados pelo TSE". Laura informou que na zona de São Miguel, na região metropolitana de Tegucigalpa, que conta com 50 mil votantes, força expressiva de Xiomara, nada menos do que 400 eleitores apareceram como "mortos" - sendo retirados da lista, sem poder votar - e outros mil simplesmente "desapareceram do registro".

Marcelina Samaniego, representante da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), denunciou “a sonegação de informações e o não envio das planilhas de votação”. Como na região de San Pedro Sula, onde Xiomara liderava, esclareceu Marcelina, o jovem que manejava o computador e centralizava o processo lhe disse ter "orientações claras" para atrasar o envio de urnas desfavoráveis. "Nós não podíamos ter acesso e a Força Pública e a Militar estavam ali para respaldar o que eles dissessem", acrescentou.

Denis Roberto Aguilar Gomez, fiscal do Partido Livre na Escola Tomas Alvarez na mesa 9357, no bairro Nova Esperança, na região metropolitana de Tegucigalpa, foi agredido por 20 fascistas do Partido Nacional. Quando foi denunciar aos policiais militares acabou sendo detido ilegalmente e agredido, por ser de oposição. "Me torturaram dentro da escola", relatou, mostrando as marcas da agressão.

Perseguição e intimidação
Às vésperas das eleições de domingo (24), o governo hondurenho utilizou policiais militares e da migração para perseguir e intimidar observadores internacionais, identificados como simpatizantes de Xiomara. Personalidades como Rigoberta Menchú, prêmio Nobel da Paz, foram impedidas até de entrar no país. Ao mesmo tempo, os golpistas convidaram 23 organizações de extrema direita para acompanhar o pleito.

Na cidade de El Progreso, próxima a San Pedro Sula, um dos principais polos da resistência ao golpe contra Zelaya, cinco soldados da Migração, fortemente armados, entraram no centro de capacitação da Igreja em busca de “salvadorenhos”. Terceira principal cidade do país, El Progreso é o berço de Roberto Micheletti, ditador alçado ao poder em 2009.

Na capital, Tegucigalpa, prefeitos e parlamentares da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que governa El Salvador, também foram abordados e constrangidos por policiais a poucos metros do Honduras Maya, hotel em que estamos hospedados.

Nesta segunda, soldados fortemente armados voltaram a cercar o hotel, tentando impedir um protesto pacífico contra a fraude eleitoral, condenada em coro como um novo golpe. “Mídia vendida, conta-nos bem, não somos um, não somos cem”, alertaram os manifestantes, repudiando a manipulação dos grandes conglomerados de comunicação em favor dos golpistas.

fonte: http://www.cartamaior.com.br


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Milton Zimmer é eleito presidente estadual do PT

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O deputado estadual Milton Zimmer é o novo presidente do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) no Pará. Na mais acirrada eleição interna da legenda no Estado, Zimmer foi o vencedor com 8.904 votos, o equivalente a 50,4% do total, quase empatado com o deputado federal Zé Geraldo, que teve 8.780 votos, 49,6%.
Pouco mais de 17, 9 mil eleitores compareceram às urnas ao longo do domingo. A votação ocorreu das 9 às 17 horas e o resultado foi anunciado pouco depois das 23h. Um balanço geral oficial por município ainda será finalizado hoje. 
Milton Zimmer é da tendência Articulação Socialista, da qual fazem parte também os deputados federal Beto Faro e estadual Carlos Bordalo. Zé Geraldo faz parte do “PT pra Valer”, tendência que tem entre as lideranças no Pará, Valdir Ganzer, Airton Faleiro e Bernadete ten Caten. Além dos dois candidatos que foram ao segundo turno, a disputa teve ainda os nomes de Marcos Oliveira, da tendência do deputado Paulo Rocha; Cláudio Puty, do grupo ligado a ex-governadora Ana Júlia e Bira Rodrigues.
A vitória de Zimmer em disputa acirrada com Zé Geraldo, indica aumento da força do PT no interior do Estado, já que ambos têm suas bases fora da Região Metropolitana de Belém. Fortalece também a tese da aliança estadual entre PT e PMDB, já no primeiro turno das eleições gerais do ano que vem, sendo defendida tanto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto pela atual presidente, Dilma Rousseff.
Nesse caso, a cabeça de chapa caberia ao peemedebista Helder Barbalho, ex-prefeito de Ananindeua, que concorreria ao governo. Paulo Rocha seria o nome para o Senado.
No segundo turno, Cláudio Puty e Bira Rodrigues, os dois nomes que defendiam a candidaturaprópria do PT no primeiro turno se uniram a Zimmer. 
A votação interna do PT chamou a atenção porque o atual presidente terá a missão de conduzir os rumos da legenda em momentos decisivos: a eleições de 2014 para o governo e presidência da República e, dois anos depois, as eleições municipais, o que fez com que a disputa atraísse o interesse de possíveis aliados e adversários. O mandato do novo presidente é de quatro anos. Zimmer é considerado petista moderado com grande afinidade com o grupo nacional que hoje comanda a legenda, cujo diretório nacional será presidido por Rui Falcão, nome preferido por Lula.
A posse deve ocorrer nos próximos dias e a estratégia eleitoral será definida em encontro estadual extraordinário que o novo presidente poderá convocar ainda para este ano. “A prioridade é reeleger a presidente Dilma Rousseff e derrotar os tucanos no Pará. Para isso, precisamos de uma aliança forte”, defendeu Zimmer, após o primeiro turno.
(Diário do Pará)


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ARY VANAZZI NOVO PRESIDENTE PT RIO GRANDE DO SUL

ARY VANAZZI NOVO PRESIDENTE PT RIO GRANDE DO SUL

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Faltando apurar 44 municípios, que totalizam cerca de mil votos, hoje a tarde a vitória de Vanazzi será confirmada. Parabéns a todos que contribuíram para esta vitória!Resultado oficial encaminhado pela SORG/PTRS para as candidaturas:

Ary Vanazzi - 14305


Jairo Jorge - 13667


Brancos - 289


Nulos - 161


Válidos - 27589


Totais - 28496



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RIO GRANDE DO SUL ARY VANAZZI ELEITO PRESIDENTE DO PT

RIO GRANDE DO SUL ARY VANAZZI ELEITO PRESIDENTE DO PT

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"Já foram apurados 85% dos votos. Destes, 13.687 para Ary Vanazzi e 11.785 para Jairo Jorge, praticamente definido o PED! Vanazzi presidente"


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Pesquisa do Ibope: Dilma aumenta vantagem sobre Aécio e Campos

Pesquisa do Ibope: Dilma aumenta vantagem sobre Aécio e Campos

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Pesquisa do Ibope mantém vantagem da presidenta Dilma Rousseff, que venceria no primeiro turno se a eleição fosse realizada hoje. Em um cenário com o senador Aécio Neves (PSDB) e com o governador Eduardo Campos (PSB), ela teria 43% dos votos, ante 14% do tucano e 7% do pernambucano. Segundo o instituto, em um mês a diferença aumentou de 17 para 22 pontos percentuais. Os votos em branco ou nulos somam 21%.

Com Marina Silva no lugar de Campos, os resultados apresentam alguma diferença, mas sem alterar a tendência. Dilma fica com 42%, Marina aparece com 16% e Aécio, com 13%. Nesse caso, a diferença sobe de cinco para 13 pontos. Os votos em branco ou nulos somam 21%. Em branco ou nulos totalizam 22%.

Na pesquisa espontânea, Dilma aparece com 23%. O segundo colocado é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 8%. Em seguida, vêm Aécio Neves e José Serra (PSDB), ambos com 5%, Marina (3%) e Campos (1%). Votos em branco ou nulos atingem 13%, enquanto 40% disseram não saber ou não responderam.

No caso de um segundo turno, Dilma venceria Aécio por 47% a 18% e Marina Silva por 44% a 24%.

O instituto apresentou algumas frases sobre o futuro presidente, e a que teve mais escolhas (38%) foi a de que “mantivesse só alguns programas, mas mudasse muita coisa”. Outros 24% escolheram que “mudasse totalmente o governo do país”, 23%, que “fizesse poucas mudanças e desse continuidade para muita coisa”, e 12%, que “desse total continuidade ao governo atual”.

Na avaliação do governo Dilma, os que acham “ótimo” ou “bom” passaram de 38%, em outubro, para 39%, enquanto os que responderam “ruim” ou “péssimo” foram de 26% para 24% e o “regular”, de 35% para 36%. A taxa de aprovação oscilou levemente para cima, de 53% para 55%. A taxa de confiança foi de 49% para 51%.

Em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo e as Organizações Globo, a pesquisa foi feita entre os dias 7 e 11, ouvindo 2.002 eleitores em 142 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Com site Sul21




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AE-PT RIO GRANDE DO SUL

AE-PT RIO GRANDE DO SUL

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Companheiros e companheiras,
Contra muitas "previsões" e poderosos interesses chegamos até aqui. A Articulação de Esquerda está a um passo de retomar, depois de quase uma década, a presidência do PT do Estado do Rio Grande do Sul. Construímos juntos ao longo do último período uma política de alianças para vencer no nitidez programática e coerência com nossa história. Isto em um momento histórico de acirramento da luta de classes no Brasil, uma nova conjuntura internacional e as portas de uma duríssima luta política em que a burguesia tentará derrotar nosso projeto no Rio Grande e no país.
Nenhum militante da Articulação de Esquerda pode deixar de votar e disputar o coração e a consciência dos filiados do PT para votar em nosso companheiro Ary Vanazzi para presidente. Até concluir-se a apuração devemos estar mobilizados e vigilantes. 
Nossos fiscais devem estar nos locais de votação 08h30 munidos de câmera e acompanhar a abertura da urna, EXIGIR DOCUMENTO DE IDENTIDADE PARA VOTAR, acompanhar toda a votação GARANTINDO O VOTO SECRETO de nossos(as) filiados(as) e registrar qualquer ocorrência em ata. Acompanhar a apuração e fotografar o boletim de urna que deve ser enviado IMEDIATAMENTE ao PTRS. A única diferenca entre o fiscal estadual registrado e qualquer filiado ou filiada é a possibilidade do voto em trânsito. Todos devemos fiscalizar e mobilizar nossos filiados e filiadas até encerrar a votação.
Os que puderem, venham amanhã a partir de 18h realizar a apuração no PTRS. Ao contrário do 1º turno, estimamos conhecer o resultado ainda na noite de domingo.
À luta, companheiros e companheiras! A história está em nossas mãos.


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Antes tarde, do que tarde demais

Antes tarde, do que tarde demais

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A prisão de Dirceu, Genoíno e Delúbio resume, de maneira exemplar, certos dilemas estratégicos da esquerda brasileira.

A prisão foi realizada antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) analisar os embargos apresentados pelos três. O processo não transitou em julgado.

Mesmo concluído o processo, a pena deveria ser cumprida em regime semi-aberto. Mas a ordem de prisão omitia isto, motivo pelo qual começaram a cumprir pena em regime fechado.

Os três foram transferidos de avião para o presídio da Papuda, em Brasília. O adequado teria sido ficarem desde o início em local próximo a sua moradia e familiares. No caso de Genoíno, cujo estado de saúde é grave, o correto teria sido a prisão domiciliar. [Aliás, o Estado e a administração da Papuda têm o dever de proteger a vida de Genoíno. Com ou sem autorização de Joaquim Barbosa, deve transferir imediatamente o preso para onde possa receber cuidados médicos adequados.]

Arbitrariedades judiciais e policiais são cometidas usualmente contra a maior parte da população carcerária. Assim, o ocorrido deve nos fazer lembrar o quanto ainda deve mudar este país, para que o sistema judicial e prisional não trate as pessoas de acordo com sua posição de classe.

Entretanto, a arbitrariedade aplicada a “petistas ilustres” não é prova de que a justiça é "cega", mesmo quando injusta. Casos similares e recentes comprovam o contrário. Pessoas acusadas de crimes similares, mas pertencentes a outros partidos, estão recebendo tratamento privilegiado.

Por isto, independentemente da opinião que tenhamos sobre cada um deles, sobre o que fizeram ou deixaram de fazer, sobre se mereciam ou não algum tipo de punição, a verdade é que foram julgados, apenados, condenados e presos desta forma por serem petistas, porque isto permite atingir o Partido dos Trabalhadores.

Toda a Ação Penal 470 foi marcada pela ilegalidade. As mais graves são o julgamento em uma única instância, a condenação por crime não comprovado, uma aplicação aberrante do chamado “domínio de fato”, a tolerância frente a casos similares praticados pelo PSDB, a definição de penas em clima de loteria, o caráter espetacular do julgamento, assim como o objetivo explícito e assumido de prejudicar politicamente o Partido dos Trabalhadores.

Isto ocorreu sob a batuta de procuradores gerais da República e de uma maioria absoluta de ministros do STF indicados durante os governos Lula e Dilma. Portanto, apesar de seu papel destacado, Joaquim Barbosa não é o único responsável pelas violências jurídicas cometidas no processo.

Dizendo de outra forma: as ilegalidades cometidas durante a Ação Penal são de responsabilidade, direta e indireta, parcial ou total, de muitas autoridades, inclusive daquelas indicadas pelos governos Lula e Dilma. E no caso destas, não se trata de equívocos isolados: há um “método” nas indicações, bem como na conduta (ou falta de conduta) do Ministro da Justiça e da Polícia Federal.

Ao indicar pessoas de direita, ou suscetíveis à pressão da direita, o governo facilita aos setores conservadores disfarçar o caráter de classe e o caráter partidário de seus atos. E há setores do governo que acreditam que isto é “republicanismo”, ou seja, convertem seus erros em virtude.

Infelizmente, não se trata de raio em céu azul. Cumprir, sem nem ao menos questionar, uma ordem de prisão redigida de forma perversamente ilegal, não tomar atitude pública e firme em defesa dos direitos humanos dos presos, é coerente com um conjunto de atitudes (e falta de atitudes) de nossos governos na área da segurança, dos direitos humanos e da justiça.

A Ação Penal 470 teve origem, desde a entrevista do então deputado Roberto Jefferson, no consórcio entre a direita demotucana e o oligopólio da comunicação, cabendo a este último o papel de cérebro, de direção estratégica.

Porém, a atitude do governo Lula e do governo Dilma frente à mídia manteve no fundamental o status quo ante, numa atitude que um companheiro denominou de "sadomasoquismo político".

Já o Partido dos Trabalhadores, principal vítima dos ataques da mídia, adotou desde o princípio de 2013 uma retórica mais dura, todavia sem provocar inflexão na postura governamental, nem mesmo na política de comunicação do próprio partido, que é de uma fragilidade patética.

Toda a AP 470 foi construída em torno de uma tese: a de que teria ocorrido compra de votos. Nada, absolutamente nada, foi comprovado a respeito. E tudo, absolutamente tudo, foi comprovado acerca do caráter pernicioso do financiamento empresarial privado das campanhas eleitorais.

Aqui, mais uma vez, está presente o já citado “método”, que explica grande parte dos prejuízos causados, ao PT, pela influência concedida a Marcos Valério, um dos operadores do caixa dois tucano nos anos 1990. Os fatos mostraram a imensa ilusão de classe cometida por quem acreditou que “se eles fazem, também podemos fazer”.

É verdade que a crise iniciada em 2005 teve, como um saldo positivo, fortalecer a convicção, dentro do PT e de amplos setores da sociedade brasileira, de que é necessário eliminar totalmente o financiamento empresarial privado das campanhas eleitorais.

Mas mesmo aí, o “método” se fez presente: o papel lamentável cumprido pelo deputado Candido Vaccarezza, admoestado mas nunca punido pelo Partido, mostra a inconsequência com que muitos defendem a reforma política. Inconsequência que é diretamente proporcional ao grau de dependência (e acomodação) de tantos frente ao financiamento empresarial privado.

Olhando-se de conjunto, o processo como um todo, inclusive a prisão de Dirceu, Genoíno e Delúbio, resultam de um duplo movimento: por um lado, da ação combinada da direita partidária, do oligopólio da mídia e de seus tentáculos no aparato judicial-policial; por outro lado, de um conjunto de ações, opções, omissões e erros cometidos pelo PT e aliados de esquerda.

É importante perceber que a ação da direita parece ter grande respaldo popular, inclusive entre eleitores de Lula, Dilma e do PT. Há vários motivos para isto, alguns já citados, outros não, que levam parcela importante do povo brasileiro a considerar o PT “tão corrupto” quanto os demais partidos, opinião que provoca mais danos sobre nós petistas do que sobre os outros.

Esta visão incorreta sobre o PT ajuda a alimentar uma brutal ofensiva ideológica da direita, que tem como alvo não apenas o petismo, mas a esquerda, as liberdades civis e democráticas em geral. [A chamada judicialização da política é uma das expressões desta ofensiva.]

Não é fácil reagir a isto. Mas é preciso reagir e já. E a primeira maneira de reagir é compreender como foi que chegamos a este ponto, quais ações, opções, omissões e erros foram cometidos individualmente, por setores ou pelo conjunto do petismo.

Setores do PT acreditam que tudo teria sido diferente, caso o Partido tivesse adotado uma postura distinta em 2005, inclusive afastando-se completamente dos que cometeram erros. Certamente teria sido diferente. Mas não foi esta a opção da então e novamente atual maioria do Partido. Delúbio Soares, por exemplo, foi expulso e depois reintegrado ao Partido. Portanto, o conjunto do PT não pode agir, agora, como se tivesse tomado outra atitude em 2005. Isto vale muito especialmente para os que integravam então e integram novamente a maioria partidária: seus atos precisam ter alguma consequência com a opção que adotaram em 2005.

Setores do PT agem como se a prisão de Dirceu e Genoíno constituísse um “acidente de percurso”. Assim como as manifestações de junho, as sabotagens e rupturas na base aliada, o pequeno crescimento do PIB e a greve de investimentos do grande Capital seriam “pontos fora da curva”. Nós pensamos o contrário: a prisão de Dirceu e Genoíno faz parte de uma tragédia anunciada. Pois, de um certo ponto de vista, ambos simbolizam uma estratégia baseada em concessões aos inimigos. Concessões que para muitos pareciam acertadas, quando o inimigo aparentemente recuava. Mas agora está claro que recuaram para melhor saltar, sobre nós, com uma fúria brutal.

Setores do PT parecem acreditar que nada disto terá implicações eleitorais. Não acreditamos nem um pouco nisto. E mesmo que não tivesse implicações eleitorais, certamente enfraquece o PT. Cabendo perguntar: como será um segundo mandato Dilma, com um PT enfraquecido? Qual a chance de realizarmos reformas democrático-populares, construirmos uma hegemonia de esquerda, acumularmos forças em direção ao socialismo, com um PT enfraquecido?

Setores do PT concentram sua energia em denunciar a ilegalidade das prisões e da AP 470, prestando solidariedade aos presos e buscando inclusive maneiras de anular o julgamento. Sem prejuízo de tudo o que se pode e deve fazer neste sentido, temos que entender que a prisão de dois ex-presidentes do Partido é, na melhor das hipóteses, uma metáfora do que nos aguarda, a todos e a todas nós, se o PT não mudar seu “método” de fazer política. Mais precisamente, precisamos mudar de estratégia.

Para quem ainda não percebeu, acabou o tempo em que um “mau acordo” parecia melhor do que uma “boa luta”. Já há tempos, uma boa luta não é apenas melhor, é a única alternativa. Não foi esta a conclusão do PED. Tampouco parece ter sido este o tom da resolução aprovada pelo Diretório Nacional do PT, dia 18 de novembro de 2013.

A defensiva eterna não é capaz de derrotar uma ofensiva e não há tática vitoriosa nos marcos de uma estratégia superada: espero que seja esta a tônica dos debates no V Congresso do Partido, em dezembro de 2013. Pois a melhor resposta que podemos dar a todo o processo que resultou nas prisões é mudar a política do Partido. Antes tarde, do que tarde demais.

Valter Pomar, 20 de novembro de 2013


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Ex-diretor da Siemens aponta caixa 2 de PSDB e DEM

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Em relatório, ex-diretor da Siemens aponta caixa 2 de PSDB e DEM

Entregue ao Cade em abril, documento é primeiro oficial sobre propinas para políticos ligados a governos do PSDB que vem a público

21/11/2013 11:29
Antonio Cruz / Agência Brasil

Esquema de corrupção no estado de São Paulo teria ocorrido durante os governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra












Um documento entregue em 17 de abril ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), ligado ao Ministério da Justiça, comprova que o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer disse possuir "documentos que provam a existência de um forte esquema de corrupção no estado de São Paulo durante os governos (Mário) Covas, (Geraldo) Alckmin e (José) Serra, e que tinha como objetivo principal o abastecimento do caixa 2 do PSDB e do DEM".

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o ex-diretor da empresa alemã diz ainda que o atual secretário da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), o deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), foi apontado pelo lobista Arthur Teixeira como recebedor de propina das multinacionais suspeitas de envolvimento com o cartel dos trens em São Paulo, no período que vai de 1998 a 2008.

O ex-executivo, que é um dos seis responsáveis por assinar um acordo com o Cade no qual a empresa alemã revela as ações do cartel de trens, cita ainda o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), aliado tucano, como mais um beneficiário.

O relatório entregue ao Cade em abril é primeiro documento oficial que faz referência a supostas propinas para políticos ligados a governos do PSDB que vem a público. Até então, o Ministério Público e a Polícia Federal apenas apontavam suspeitas de corrupção envolvendo ex-diretores de órgãos estatais, como a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

No documento, Rheinheimer descreve o cartel como "um esquema de corrupção de grandes proporções, porque envolve as maiores empresas multinacionais do ramo ferroviário como Alstom, Bombardier, Siemens e Caterpillar e os governos do Estado de São Paulo e do Distrito Federal".

O texto faz menção também ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e aos secretários estaduais José Aníbal (Energia), Jurandir Fernandes (Transportes Metropolitanos) e Rodrigo Garcia (Desenvolvimento Econômico). Os quatro políticos são citados pelo ex-diretor da Siemens como "envolvidos com a Procint", do lobista Arthur Teixeira e suspeita de intermediar propina a agentes públicos, segundo o MP e a PF.

Ele apontou ainda o vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), e o ex-governador do DF José Roberto Arruda como "políticos envolvidos com a MGE Transportes (Caterpillar)". A MGE é apontada, tanto pelo MP quanto pela PF, como uma outra rota da propina, via subcontratações como fornecedora da Siemens e de outras companhias do cartel.

Rheinheimer diz, por fim, ser o autor da carta anônima que deu início à investigação do cartel dos trens. Além disso, ele se diz disposto a contar o que sabe, mas sugere receber em contrapartida sua nomeação para um alto cargo na mineradora Vale.

O documento com as acusações foi enviado pelo Cade à Polícia Federal e anexadas ao inquérito que investiga o cartel em São Paulo e no Distrito Federal. Rheinheimer foi diretor da divisão de Transportes da Siemens, empresa na qual trabalhou por 22 anos, até março de 2007. Ele prestou depoimento à PF em regime de colaboração premiada - em troca de eventual redução de pena ou até mesmo perdão judicial.




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Ensinamentos preciosos: "meu filho, nós, que somos de esquerda, temos que ser sempre melhores

Ensinamentos preciosos: "meu filho, nós, que somos de esquerda, temos que ser sempre melhores

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Meu pai foi servidor civil do exército durante a ditadura militar no Brasil. Por conta de suas posições um pouco progressistas, por várias vezes teve seus pertences revirados no quartel. Procuravam algo, qualquer coisa, que pudesse ser usada contra ele. Anos depois, eu ainda adolescente, mas já militante, meu pai disse algo que nunca me esqueci: "meu filho, nós, que somos de esquerda, temos que ser sempre melhores: mais esforçados, mais estudiosos, mais trabalhadores, mais honestos. Porque qualquer deslize nosso será usado não só contra nós, mas contra nossa causa". Estou agora assistindo isso.

Zé Dirceu e Genoíno, de quem sempre fui adversário dentro do PT, cometeram muitos erros. O maior deles foi achar que poderiam jogar impunemente o mesmo jogo da direita (e supostamente contra ela), com os conchavos políticos e acordos financeiros de bastidores. De jeito nenhum, camaradas. Essa banca tem dono. A elite deu o troco, e eles estão pagando o preço. E em minha concepção, pelo que li e acompanhei do processo judicial, um preço superfaturado, supedaneado por inúmeras incoerências jurídicas e muito, mas muito teatro, com direito a um gran finale: prisões decretadas no simbólico e emblemático Dia da Proclamação da República, um feriado, sem o cumprimento das mínimas formalidades legais (como a simples emissão da guia de recolhimento à vara das execuções penais). Um dia o estudo da Ação Penal 470 será obrigatória não só nos cursos de direito, mas de comunicação social e de história.

Tem um provérbio alemão que diz: “você bate no saco, mas pensa no animal que carrega o saco”. Ele cai como uma luva agora. Batem nos acusados, mas a intenção é bater no PT, na sua ideologia, nos seus militantes. O PT é maior do que tudo isso. Por mais que queiram fazer parecer, a História do PT não começou com o chamado mensalão em 2005 e nem terminou agora. Somos herdeiros de uma luta que se iniciou muito antes de o próprio PT surgir. Uma luta por dignidade, democracia, igualdade, justiça social, fraternidade, solidariedade. Uma luta por um outro tipo de mundo que não seja baseado na exploração da maioria por uma pequena minoria. Uma luta por uma sociedade socialista. Os militantes petistas são homens e mulheres que deram e continuam dando o melhor dos seus anos por um Brasil mais justo e solidário. Nossa luta continua. Viva os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras. Viva o PT!

Marcelo dos Anjos Mascarenha
Procurador do Município de Terezina - Piauí
Dirigente Nacional da Articulação de Esquerda

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Marcelo de tudo que li nos últimos dois dias seu relato foi o mais sincero e sintético do que poderíamos chamar de "lições do mensalão ou da Ação Penal 470". Espero que o estudo dessa questão extrapole o ensino acadêmico e seja mesmo ponto obrigatório de estudo e reflexão nos cursos de formação política do PT e dos demais partidos e organizações de esquerda. Assim como, o recente golpe civil-institucional que depôs Fernando Lugo, Presidente do Paraguai, eleito democraticamente.

Saudações Petistas!

Marcelo Martins
AE-Pa

Leia também a Carta de José Dirceu aqui!


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ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA: PED 2013, AVALIAÇÃO PRELIMINAR

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A seguir avaliação preliminar da Direção Nacional da Articulação de Esquerda, que compunham a chapa “A Esperança é Vermelha”, sobre o processo de eleições diretas do PT – PED 2013.

1.A direção nacional da Articulação de Esquerda reuniu-se, nos dias 12 e 13 de novembro, para fazer uma avaliação do Processo de Eleições Diretas das direções do Partido dos Trabalhadores.

2.Trata-se de uma avaliação preliminar: os resultados finais acabam de ser divulgados, cabendo uma análise detalhada no âmbito municipal, estadual e nacional; e também porque o PED não acabou, uma vez que há segundo turno para a presidência do Partido em vários estados e municípios.

3.É o caso do Rio Grande do Sul, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Ary Vanazzi. É o caso de Pernambuco, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Bruno Ribeiro. É o caso de Vitória-ES (Max Dias), Três Lagoas-MS (Antonio Carlos Modesto) e São Gonçalo-RJ (Almir Barbio). É o caso, também, de Sergipe, onde a direção estadual da AE decidirá nos próximos dias nossa posição frente ao segundo turno disputado por dois candidatos da CNB.

4.Há, também, outros casos onde candidatos nossos, candidatos apoiados por nós no primeiro turno, ou candidatos com que disputamos enfrentam o segundo turno (é o caso de Palmas-TO).

5.A direção nacional da Articulação de Esquerda coloca-se à disposição para ajudar as respectivas direções estaduais e municipais, tanto na deliberação quanto na campanha propriamente dita.

6. Nos locais onde o processo eleitoral já encerrou, as direções municipais e estaduais devem convocar reuniões de avaliação, produzir balanços por escrito e fazer circular estes balanços na lista eletrônica nacional da AE.

7.Concluído o segundo turno, no dia 24 de novembro, e finalizada a totalização dos votos do primeiro turno, a direção nacional da AE realizará nova reunião para fazer um balanço completo do processo de eleições diretas das direções petistas, balanço que será publicado na edição de dezembro do jornal Página 13.

8. Sem prejuízo do que será tratado em nossa próxima reunião, a direção nacional realizou desde já um balanço preliminar do primeiro turno do PED.

9.Do ponto de vista político, e considerando fundamentalmente o resultado nacional, a conclusão principal é que a maioria dos votantes não optou pelas chapas e candidaturas que defendiam mudanças na estratégia, na tática e no padrão de funcionamento do PT.

10. Esta opção conservadora e continuísta que predominou no PED poderá ter implicações graves sobre o futuro próximo e mediato do PT e da luta política no Brasil. Isto porque a situação política exige não apenas ousadia e renovação, mas principalmente outra orientação política e outra conduta organizativa.

11. Não foi esta, entretanto, a opção da maioria dos que votaram. Não apenas os filiados-eleitores, mas inclusive parcela majoritária dos militantes do PT segue apostando, conscientemente ou por simples inércia, na política de centro-esquerda. Apesar de parcelas crescentes reconhecerem os limites desta política e o acúmulo de problemas, não quiseram tirar as consequências disto na hora de votar nas chapas e candidaturas.

12. Aliás, é preciso dizer que a maioria dos que votaram no PED não quis levar em devida conta o recado que as ruas nos deram em junho de 2013, em mobilizações que podem voltar a ocorrer, dado que certas condições objetivas e subjetivas seguem presentes; não considerou adequadamente o cenário de dificuldades econômicas e a mudança de postura por parte do grande capital frente ao nosso governo; segue acreditando que o cenário de 2014 está mais para vitória no primeiro turno, do que para um segundo turno acirradíssimo; e não dimensiona corretamente o grau de desgaste do PT junto à diversos setores da população, com destaque para a juventude, inclusive a juventude trabalhadora. Onde há segundo turno na eleição da presidência do Partido, estes temas continuam presentes no debate e lutaremos pela vitória de candidaturas que tenham compreensão deste conjunto de desafios.

13. Não basta, contudo, criticar a maioria, seu gosto pelo aparato em detrimento da política, a tendência à pulverização despolitizada de chapas vinculadas ao grupo majoritário, a incapacidade de evitar a “tragédia anunciada” que foi a organização do PED. É preciso também reconhecer, de maneira autocrítica, as debilidades do conjunto de tendências, chapas e candidaturas que propunham mudanças na política e no comportamento do Partido.

14. Embora este tópico vá ser mais desenvolvido no documento de balanço que apresentaremos após o segundo turno, podemos antecipar o seguinte: desde 2005, a chamada esquerda do PT vem sofrendo um processo de divisão e redução de sua influência, que somadas a dificuldades políticas mais gerais, bem como ao processo de burocratização e degeneração da vida interna partidária, criam enormes obstáculos para que a minoria de esquerda possa voltar a ser maioria. Assim, uma de nossas tarefas é recompor a esquerda petista, para que volte a existir a possibilidade de a minoria virar maioria. Deste ponto de vista, nossa principal conquista no PED 2013, em âmbito nacional, foi termos conseguido resistir e impedir o aniquilamento que se anunciava quando houve a cotização artificial de dezenas, talvez centenas de milhares de filiados.

15. Do ponto de vista organizativo, o PED 2013 foi pior do que todos os anteriores. Podemos dizer que há um amplo consenso sobre isto dentro do Partido. O problema é que esta avaliação comum parte de posições muito distintas e até opostas. Por um lado estão os que, como nós, defendemos que o processo de eleição das direções partidárias seja feito através de encontros partidários. Por outro lado, estão os que defendem “qualificar” o PED, por meio de adoção de regras que reduzam o peso dos filiados-eleitores e ampliem o peso dos militantes, na linha do que foi aprovado no IV Congresso do Partido e posteriormente flexibilizado ou até mesmo revogado pelo Diretório Nacional. Finalmente, há os que querem flexibilizar ainda mais as regras, secundarizando a participação ativa, a formação política, o autofinanciamento, os debates, etc. reforçando assim a influência dos filiados-eleitores em detrimento dos militantes.

16. Em termos objetivos, o número de filiados que participou do PED 2013 foi inferior ao PED 2009. Em 2009 votaram 518.192 filiados e filiadas. Em 2013, votaram 425.604 petistas.

17. Dos mais de 1 milhão e 700 mil filiados petistas, foram pagas as cotizações de 809 mil. Destes que cotizaram (ou foram cotizados), 387.837 filiados não compareceram para votar, deixando clara a alta dose de artificialidade e a influência do poder econômico presentes no processo de filiação e cotização. A artificialidade foi tamanha que só restou, a um dos responsáveis pela organização do PED, ter um surto de “amnésia” para tentar explicar o grande número de cotizados ausentes: “O voto hoje é mais criterioso, as pessoas precisam passar por atividade partidária, tem que efetuar contribuição financeira. É um processo muito mais complexo. No PT, não é só voto. As pessoas têm que participar efetivamente do processo”, disse o dirigente citado, numa coletiva à imprensa.

18. Somando os que votaram nulo (10.343) ou branco (36.317), com os que estavam cotizados mas não compareceram (387.837), temos 434.497 filiados, número maior do que os dos 421.507 que votaram em alguma chapa. É preciso analisar cuidadosamente os motivos pelos quais tantos filiados votaram em branco ou nulo para presidente e chapas nacionais. Assim como é necessário compreender por quais motivos a “abstenção de cotizados” variou, de cidade para cidade, de estado para estado.

19. A quebra na votação pode ser ilustrada pelo resultado presidencial: em 2009 José Eduardo Dutra ganhou no primeiro turno com 58% e 274 mil votos. Rui Falcão foi eleito, agora, com 69,5% mas com 268 mil votos.

20. A maioria dos que votaram não participou de nenhum debate, tampouco teve acesso ao jornal com as posições das chapas e candidaturas nacionais. Setores do PT trabalharam para esvaziar e esterilizar a discussão. Em alguns estados, como São Paulo, não ocorreu nenhum debate nacional. Mesmo onde o debate ocorreu, sua profundidade foi inferior ao necessário. A falta de debates contribuiu para a impressão, forte em muitos setores do Partido, de que o PED não ajudou a qualificar nossas direções partidárias.

21. Apesar do enorme esforço político e material, o resultado final do PED nacional não provocou alterações significativas na composição do Diretório e da Comissão Executiva Nacional do PT. Exemplo disto: em 2013 as chapas que apoiam Rui Falcão receberam 69% dos votos; em 2009, os mesmos setores obtiveram 70%.

22. Claro que para os setores minoritários, um pequeno deslocamento pode ser a diferença entre estar ou não na direção do PT. A Articulação de Esquerda passou por esta prova. Conseguimos sair do PED 2013 com a mesma presença na direção nacional do PT que obtivemos em 2009: 4 integrantes no DN e 1 na CEN. Ademais, tivemos resultados nas eleições estaduais e municipais que expressam nosso enraizamento na classe trabalhadora, nos movimentos sociais, na institucionalidade, no debate de idéias e no Partido. Nosso resultado global, obtido contra todo tipo de pressão externa e debilidades internas, foi produto em parte da quebra na votação geral, mas também de nossa ação, inclusive de uma correta decisão política de priorizar, durante o PED, o debate político-programático. Assim, sem prejuízo da necessária autocrítica de nossos erros e debilidades, saímos deste PED com moral alta e sentimento de dever cumprido.

23. Para nos representar no próximo Diretório Nacional, apresentamos como titulares os seguintes companheiros e companheiras: Bruno Elias, secretário executivo do Conselho Nacional de Juventude do Governo Federal; Jandyra Uehara, da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores; Adriano Oliveira, secretário de formação política do PT-RS; Rosana Ramos, da atual Comissão de Ética Nacional do PT.

24. Nossa chapa indica como suplentes: Valter Pomar, dirigente nacional do PT; Iriny Lopes, deputada federal PT-ES; Jonatas Moreth, da executiva nacional da juventude do PT; Ana Affonso, deputada estadual PT-RS; Rubens Alves, dirigente nacional do PT; Ana Lucia, deputada estadual PT-SE; Mucio Magalhaes, dirigente nacional do PT; Adriele Manjabosco, diretora da UNE.

25. Para nos representar na Comissão Executiva Nacional, a chapa “A Esperança é Vermelha” indica o companheiro Bruno Elias, um jovem com experiência nos movimentos sociais, no governo e no Partido. Alguém à altura da tarefa política e afinado com a necessidade de renovação, que vem sendo vocalizada (mas não praticada) por diversos líderes partidários.

26. Propomos que o companheiro Bruno Elias assuma a Secretaria Nacional de Movimentos Populares. Estamos seguros de que ele terá, a frente desta secretaria, o mesmo compromisso partidário demonstrado em outras tarefas, compromisso também demonstrado por representantes de nossa tendência, no período recente, a frente das tarefas de formação politica e relações internacionais. As companheiras Jandyra Uehara e Rosana Ramos estão encarregadas de todas as conversas e negociações relativas à composição da nova CEN.

27. A direção nacional da AE concluiu sua avaliação preliminar do PED, fazendo um reconhecimento e um agradecimento aos filiados e filiadas petistas que confiaram em nós, à militância que fez nossas campanhas, aos que foram candidatos e candidatas à direção e presidência.

28. Seja onde o resultado foi expressivo, seja onde foi modesto, fizemos uma campanha politicamente clara, defendendo mudanças profundas na estratégia, na tática e no funcionamento do PT. Nas redes sociais, nos destacamos por uma campanha ágil, criativa e bonita, que ajudou a quebrar o silêncio da mídia acerca do PED. Disputamos o PED da forma como sempre deveria ser, oferecendo nossas ideias e nossa disposição militante. E seguimos na luta por um PT democrático-popular e socialista, com muita esperança vermelha e sem medo de ser feliz.

A direção nacional da Articulação de Esquerda
13 de novembro de 2013




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Apoio aos professores da SEDUC-PA em greve...

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André Singer defende ruptura do PT com conservadores e critica leilão de Libra

André Singer defende ruptura do PT com conservadores e critica leilão de Libra

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Ex-porta-voz e secretário de Imprensa de Lula (2003-2007), o cientista político André Vítor Singer tem se destacado como teórico –e crítico– do que chama de “lulismo”. Nesta entrevista ao colaborador do blog João Paulo Martins, o autor de Os Sentidos do Lulismo (Companhia das Letras) analisa erros e acertos do PT no poder e lamenta a ausência de uma esquerda forte o suficiente para pressionar o governo pela aceleração das mudanças.

Ele também aponta a “falta de confrontação com o capital” e aposta que o leilão de Libra foi feito para agradar “a burguesia que está passando por um período de grande hostilidade” em relação ao governo Dilma. “A Petrobrás teria condições de fazer a exploração de Libra por si mesma, sem a necessidade de associação com empresas privadas. Parece-me razoável, sendo o petróleo um elemento estratégico para o desenvolvimento do país”, disse.

Para Singer, é necessário “algum grau de afastamento das forças conservadoras” . É arriscado? Sim. Mas o partido poderia correr o risco. “Para manter uma posição mais firme na perspectiva das mudanças estruturais que o Brasil precisa”, defende. Leiam a íntegra da entrevista abaixo.

***
A JOÃO PAULO MARTINS
Em 10 anos de governo PT (Lula-Dilma), o País passou por diversas conjunturas dentro do processo político. Sua tese sobre o lulismo nos auxilia a entendê-las. Quais medidas tiveram resultados satisfatórios? Em que o governo preferiu não mexer e foi negativo para o processo de mudanças no Brasil?
André Singer – No fundamental, houve uma significativa redução da pobreza no Brasil, sobretudo da pobreza extrema. O que a gente poderia chamar de tripé do “Lulismo”– que é constituído pelo Bolsa Família, pelo aumento do salário mínimo real e pelo crédito consignado–, funcionou muito bem. Na verdade, muita gente passou a ter acesso a bens de consumo e serviços que não tinha antes, você pode constatar uma melhora na condição de vida das camadas mais pobres da sociedade. E isso acabou produzindo uma reativação da economia partindo de baixo, o que significou também um quarto elemento fundamental: a geração de emprego. Nós tivemos uma redução importante do desemprego, de cerca de 12% para 5%. Isto significa que não só houve uma redução da pobreza, mas houve uma melhora das condições de luta da classe trabalhadora que acompanha a redução do desemprego. Esse é o aspecto que eu acho que funcionou bem.
Em contrapartida, o modelo lulista é um modelo que implica em não confrontação com o capital. E nos resta saber, partindo deste fato, se mudanças mais amplas no modelo econômico podem ser feitas utilizando essa estratégia. A presidente Dilma foi ousada, na primeira parte do seu mandato, tentando construir uma base para uma nova industrialização do Brasil, promovendo uma recolocação do Brasil em outros termos na DIT( Divisão Internacional do Trabalho). No entanto, aparentemente, o resultado não foi bom e agora estamos assistindo a um momento muito incerto com relação à maneira como esse projeto poderá se desenvolver no futuro.

O atendimento dos interesses de alguns setores por parte do governo, como o capital financeiro (bancos e investidores financeiros), grandes empreiteiras e o agronegócio é proporcional ao enfrentamento da pobreza promovido também por ele?
É uma constatação difícil. O lulismo é um modelo de governo de arbitragem. Ou seja, é um governo que tenta se colocar acima das classes, fazendo com que esta arbitragem produza certo equilíbrio. Claro, isto significa um governo que tende a oscilar de acordo com a conjuntura e a correlação de forças existentes no processo político. Então, não há como fazer essa apreciação geral. O lulismo é um modelo que prima por “repartir os ganhos”, por assim dizer, mas que pode ficar limitado no momento em que não há muito o que repartir.

De que maneira o pacto conservador como garantia de governabilidade e a perda de contato com os movimentos sociais modificaram as propostas iniciais do PT e trouxeram novos rumos para as diretrizes políticas do partido?
À medida que o lulismo foi se consolidando, ao longo do primeiro mandato do ex-presidente Lula e, sobretudo, sendo coroado na eleição de 2006, o PT foi adotando esse modelo, fazendo com que houvesse um deslocamento em suas bases. O PT era um partido claramente de esquerda, teve uma tradição de mais de 20 anos como um partido radical, e a partir do lulismo ele começa a transitar para outro tipo de política, que não é mais uma política radical, mas uma política de conciliação. Então, eu acho que a questão do PT é que ele ainda tem uma parcela da sua militância e mesmo dos seus dirigentes que raciocinam em termos do que foi o passado do partido e com um projeto de esquerda, mas a maioria dos membros aderiu a outro modelo de política que tem outros parâmetros.

E qual o impacto disto sobre o partido? Foi de certa forma prejudicial para o PT e seus membros antigos?
Impacto sobre o partido tem, em todos os sentidos. Essa é uma mudança importante, do que o partido foi até 2002 e do que ele passou a ser a partir de 2003. Agora, quanto a ser prejudicial é uma questão bastante dependente da posição de cada um. Eu acho que, no Brasil, seria positivo vir uma esquerda que pressionasse mais fortemente na direção de uma aceleração maior das mudanças. O sentido das mudanças que o lulismo está fazendo é basicamente correto. Qualquer esquerda no Brasil teria que ter como ponto prioritário do seu programa a redução da pobreza e desigualdade. O grande problema é o ritmo dessas mudanças. Seria bom para o Brasil um setor de esquerda forte e atuante que pressionasse no sentido de acelerar essas mudanças.

Quais são as suas perspectivas sobre o leilão do Campo de Libra? Houve privatização? Quais os ganhos e as perdas reais do Brasil com ele?
O que eu pude depreender é que a Petrobrás teria condições de fazer a exploração de Libra por si mesma, sem a necessidade de associação com empresas privadas. Parece-me razoável, sendo o petróleo um elemento estratégico para o desenvolvimento do país. Seria interessante que isso ficasse sobre controle nacional porque permitiria uma maior influência sobre o ritmo da exploração e o preço do petróleo. A meu ver, a própria compra de equipamentos produzidos no Brasil entra em um conjunto de fatos que justificariam o controle da produção por parte da Petrobrás, mesmo que isso implicasse uma certa lentidão no processo. Até porque, em minha concepção, o processo de exploração desse petróleo tem que ser lento, e é bom que ele seja. Minha intuição aponta para que esta medida tenha sido tomada a fim de dar uma prova de confiança para a burguesia que está passando por um período de grande hostilidade em relação ao governo Dilma. Não tenho como provar, mas a minha hipótese é essa: a associação não foi feita por razões estritamente econômicas, mas sim para permitir que o governo Dilma tivesse uma espécie de prova de confiabilidade em relação ao capital privado.

Como você analisa o sistema tributário brasileiro? Há uma proporcionalidade na relação entre arrecadação e distribuição?
O meu entendimento é que o sistema tributário brasileiro poderia ser mais progressivo, ou seja, taxar mais os que possuem mais. Esse é o ponto principal. Para que o Brasil possa construir um Estado de bem-estar social, o Estado tem que ter muitos recursos. Como eu acredito que esta seja das experiências mundiais que levou os países que o construíram mais próximo de um nível elevado de civilidade, sou simpático à construção dele no Brasil. Para tornar isso possível, a minha sugestão seria um sistema tributário mais progressivo, em que o Estado taxasse mais os mais ricos e pudesse financiar a construção deste Estado de bem-estar social.

Seria possível o PT se distanciar das forças conservadoras para disputar a eleição? Isso seria bom para o partido?
Possível é. A questão é que isso envolve riscos eleitorais. Em minha opinião, sem abrir mão do realismo político que é necessário, o partido poderia correr alguns riscos em nome de manter uma posição mais firme na perspectiva das mudanças estruturais que o Brasil precisa. Em política, você não deve tomar riscos que você não tenha calculado, nem que sejam riscos exagerados. Eu não sou voluntarista e não acredito numa proposta meramente para marcar posição. Acho que o partido tem tido um papel nas mudanças e deve continuar tendo. Com moderação, o partido poderia e deveria correr alguns riscos. Nesse sentido, algum grau de afastamento das forças conservadores seria necessário.

E a aliança com o PMDB, com os ruralistas e com os pastores deputados? Há como o partido se desvencilhar delas?
São setores poderosos da sociedade brasileira, mas que de modo geral dependem de um programa conservador, que é muito oposto às propostas originais do PT. Sem dúvida são setores com os quais deveria se pensar em criar alguma distância. Mas repito: haveria muitos riscos eleitorais.

Qual é sua análise sobre as manifestações de junho? Como o Estado deveria atender as reivindicações populares?
As manifestações acabaram se constituindo em um fenômeno muito complexo, porque elas não tiveram uma causa única e nem uma direção única. Isso torna o mês de junho no Brasil difícil de entender. Elas começam como manifestações de esquerda e com uma plataforma voltada para aceleração das mudanças e a construção do Estado de bem-estar social. A reivindicação pela diminuição da tarifa com perspectiva de um transporte público gratuito aponta no sentido de direito coletivo ao transporte público, e é uma visão, no fundo, anticapitalista.
No entanto, a partir de um certo momento, que eu situo naquela grande manifestação do dia 16 de junho, elas deixaram de ser manifestações de esquerda, porque começaram a entrar outras forças ideológica que eram de direita e de centro. A esquerda continuou presente, mas ela deixou de ser majoritária e deixou de ter o comando efetivo das manifestações. A partir desse momento, as reivindicações se tornaram alguma coisa muito ambígua, porque elas estavam pedindo coisas muito diferentes, partindo de orientações ideológicas muito diferentes. Nesse sentido, manifestações com aquelas características não vão acontecer mais, porque é muito raro acontecer uma situação na qual a extrema esquerda e a extrema direita estejam em uma mesma passeata, passando por diversos espectros. O fato é que a partir de junho os setores fiscais se viram, de alguma maneira, estimulados a se mobilizarem e pressionarem no sentido das suas reivindicações particulares. O problema é que são reivindicações muito diferentes e, em alguns casos, opostas.
Por exemplo, tivemos depois de junho manifestações públicas contra o Mais Médicos. São reivindicações contrárias a quem quer uma expansão da saúde pública no Brasil. São duas visões diferentes. Não há resposta para a pergunta se haverá atendimento ou não às reivindicações e por quais medidas. Na verdade, o que acontece é que junho marca uma mudança na conjuntura brasileira, em que você passa a ter uma luta social mais intensa. O que já está acontecendo é que cada setor, cada camada social, cada fração de classe vai lutar por si e o resultado vai depender da sua força relativa. Nós tivemos, de lá pra cá, greves, como a greve dos bancários. Ela foi bem sucedida, visto que eles conseguiram um aumento real para a classe. Então, isso tende continuar acontecendo em todos os setores. Agora, em que medida essas reivindicações vão ter sucesso ou não vai depender da força relativa de cada setor.

fonte: http://socialistamorena.cartacapital.com.br/


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PED 2013: avaliação preliminar

PED 2013: avaliação preliminar

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1.A direção nacional da Articulação de Esquerda reuniu-se, nos dias 12 e 13 de novembro, para fazer uma avaliação do Processo de Eleições Diretas das direções do Partido dos Trabalhadores.

2.Trata-se de uma avaliação preliminar: os resultados finais acabam de ser divulgados, cabendo uma análise detalhada no âmbito municipal, estadual e nacional; e também porque o PED não acabou, uma vez que há segundo turno para a presidência do Partido em vários estados e municípios

3.É o caso do Rio Grande do Sul, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Ary Vanazzi. É o caso de Pernambuco, onde estamos comprometidos com a vitória do presidente Bruno Ribeiro. É o caso de Vitória-ES (Max Dias), Três Lagoas-MS (Antonio Carlos Modesto) e São Gonçalo-RJ (Almir Barbio). É o caso, também, de Sergipe, onde a direção estadual da AE decidirá nos próximos dias nossa posição frente ao segundo turno disputado por dois candidatos da CNB.

4.Há, também, outros casos onde candidatos nossos, candidatos apoiados por nós no primeiro turno, ou candidatos com que disputamos enfrentam o segundo turno (é o caso de Palmas-TO). A direção nacional da Articulação de Esquerda coloca-se à disposição para ajudar as respectivas direções estaduais e municipais, tanto na deliberação quanto na campanha propriamente dita.

5. Nos locais onde o processo eleitoral já encerrou, as direções municipais e estaduais devem convocar reuniões de avaliação, produzir balanços por escrito e fazer circular estes balanços na lista eletrônica nacional da AE.

6.Concluído o segundo turno, no dia 24 de novembro, e finalizada a totalização dos votos do primeiro turno, a direção nacional da AE realizará nova reunião para fazer um balanço completo do processo de eleições diretas das direções petistas, balanço que será publicado na edição de dezembro do jornal Página 13.

7. É importante lembrar que o Página 13 circula amplamente, portanto os textos de balanço devem ser escritos levando em consideração um público leitor que não domina nosso jargão, nem conhece a cozinha (tampouco o quarto de despejos) do Partido.

8. Sem prejuízo do que será tratado em nossa próxima reunião, a direção nacional realizou desde já um balanço preliminar do primeiro turno do PED.

9.Do ponto de vista político, e considerando fundamentalmente o resultado nacional, a conclusão principal é que a maioria dos votantes não optou pelas chapas e candidaturas que defendiam mudanças na estratégia, na tática e no padrão de funcionamento do PT.

10. Esta opção conservadora e continuísta que predominou no PED poderá ter implicações graves sobre o futuro próximo e mediato do PT e da luta política no Brasil. Isto porque a situação política exige não apenas ousadia e renovação, mas principalmente outra orientação política e outra conduta organizativa.

11. Não foi esta, entretanto, a opção da maioria dos que votaram. Não apenas os filiados-eleitores, mas inclusive parcela majoritária dos militantes do PT segue apostando, conscientemente ou por simples inércia, na política de centro-esquerda. Apesar de parcelas crescentes reconhecerem os limites desta política e o acúmulo de problemas, não quiseram tirar as consequências disto na hora de votar nas chapas e candidaturas.

12. Aliás, é preciso dizer que a maioria dos que votaram no PED não quis levar em devida conta o recado que as ruas nos deram em junho de 2013, em mobilizações que podem voltar a ocorrer, dado que certas condições objetivas e subjetivas seguem presentes; não considerou adequadamente o cenário de dificuldades econômicas e a mudança de postura por parte do grande capital frente ao nosso governo; segue acreditando que o cenário de 2014 está mais para vitória no primeiro turno, do que para um segundo turno acirradíssimo; e não dimensiona corretamente o grau de desgaste do PT junto à juventude em geral e junto à juventude trabalhadora em particular.

13. Não basta, contudo, criticar a maioria, seu gosto pelo aparato em detrimento da política, a tendência à pulverização despolitizada de chapas vinculadas ao grupo majoritário, a incapacidade de evitar a “tragédia anunciada” que foi a organização do PED. É preciso também reconhecer, de maneira autocrítica, as debilidades do conjunto de tendências, chapas e candidaturas que propunham mudanças na política e no comportamento do Partido.

14. Embora este tópico vá ser mais desenvolvido no documento de balanço que apresentaremos após o segundo turno, podemos antecipar o seguinte: desde 2005, a chamada esquerda do PT vem sofrendo um processo de divisão e redução de sua influência, que somadas ao processo de burocratização e degeneração das vida interna partidária, tornam cada vez mais remota a possibilidade da minoria de esquerda virar maioria. Assim, uma de nossas tarefas é recompor a esquerda petista, para que volte a existir a possibilidade de a minoria virar maioria. Deste ponto de vista, nossa principal conquista no PED 2013, em âmbito nacional, foi termos conseguido resistir e impedir o aniquilamento que se anunciava quandohouve a cotização artificial de dezenas, talvez centenas de milhares de filiados.

15. Do ponto de vista organizativo, o PED 2013 foi pior do que todos os anteriores. Podemos dizer que há um amplo consenso sobre isto dentro do Partido. O problema é que este consenso esconde posições muito distintas. Por um lado estamos nós, que defendemos que o processo de eleição das direções partidárias seja feito através de encontros partidários. Por outro lado, estão os que defendem “qualificar” o PED, por meio de adoção de regras que reduzam o peso dos filiados-eleitores e ampliem o peso dos militantes, na linha do que foi aprovado no IV Congresso do Partido e posteriormente revogado pelo Diretório Nacional. Finalmente, há os que defendem ampliar e facilitar a participação, reforçando a influência dos filiados-eleitores em detrimento dos militantes.

16. Em termos objetivos, o número de filiados que participou do PED 2013 foi inferior ao PED 2009. Em 2009 votaram 518.192 filiados e filiadas. Em 2013, votaram 425.604 petistas.

17. Exatos 387.837 filiados cotizaram (ou foram cotizados), mas não compareceram para votar, deixando clara a artificialidade (e a influência do poder econômico) no processo de filiação e cotização. A artificialidade foi tamanha que só restou, a um dos responsáveis pela organização do PED, mentir para tentar explicar a quebra: "O voto hoje é mais criterioso, as pessoas precisam passar por atividade partidária, tem que efetuar contribuição financeira. É um processo muito mais complexo. No PT, não é só voto. As pessoas têm que participar efetivamente do processo", disse a pessoa citada.

18. Somando os que votaram nulo (10.343) ou branco (36.317), com os que estavam cotizados mas não compareceram (387.837), temos 434.497 filiados, número maior do que os dos 421.507 que votaram em alguma chapa. É preciso analisar cuidadosamente os motivos pelos quais tantos filiados optaram por votar em branco ou nulo para presidente e chapas nacionais. Assim como é necessário compreender por quais motivos a “abstenção de cotizados” variou, de cidade para cidade, de estado para estado.

19. A quebra na votação pode ser ilustrada pelo resultado presidencial: em 2009 José Eduardo Dutra ganhou no primeiro turno com 58% e 274 mil votos. Rui Falcão foi eleito, agora, com 69,5% mas com 268 mil votos.

20. A maioria dos que votaram não participou de nenhum debate, nem tampouco teve acesso ao jornal com as posições das chapas e candidaturas nacionais. Setores do PT trabalharam para esvaziar e esterilizar a discussão. Em alguns estados, como São Paulo, não ocorreu nenhum debate nacional. Mesmo onde o debate ocorreu, sua profundidade foi inferior ao necessário. Devido à falta de debate, o PED resultou em direções em geral menos preparadas do que as atuais.

21. Apesar do enorme esforço político e material, o resultado final do PED nacional não provocou alterações significativas na composição do Diretório e da Comissão Executiva Nacional do PT. Exemplo disto: em 2013 as chapas que apoiam Rui Falcão receberam 69% dos votos; em 2009, os mesmos setores obtiveram 70%.

22. Claro que para os setores minoritários, um pequeno deslocamento pode ser a diferença entre existir ou não existir. A Articulação de Esquerda passou por esta prova. Mas conseguimos sair do PED 2013 com o mesmo tamanho que obtivemos em 2009: 4 integrantes no DN e 1 na CEN. Este resultado, obtido contra todo tipo de pressão externa e debilidades internas, foi produto em parte da quebra na votação geral, mas também de nossa ação, inclusive de uma correta decisão política de elevar o debate político-programático.

23. Para nos representar no próximo Diretório Nacional, apresentamos como titulares os seguintes companheiros e companheiras: Bruno Elias, secretário executivo do Conselho Nacional de Juventude do Governo Federal; Jandyra Uehara, da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores; Adriano Oliveira, secretário de formação política do PT-RS; Rosana Ramos, da Comissão de Ética Nacional do PT.

24. Nossa chapa indica como suplentes: Valter Pomar, dirigente nacional do PT; Iriny Lopes, deputada federal PT-ES; Jonatas Moreth, da executiva nacional da juventude do PT; Ana Affonso, deputada estadual PT-RS; Rubens Alves, dirigente nacional do PT; Ana Lucia, deputada estadual PT-SE; Mucio Magalhaes, dirigente nacional do PT; Adriele Manjabosco, diretora da UNE.

25. Para nos representar na Comissão Executiva Nacional, a chapa “A Esperança é Vermelha” indica o companheiro Bruno Elias, um jovem com experiência nos movimentos sociais, no governo e no Partido. Alguém à altura da tarefa política e afinado com a necessidade de renovação, que vem sendo vocalizada (mas não praticada) por diversos líderes partidários.

26. Propomos que o companheiro Bruno Elias assuma a Secretaria Nacional de Movimentos Populares. Estamos seguros de que ele terá, a frente desta secretaria, o mesmo compromisso partidário demonstrado em outras tarefas, compromisso também demonstrado por representantes de nossa tendência, no período recente, a frente das tarefas de formação politica e relações internacionais. As companheiras Jandyra Uehara e Rosana Ramos estão encarregadas de todas as conversas e negociações relativas à composição da nova CEN.

27. A direção nacional da AE concluiu sua avaliação preliminar do PED, fazendo um reconhecimento e um agradecimento aos filiados e filiadas petistas que confiaram em nós, à militância que fez nossas campanhas, aos que foram candidatos e candidatas à direção e presidência.

28.  Seja onde o resultado foi expressivo, seja onde foi modesto, fizemos uma campanha politicamente clara, defendendo mudanças profundas na estratégia, na tática e no funcionamento do PT. Nas redes sociais, nos destacamos por uma campanha ágil, criativa e bonita, que ajudou a quebrar o silêncio da mídia acerca do PED. Disputamos o PED da forma como sempre deveria ser, oferecendo nossas ideias e nossa disposição militante. E seguimos na luta por um PT democrático-popular e socialista, com muita esperança vermelha e sem medo de ser feliz.

A direção nacional da Articulação de Esquerda
13 de novembro de 2013


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UM PARTIDO DE MASSAS

UM PARTIDO DE MASSAS

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Um Partido de Massas
Antonio Gramsci
25 de Setembro de 1921

Escrito em: 1921

1ª Edição: “L’Ordine Nuovo” de 05 de outubro de 1921.
Tradução de: Pablo de Freitas Lopes para Marxists Internet Archive, Novembro de 2004.
Origem da presente transcrição: Aritz, setembro de 2000, MIA em Espanhol.
Transcrição e HTML: Pablo de Freitas Lopes.

O Partido Socialista se apresenta no congresso de Milão com 80.000 inscritos. Pode ser útil um pequeno raciocínio sobre os números, mas que qualquer raciocínio teórico, para se ter uma exata compreensão da natureza e das atuais funções do Partido Socialista Italiano.

Desde o Congresso de Liorna, o partido socialista se acha integrado por 98.000 comunistas unitários e 14.000 reformistas, quer dizer, 112.000 inscritos.

Depois de Liorna entraram no partido pelo menos 15.000 novos membros; sim, hoje os inscritos são 80.000. Isto quer dizer que, dos 112.000 que votaram em Liorna, 47.000 deixaram o partido; os 65.000 restantes com os 15.000 novos constituem os atuais efetivos 80.000.

No congresso de Liorna, os comunistas unitários eram 98.000; a atual fração maximalista unitária continuadora daquela comunista unitária terá no Conselho de Milão de 45 a 50.000 votos; está claro que, dos 47.000 que saíram do Partido Socialista depois de Liorna, são em quase sua totalidade comunistas unitários.

A qualidade dos atuais 80.000 inscritos pode ser compreendida através deste pequeno raciocínio.O partido socialista administra atualmente cerca de 2.000 comunas e 10.000 entre ligas, câmaras de trabalho, cooperativas e mutualidades.

Se levarmos em conta as minorias que vivem em comunas e conselhos provincianos, é lícito calcular uma média de 16 conselheiros para 2.000 comunas administradas em maioria.

Isto é, resulta que, num partido de 80.000 inscritos, 32.000 são conselheiros comunais.

Para as 10.000 organizações econômicas, não é exagerado calcular (também levando em conta os cargos múltiplos) três funcionários inscritos para cada uma; teremos assim um partido de 80.000 inscritos, que além dos 32.000 conselheiros, terá cerca de 30.000 funcionários de ligas, cooperativas e mutualidades.

Desse modo, de 80.000 inscritos, 62.000 são membros estritamente ligados a uma posição econômica ou política, sobrando somente 18.000 membros desinteressados.

Está composição explica suficientemente o que ocorre com o Partido Socialista, ainda que não represente as aspirações e os sentimentos das massas trabalhadoras, que continua aparentemente sendo um partido de massas. A história está repleta de fenômenos similares.

O reino dos Borbones em Nápoles era o “negócio dos deuses” até 1848; não distante, resistiu até 1860 por que teria um corpo de funcionários entre os melhores da Itália;

De 1848 a 1860, o estado bodbonico foi uma pura e simples organização de funcionários, sem consenso em nenhuma classe da população, sem vida interior, sem histórico que justificasse sua existência.

O Império do Zar havia demonstrado em 1905 estar morto e podre historicamente; teria contra si o proletário industrial, os camponeses, a pequena burguesia intelectual, os comerciantes, a enorme maioria da população.

De 1905 a 1917, o Império de Zar viveu somente porque tinha uma burocracia formidável, vivia somente com organização de funcionários estatais, sem conteúdo ético, sem uma missão de progresso civil que justificara a existência.

O estado da Austria-Hungria é o terceiro exemplo, e possivelmente é o mais educativo, que a história oferece. Estava dividido em raças inimigas entre si, como hoje são inimigas entre si as diversas tendências do Partido Socialista, porém continuava vivendo, alicerçado unitariamente por uma só classe de cidadãos, a casta dos funcionários.

Na política, internacional, o estado dos Borbones, o Império de Zar, o Império dos Habsburgo representavam, todavia toda a população e pretendiam expressar sua vontade e sentimentos.

Também hoje o Partido Socialista, organização de 62.000 funcionários na classe trabalhadora, pretende expressar sua vontade e seus sentimentos.

Está composição do partido Socialista justifica nosso ceticismo sobre o resultado do Congresso de Milão. Somente entre 18.000 membros desinteressados é possível que haja surgido uma discussão política; os outros 62.000 falavam só do ponto de vista de seu emprego ou seu cargo.

Uma cisão à direita porá em perigo a maioria dos conselheiros municipais, uma cisão entre os funcionários sindicais, de cooperativas ou de mutualidades porá em perigo a situação de cada um; os 62.000 são, por tanto, unitários até o fundo, até na extrema vergonha.

Por tanto, acreditávamos estar destinado ao fracasso à intenção de Masffi, Lazzari, Riboldi para uma aproximação com a internacional comunista; Os três podem influenciar somente em 18.000 dos 82.000 inscritos no partido Socialista; na melhor das hipóteses poderiam arrancar deste partido 10.000 membros, já a nova cisão não teria nenhuma importância política.

A verdade é que o partido socialista está morto e podre; um partido operário, que de 80.000 membros ,tem 62.000 funcionários, é somente uma excrescência morbosa da coletividade nacional.

O fenômeno é, sem embargo, rico em ensinamentos para os militantes comunistas; se é certo que o Partido Socialista, ainda que morto como consciência política do proletário, segue vivendo como aparato organizativo das grandes massas, ele indica a importância considerável que na civilização moderna tem os “funcionários”.

Para o Partido Comunista, o problema de se converter no partido das grandes massas e, por conseguinte, partido do governo revolucionário, não consiste somente em resolver a questão de interpretar fielmente as aspirações populares, significa também resolver a questão de substituir os funcionários contra revolucionários por funcionários comunistas; significa por conseqüência, criar um corpo de funcionários comunistas, que sem impedimento, a diferença dos socialistas, sejam extremamente disciplinados e subordinados ao Congresso e ao Comitê Central do Partido.

Desta verdade - aparentemente pouco simpática - devemos convencer nossos jovens; a realidade é como é, algo rebelde, e deve ser dominada com os meios adequados, ainda que pareçamos pouco revolucionários e pouco simpáticos.

fonte: Eduardo Loureiro, da lista nacional da Articulação de Esquerda, por emeio


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Nota de Paulo Teixeira sobre o PED

Nota de Paulo Teixeira sobre o PED

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O PED por candidatos - Conheça a opinião do candidato Paulo Teixeira sobre o Processo de Eleições Diretas do PT

O PED é um grande processo de eleições internas do PT, que mobiliza milhares de filiados por todo o país, do maior partido da esquerda brasileira. Além de tudo, o PED é uma oportunidade de mudar o PT, de fazê-lo mais democrático, de ajustá-lo para a esquerda e redefinir rumos, já que é o filiado que decide a direção do nosso partido.

Ainda com a apuração em curso, podemos destacar alguns marcos preliminares deste PED, aguardando o final da apuração para um posicionamento mais abrangente.


PT mostrou força e coragem: força ao mobilizar meio milhão de filiados, coragem ao se expor publicamente em um processo sem igual no Brasil. Desde já saúdo a valorosa militância do PT!

Ao mesmo tempo, o ped que se realiza depois das manifestações de junho e na ante-sala da disputa de 2014 mostrou que o PT precisa aprimorar muito sua organização e sua democracia para acolher novas gerações de militantes e jogar um papel mais decisivo ainda na disputa nacional. A versão predominante de partido tipicamente eleitoral não dá conta dessas dimensões estratégicas. Isso também, esperamos, deve ficar claro. Essa é uma reflexão que todas as correntes precisam fazer, sobre como continuar a transformar nosso partido para que ele possa transformar mais o Brasil.

Nosso movimento Mensagem ao Partido cresceu. Somos a 2ª força nacional. Contribuímos com o debate e vamos contribuir na confecção das diretrizes do 5º Congresso. 

Nossa votação para Presidente e Chapa ao DN da Mensagem ao Partido caminhou junta, expressando uma mesma plataforma e recebendo a confiança de dezenas de milhares de filiados.

Desde já, abraço a nossa militância aguerrida e vigilante, criativa e mobilizadora! Estaremos juntos com a nossa delegação ao 5º Congresso defendendo as teses do Socialismo Democrático e de um Partido que precisa e pode ser democrático no seu estatuto e na sua organização de base e de direção. 

Cumprimento os candidatos a presidente, de forma extensiva a todos que participaram do ped como candidatos e candidatas. Dirijo-me também ao companheiro Rui Falcão, reconhecendo sua eleição para presidente nacional do PT e desejando-lhe um mandato que fortaleça nosso partido.

Estaremos na linha de frente da luta pela reeleição da companheira Dilma e pela conquista de governos estaduais e uma forte bancada no Congresso, estaremos, como sempre, juntos na luta pelo aprofundamento da revolução democrática no Brasil e na América Latina.

Grande abraço aos petistas de todo o Brasil.

Viva o PT!
Paulo Teixeira

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Algumas considerações à NOTA do PT (Paulo Teixeira)

A alegria e o entusiasmo do discurso do PAULO TEIXEIRA dão a tônica de quem está contente com os rumos do partido, em nada se parece com discurso de um candidato de "oposição" ao rolo compressor do ex-campo majoritário eleitoralmente vitorioso neste PED, que revelou e afirmou sim os métodos e as práticas de um "partido tipicamente eleitoral", com seus currais eleitorais, com sua lógica entre patrão (mandatários, dirigentes...) e empregado (assessores, agregados, cabos eleitorais...), manobrismos e fisiologismos correndo soltos à luz do dia do Oiapoque ao Chuí,  

É  meus caros "faz a crítica quem pode, e fica contente quem tem juízo", afinal, se não é isso o que dizer desse trecho do PAULO TEIXEIRA: que afirma a "força (do PT) ao mobilizar meio milhão de filiados, coragem ao se expor publicamente em um processo sem igual no Brasil". Ora PAULO TEIXEIRA tenha dó parceiro, "coragem" em quê?  em cumprir o estatuto que define o PED, como meio para escolha de seus dirigentes, e não ceder a tentação de muitos dirigente e fazer igual ao PSDB? ou seria por escamotear e esvaziar o debate ao não enviar as Teses internas e suas reveladoras diferenças, obstruindo assim o amplo, democrático e participativo DEBATE INTERNO? 

Quanto ao "sem igual no Brasil" te sugerimos visitar nossa história recente e para te ajudar nisso segue abaixo o resumo dos dados do PED de 2009, IGUALZINHO a este quanto aos números que você ALARDEIA, ou seja, "onde vês não vislumbro razão", afinal, se nos detivermos apenas aos números desse PED 2013 nós ENCOLHEMOS em relação ao de 2009, e na melhor das hipóteses ESTAGNAMOS, tanto numa quanto noutra perspectiva esse PED 2013 foi muito ruim, pois ao contrario do que dizes ele foi mais REVELADOR de nossas FRAQUEZAS quanto nossa acentuada (esta)guinada enquanto "partido tipicamente eleitoral", do que nosso PREPARO para enfrentar as "dimensões estratégicas" da tarefa maior de construir o "socialismo petista".

N° Candidato Candidatos a Presidencia Nacional VOTOS Percentual
110  Markus Sokol  4.965 1,05%
120  Iriny Lopes  50.759 10,72%
140  José Eduardo Cardoso  81.372 17,18%
150  Geraldo Magela  58.919 12,44%
180  Ze Eduardo Dutra  274.419 57,93%
190  Serge Goulart  3.241 0,68%
Total votos válidos 473.675 100,00%
Nulos 13.566
Brancos 30.951
Total Votos 518.192


Saudações Petistas!
Marcelo Martins
Militante PT - Pará




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