Tratamento de Lula pode durar até fevereiro

Tratamento de Lula pode durar até fevereiro

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Especialistas ouvidos pelo Grupo Estado estimam que o tratamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve durar até fevereiro de 2012. Se tudo ocorrer como planejado e Lula responder bem à terapia, poderá voltar às suas atividades entre os meses de abril ou maio do próximo ano. Isso significa que poderá participar da campanha para as eleições municipais.

O oncologista Rafael Kaliks, membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e diretor científico do Instituto Oncoguia, explica que há duas possibilidades de tratamento em casos como o do ex-presidente. Pode-se aplicar radioterapia e quimioterapia associadas logo de início ou fazer três ciclos de quimioterapia antes de iniciar o tratamento radioterápico. “Estudos têm mostrado melhores resultados quando você faz três ciclos de quimioterapia e, em seguida, entra com radioterapia associada à quimioterapia. Me parece que é o caso de Lula”, diz.

QUIMIOTERAPIA
Segundo José Guilherme Vartanian, cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital A. C. Camargo, a quimioterapia para câncer de laringe não costuma causar queda de cabelo significativa, mas pode ter outros efeitos colaterais que prejudicam a qualidade de vida, como irritação da mucosa da boca, náusea, diarreia e prejuízos do sistema imunológico, da audição e dos rins.

A radioterapia pode trazer desconfortos ainda piores, como inflamação da pele e do tecido interno da garganta e diminuição na produção de saliva. “É bem provável que, durante um período, o ex-presidente tenha de se alimentar por sonda. Em alguns pacientes ocorre um inchaço na região que prejudica a passagem de ar, e, então, é necessário fazer uma traqueostomia. Mas são coisas temporárias e dependem da sensibilidade do paciente”, explica Kaliks.

INCÔMODOS
Segundo os médicos, algumas alterações, como a perda de paladar e a mudança no tom de voz, podem demorar mais de um ano para desaparecer. “Vai depender muito do quanto Lula vai se dedicar à reabilitação fonoaudiológica”, afirma Vartanian.
 
Durante todo o tratamento, o ex-presidente vai precisar fazer exercícios para reaprender a falar, engolir e evitar engasgos. Lula também precisará de acompanhamento nutricional. Deverá evitar totalmente consumo de álcool e cigarro e dar preferência a alimentos pastosos, com pouco sal e gordura, mas ricos em fibras e vitaminas. 

(São Paulo/AE)


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O perfeito imbecil politicamente incorreto

O perfeito imbecil politicamente incorreto

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Por Cynara Menezes (31/10/11)

Em 1996, três jornalistas –entre eles o filho do Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, Álvaro –lançaram com estardalhaço o “Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano”. Com suas críticas às idéias de esquerda, o livro se tornaria uma espécie de bíblia do pensamento conservador no continente. Vivia-se o auge do deus mercado e a obra tinha como alvo o pensamento de esquerda, o protecionismo econômico e a crença no Estado como agente da justiça social. Quinze anos e duas crises econômicas mundiais depois, vemos quem de fato era o perfeito idiota.

Mas, quem diria, apesar de derrotado pela história, o Manual continua sendo não só a única referência intelectual do conservadorismo latino-americano como gerou filhos. No Brasil, é aquele sujeito que se sente no direito de ir contra as idéias mais progressistas e civilizadas possíveis em nome de uma pretensa independência de opinião que, no fundo, disfarça sua real ideologia e as lacunas em sua formação. Como de fato a obra de Álvaro e companhia marcou época, até como homenagem vamos chamá-los de “perfeitos imbecis politicamente incorretos”. Eles se dividem em três grupos:

1. o “pensador” imbecil politicamente incorreto: ataca líderes LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trânsgeneros) e defende homofóbicos sob o pretexto de salvaguardar a liberdade de expressão. Ataca a política de cotas baseado na idéia que propaga de que não existe racismo no Brasil. Além disso, ações afirmativas seriam “privilégios” que não condizem com uma sociedade em que há “oportunidades iguais para todos”. Defende as posições da Igreja Católica contra a legalização do aborto e ignora as denúncias de pedofilia entre o clero. Adora chamar socialistas de “anacrônicos” e os guerrilheiros que lutaram contra a ditadura de “terroristas”, mas apoia golpes de Estado “constitucionais”. Um torturado? “Apenas um idiota que se deixou apanhar.” Foge do debate de idéias como o diabo da cruz, optando por ridicularizar os adversários com apelidos tolos. Seu mote favorito é o combate à corrupção, mas os corruptos sempre estão do lado oposto ao seu. Prega o voto nulo para ocultar seu direitismo atávico. Em vez de se ocupar em escrever livros elogiando os próprios ídolos, prefere a fórmula dos guias que detonam os ídolos alheios –os de esquerda, claro. Sua principal característica é confundir inteligência com escrever e falar corretamente o português.

2. o comediante imbecil politicamente incorreto: sua visão de humor é a do bullying. Para ele não existe o humor físico de um Charles Chaplin ou Buster Keaton, ou o humor nonsense do Monty Python: o único humor possível é o que ri do próximo. Por “próximo”, leia-se pobres, negros, feios, gays, desdentados, gordos, deficientes mentais, tudo em nome da “liberdade de fazer rir.” Prega que não há limites para o humor, mas é uma falácia. O limite para este tipo de comediante é o bolso: só é admoestado pelos empregadores quando incomoda quem tem dinheiro e pode processá-los. Não é à toa que seus personagens sempre estão no ônibus ou no metrô, nunca num 4X4. Ri do office-boy e da doméstica, jamais do patrão. Iguala a classe política por baixo e não tem nenhum respeito pelas instituições: o Congresso? “Melhor seria atear fogo”. Diz-se defensor da democracia, mas adora repetir a “piada” de que sente saudades da ditadura. Sua principal característica é não ser engraçado.

3. o cidadão imbecil politicamente incorreto: não se sabe se é a causa ou o resultados dos dois anteriores, mas é, sem dúvida, o que dá mais tristeza entre os três. Sua visão de mundo pode ser resumida na frase “primeiro eu”. Não lhe importa a desigualdade social desde que ele esteja bem. O pobre para o cidadão imbecil é, antes de tudo, um incompetente. Portanto, que mal haveria em rir dele? Com a mulher e o negro é a mesma coisa: quem ganha menos é porque não fez por merecer. Gordos e feios, então, era melhor que nem existissem. Hahaha. Considera normal contar piadas racistas, principalmente diante de “amigos” negros, e fazer gozação com os subordinados, porque, afinal, é tudo brincadeira. É radicalmente contra o bolsa-família porque estimula uma “preguiça” que, segundo ele, todo pobre (sobretudo se for nordestino) possui correndo em seu sangue. Também é contrário a qualquer tipo de ação afirmativa: se a pessoa não conseguiu chegar lá, problema dela, não é ele que tem de “pagar o prejuízo”. ua principal característica é não possuir ideias além das que propagam os “pensadores” e os comediantes imbecis politicamente incorretos.

Fonte: Carta Capital


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FORÇA LULA!!!

FORÇA LULA!!!

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Lula tem um tumor na laringe


Globo On-Line

SÃO PAULO. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi diagnosticado com tumor na laringe, segundo boletim médico divulgado na manhã deste sábado pelo Hospital Sírio-Libanês. Lula terá de fazer tratamento com sessões de quimioterapia. A doença foi confirmada após avaliação multidisciplinar.
Ainda segundo boletim, Lula encontra-se bem e deverá realizaro tratamento em caráter ambulatorial. A equipe médica que o acompanha é formada por Roberto Kalil, Paulo Hoff, Artur Katz, luiz Paulo Kowalski, Giberto Castro e Rubens V. de Brito Neto.
Abaixo, íntegra do boletim:

“O ex-Presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva realizou exames no dia de hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tendo sido diagnosticado um tumor localizado de laringe. Após avaliação multidisciplinar, foi definido tratamento inicial com quimioterapia, que será iniciado nos próximos dias. O paciente encontra-se bem e deverá realizar o tratamento em caráter ambulatorial. A equipe médica que assiste o Ex-Presidente é coordenada pelos Profs. Drs. Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff, Artur Katz, Luiz Paulo Kowalski, Gilberto Castro e Rubens V. de Brito Neto”.



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Relatório da OIT destaca perfil de atores envolvidos no trabalho escravo no Brasil

Relatório da OIT destaca perfil de atores envolvidos no trabalho escravo no Brasil

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Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital

Perfil dos Principais Atores Envolvidos no Trabalho Escravo Rural no Brasil é o título do novo relatório apresentado pelo escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil. A partir de entrevistas com trabalhadores, aliciadores (também conhecidos como "gatos”) e empregadores, a pesquisa busca traçar o perfil desses atores para auxiliar na construção de políticas públicas de combate ao trabalho análogo ao de escravo.

As entrevistas com trabalhadores e gatos ocorreram entre outubro de 2006 e julho de 2007 nos estados do Pará, Mato Grosso, Bahia e Goiás. O estudo ressalta que não trabalhou com amostra estatística representativa, e, portanto, não pode fazer generalizações. Entretanto, lembra que os resultados revelaram características importantes sobre os atores envolvidos no trabalho escravo no Brasil.

Para a elaboração do relatório, a OIT entrevistou 121 trabalhadores. Os dados apontam que a maioria apresenta idade média de 31,4 anos e 81% dos entrevistados são negros. A renda média deles é de 1,3 salários mínimos e, em 40,2% dos casos, o trabalhador é o único responsável pela renda da família.
Além disso, a pesquisa constata que 18,3% dos entrevistados são analfabetos e 45% são analfabetos funcionais. Do total, 85% nunca fizeram curso profissional. "A escravidão contemporânea no país é precedida, em alta proporção, pelo trabalho infantil: 92,6% dos trabalhadores entrevistados iniciaram sua vida profissional antes dos 16 anos. A idade média em que começaram a trabalhar é de 11,4 anos”, observa.

O perfil dos aliciadores é parecido. Dos sete "gatos” entrevistados, a maioria é não branca, do sexo masculino, com idade média de 45,8 anos. Assim como os trabalhadores, a maior parte dos aliciadores possui baixa escolaridade. Dos setes entrevistados, dois afirmaram ser analfabetos e nenhum fez curso profissional. "A idade média com que começaram a trabalhar é de 10,7 anos. Todos realizaram trabalho rural não especializado. Trabalham para médios e grandes proprietários, recrutando pequenos grupos de trabalhadores. O âmbito de sua atuação é regional”, revela.

Por outro lado, o perfil dos empregadores é diferente dos dois anteriores. A maioria é homem, branco, com idade média de 47,1 anos e com curso superior completo. Dos 12 entrevistados, dois têm pós-graduação e apenas três não possuem nível superior. "Resumidamente, pode-se concluir que as características dos empregadores entrevistados guardam uma estreita relação com os traços gerais das elites e grupos dominantes no Brasil”, afirma.

Além do perfil dos envolvidos, o relatório ainda analisa as políticas de combate a esse tipo de crime no país. De acordo com a pesquisa, apesar de alguns avanços, o Brasil ainda precisa percorrer "um longo caminho” para a erradicação do trabalho escravo.

O informe destaca a importância de manter e ampliar a fiscalização dos Grupos Especiais de Fiscalização Móveis (GEFM) e de punir os responsáveis pelo crime. Da mesma forma, ressalta a necessidade de realização de campanhas educativas contra o trabalho escravo e de incentivo à formalização das relações de trabalho.

"É necessário também ampliar as ações preventivas do trabalho escravo, tais como programas de qualificação profissional e elevação da escolaridade nas áreas de concentração de trabalhadores escravos; a geração de novos postos de trabalho nos municípios de origem e residência dos trabalhadores; a realização de programas de reforma agrária com apoio à agricultura familiar para que os trabalhadores se tornem menos vulneráveis, criando efetivamente alternativas para seu sustento e de sua família. Considera-se ainda importante manter registros e análises sistemáticas sobre os principais atores envolvidos no problema de forma a aprofundar o conhecimento da questão”, finaliza.

O relatório completo está disponível
em:http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/forced_labour/doc/perfilescravofim_624.pdf


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Estudo científico mostra a verdadeira identidade do cartel banqueiro internacional

Estudo científico mostra a verdadeira identidade do cartel banqueiro internacional

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Carlos A,. Pereyra Mele
Analista Político especialista em Geopolítica Suramericana.
http://licpereyramele.blogspot.com/
Adital



Até o momento, a ideia de que um cartel de banqueiros internacionais estava conspirando para controlar o mundo não era mais do que uma teoria conspirativa. No entanto, um estudo realizado por um grupo de cientistas suíços, publicado por New Scientist, revela que, na realidade, existem umas 150 corporações (entre elas muitos bancos de Wall Street) que controlam a maior parte da economia planetária.
Enquanto habitantes de boa parte do planeta se levantam contra o sistema financeiro e os protagonistas da crise, um grupo de cientistas dedicou-se a analisar a rede de companhias e corporações que sustenta o modelo hegemônico. E, mesmo sendo mais ou menos previsível, ou, inclusive, vox populi, não deixaram de surpreender-se quando concluíram que um grupo de 147 companhias controlam basicamente todo o planeta.
Chama a atenção a quantidade de bancos internacionais incluídos na lista, muitos deles diretamente implicados na queda da economia a partir de 2008. Vários desses bancos são assinalados como parte de um cartel internacional de banqueiros que conspira para controlar o planeta.
Uma vez publicado o resultado, o estudo causou polêmica entre distintos círculos. No entanto, parece inegável que o esforço realizado por esse grupo de analistas, convocados pela prestigiada revista New Scientist, representa uma interessante aproximação com vistas a decodificar quem controla a economia global.
Além disso, esse estudo, realizado por um trio de teóricos de sistemas complexos do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, com sede em Zurique, é a primeira afirmação desse tipo, que o mundo é controlado por um pequeno grupo de banqueiros, o que vai além dos argumentos ideológicos e oferece uma metodologia empírica para comprová-lo.
"A realidade é tão complicada que devemos fugir de qualquer dogma, seja o das teorias conspirativas ou o do livre mercado, assegura James Glattfelder, membro da equipe de investigação. Nossa análise está baseada na realidade”.
Identificando a arquitetura global do poder econômico, a análise pode contribuir para torná-lo mais estável. Encontrando os aspectos vulneráveis do sistema, economistas podem sugerir formas de prevenir futuros colapsos que se expandam para toda a economia.
Glattfelder diz que necessitamos regras antimonopólicas mundiais, que, atualmente, só existem em âmbito nacional, para evitar uma conexão muito próxima entre corporações. Uma das soluções propostas pela equipe seria a de cobrar impostos elevados à excessiva conexão entre corporações, para reduzir riscos.
A análise revelou que existem 1.318 grandes companhias que, em muitos casos, partilham, parcialmente, proprietários e que mantêm uma hegemonia sobre a economia global. Em um segundo filtro, fizeram a lista de 147 empresas que, basicamente, controlam o atual sistema financeiro.
Abaixo, a relação das 50 companhias que encabeçam a lista:
1. Barclays plc2. Capital Group Companies Inc
3. FMR Corporation
4. AXA
5. State Street Corporation
6. JP Morgan Chase & Co
7. Legal & General Group plc
8. Vanguard Group Inc
9. UBS AG
10. Merrill Lynch & Co Inc
11. Wellington Management Co LLP
12. Deutsche Bank AG
13. Franklin Resources Inc
14. Credit Suisse Group
15. Walton Enterprises LLC
16. Bank of New York Mellon Corp
17. Natixis
18. Goldman Sachs Group Inc
19. T Rowe Price Group Inc
20. Legg Mason Inc
21. Morgan Stanley
22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
23. Northern Trust Corporation
24. Société Générale
25. Bank of America Corporation
26. Lloyds TSB Group plc
27. Invesco plc
28. Allianz SE 29. TIAA
30. Old Mutual Public Limited Company
31. Aviva plc
32. Schroders plc
33. Dodge & Cox
34. Lehman Brothers Holdings Inc*
35. Sun Life Financial Inc
36. Standard Life plc
37. CNCE
38. Nomura Holdings Inc
39. The Depository Trust Company
40. Massachusetts Mutual Life Insurance
41. ING Groep NV
42. Brandes Investment Partners LP
43. Unicredito Italiano SPA
44. Deposit Insurance Corporation of Japan
45. Vereniging Aegon
46. BNP Paribas
47. Affiliated Managers Group Inc
48. Resona Holdings Inc
49. Capital Group International Inc
50. China Petrochemical Group Company


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Campanha pede retirada, da Lei Geral da Copa, de itens que desrespeitam direitos de consumidores (as)

Campanha pede retirada, da Lei Geral da Copa, de itens que desrespeitam direitos de consumidores (as)

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Camila Queiroz
Jornalista da Adital

Anulação da meia entrada para estudantes e idosos, venda casada, exclusividade no comércio de bebidas e alimentos e anulação do direito de arrependimento da compra. Estes são alguns dos pontos da Lei Geral da Copa que desrespeitam o Código de Defesa do Consumidor (CDC) brasileiro. Para pedir a retirada deles e alteração da Lei, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) lançou a campanha Copa sem direitos não dá jogo, no último dia 3.

A mobilização consiste em sensibilização de parlamentares, senadores, ministros da Justiça e do Esporte e da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, que receberam carta do instituto expondo os problemas da Lei Geral da Copa. Também está no site do Idec mensagem que apoiadores da causa poderão enviar às autoridades brasileiras. A campanha é reforçada no site de relacionamentos Facebook e no microblog Twitter.

Guilherme Varella, advogado do Idec, explica que a Lei Geral da Copa foi criada para garantir à Federação Internacional de Futebol (Fifa) condições de realizar o evento no Brasil, em 2014, mas acaba por desproteger os consumidores. "A lei não dispõe sobre deveres e responsabilidades da Fifa, dando a ela poderes e exclusividade que nenhum ator tem ou pode ter, desrespeitando o Código do Consumidor, colocando-a acima da legislação federal”, disse, alertando que "o consumidor vai ficar refém da Fifa”.

A norma, por exemplo, dá à Fifa a possibilidade de exploração exclusiva de toda cadeia de consumo – venda, oferta, publicidade, transmissão dos jogos; dispõe sobre espaços privados, como estádios, e também sobre o espaço público – o entorno dos estádios e as principais vias de acesso.

A Fifa terá direito de exclusividade comercial até nos espaços públicos, nas proximidades dos estádios, o que prejudica o livre comércio, direito constitucional. "O raio de quilômetros a partir dos estádios vai ser definido pelo Comitê Organizador Local, presidido por Ricardo Teixeira, e já imaginamos o abuso que vai ser”, comenta o advogado.
Outro problema apontado é a venda casada, expressamente proibida no artigo 39 do CDC, porém permitida para a Copa do Mundo de 2014. A Fifa é quem vai determinar, de acordo com a relação do jogo, se venderá o ingresso avulso ou em um pacote.

O Código do Consumidor também garante aos brasileiros o direito de arrependimento de uma compra, no prazo máximo de sete dias, para o caso da Internet, sem multa. No entanto, a Fifa poderá multar o consumidor que se arrepender da compra de um ingresso, em porcentagem que ela mesma determinará.

A federação não respeitará a responsabilidade de reembolso de ingresso e danos causados caso venha a mudar horário, data ou local de jogos. "O torcedor gasta com passagens, hospedagem, tira férias, desmarca compromissos para ver um jogo. A Fifa muda o local e não irá ressarcir o torcedor, quando o CDC dispõe sobre isso”, enfatiza.

Com relação ao impacto da campanha, Guilherme acredita que surtirá efeito na opinião dos parlamentares, devido à pressão que o Idec vem realizando na Câmara dos Deputados. Contudo, é provável que apenas parte dos direitos dos consumidores seja garantida.

"Eles estão focando a discussão nas meias-entradas, transmissão dos jogos e bebidas alcoólicas. Só que há várias questões envolvidas, a respeito do CDC. Pode ser que eles alterem só esses pontos que estão destacando e passem por cima dos outros”, disse, enfatizando que os torcedores têm de participar, mobilizando-se para garantir seus direitos.

A mensagem da campanha, pronta para ser enviada às autoridades brasileiras, está disponível no linkhttp://www.idec.org.br/campanhas/facadiferenca.aspx?idc=28


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REPRESSÃO A GREVE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA‏

REPRESSÃO A GREVE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA‏

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Car@s companheir@s,

Há alguns meses atrás o estado de Rondônia obteve evidência nacional por conta das mobilizações dos trabalhadores das Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, que estão sendo feitas no Rio Madeira.

Agora, há cerca de 40 dias, os professores e estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) encontram-se em greve geral, com maciço apoio da população. O motivo da mobilização: corrupção e desvio de recursos públicos, envolvendo reitor e setores governamentais locais, má gestão e sucateamento generalizado da infra-estrutura física e de recursos humanos da instituição.

Entretanto, a mídia oficial, tanto local quanto nacional, boicota as informações sobre o que está ocorrendo neste momento naquele estado: prisões, perseguições e intensa repressão aos membros do comando de greve. Vejam notícias detalhadas no blog do movimento: http://comandodegreveunir.blogspot.com/ .

Se vocês acham que estamos falando da ditadura militar, leiam abaixo o relato do nosso amigo e companheiro, o antropólogo Ninno Amorim, mestre em Sociologia (UFC), ex-assessor do CRAS de Acaraú-CE (trabalhava com os Tremembé de Telhas e Queimadas), fundador da banda Cocos do Norte, atualmente professor do Departamento de Ciências Sociais da UNIR e integrante do comando de greve.

Circulem mensagens via net, redes sociais e contatos pessoais.
Sejamos nossa própria mídia!
Todo apoio aos professores e estudantes de Rondônia!

Alexandre Gomes
Projeto Historiando
DAM-UFPE
Bacharelado em Museologia



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Indígenas invadem canteiro de obras de Belo Monte

Indígenas invadem canteiro de obras de Belo Monte

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Indígenas invadem canteiro de obras de Belo Monte (Foto: Cesar Roberto Mendes/ABr)
Indígenas, ribeirinhos e pescadores ocupam obras de Belo Monte (Foto: Cesar Roberto Mendes/ABr)

Cerca de 600 pessoas, entre indígenas, ribeirinhos e pescadores, ocuparam o canteiro de obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, na madrugada de hoje (27), segundo informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Os manifestantes pedem o fim do projeto da usina.

A assessoria do Cimi informou que a ocupação do local foi pacífica e que os manifestantes não encontraram resistência da polícia ou dos seguranças do empreendimento. Segundo o conselho, o que motivou a ocupação foi o adiamento do julgamento no Tribunal Regional Federal da 1ª Região sobre o direito dos indígenas de serem ouvidos antes do início das obras.

De acordo com o cacique do povo Kaiapó, Megaron Txucarramãe, outros indígenas da aldeia de Gurupira, em Redenção, estão a caminho do local para aderir ao protesto do grupo. (ABr)

Desde o início desta semana, movimentos organizam ato de repúdio a Belo Monte. A diretora da Organização Não-Governamental Justiça Global, Andressa Caldas, disse que o governo desrespeita e deslegitima o sistema interamericano de Direitos Humanos, depois de a CIDH determinar em abril que o Estado brasileiro suspendesse as obras de Belo Monte.

“O Brasil assumiu, a partir deste ano, uma mudança radical na sua postura histórica de respeito aos tratados internacionais de Direitos Humanos. É uma postura que se assemelha às dos governos antidemocráticos de Trinidad e Tobago (1998) e de Fugimori, (1999), no Peru, que ameaçaram sair do sistema interamericano quando viram seus interesses prejudicados. Fugir do diálogo é lastimável e preocupante para toda a democracia brasileira”, declarou a ativista.

Segundo Andressa, o governo está acuado, porque tem perdido apoio da população da região de Altamira e por ter sofrido um revés na semana passada com o voto favorável de uma das ações públicas contra o projeto Belo Monte.

No dia 17 de outubro, uma das 12 ações públicas impetradas pelo Ministério Público Federal teve voto favorável da desembargadora Selene de Almeida, do Tribunal Regional da 1ª Região. A ação pede a anulação do decreto que permite a construção de Belo Monte e determina a realização de uma consulta prévia no Congresso Nacional para ouvir as comunidades indígenas afetadas pelo empreendimento, como determina o artigo 231 da Constituição Brasileira. O requerimento foi objeto de pedido de vista pelo desembargador Fagundes de Deus.

No município de Altamira, a prefeitura, com o apoio de comerciantes e políticos, escreveu uma carta aberta, na semana passada, para a presidenta Dilma, pedindo a suspensão das obras de Belo Monte.
De acordo com a representante do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Antônia Melo, que mora em Altamira, os efeitos do empreendimento já são sentidos pela população. Segundo ela, o aumento do fluxo migratório tem causado mais violência, elevação do custo de vida, entre outros problemas.

No documento enviado à CIDH, a Missão Permanente do Brasil na OEA disse que o Estado Brasileiro está implementando as medidas de proteção informadas à Comissão e as condicionantes socioambientais impostos à construção da usina. As condicionantes socioambientais dizem respeito a investimentos para a melhoria e o desenvolvimento da população e do meio ambiente na região.

Antônia Melo disse que as condicionantes não saíram do papel. “Deram cesta básica para os indígenas, viaturas para a Guarda Municipal e há uns prédios inacabados por lá. Nada que tenha se convertido em melhoria real para a população”.

O Consórcio Norte Energia S.A informou que existem canteiros de obras e seus acessos estão sendo construídos nos sítio Pimental e Belo Monte. Segundo o consórcio, foram investidos mais de R$ 3 milhões na área de Saúde do município de Altamira e em infraestrutura.

Entre as ações, estão a entrega de ambulâncias, postos de saúde e a construção de uma Unidade Básica de Saúde no Bairro Nova Altamira. O Consórcio informou também que já contratou mais de 3 mil trabalhadores para o empreendimento, boa parte da região de Altamira, e que muitos foram capacitados em cursos desenvolvidos pela Norte Energia. (Agência Brasil)


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Aldo Rebelo é o novo ministro do Esporte - Esperemos que preserve melhor o esporte nacional ... do que ele defende as nossas florestas

Aldo Rebelo é o novo ministro do Esporte - Esperemos que preserve melhor o esporte nacional ... do que ele defende as nossas florestas

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Aldo Rebelo é o novo ministro do Esporte (Foto: Agência Brasil)
Aldo Rebelo foi ministro de Lula e ex-presidente da Câmara (Foto: Agência Brasil)
A Presidência da República acaba de confirmar o deputado Aldo Rebelo como novo ministro do Esporte no lugar de Orlando Silva. A ministra Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, disse que a escolha é definitiva e que o nome de Aldo será publicado no Diário Oficial de amanhã.
Ao se reunir com Aldo Rebelo no Palácio da Alvorada, a presidenta Dilma Rousseff pediu a ele que conduza o ministério com o objetivo de enfrentar “todos os desafios da Copa do Mundo e das Olimpíadas”. Aldo Rebelo disse que à tarde dará entrevista coletiva para falar sobre sua gestão.
Nascido em Alagoas, Aldo está no quinto mandato de deputado federal. Ele foi eleito pelo PCdoB de São Paulo. Jornalista e escritor, Aldo iniciou a atuação política como líder do movimento estudantil e chegou a presidir a União Nacional dos Estudantes (UNE). Ele também é um dos fundadores da União da Juventude Socialista (UJS).
Sua militância o levou a se eleger vereador em São Paulo, primeiro cargo no Legislativo. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2008-2010), Aldo foi presidente da Câmara dos Deputados, ministro de Relações Institucionais e líder do governo na Câmara.
No primeiro semestre deste ano, Aldo Rebelo foi relator do projeto do novo Código Florestal, matéria que dividiu a base governista e chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados. A proposta agora é discutida no Senado.
Aldo é conhecido por sua postura nacionalista. Um dos projetos apresentados por ele é o que prevê a redução de estrangeirismos na língua portuguesa.
Ele assume a vaga de Orlando Silva que deixou o Ministério do Esporte depois de o STF instaurar inquérito para apurar denúncias de desvio de dinheiro em ações da pasta. Há duas semanas, o policial militar João Dias acusou o ex-ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu ao Ministério Público que o investigasse para garantir sua inocência.
O ex-ocupante da pasta e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também é acusado de desviar dinheiro do programa. A ministra Cármen Lúcia determinou que o inquérito que já investiga Agnelo Queiroz no Superior Tribunal de Justiça (STJ) fosse levado ao STF para que ela avaliasse se o processo deve correr em conjunto com o de Orlando Silva. De acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, há uma “relação intensa” entre os casos. Com a saída de Orlando Silva do ministério, o inquérito passa a ser conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). (ABr)


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Seduc-PA: Professores e professoras , a greve continua !

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Se a tucanalha  pensa que irá enrolar o MEC, a sociedade e a categoria está muito enganado !
 
A greve continua Jatene a culpa é tua !
 

Por mais uma vez , o governo tucano de Simão Jatene, vira as costas para os profissionais da educação do estado  do  Pará.     Hoje mais de 300 professores da rede publica de ensino , em um ato revolucionário  , ocuparam a SEAD  com frases de protesto contra o descaso  que o atual governo trata a categoria  e a educação em nosso estado.

A luta pelo piso nacional e a implantação do PCCR (plano de cargo ,carreira e remuneração) são as principais reivindicações dos educadores em greve a mais de 30 dias  , que também lutam por reformas nas escolas e eleições diretas para diretores .

Na manifestação de hoje tivemos a presença do deputado estadual  Edilson Moura , que após uma reunião com representante do MEC  afirmou para  todos, que o governo tem recursos para pagar o piso nacional e que o principal problema  é a incompetência e a má  vontade do governo em investir na educação  . Edilson Moura disse  :

“Estive com o Carlos Abicalil, do MEC, e ele me informou que o Governo ainda possui recurso para aplicar na educação. São cerca de R$ 200 milhões que sobram da verba que o Governo Federal já encaminhou para o Estado e não está sendo utilizado”

repostado de: http://ptdemosqueiro.blogspot.com/


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Emir Sader: A nova troca no Ministério - da Carta Maior

Emir Sader: A nova troca no Ministério - da Carta Maior

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Desde a crise de Palocci, ao longo de seis meses, o governo tem sido pautado pela mídia. Dá para fazer a periodização do governo, conforme os casos na berlinda pelas denúncias da mídia.

Agora correspondeu a Orlando Silva. O roteiro é mais ou menos o mesmo, as acusações podem aparentar ter mais ou menos credibilidade, mas o ímpeto e a reiteração são os mesmos, ate’ derrubar o ministro. O método tem se mostrado infalível.

A decisão de substituição de Orlando Silva estava tomada pelo governo na semana passada, não porque desse fé às acusações, mas porque acreditava que ele estava enfraquecido para ser uma peça fundamental na parada dura que o governo encara com o envio do projeto de lei sobre a Copa do Mundo ao Congresso.

O esquema que foi aventado de uma troca que envolvia outro ministério (Cultura) era real, terminou nã funcionando porque a pessoa (Pelé) sondada para substituir Orlando no ministério não aceitou e a questão voltou para o ponto de partida.

Orlando pediu um tempo para rebater as acusações, mas para o governo o que contava era a possibilidade dele retomar condições políticas de conduzir as discussões em torno da Copa do Mundo, a contar pela ida à Câmara ontem. A oposição, com uma ferocidade gorila, totalmente destemperada, tratou de perturbar a discussão em pauta, para buscar demonstrar que qualquer aparição do Orlando seria recebida em função das acusações, impedindo-o de politicamente atuar como o ministro que o governo requer.

Esta acabou sendo a razão da saída do Orlando, anunciada para ser formalizada, não a aceitação das acusações contra ele pelo governo. É como se um jogador estratégico de um clube fosse jogar machucado, sem as melhores condições físicas.

A decisão de manter o ministério com o PC do B por parte do governo requer da parte do novo ministro substituição em vários cargos de pessoas envolvidas nas acusações e abandono da utilização de ONGs para projetos do ministério.

Em geral, no caso de um ministro substituído nessas condições, as acusações desaparecem no dia seguinte na imprensa, mostrando que eles não se interessam por acabar com a corrupção, mas se valem de acusações – mesmo vindas de pessoas notoriamente desqualificadas – para derrubar ministros, seja para enfraquecer o governo, seja também para fazer prevalecer seus interesses.

Neste caso, é preciso ver se o quarteto interessado diretamente nas questões centrais do ministerior – Abril, Globo, Fifa, Ricardo Teixeira – vai se acalmar ou acreditará que a permanência do ministério com o mesmo partido, seguirá representando obstáculos a que seus interesses prevaleçam, na medida que o mesmo partido seguiria à frente do ministério.
Postado por Emir Sader

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Em reunião com Orlando, Planalto já discute substituto para Esporte

Em reunião com Orlando, Planalto já discute substituto para Esporte

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Em reunião com Orlando, Planalto já discute substituto para Esporte
BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Orlando Silva, ficou reunido por quase duas horas com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, no Palácio do Planalto, na manhã desta quarta-feira, 26. O Estado apurou que a pauta da reunião é a substituição do ministro por outro nome indicado também pelo PC do B.

Pelas negociações da noite desta terça-feira, 25, Orlando deve mesmo deixar o cargo ainda nesta quarta. 'Depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), Orlando é um ministro que está saindo desde ontem', resumiu ao Estado um assessor da Presidência. A ministra Carmem Lúcia do STF, atendendo o pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, mandou ontem abrir inquérito para investigar Orlando Silva.

Dilma demite. A decisão da direção do PC do B é que Orlando seja demitido pela presidente, para deixar claro que ele não se demitiu e não assume responsabilidade por participação no esquema de desvio de verba pública envolvendo os programas do Ministério do Esporte, principalmente o Segundo Tempo e Pintando a Cidadania.

Desde a tarde desta terça, Carvalho discute com o PC do B o destino de Orlando Silva. O próprio Carvalho admitiu que a presidente Dilma Rousseff acompanha atentamente as denúncias contra Orlando, e manifestou preocupação com a avalanche de acusações. 'O quadro é de observância justa e preocupada', disse Carvalho. Entre os nomes considerados para assumir a pasta estariam o da ex-prefeita de Olinda (PE), a deputada Luciana Santos, e o deputado Aldo Rebelo.

Participaram também da reunião desta manhã, no Planalto, o presidente do PC do B (partido do ministro), Renato Rabelo, e os líderes do partido na Câmara, Osmar Júnior (PI) e no Senado, Inácio Arruda (CE).


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Milionários detêm 38,5% de toda riqueza do mundo

Milionários detêm 38,5% de toda riqueza do mundo

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Os milionários e bilionários são responsáveis por 38,5% (US$ 89 trilhões) de toda a riqueza global (US$ 231 trilhões), apesar de constituírem menos de 1% da população mundial. A constatação parte de um estudo do Credit Suisse, divulgado na quarta-feira (19).

De acordo com o levantamento, houve um aumento da riqueza dos milionários e bilionários entre 2010 e 2011. Isto porque, no ano passado, as pessoas com mais de US$ 1 milhão eram responsáveis por 35,6% de toda riqueza do mundo, com cerca de US$ 69 trilhões. A riqueza total (considerando todas as pessoas adultas) também aumentou neste período (14%), estimulada pelos países emergentes.

Segundo o Credit Suisse, 29,7 milhões de pessoas possuem mais de US$ 1 milhão no mundo atualmente. Já 84.700 de pessoas detém mais do que US$ 50 milhões – a maioria (35.400 pessoas) vive nos Estados Unidos. Ainda de acordo com o estudo, 29 mil pessoas têm mais do que US$ 100 milhões e 2.700 mais do que US$ 500 milhões.

Regiões
O estudo aponta que mais de um terço dos milionários e bilionários do mundo estão nos Estados Unidos (34%), enquanto apenas 7% estão fora de países da América do Norte, Europa e Ásia.

O Japão aparece depois dos EUA, com 11% de todos os milionários do mundo, seguido pela França (9%), Alemanha (6%) e Reino Unido (6%). O Brasil aparece na lista com apenas 1% dos milionários do mundo.

Menos ricos
Segundo o levantamento, 3,1 bilhões de pessoas em todo o mundo (mais de dois terços da população adulta global) possuem riqueza estimada em menos de US$ 10 mil.

Mais de um bilhão de pessoas (cerca de 24% da população adulta) possuem entre US$ 10 mil e US$ 100 mil, enquanto 398 milhões possuem riqueza acima de US$ 100 mil.

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/10/20/milionarios-detem-385-de-toda-riqueza-do-mundo.jhtm





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PARAUAPEBAS: COMISSÃO EM BRASÍLIA LUTA PELO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ

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Uma comitiva de representantes do Movimento Pro Campus da UNIFESSPA, composta pelo professor Leônidas Mendes Filho (SEPLAN), Gutemberg Bezerra Silva (estudante de Agronomia/UFRA), Rebeca Valquíria (estudante de Geografia/UFPA) e Geilson Costa Sousa (estudante secundarista – Grêmio do Marluce Massariol), estiveram peregrinando no Congresso Nacional em Brasília, nestas terça (18) e quarta (19) feiras, em busca de apoio para o projeto de implantação do campus da UNIFESSPA em Parauapebas.

A peregrinação foi parte da luta da população de Parauapebas para a correção de uma injustiça, vez que, depois de participar de todas as etapas de elaboração do “projeto de criação e implantação da UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará)”, a cidade se viu preterida quando do anúncio do Projeto Lei (PL 2206/2011) que criou esta nova instituição de ensino superior no estado do Pará, em agosto último.

Para reverter tal situação, de imediato, toda a população parauapebense se mobilizou, sob liderança do movimento estudantil, que organizou passeatas, ocupou a Câmara Municipal, parou as ruas de nossa cidade, em busca de apoio social e político, para que o Ministério da Educação revisse sua decisão, conseguindo, inclusive, a realização de audiência pública, requerida pela vereadora Francis Resende (PMDB), e que contou com as presenças dos deputados federais Cláudio Puty (PT) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB), que assumiram com os estudantes de Parauapebas o compromisso de apresentarem uma emenda aditiva ao projeto da Presidência da República.

A mobilização, desde então, não refluiu; ao contrário, intensificou-se! Nesta semana, mais um passo foi dado em busca do seu objetivo: graças ao empenho conjunto dos deputados Cláudio Puty (PT) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB), e a toda a mobilização estudantil, uma proposta de emenda aditiva ao projeto do Poder Executivo, que contou com o apoio e a adesão de quase toda a bancada paraense, foi apresentada, determinando a implantação de um campus da UNIFESSPA em Parauapebas.

Então, contando com apoio político e material dos citados congressistas, a comitiva do Movimento Pro Campus da UNIFESSPA em Parauapebas foi convidada a vir a Brasília para se reunir com a presidente da Comissão de Educação e Cultura, deputada Fátima Bezerra (PT-RN), o presidente da Comissão de Trabalho e Serviço Público, deputado Silvio Costa (PTB-PE), por onde se inicia a tramitação do projeto lei que cria a UNIFESSPA, com o relator do mesmo, deputado Sebastião Rocha (PDT-AP) e com toda a bancada federal paraense, a fim de sensibilizá-la e conseguir apoio para o dito pleito.

A peregrinação de nossa comitiva se iniciou ainda na terça feira (18), quando, depois de 20 horas de viagem de automóvel de Parauapebas a Brasília, esteve presente na reunião da bancada federal paraense firmando os primeiros contatos com deputados e senadores. Ainda na noite de terça, devido à intervenção do professor Pere Petit (UFPA/Belém) e de Jonatas Moreth (UNE-DF), nossa comitiva foi recebida pelo chefe de gabinete da senadora Ana Rita (PT-ES), da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, senhor Rubens Alves, que, em nome da senadora, firmou apoio a reivindicação de Parauapebas.

Rubens Alves também intermediou uma audiência com o gabinete do deputado Waldenor Pereira (PT-BA), coordenador da bancada de Educação do PT na Câmara dos Deputados, onde a comitiva de Parauapebas foi recebida, já quarta (19), à tarde, pela senhora Lia Sant’ana, que requereu cópia do projeto de criação da UNIFESSPA e protocolou apoio a implantação do campus em nossa cidade, declarando o empenho pessoal do deputado, junto à bancada petista, para tramitação e aprovação da emenda dos deputados Cláudio Puty (PT) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB).

Além destas atividades, ainda durante a manhã da quarta, o deputado Cláudio Puty acompanhou nossa comitiva à reunião com o deputado Silvio Costa, que deixou claro sua intenção de atender ao pleito do deputado paraense quanto à tramitação do projeto na Comissão de Trabalho, onde, garantiu, a emenda aditiva encontrará acolhida e afirmou que “certamente a cidade de Parauapebas, que tem pessoas capazes de viajarem 20 horas, para uma simples reunião, terá seu campus universitário”.

Depois da reunião na Comissão de Trabalho, a comitiva, desta feita, sob condução do deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB), foi reunir-se com o deputado Sebastião Rocha, relator do PL 2206/2011 (que cria a UNIFESSPA), que, ao receber nossos representantes, deixou claro sua intenção de atender ao nosso pleito, mas, nos sugeriu uma conversa com o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que também apresentou emenda para implantação de campus nas cidades de Tucuruí e Redenção, além da própria Parauapebas, no intuito de convencê-lo “a retirar sua proposta, por temer que, em se aumentando muito os custos para a implantação da UNIFESSPA, os três ‘novos’ campus sejam vetados pela presidente”.

Em seguida, devido à interseção do professor Francisco Macedo (UFPA/Marabá), a comitiva dirigiu-se ao gabinete da senadora Marinor Brito (PSOL-PA), onde foi recebido pelos seus assessores Juliano Medeiros e Georgina Tolosa. Estes reafirmaram o total apoio do mandato da senadora paraense à reivindicação de Parauapebas pelo campus da UNIFESSPA e do empenho pessoal da mesma para conseguir, na próxima semana, uma audiência com o ministro Fernando Haddad, na qual mais uma vez pedirá que o MEC reveja sua posição quanto ao nosso campus.

A comitiva ainda teve encontros com os deputados Beto Faro (PT-PA), graças à intervenção do deputado estadual Milton Zimmer (PT-PA), e Lucio Valle (PR-PA), por intermédio do ex-deputado estadual e atual secretário de Agricultura/Marabá Cláudio Almeida (PR), que se encontrava em Brasília; ambos os parlamentares se comprometeram em tentar demover seu par Giovanni Queiroz, neste primeiro momento, para que, como dissera o relator do projeto, não aja risco de vetos.

Ao final da tarde, a ultima e mais importante audiência: a reunião com a deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A comitiva, já contando com o representante da SEMED/Parauapebas, Karpejiane Carvalho, foi acompanhada pelo deputado Claudio Puty, que destacou todo empenho e mobilização de Parauapebas pelo campus da UNIFESSPA e facultou a palavra ao professor Leônidas Mendes Filho, que, em nome dos estudantes, presenteou a parlamentar com uma camisa do Movimento Pro Campus da UNIFESSPA em Parauapebas e expôs todas as etapas de elaboração do Projeto UNIFESSPA, destacando a participação de Parauapebas, através da SEPLAN/PMP, o apoio do prefeito Darci Jose Lermen (PT) e toda história e importância econômica de nossa cidade para nossa região, para o estado do Para e para o Brasil.

A deputada Fátima Bezerra reconheceu a importância de nossa reivindicação, felicitou os estudantes e professores de nossa cidade, destacou “a evidencia do valor que se dá educação em Parauapebas, quando um grupo de pessoas se bate a tamanha distancia, com todos os riscos e percalços de uma viagem de automóvel, para pedir por uma educação publica e de qualidade” e que, “justamente por isso, a comitiva poderia dizer à cidade que ela apoiará o deputado Cláudio Puty para que se consiga o campus da UNIFESSPA de Parauapebas”; e concluiu dizendo que envidará esforços de todo seu mandato e influencia para, desde hoje (ontem), negociar junto ao MEC e à Casa Civil em defesa de “nosso campus”.

A comitiva deixou a Câmara dos Deputados por volta das 20h para descansar. O retorno para Parauapebas será as 6h (horário de Brasília). Para finalizar, o Movimento Pro Campus da UNIFESSPA em Parauapebas gostaria de mais uma vez agradecer ao empenho e apoio dos deputados Cláudio Puty (PT) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB) e à senadora Marinor Brito (PSOL), não apenas pela disposição de nos ajudarem, mas por disponibilizarem todas as suas respectivas assessorias para nos receberem, acompanharem, solicitar reuniões e audiências, além, é claro de apresentarem a emenda aditiva que inclui Parauapebas para receber um campus da UNIFESSPA.

Movimento Pro Campus da UNIFESSPA em Parauapebas

Brasília, 2h50, 20 de outubro de 2011


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Aeroportuários param 48 horas contra privatização dos aeroportos

Aeroportuários param 48 horas contra privatização dos aeroportos

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“Retrocesso neoliberal vai colocar em risco a segurança operacional e do voo”, alerta Sindicato


O Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina) convocou para a meia noite desta quarta-feira (19) uma greve de 48 horas contra a privatização dos aeroportos brasileiros. Os 14 mil aeroportuários do país têm denunciado que o modelo adotado pelo governo federal é “um retrocesso neoliberal inaceitável, uma traição ao interesse público”. “Não somos contra a concessão, contra a captação de recursos para ampliar investimentos, o que não aceitamos é que o Estado perca o controle sobre um setor estratégico para o desenvolvimento. O fato é que o modelo adotado retira da Infraero as atividades fim dos aeroportos: operação, segurança, carga e navegação aéreas, controle de tarifas e manutenção e engenharia especializada”, denunciou Marcelo Tavares, diretor do Sina.

De acordo com Marcelo, ao precarizar os serviços aeroportuários, a privatização vai fragilizar e ampliar a vunerabilidade da segurança operacional e de voo. “Já deu para ver o que aconteceu com a privatização do setor de energia, onde a falta de manutenção está fazendo os bueiros explodirem no Rio de Janeiro e trazendo o apagão para as capitais do país. Sabemos que 98% dos acidentes nos aeroportos acontecem nos pousos e decolagens, por isso são tão importantes os investimentos em infraestrutura de pista e equipamentos, na navegação aérea. São setores que não podem ser sucateados de forma alguma. Por isso 85% dos aeroportos do mundo estão sob controle do Estado, pois nós sabemos como age o interesse privado”, acrescentou.

A paralisação foi aprovada em assembleias de Norte a Sul do país. Mais recentemente em Brasília, no dia 11 de outubro; Guarulhos (17) e Campinas (18), que reafirmaram a determinação dos aeroportuários em barrar o retrocesso privatista.

INEXPERIÊNCIA
“As autoridades responsáveis pelo processo da concessão insistem em entregar atividades aeroportuárias que exigem precisão a quem não tem experiência no assunto. Decidiram que os 38 anos de experiência da Infraero na área podem ser terceirizados e, portanto, precarizados a partir do leilão dos aeroportos”, denuncia o presidente do Sina, Francisco Lemos.

Conforme o Sindicato, “os interessados na concessão estão de olho no poder aquisitivo dos passageiros das classes A e B que circulam nos aeroportos, restando para os das classes C e D – que abandonaram as cansativas viagens de ônibus – a discriminação e até mesmo o retorno às estações rodoviárias”.
Durante a tarde de terça-feira e a manhã desta quarta circularam rumores de que para evitar os protestos contra a privatização, o governo estaria analisando ampliar a estabilidade para cinco anos. “Na verdade, isso é uma proposta indecente, pois só adiaria o tempo de demissão do pessoal”, declarou Marcelo Tavares, sublinhando que a categoria tem um compromisso muito maior do que com o seu próprio emprego, que é o compromisso com o Brasil e o povo brasileiro.


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Grécia: greve total e manifestação gigante

Grécia: greve total e manifestação gigante

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Do esquerda net (19/10/11)

Indústria, comércio e serviços públicos pararam totalmente. Transportes amanheceram paralisados e só voltaram a funcionar para transportar os grevistas para as manifestações. A Grécia amanheceu totalmente paralisada no primeiro dia de greve geral de 48 horas contra o novo pacote de medidas de austeridade que deverá ser votado na quinta-feira pelo Parlamento. Indústria, ensino, bancos, ministérios e serviços públicos estão paralisados, assim como os museus e sítios arqueológicos. Postos de gasolina, farmácias, padarias, comércio estão encerrados. Os advogados, os funcionários das Finanças e Alfândegas continuam em greve até sexta-feira. Os taxistas, protagonistas de muitos protestos, também aderiram à greve. Os controladores aéreos anunciaram que a sua participação na greve será de 12 horas.

Transportes voltaram a funcionar para facilitar acesso às manifestações
Os transportes amanheceram totalmente paralisados. Mas, a partir das 9 horas, por decisão dso grevistas, voltaram a funcionar para facilitar a deslocação dos gregos para as manifestações nas principais cidades. Em Atenas, assim reuniram-se milhares de grevistas que se concentraram em frente ao Parlamento. Segundo a polícia, a manifestação está a reunir 125 mil pessoas, mas os sindicalistas afirmam serem muito mais. Segundo o diário El País, a manifestação já é o maior êxito entre todos os protestos organizados desde o início da asuteridade. Esta é a sexta greve geral realizada este ano. O novo pacote de medidas de austeridade inclui mais cortes de salários e pensões, mais impostos, e também despedimentos de funcionários públicos.


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Ricos gregos tiraram 200 mil milhões de euros do país

Ricos gregos tiraram 200 mil milhões de euros do país

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Do esquerda net (19/10/11)

Gigantesca quantia foi transferida por industriais gregos para bancos suíços, por temerem o regresso do dracma. A denúncia é do Instituto financeiro alemão Roland Berger.
O diário alemão Bild informa na sua edição desta quarta-feira que desde o início da crise financeira ocorreu uma fuga maciça de capitais da Grécia para o exterior, particularmente para os bancos suíços, no valor de 200 mil milhões de euros.
Segundo Markus Kroll, do instituto financeiro Roland Berger, “só nos últimos meses fluíram para o exterior mais de dez mil milhões de euros”.
A instituição alemã afirma que a fuga de capitais se deve ao temor da falência das finanças públicas gregas e da reintrodução do dracma como moeda nacional – se ocorresse a saída do país do Euro – o que inevitavelmente provocaria a perda de valor dos depósitos em euros nas contas bancárias gregas.
As transferências, segundo o jornal, foram em geral feitas através de Chipre, ou aproveitando as sociedades no estrangeiro abertas por capitalistas gregos.


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Greve, instrumento de transformação social

Greve, instrumento de transformação social

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Presidente da CUT critica autoridades públicas que esqueceram seu passado grevista

Por Artur Henrique

A greve é mais que um direito constitucional e um instrumento legítimo para os trabalhadores cobrarem aumentos salariais, proteção e ampliação de direitos e melhoria das condições de vida em geral.

Um movimento grevista também é um dos principais momentos para elevar a consciência crítica da população. É uma oportunidade de as pessoas se enxergarem como conjunto transformador, e por isso guarda em si potencial de catarse política, de passagem para uma experiência ativa de mudança do mundo social.
Compreendido esse potencial, entende-se porque as greves são tão hostilizadas – embora, e propositalmente, jamais de modo a apontar o verdadeiro temor – pelos patrões em geral e todo o sistema hegemônico de que dispõem.
O que não se pode entender ou mesmo aceitar é que administradores públicos das três esferas de governo, especialmente aqueles que têm origem no movimento sindical e nas lutas sociais, tentem desqualificar a greve ou coloquem-se contra o movimento como se defendessem um princípio.
Acompanhamos em greves recentes e bastante disputadas – como a dos professores em 17 estados brasileiros e a dos Correios – manifestações autoritárias e reacionárias que se prestaram à deseducação política e à desmobilização social.
Nem vamos nos deter mais longamente em reações truculentas como a de alguns governadores e prefeitos que permitiram ou talvez até tenham ordenado a repressão policial sobre os trabalhadores, tamanho o absurdo da conduta.
Artur, durante a 13a Plenária Nacional da CUT
Artur, durante a 13a Plenária Nacional da CUT

Porém, não é preciso chegar a tal manifestação antidemocrática para ser igualmente nocivo à organização dos trabalhadores. A ameaça de não negociar com grevistas ou a intenção de negociar separadamente com aqueles que não aderiram à greve é uma tentativa de premiar o medo, a timidez e, principalmente, o individualismo. Ainda que a escolha de participar ou não de uma greve seja um direito legítimo de cada trabalhador e trabalhadora, quando uma autoridade pública acena positivamente para aqueles que optaram pela via solitária, presta desserviço igual à construção da consciência política coletiva e ao sonho de mudar a sociedade.
Quando atitudes como essa partem de companheiros que já foram sindicalistas e que já fizeram greve, deparamo-nos com uma ameaça séria. Claro que não podemos nos deixar levar pela sensação de desalento que tal situação poderia produzir, mas é inevitável um travo de decepção na garganta – sem falar que a conduta desses companheiros serve como justificativa para políticos tradicionalmente avessos às lutas populares.
Devemos lembrar que no Brasil de hoje há ministros e presidentes de estatais que só chegaram lá porque fizeram greves ao longo de suas trajetórias. Esquecer-se disso é jogar contra a proposta de transformação social que tem nos guiado nas últimas décadas. Se queremos construir um novo modelo de desenvolvimento, com ênfase na distribuição de renda, na superação das desigualdades e na afirmação da liberdade, devemos repudiar tal comportamento demonstrado por algumas autoridades públicas nos últimos dias.
Se nosso desejo é que as pessoas que hoje saem da pobreza e começam a ascender socialmente não reproduzam amanhã o mesmo espírito de competição entre iguais do qual já foram e ainda são vítimas, se queremos a solidariedade como princípio e o coletivo como estratégia, nosso caminho é totalmente outro.

Greve não é um objetivo em si
Nada disso quer dizer que a greve seja algo que busquemos como recurso primeiro. Ao contrário. Quando acontece, a greve é resultado de um processo de negociação que fracassou. Em circunstâncias assim, é o último e único recurso de pressão dos trabalhadores, diante da multiplicidade de mecanismos de que dispõem os empregadores – força econômica, domínio dos meios de comunicação e até controle das forças de repressão.
Os mais bem sucedidos processos de negociação, por sua vez, derivam da realização de greves em períodos anteriores que elevaram o grau de consciência política e organizativa de determinados grupos.
Já o fracasso de um processo de negociação não pode ser atribuído a um único ator do processo. Tanto no setor privado quanto no público, os administradores têm entre suas funções básicas a intermediação de conflitos trabalhistas.
Assembleia dos trabalhadores dos Correios em greve
Assembleia dos trabalhadores dos Correios em greve

Justiça do trabalho
Por isso consideramos inadmissível que a Justiça do Trabalho, como alguns de seus mais destacados representantes fizeram por ocasião da greve nos Correios, atribua aos trabalhadores e seus sindicatos a responsabilidade total pelas paralisações.
Aliás, a chegada de um conflito entre capital e trabalho até a Justiça é o pior cenário de um movimento grevista, pois sinaliza o fracasso completo do processo de diálogo.
Ainda sobre a Justiça do Trabalho, é importante destacar – registre-se que isso não ocorreu no caso dos Correios – a prática cada vez mais recorrente de julgar a conveniência ou o caráter abusivo da greve antes mesmo de considerar a justeza das reivindicações.
Já na Justiça comum, desse modo de avaliar os movimentos grevistas derivam-se os interditos proibitórios, que impedem os trabalhadores de se reunir nas proximidades da empresa em momentos de mobilização. Outro absurdo.
Vivemos no Brasil um momento complicado em relação aos processos de negociação coletiva. Há um vácuo legal para o qual já propusemos, para o setor público, a regulamentação da Convenção 151 do OIT – já ratificada pelo Congresso – e a organização por local de trabalho tanto para o setor privado quanto para o público.
Um dos legados dos anos Lula e Dilma deve ser a ampliação da consciência e participação política do povo, jamais o contrário.

No mundo inteiro
Enquanto isso, os indignados de todo o mundo vão às ruas protestar contra o capitalismo, ainda que de forma fragmentada, com bandeiras múltiplas, reivindicando uma nova forma de gerir o planeta. Todos que acampam, levantam bandeiras e batem bumbo querem dizer, se me permitem o uso de uma frase que os estadunidenses criaram, com sua capacidade toda própria adquirida graças ao cinema e à publicidade: “Você não me deixa sonhar, então eu não deixo você dormir”.
O Brasil, que pleiteia, com justiça, uma posição de comando na diplomacia internacional, bem que poderia dizer ao mundo, durante as cerimônias públicas e nas coletivas de imprensa de fóruns mundiais como o próximo G-20, que não há nada comprovadamente mais eficaz contra a crise do que a organização da classe trabalhadora, ao mesmo tempo responsável pela produção e pelo consumo.
Arrisco-me a dizer ainda que a América Latina, a partir de suas experiências contra-hegemônicas, tem todo o direito de propor aos povos do Hemisfério Norte a desobediência ao sistema financeiro, esse que rouba nossos sonhos.


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Desenvolvimento e ciências humanas

Desenvolvimento e ciências humanas

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Por Marcio Pochmann

O Renascentismo Europeu, ao final do século XIV, inaugurou uma nova fase de entendimentos acerca da natureza do homem e do funcionamento do mundo, o que concedeu às ciências humanas um valor estratégico substancial. Por meio de um conjunto filosófico comum e acompanhado do método de aprendizado fundamentado na razão e evidência empírica, as humanidades terminaram por subverter a perspectiva espiritualista predominante até então no mundo medieval.


Com o desafio estabelecido de compreender a realidade em sua totalidade, floresceram as universidades e a pesquisa comprometidas com o papel central de organização, produção e difusão técnico-científico de caráter universal. Concomitantemente às revoluções industriais dos séculos XVIII e XIX, as ciências, sobretudo as aplicadas, foram incorporadas às exigências do padrão de desenvolvimento urbano-industrial. Ou seja, foram incorporadas à vida nas cidades, uma vida constituída pela materialidade do consumismo decorrente da produção de bens e serviços em escala cada vez mais global.

Para isso, a partilha do conhecimento em múltiplas especializações se fez crescente, gerando fragmentação do ensino e pesquisa compatível com os requisitos de maior produtividade técnico-científica exigidos por distintos setores de atividade econômica. A aplicação recorrente do conhecimento técnico-científico à produção material de bens e serviços modernos tornou possível agregar valor ao processo de acumulação de capital e impor progresso material inimaginável às sociedades urbano-industriais.

Entender o mundo e o homem atual é fundamental para a superação do atraso subdesenvolvimentista
A perspectiva de crescente especialização da produção técnico-científica, que até então se encontrava encastelada em contidos centros de pesquisas, possibilitou a emergência de novos laboratórios e investimentos em pesquisa inseridos nos plano de negócios empresariais. Assim, a associação entre diversos centros difusores das ciências humanas – públicos e privados – fortaleceu gradualmente a crença de que a mercantilização do trabalho imaterial deveria atender às exigências do padrão de desenvolvimento urbano-industrial.

Tudo isso, contudo, não deixou de produzir colateralmente o esvaziamento de uma unidade filosófica comum que concedia às ciências humanas o valor estratégico no entendimento totalizante da realidade do mundo e do homem. Certa cegueira situacional passou a acompanhar o desenvolvimento fragmentado das ciências humanas, com inegáveis graus de alienação na produção do conhecimento.

Tanto assim que a partir dos últimos 25 anos do século XX, a produção do conhecimento, anteriormente centrado nas universidades tradicionais, foi sendo substituída pelas chamadas universidades corporativas, responsáveis por funções como a formação de quadros e capacitação permanentes dos trabalhadores nas grandes empresas. Nos dias de hoje, somente as 500 maiores corporações transnacionais respondem por cerca de 4/5 de toda a produção global de investimentos em ciência e tecnologia. Em vários países do mundo, a quantidade de universidades corporativas supera as universidades tradicionais.

A reação radicalizada do sistema universitário tradicional foi o de se comprometer com a maior elevação da produtividade nas ciências, especialmente por meio do aprofundamento das especializações, o que a dispensou de vez de qualquer compromisso com a existência de algum corpo filosófico integrador do entendimento acerca do homem e do mundo. Por conta disso, currículos foram simplificados e esvaziados da identidade comum, enquanto as ciências humanas seguiram aprendizagem desinteressante e descomprometida da referência e aplicação prática na realidade.

No mesmo sentido, as agências públicas de financiamento da pesquisa concentraram-se no fomento setorial e individualizado da produção do conhecimento comprometido fundamentalmente com a perspectiva de elevação da produtividade sistêmica das ciências humanas. Apostaram-se também na competição inter e intrauniversitária movida pelo uso de tecnologias das competências, o que rompeu com a fronteira nacional dos conteúdos curriculares. De caráter cada vez mais internacionalizado, as medidas nacionais de avaliação e monitoramento do ensino e pesquisa subordinam-se à coordenação exógena e descolada dos interesses nacionais. Tanto assim que não tem sido incomum conceder à produção técnico-científica valorização superior com publicação externa e descontextualizada do que aquela comprometida com as exigências da realidade nacional.

Esse modelo internalizado nos países não-desenvolvidos não reduziu o fosso que separa a produção técnico-científica das exigências associadas ao setor produtivo. Da mesma forma, o movimento de internacionalização do parque produtivo tornou mais interessante a importação da tecnologia dominante na mesma medida em que empresas multinacionais realizam concentradamente em suas matrizes os maiores esforços de desenvolvimento da pesquisa em ciência e tecnologia. É isso que faz com que somente 10% dos 11 mil doutores formados anualmente no Brasil possam se estabelecer nos centros de pesquisa vinculados ao setor produtivo, bem ao contrário de outros países.

A recuperação da unidade filosófica comum nas ciências humanas e o seu engajamento no entendimento do mundo e do homem atual constituem peças fundamentais de uma estratégia de superação do atraso subdesenvolvimentista. Do contrário, produção do conhecimento e exigências do padrão de desenvolvimento poderão continuar a andar em sentido distinto.

*Marcio Pochmann é presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), professor licenciado do Instituto de Economia e do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Escreve mensalmente às quintas-feiras.
Fonte: Blog do Luís Nassif


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Brasil gera 2 milhões de empregos formais em 2011

Brasil gera 2 milhões de empregos formais em 2011

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O Brasil gerou 2.079.188 nos primeiros nove meses deste ano - o que significa um acréscimo de 5,78% aos 35.942.910 registrados em dezembro de 2010. O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em setembro mostra a geração de 209.078 novas vagas, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (18), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O número de admissões foi de 1.763.026 e o de desligamentos foi de 1.553.948, ambos os maiores para setembro na série histórica iniciada em 2002.

Desde janeiro de 2003 foram criados 17.463.630 empregos com carteira assinada no Brasil. A formalização do mercado de trabalho é uma tendência observada desde 2003, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME-IBGE) e do Caged, analisados regularmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “Como já destacado nos boletins anteriores, é possível notar que a informalidade vem caindo contínua e significativamente”, informa a mais recente edição do estudo do Ipea, publicado em agosto (Boletim Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise 48 –). No primeiro semestre deste ano, o grau de informalidade era de 35,6% - menor do que os 37,2% do mesmo período de 2010 e que os 39,2% dos primeiros seis meses de 2008.

Setores - Apesar de o resultado total do Caged ter mantido a trajetória de crescimento dos últimos anos, a indústria de transformação sinalizou um menor dinamismo, quando comparado com os resultados médios obtidos de 2003 a 2010. Já o setor Serviços obteve um desempenho bem acima da média para o período. “Tivemos uma queda na geração de empregos na indústria por conta da concorrência dos produtos importados”, afirma o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. 

O aumento do emprego, em setembro, decorreu do desempenho positivo em sete dos oito setores de atividade: Serviços (91.774 vagas, o terceiro melhor resultado para o mês), Indústria de Transformação (66.269), Comércio (42.373), Construção Civil (24.977), Extrativa Mineral (1.831), Administração Pública (1.714) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (1.014). 

Regiões - As informações mostram, ainda, que houve desempenho recorde em cinco estados: Rio de Janeiro (23.903), Sergipe (4.649), Tocantins (1.154), Amapá (952) e Roraima (748). Entre as regiões brasileiras, a Nordeste foi a que registrou o melhor desempenho em setembro, com 89.424 novas vagas geradas. Logo depois estão Sudeste, com 67.107 empregos; Sul, com 29.958; Norte, com 12.377 (o segundo melhor desempenho para o período); e Centro-Oeste, com 10.212.
Salários dos admitidos tiveram aumento real de 6,16%

Nos primeiros seis meses de 2011, os salários médios de admissão revelaram um aumento real de 6,16% em relação ao mesmo período de 2010, passando de R$ 885,36 em 2010, para R$ 939,90 em 2011. 
No recorte por gênero, o aumento real do salário médio obtido pelos homens foi de 7,28%, frente ao aumento de 4,39% para as mulheres. Em consequência, a relação entre o salário real médio feminino versus masculino reduziu de 87,64% em 2010 para 85,28% em 2011, indicando um aumento da diferença dos salários auferidos pelas mulheres frente aos percebidos pelos homens.



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