PT PARAUAPEBAS: A Teoria da Terra Arrasada

PT PARAUAPEBAS: A Teoria da Terra Arrasada

COMPARTILHEM !!!



por LEÔNIDAS MENDES

"Bem farias em te examinares e refletires sobre a ti mesmo."
(Sakyamuni, o Dalai Lama:
líder político religioso tibetano)
               
Dizem que, em se tratando de política, há momentos em que qualquer ação é melhor do que a inércia e que a paralisia é fatal; e, especialmente em momentos de disputa, vácuos políticos e vazios de poder podem botar a perder projetos, sonhos e esperanças, individuais ou coletivos.
                Partindo-se dessa premissa, era de se imaginar que o PT (Partido dos Trabalhadores) de Parauapebas, principalmente depois dos desfavoráveis resultados eleitorais que obteve, tanto no Estado, como em nosso município, encabeçado aqui pelo Governo Cidadão, deflagrasse, ainda que minimamente, alguma reação visível e factível, ante tão memorável derrota.
                Se não capaz de reversão dos desastrosos resultados, pois que impossível o é, talvez premonitórios de novas adversidades. Ou, no mínimo, alguma forma de autocrítica coletiva, como era comum à esquerda política brasileira, noutros tempos não menos adversos.
                Creio eu, ainda que sem a devida fundamentação histórico-científica, que esta prática, no caso, a autocrítica, como pressuposto básico para a correção de práticas políticas e administrativas, bem como para revisão das concepções ideológicas, foi inaugurada, na esquerda política, em nível mundial, à época da ascensão de Nikita Kruschev ao governo da extinta União Soviética, entre as décadas de 1950 e 60.
                Parece-me, que em ocasião do XX Congresso do PCUS (Partido Comunista da União Soviética), em 1956, com fim de “expurgar”, ao menos em tese, os resquícios do chamado “período stalinista” (1927-53), época em a ex-URSS sofreu as mazelas de um governo autoritário, personalista e extremamente violento.
                Houve mesmo quem denominasse o Governo Stálin de “totalitarismo de esquerda”: isto é, uma versão “esquerdo-socialista” do nazifascismo ítalo-alemão dos anos de 1920 e 1930, tendo, com este, muitas semelhanças, inclusive, um nacionalismo militarista e exacerbado, que tentava se justificar pelo ambiente belicista que marcou a primeira metade do século XX.
                Como hoje sabemos, a tal “autocrítica de Kruschev” foi de pouca valia: não só o próprio foi derrubado do poder soviético, em 1964, por um golpe político militar desfechado pelo exercito soviético, garantindo a sobrevivência das stalinistas, como, por conta disso, embora não só, a própria URSS, entrou em colapso e desapareceu, nas passagens dos anos 80 e 90.
                O próprio PT, em nível nacional, tem/tinha esta prática, especialmente, nos momentos que posteriores a derrotas eleitorais, como em 1989 (para Collor), 1994 e 1998 (ambas, para FHC). Aliás, memorável foi, com marcas profundas na história do partido, o II Congresso do PT (Belo Horizonte: 1999), verdadeira reviravolta de teses, práticas e posições!
                Foi neste congresso que as bases político-ideológicas que firmaram o projeto petista de ascensão ao poder, em nível federal, a partir de mudanças em sua política de alianças (abrindo-se, ao centro-direita) e em seu “discurso social” (voltando-se para as classes médias, até hoje recalcitrantes em relação ao petismo).
Deu resultado, como se pode constatar, quando lembramos as vitoriosas campanhas de 2002 e 2006, com Lula (contra José Serra e Geraldo Alckmin, respectivamente) e, agora, em 2010, com Dilma Rousseff, consolidação do projeto petista de governo e hegemonia política, mesmo se considerarmos alguns reveses.
Pois é! Era de se esperar que a derrota na tentativa reeleitoral da governadora Ana Júlia, fortemente influenciada pelos péssimos índices de avaliação (e talvez por conta disso, embora não só por isso) da administração petista, em nosso município, fizesse o partido socorrer-se das lições históricas acima assinaladas.
Era de se imaginar que, em tão grave momento, com reflexos diretos e, até agora ainda imensuráveis para a imagem do partido, e para seu futuro, em nossa cidade, suas lideranças e seus filiados, aquelas mais que estes, tentassem uma autocrítica interna (das praticas partidárias) e externa (do Governo Cidadão).
Desta, partissem à correção de rumos, pelas mesmas vias (interna e externa), buscando um mínimo de unidade partidária e, como conseqüência, uma maior e mais qualificada intervenção no governo municipal, que, ao menos em tese, encabeça, incluindo-se, inclusive, uma reestruturação das relações com a população e com os aliados.
Se não em vista da derrota passada, posto já mesmo pretérita, pelo menos em busca de vitórias futuras, principalmente do futuro próximo que, nesse caso, são as eleições municipais de 2012, para as quais, os mais pessimistas já prevêem antecipado (novo) desastre eleitoral. Talvez pior.
Mas, pasmemo-nos nós, não é isso que vemos! Contrariamente ao famoso ditado que diz que derrotas não possuem “dono(s)”, apenas as vitórias o(s) têm, os petistas de Parauapebas, de todas as matizes, mantêm-se em intestina disputa interna, agora, talvez, a reivindicar os espólios da derrota.
É o que muitos denominam de “teoria da terra arrasada”. Explicando melhor: sabedores ou, pelo menos, crentes da inevitabilidade de novo revés eleitoral em 2012, cada liderança, cada facção agarra-se ao seu quinhão de poder para dele retirar o máximo e o quanto pode; enquanto pode! E o trocadilho é intencional.
E, nesta luta de todos contra todos, nesta espécie de salve-se quem puder em que vem se digladiando o petismo parauapebense, o mais provável é que, da próxima derrota, se ela advier, não sobre nada pra ninguém. Só a autocrítica!


COMPARTILHEM !!!


ESSE RIO É MINHA RUA: Governo Lula conclui as eclusas de Tucuruí e devolve a navegabilidade na região

ESSE RIO É MINHA RUA: Governo Lula conclui as eclusas de Tucuruí e devolve a navegabilidade na região

COMPARTILHEM !!!


Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cruzar, hoje, o canal de seis metros que separa o rio Tocantins do Lago de Tucuruí terá fim uma história de 29 anos de interrupção da navegação na região.

A barragem da maior usina hidrelétrica genuinamente brasileira, que fica no município de Tucuruí, resultou numa barreira de 69 metros de altura em pleno rio, interrompendo a navegação por quase três décadas. A solução era a construção das eclusas. A obra começou em 1981. Resistiu a sete presidentes da República, sofreu várias interrupções, mas hoje será finalmente entregue.

A inauguração vai devolver a navegação à região, que pode se transformar a partir de agora em um importante polo escoador da produção do sul e sudeste paraenses. Na prática, já está liberada a navegação de médias embarcações entre Marabá - região que receberá a Aços Laminados do Pará - e o porto de Vila do Conde, que, ampliado, poderá se tornar num mais movimentados do País, servindo para embarcar minérios e grãos produzidos no Norte do Brasil para a Europa e os Estados Unidos, onde ficam os grandes centros consumidores.

O alvo da eclusa, contudo, são os grandes comboios com chatas e contêineres de até 19 toneladas que exigem profundidade (calado) de até três metros.

O diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infra-estrutura Portuária, Herbert Drumond, diz que em dois anos serão concluídas as obras de derrocagem de 715 mil metros cúbicos de rochas no pedral de São Lourenço, à montante de Marabá.  (Diário do Pará)



COMPARTILHEM !!!


ESCANDALO DA DÉCADA: O SITE WIKILEAKS REVELA TONELADAS DE DOCUMENTOS SECRETOS DA ESPIONAGEM PLANETÁRIA DOS EUA

ESCANDALO DA DÉCADA: O SITE WIKILEAKS REVELA TONELADAS DE DOCUMENTOS SECRETOS DA ESPIONAGEM PLANETÁRIA DOS EUA

COMPARTILHEM !!!


Press Release - Cablegate: Telegramas das embaixadas


Domingo, 28 de novembro de 2010

WIKILEAKS PUBLICA TELEGRAMAS CONFIDENCIAIS DAS EMBAIXADAS AMERICANAS

A partir do dia 28 de novembro de 2010, o WikiLeaks começou a publicar 251.287 telegramas de embaixadas americanas pelo mundo - o maior vazamento de documentos confidenciais da história.

Para a organização, os documentos vão permitir que pessoas de todo o mundo conheçam a fundo como funcionam as atividades americanas no exterior.

Os telegramas, que cobrem desde 1966 até o final de fevereiro de 2010, contêm informações confidenciais enviadas por 274 embaixadas em diversos países e pelo Departamento de Estado em Washington para essas embaixadas.

Do total, 15.652 são classificados como secretos.

"Os telegramas mostram os EUA espionando seus aliados e a ONU; ignorando a corrupção e abusos de direitos humanos em Estados ‘serviçais’; negociando a portas fechadas com Estados supostamente neutros e fazendo lobby em prol das corporações americanas”, diz o porta-voz da organização, Julian Assange.

No caso brasileiro, o WikiLeaks obteve 1.947 documentos enviados pela embaixada em Brasília entre 1989 e 2010. Desses, 54 são classificados como secretos e 409 como confidenciais.

O ano de 2009 foi o recordista em telegramas: foram 348, quase um por dia. Em 2010, foram 59 comunicados de janeiro a fevereiro apenas.

Além deles há 12 do consulado de Recife, 119 do Rio de Janeiro e 778 de São Paulo.

Eles revelam como os diplomatas americanos realmente vêem o Brasil à medida que o país busca reconhecimento internacional – nem sempre com bons olhos – e como a embaixada faz lobby pelos interesses dos EUA, desde petróleo até a venda de equipamentos militares.

Também relatam encontros com autoridades, membros do governo e da oposição, jornalistas e diplomatas de outros países. Revelam como os diplomatas americanos narraram alguns dos acontecimentos políticos e econômicos mais importantes dos últimos sete anos. E como os EUA continuam buscando influenciar a política nacional, mesmo na era Obama, fazendo lobby contra governos vizinhos.

Entre outras coisas, os documentos mostram que os EUA trabalham proximamente com o Brasil em operações de contraterrorismo e que vêem buscando um papel maior em termos de segurança e combate às drogas.

"A publicação desses documentos revela a contradição entre a persona pública dos EUA e o que a potência faz por debaixo dos panos. E também porvam que, se os cidadãos querem que seus governos hajam de acordo com as suas aspirações, devem exigir explicações sobre o que acontece às escondidas".

"Toda criança americana aprende que George Washington, o primeiro presidente dos EUA, não conseguia mentir. Se as administrações atuais seguissem o mesmo princípio, o vazamento de hoje seria apenas um pequeno vexame" diz Julian Assange. "Em vez disso, os EUA têm alertado governos ao redor do mundo - até mesmo os mais corruptos - sobre a publicação de hoje e se armando para a exposição que fatalmente irão enfrentar."

Diferentemente dos outros lançamentos do WikiLeaks, nas quais uma grande quantidade de documentos foi publicada de uma vez, a organização vai lançar os arquivos das embaixadas ao longo das próximas semanas.

"Os telegramas da embaixada vão ser lançados em etapas. Consideramos que o tema é tão importante e o alcance geográfico tão amplo que se publicássemos tudo de uma vez não estaríamos fazendo justiça a esse material”.

"Devemos a quem nos confiou material garantir o tempo necessário para que ele seja noticiado, comentado e discutido amplamente - o que seria impossível se centenas de milhares de documentos fossem publicados de uma só vez".

"Enquanto os documentos mostram cinismo e abuso diplomáticos chocantes, o fato desse material ter vazado prova que existem pessoas boas e corajosas dentro do governo que acreditam em transparência e em uma política exterior mais ética”, afirma Julian. “Essas pessoas estão buscando reformar as instituições para as quais trabalham. O lançamento de hoje mostra que elas também têm poder. Mas é a resposta o mundo a esses documentos que vai determinar se a sua publicação levará a uma mudança".

“Assim, nas próximas semanas vamos poder julgar o clima político em dezenas de países através da maneira como eles respondem. Será que vão se empenhar numa campanha para desviar as atenções ou será que vão fazer uma campanha para mudar a maneira como as coisas são feitas?”

Os telegramas, em números:

No total, são 251.288 documentos, ou 261.276.536 de palavras (sete vezes mais do que nos arquivos secretos sobre o Iraque).

Uma pessoa lendo com atenção levaria 70 anos para ler todos os arquivos.

Os telegramas são de 1966 até o final de fevereiro de 2010 e são provenientes de 274 embaixadas, representações e consulados.

Os principais assuntos são:

Relações internacionais – 145.451 Assuntos internos dos governos – 122.896 Direitos humanos – 55.211 Condições econômicas – 49.044 Terroristas e terrorismo – 28.801 O Conselho de Segurança da ONU – 6.532

O Iraque é o país mais discutido – 15.365 telegramas (desses, 6.677 foram enviados do Iraque)

A embaixada de Ancara, na Turquia, foi a que mais enviou telegramas – 7.918

8.017 telegramas foram enviados pelo Departamento de Estado.

15.652 telegramas são secretos, 101.748 são confidenciais e 133,887 não são classificados.

Telegramas enviados pela embaixada dos EUA em Brasília -
Total: 1.947 54 secretos 409 confidenciais.

Por ano: 1989 - 1 2002 - 1 2003 - 45 2004 - 196 2005 - 306 2006 - 391 2007 - 321 2008 - 279 2009 - 348 2010 - 59

Consulado em Recife - 12 Consulado no Rio de Janeiro - 119 Consulado de São Paulo - 777

Total do Brasil: 2855

Contato (somente para veículos com público superior a 500 mil)

sunshinepress@this.is

fonte:http://cablegate.wikileaks.org/articles/2010/Cablegate-Telegramas-das.html


COMPARTILHEM !!!


ISSO SIM QUE É UMA BOMBA!!! La mayor filtración de la historia deja al descubierto los secretos de la política exterior de EE UU

ISSO SIM QUE É UMA BOMBA!!! La mayor filtración de la historia deja al descubierto los secretos de la política exterior de EE UU

COMPARTILHEM !!!




EL PAÍS (Madri) e outros jornais dos EUA e da Europa desvelam documentos secretos do Departamento de Estado "localizados" pela organizaçção Wikileaks, entre os quais se destacam os esforços diplomáticos dos EUA para bloquear ao Irã, frear a influência de Hugo Chavez na América Latina, as preocupações com o a China.


por VICENTE JIMÉNEZ / ANTONIO CAÑO - Madrid - 28/11/2010

EL PAÍS, en colaboración con otros diarios de Europa y Estados Unidos, revela a partir de hoy el contenido de la mayor filtración de documentos secretos a la que jamás se haya tenido acceso en toda la historia. Se trata de una colección de más de 250.000 mensajes del Departamento de Estado de Estados Unidos, obtenidos por la página digital Wikileaks, en los que se descubren episodios inéditos ocurridos en los puntos más conflictivos del mundo, así como otros muchos sucesos y datos de gran relevancia que desnudan por completo la política exterior norteamericana, sacan a la luz sus mecanismos y sus fuentes, dejan en evidencia sus debilidades y obsesiones, y en conjunto facilitan la comprensión por parte de los ciudadanos de las circunstancias en las que se desarrolla el lado oscuro de las relaciones internacionales.


Estos documentos recogen comentarios e informes elaborados por funcionarios estadounidenses, con un lenguaje muy franco, sobre personalidades de todo mundo, desvelan los contenidos de entrevistas del más alto nivel, descubren desconocidas actividades de espionaje y exponen con detalle las opiniones vertidas y datos aportados por diferentes fuentes en conversaciones con embajadores norteamericanos o personal diplomático de esa nación en numerosos países, incluido España.
Queda en evidencia, por ejemplo, la sospecha norteamericana de que la política rusa está en manos de Vladimir Putin, a quien se juzga como un político de corte autoritario cuyo estilo personal machista le permite conectar perfectamente con Silvio Berlusconi. Del primer ministro italiano se detallan sus "fiestas salvajes" y se expone la desconfianza profunda que despierta en Washington. Tampoco muestra la diplomacia estadounidense un gran aprecio por el presidente francés, Nicolas Sarkozy, a quien se sigue con gran meticulosidad acerca de cualquier movimiento para obstaculizar la política exterior de Estados Unidos.


Los cables prueban la intensa actividad de ese país para bloquear a Irán, el enorme juego que se desarrolla en torno a China, cuyo predominio en Asia se da casi por aceptado, o los esfuerzos por cortejar a países de América Latina para aislar al venezolano Hugo Chávez.
En ocasiones, las expresiones usadas en estos documentos son de tal naturaleza que pueden dinamitar las relaciones de Estados Unidos con algunos de sus principales aliados; en otras, pueden ponerse en riesgo algunos proyectos importantes de su política exterior, como el acercamiento a Rusia o el apoyo de ciertos Gobiernos árabes.
El alcance de estas revelaciones es de tal calibre que, seguramente, se podrá hablar de un antes y un después en lo que respecta a los hábitos diplomáticos. Esta filtración puede acabar con una era de la política exterior: los métodos tradicionales de comunicación y las prácticas empleadas para la consecución de información quedan en entredicho a partir de ahora.
Todos los servicios diplomáticos del mundo, y especialmente de Estados Unidos, donde esta filtración se suma a otras anteriores de menor trascendencia con papeles relativos a Irak y Afganistán, tendrán que replantearse desde este momento su modo de operar y, probablemente, modificar profundamente sus prácticas.


Intensas gestiones
Tratando de anticiparse a ese perjuicio, la Administración de Estados Unidos lleva varios días, desde que supo la existencia de esta fuga de documentos, realizando intensas gestiones ante el Congreso norteamericano y los Gobiernos de gran parte de las naciones ante los que tiene representación diplomática para informarles sobre el previsible contenido de las filtraciones y sus posibles consecuencias. El Departamento de Estado envió a principio de esta semana un informe a los principales comités de la Cámara de Representantes y del Senado previniéndoles sobre la situación.
La propia secretaria de Estado, Hillary Clinton, ha telefoneado en las últimas horas a los Gobiernos de los países más importante afectados por esta fuga de información, entre otros los de China, Alemania, Francia y Arabia Saudí, para alertarles de lo sucedido y ofrecer algunas justificaciones
En Reino Unido, Israel, Italia, Australia y Canadá, entre otros socios de Estados Unidos, portavoces de sus respectivos ministerios de Relaciones Exteriores confirmaron que habían recibido información de parte de los embajadores norteamericanos, aunque no revelaron detalles sobre los datos precisos que habían sido puestos en su conocimiento. No ha habido, sin embargo, comunicación directa entre la Embajada en Madrid y el Gobierno español acerca de este asunto.
El portavoz del Departamento de Estado, P. J. Crowley, ha reconocido que no conoce con exactitud las informaciones que aparecerán en los papeles filtrados, aunque ha adelantado que "estas revelaciones son dañinas para los intereses de Estados Unidos". "Van a crear tensiones entre nuestros diplomáticos y nuestros amigos alrededor del mundo", declaró este fin de semana.
El Departamento de Estado, que ha negociado con uno de los periódicos que hoy publican los cables algunos contenidos particularmente lesivos para sus intereses o peligrosos para ciertas personas, está especialmente preocupado por el daño que esto puede causar en la guerra contra Al Qaeda en algunas regiones en la que la libran de forma encubierta, como Yemen o Pakistán, así como los efectos que puede tener para las difíciles relaciones con otras potencias, como Rusia y China.


Los dos últimos años
Los documentos -251.287 mensajes que cubren un periodo hasta febrero de 2010 y, en su mayor parte, afectan a los dos últimos años- fueron facilitados por WikiLeaks hace varias semanas, además de a EL PAÍS, a los diarios The Guardian, de Reino Unido; The New York Times, de Estados Unidos; Le Monde, de Francia, y al semanario Der Spiegel, de Alemania. Estos medios han trabajado por separado en la valoración y selección del material, y pondrán a disposición de sus lectores aquellas historias que cada uno considere de mayor interés; en algunos casos serán coincidentes, en otros no.
Ese proceso se ha llevado a cabo bajo una exigente condición de no poner en peligro en ningún momento fuentes protegidas de antemano o personas cuya vida podría verse amenazada al desvelarse su identidad. Al mismo tiempo, todos los medios han hecho un esfuerzo supremo por evitar la revelación de episodios que pudieran suponer un riesgo para la seguridad de cualquier país, particularmente de Estados Unidos, el más expuesto por estas revelaciones. Por esa razón, algunos de los documentos que serán puestos a disposición de nuestros lectores a partir de hoy aparecerán parcialmente mutilados.
EL PAÍS no ha estado en el origen de la filtración y, por tanto, desconoce los criterios con los que se ha llevado a cabo la selección del paquete que finalmente ha llegado a manos del diario. Resulta evidente que los papeles analizados no son todos los emitidos en el mundo por el Departamento de Estado en el periodo de tiempo comprendido, pero ignoramos si esos son todos a los que ha tenido acceso WikiLeaks.
Pese a eso, el lector comprobará el valor que en sí mismo encierra el conjunto de documentos facilitados, al margen de que puedan existir otros muchos que aún se desconocen. Se trata de un material que aporta novedades relevantes sobre el manejo de asuntos de gran repercusión mundial, como el programa nuclear de Irán, las tensiones en Oriente Próximo, las guerras de Irak y Afganistán y otros conflictos en Asia y África.


Terrorismo y radicalismo islámico
También se recogen los movimientos entre Estados Unidos y sus aliados para hacer frente al terrorismo y al radicalismo islámico, así como detalles reveladores sobre episodios de tanta trascendencia como el boicot de China a la empresa Google o los negocios conjuntos de Putin y Berlusconi en el sector del petróleo. De especial interés son las pruebas que se aportan sobre el alcance de la corrupción a escala planetaria y las permanentes presiones que se ejercen sobre los diferentes Gobiernos, desde Brasil a Turquía, para favorecer los intereses comerciales o militares de Estados Unidos.
Entre los primeros documentos que hoy se hacen públicos, se descubre el pánico que los planes armamentísticos de Irán, incluido su programa nuclear, despiertan entre los países árabes, hasta el punto de que alguno de sus gobernantes llega a sugerir que es preferible una guerra convencional hoy que un Irán nuclear mañana. Se aprecia la enorme preocupación con la que Estados Unidos observa la evolución de los acontecimientos en Turquía y la estrecha vigilancia a la que se mantiene al primer ministro, Erdogan.
Y, sobre todo, esta primera entrega revela las instrucciones que el Departamento de Estado ha cursado a sus diplomáticos en Naciones Unidas y en algunos países para desarrollar una verdadera labor de espionaje sobre el secretario general de la ONU, sus principales oficinas y sus más delicadas misiones.
Los lectores descubrirán al acceder a las sucesivas crónicas detalles insospechados sobre la personalidad de algunos destacados dirigentes y comprobarán el papel que desempeñan las más íntimas facetas humanas en las relaciones políticas. Eso resulta particularmente evidente en América Latina, donde se dan a conocer juicios de diplomáticos norteamericanos y de muchos de sus interlocutores sobre el carácter, las aficiones y los pecados de las figuras más controvertidas.
Mañana EL PAÍS ofrecerá detalles, por ejemplo, sobre las sospechas que la presidenta de Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, despierta en Washington, hasta el punto de que la Secretaría de Estado llega a solicitar información sobre su estado de salud mental. El mismo día se darán a conocer algunas de las gestiones que la diplomacia norteamericana ha realizado para repatriar a los presos de Guantánamo, así como la intensa actividad en Asia para frenar el peligro que representa Corea del Norte.


Cables controvertidos
Entre los cables con los que ha trabajado este periódic o se encuentran informes extraordinariamente controvertidos, como los mensajes del embajador norteamericano en Trípoli en los que cuenta que el líder libio, Muamar el Gadafi, usa botox y es un verdadero hipocondríaco que hace filmar todos sus exámenes médicos para analizarlos posteriormente con sus doctores, y relatos con meticulosas descripciones del paisaje local, como el que hace un diplomático estadounidense invitado a una boda en Daguestán que sirve para ilustrar el grado de corrupción en la zona.
Hay cables de gran valor histórico, como el que revela la apuesta de la diplomacia norteamericana por el derrocamiento del general panameño Manuel Antonio Noriega o el que detalla ciertos movimientos de Estados Unidos durante el golpe de Estado que destituyó a Manuel Zelaya en Honduras, y cables de enorme interés sobre acontecimientos actuales, como el que precisa la presión ejercida sobre el presidente de Afganistán, Hamid Karzai, para que contenga los abusos de sus allegados y facilite la gobernabilidad del país.
En lo que respecta a España, estos documentos registran el enorme acceso de la Embajada de Estados Unidos a personalidades destacadas del ámbito político y judicial, y su influencia en algunos acontecimientos que han marcado la actualidad de los últimos años. También se descubre el punto de vista que funcionarios estadounidenses tienen de la clase política española, así como el que algunos políticos expresan sobre sus compañeros y adversarios.
En determinados casos, estas revelaciones tienen el estrictamente el valor que tiene la opinión de una persona de posición influyente. En otros casos, se trata de relatos que aportan pistas sobre acontecimientos importantes pero que son narrados por una sola fuente: el servicio diplomático de Estados Unidos. EL PAÍS no ha podido corroborar todos esos relatos y ha prescindido de algunos que ha considerado de dudosa credibilidad. Pero sí ha certificado otros y ha operado de forma responsable con el país objeto de la filtración con la intención de causar el menor daño posible. Entre otras precauciones, se ha decidido aceptar los compromisos a los que The New York Times llegue con el Departamento de Estado para evitar la difusión de determinados documentos.
No todos los papeles obtenidos por Wikileaks han sido utilizados para la elaboración de nuestras informaciones, y solo una parte de ellos serán expuestos públicamente, independientemente de lo que la propia WikiLeaks o los demás medios que han recibido el material decidan hacer. Se han seleccionado tan solo aquellos que consideramos imprescindibles para respaldar la información ofrecida.
Las informaciones han sido preparadas y escritas únicamente por redactores de nuestro periódico atendiendo a nuestras particulares exigencias de rigor y calidad. A lo largo de varios días se irán ofreciendo las crónicas que recogen la sustancia de esos documentos, añadiéndoles el contexto y la valoración requeridos, así como sus posibles reacciones y consecuencias.
Algunas de esas reacciones estarán, seguramente, dirigidas a examinar las causas por las que puede haberse producido una fuga de semejante magnitud. El origen de este problema puede remontarse a los días posteriores al ataque terrorista del 11 de septiembre de 2001, cuando se detectaron unos fallos de coordinación entre los servicios de inteligencia que recomendaron la necesidad de un modelo de comunicación que permitiera a los diferentes responsables de la seguridad compartir datos extraídos por el Departamento de Estado.


Un sistema de Internet del Ejército
Se extendió, por tanto, a partir de esa fecha el uso de un sistema de Internet del Ejército norteamericano denominado SIPRNET, un acrónimo de Secret Internet Protocol Router Network. Todos los cables que se incluyen en esta filtración fueron enviados por ese medio, como se comprueba por la etiqueta que cada uno de ellos lleva en su cabecera, la palabra SIPDIS, que son las siglas para Secret Internet Protocol Distribution.
Al menos 180 embajadas norteamericanas alrededor del mundo utilizan actualmente ese sistema de comunicación, según informes elaborados por el Congreso norteamericano. Aunque se exigen fuertes medidas de seguridad para el uso de ese sistema, como la de mantenerlo abierto únicamente cuando el usuario está frente a la pantalla, la exigencia de cambiar la clave cada cinco meses o la prohibición de utilizar cualquier clase de CD u otro método de copia de contenidos, el número de personas que ahora acceden a la información ha crecido considerablemente.
A ese crecimiento ha ayudado también la necesidad de ampliar el número de personas trabajando en cuestiones de seguridad y, como consecuencia, la del número de personas a la que se da acceso a documentos clasificados. El Departamento de Estado clasifica sus informes en una escala que va del Top Secret al Confidential. En los documentos facilitados a EL PAÍS no hay ninguno clasificado como Top Secret, aunque sí más de 15.000 situados en la escala inferior, Secret.
Según se puede deducir de datos elaborados por la Oficina de Control del Gobierno, perteneciente al Congreso norteamericano, y otros expuestos recientemente por medios de comunicación de ese país, más de tres millones de estadounidenses están autorizados al acceso a ese material Secret. Eso incluye decenas de miles de empleados del Departamento de Estado, funcionarios de la CIA, del FBI, de la DEA, de los servicios de inteligencia de las fuerzas armadas y de otros departamentos implicados en la búsqueda de información. En Estados Unidos funcionan 16 agencias con responsabilidades de espionaje.
Será muy costoso, por tanto, para ese país reparar el daño causado por esta filtración, y llevará años poner en pie un nuevo sistema de comunicación con plenas garantías. Lo más importante, sin embargo, es el valor informativo que esos documentos tienen actualmente. Estamos ante una serie de relatos, sin precedentes en el periodismo español, que servirán para una mejor comprensión de algunos conflictos y de personalidades que afectan determinantemente a nuestra vida y que pueden abrir a nuestros lectores a una nueva interpretación de la realidad que les rodea.



COMPARTILHEM !!!


Martha C. Nussbaum: Ciudadano Robot - No pienso, no protesto

Martha C. Nussbaum: Ciudadano Robot - No pienso, no protesto

COMPARTILHEM !!!


Un mundo de gente rentable

Un ensayo de la filósofa Martha Nussbaum y expertos españoles alertan del peligroso arrinconamiento de las humanidades en favor de una educación mercantilista.

Por Jesús Miguel Marcos no Público.es ¦


Seguro que recuerdan aquel chiste (piada) de un ingeniero, un físico y un informático que se quedan tirados en una autopista. Los dos primeros se enzarzan en una discusión sobre si hay que revisar la correa de distribución o la temperatura del radiador. El informático, mirándoles con cierta incredulidad, concluye con esta pregunta: ¿Y si salimos y volvemos a entrar? Da risa, pero es probable que su sugerencia sea incluso más práctica que la que hubiera ofrecido un filósofo. Por ejemplo: ¿Qué premisas podemos establecer para construir argumentos válidos que nos encaminen a una solución a nuestro problema en la autopista?
“¿Cómo se nos ha ocurrido meter a este en el coche?”, dirían los otros tres, pensando con razón que las elucubraciones del filósofo podían abrir sus mentes, pero de ningún modo iban a arrancar el vehículo.
Que un chiste cuente que lo que no tiene un valor práctico inmediato no tiene valor nos hace reír, pero cuando se hace realidad se puede transformar en la peor broma macabra. Desde hace algunos años, existe la tendencia en los sistemas educativos de todo el mundo de arrinconar las humanidades (Filosofía, Filología, Historia…) en favor de los estudios con una proyección mercantilista.
“Los ciudadanos serán máquinas utilitarias”, adivierte Nussbaum
El reciente Plan Bolonia o la reducción de la carga horaria de Filosofía en la Educación Secundaria son sólo dos ejemplos de un fenómeno que ha sido contestado con ruidosas protestas desde la comunidad académica. “Se están produciendo cambios drásticos en aquello que las sociedades democráticas enseñan a sus jóvenes. Sedientos de dinero, los estados nacionales y sus sistemas de educación están descartando sin advertirlo ciertas aptitudes que son necesarias para mantener viva la democracia”, escribe la filósofa estadounidense Martha C. Nussbaum en Sin fines de lucro (Katz).
Nussbaum, prestigiosa profesora en Harvard y una de las cien intelectuales más relevantes de 2010 según la revista Foreign Policy, ha escrito un libro en el que alerta del peligro de que aparezcan “generaciones enteras de máquinas utilitarias, en lugar de ciudadanos cabales capaces de pensar por sí mismos”.

CIUDADANO ROBOT
No pienso, no protesto

En el año 2001, la compañía de energía Enron entró en bancarrota después de que sus dueños protagonizaran uno de los fraudes empresariales más espectaculares de la historia. Muchos trabajadores sabían lo que estaba pasando, pero ninguno alzó la voz. “La autoridad y la presión de los pares hacían que la gente no protestara, incluso cuando las cosas se pusieron realmente feas. Necesitamos producir gente que se sienta impulsada a ser crítica, tanto para lograr un futuro saludable en la cultura de empresa como, por supuesto, para la política”, responde a Público Nussbaum.
El ciudadano adquiere las herramientas para desempeñar un trabajo, aprende conocimientos de aplicación inmediata y claramente dirigidos a promover el desarrollo económico, pero se deja a un lado la formación de su capacidad intelectual, de pensamiento crítico y de reflexión. “Se están cambiando las premisas de la educación: de un sistema donde se primaba la formación intelectual se está pasando a una enseñanza utilitaria. Estamos viviendo un proceso de conversión de las universidades en un modelo muy impreciso de escuelas laborales”, razona el decano de Filología de la UNED, Antonio Moreno.

CIUDADANO ÚTIL
Produzco, luego existo

Existe un abandono de aquellos conocimientos que no tengan una aplicación mercantil directa. Ahora prima la empleabilidad. No se forma a la persona de forma integral, sino que se persigue una educación que la convierta en sujeto de rendimiento inmediato en el ámbito económico. El ser humano como una pieza más del engranaje de un sistema productivo que requiere de ciudadanos fácilmente intercambiables que no se planteen otros posibles escenarios.
Para Ángeles J. Perona, profesora de Filosofía de la Complutense de Madrid, “esto conduce al adocenamiento del individuo, cierra su vida, su horizonte, e incluso limita mucho los criterios sobre su propia valía. Si haces algo que no tiene rendimiento mercantil, eres una persona excéntrica o un vago. Y hoy en día el criterio para juzgar es sólo ese”.

CIUDADANO NEOLIBERAL
El mundo, un mercado

“Se está cambiando el modelo educativo de forma opaca”, dice Antonio Moreno
El arrinconamiento de las humanidades está directamente relacionado con una concepción neoliberal de la educación: se forma a los individuos en función de las necesidades económicas de un país. “Las universidades pierden una de sus funciones fundamentales, fomentar la conciencia crítica respecto al status quo. Se propicia la integración económica, pero vamos a crear ciudadanos que no cuestionan el modelo económico y social porque no tienen herramientas para hacerlo”, afirma la escritora Marta Sanz.
La universidad y la Educación Secundaria Obligatoria cada vez ofrecen programas más acordes con las necesidades de las empresas. Carlos Fernández Liria, profesor de Filosofía de la Complutense, lo ilustra con un ejemplo: “En una ocasión, un economista vino a dar una charla a la facultad para decir que las empresas necesitaban las humanidades, que los ejecutivos tuvieran cultura general, porque no podían ir a hacer una entrevista a Japón y no saber que hay que descalzarse para entrar en una casa. Eso van a ser las humanidades”.

CIUDADANO INFANTIL
Me quejo, no actúo

Estas tendencias aparecen, precisamente, en lo que se ha llamado la sociedad del conocimiento, un mundo interconectado donde los individuos tienen acceso a un volumen de información inimaginable. Sin embargo, conocer no es sólo saber cifras y datos, sino analizar los contenidos que la persona recibe y devolver algo nuevo y distinto a la sociedad.
“Se está instalando el fenómeno del infantilismo, donde el individuo se cree que tiene acceso a todo, sin trabas, lo que es algo falaz. Cuando no lo consigue aparece el victimismo: la sensación de que se nos debe todo y nos quejamos de forma permanente. En lugar de asumir el papel de sujeto que actúa, somos pasivos, víctimas de un conjunto de factores que sencillamente nos impiden ser niños otra vez”, explica Antonio Moreno.

CIUDADANO INMEDIATO
Logros a golpe de ‘click’

Las nuevas consignas educativas también quieren controlar el tiempo. “Ahora nos piden cronogramas de los programas: el tema 1 en dos semanas, el tema 2 en una semana… Eso impide que yo pueda cambiar el ritmo de mis clases en función de las preguntas de mis alumnos. El tiempo se mecaniza, se instala una sensación de seguimiento de las personas con la excusa de que te preocupas, cuando en realidad lo que haces es ahogarles”, indica Ángeles J. Perona.
Se impone la idea de inmediatez, aumentada por las infinitas posibilidades que ofrece una tecnología cuyo poder no parece tener límites. Para Antonio Moreno, “el deslumbramiento de la tecnología, que aparentemente nos suministra un acceso a toda la información, crea una ficción de interpretación de la realidad y no contempla los intangibles del conocimiento. No son datos, son operaciones que tiene que realizar el sujeto. Y al sujeto hay que ilustrarlo, porque si lo toma de la red son opiniones prestadas, no un análisis propio”.

CIUDADANO AISLADO
El otro no existe

Martha Nussbaum cree que una educación errónea es una de las causas que conducen a sistemas como el totalitarismo. Considera vital que se instruya a las personas desde muy pequeñas en la comprensión y experiencia de los otros. “La incapacidad para entender a los otros como seres humanos plenos fue una parte prominente del nazismo. El psicólogo Robert Jay Lifton hablaba del fenómeno de la disociación: los alemanes de la época eran capaces de tratar con gran humanidad a su familia y a continuación tratar a los judíos como meros objetos”, explica Nussbaum.
“Esto conduce al adocenamiento del individuo”, según Ángeles J. Perona
Los problemas de la actualidad, descontextualizados, aislan al ciudadano, que sin los conocimientos de fondo que aportan las humanidades se vuelve más vulnerable. “Se cercena su curiosidad y se le priva de muchos placeres, como es el disfrute de la cultura. Esta educación tan enfocada a satisfacer las necesidades del mercado incluso atenta contra la posibilidad de ser felices y de ser buenos. Moralmente buenos. Ser mejores personas: más solidarios, más consecuentes, más generosos…”, sostiene Marta Sanz.

CIUDADANO INDEFENSO
Soy lo que quieren que sea

Las posibilidades para el individuo se reducen a una sola variable: el valor de su producción en el mercado. “Se nos impone una noción de producción muy mercantil, muy capitalista. ¿Porque qué se entiende por producción? Un libro de poesía es una producción, algo nuevo y valioso, pero claro, su rentabilidad económica no es tan valiosa”, explica Ángeles J. Perona.
Carlos Fernández Liria cree que “el totalitarismo neocon, que es el que ha impulsado este tipo de educación, va a imponer en la cabeza de la gente que nada que no tiene valor en el mercado tenga valor en sí mismo”. Las personas, por lo tanto, tendrán valor cuando el mercado lo decida.


COMPARTILHEM !!!


Wladimir Pomar: Pequeno Grande Rio

Wladimir Pomar: Pequeno Grande Rio

COMPARTILHEM !!!


Wladimir Pomar

O Rio de Janeiro, apesar de tudo, continua lindo, hospitaleiro, alegre e combativo. A cidade possui alguns dos mais belos cartões postais do mundo. Seu povo, aberto não apenas aos brasileiros de outros estados e cidades, mas também aos estrangeiros dos mais diversos cantos do mundo, mantém sua natureza jovial e culturalmente democrática. Embora seus ritmos musicais apresentem traços nostálgicos, eles são capazes de contagiar de alegria até os mais sisudos. E sua história está cheia de lutas, seja contra o arbítrio dos mandantes, seja por melhores condições de vida.
Isso tudo, apesar do que foi feito, nos últimos cinqüenta anos, desde que o Rio deixou de ser a capital da república, para apequenarem a cidade, liquidarem sua beleza, e tornarem seu povo mal-humorado, triste e conformado. A ditadura militar, em especial, fez tudo a seu alcance para quebrar a espinha dorsal popular e a natureza democrática dos cariocas. Acumularem-se desmandos e situações que a democratização pós-ditadura militar ainda não foi capaz de eliminar.

Foram dezenas de anos sem crescimento econômico e sem geração de empregos. Foram mais de vinte anos de perseguições políticas e culturais. Foi outro tanto de desprezo e de abandono, praticados por diferentes e continuados governos, em relação às camadas pobres da população, em particular às que vivem em favelas.

Tudo isso criou as condições para transformar milhares de jovens (e também crianças) em “soldados” do tráfico de drogas, dos assaltos e roubos, organizados ou desorganizados, do assassinato por encomenda, e de uma série de outras atividades anti-sociais.

No vácuo da ausência do Estado e de políticas e serviços públicos que possibilitassem o mínimo de dignidade para os que viviam em áreas de favelas, estas se transformaram em territórios de poder e governo de bandos criminosos armados e em entrepostos de venda de narcóticos para as classes médias abastadas.

Situação agravada, ainda por cima, com a conivência de policiais e outras autoridades corruptas, com a formação das “polícias mineiras” ou milícias, compostas de policiais, e com a ausência efetiva de oportunidades de trabalho e de perspectivas de futuro.

As tentativas de organização comunitária para reagir a essa situação foram constantemente desorganizadas e eliminadas, seja pelos bandos criminosos, seja pela polícia. A população moradora nas favelas conviveu sempre com o preconceito de grande parte da população não-favelada, para a qual todo favelado era um bandido em potencial, e com o duplo perigo de ser atingida e massacrada. Foram inúmeros os massacres praticados tanto por bandidos, quanto por policiais, de forma independente, ou em conjunto.

A política de ocupação dos territórios das favelas, através das UPP – Unidades de Polícia Pacificadora e da introdução de serviços públicos, tem mostrado que a maioria absoluta dos favelados é formada por trabalhadores, embora grande parte ainda continue desempregada. Além disso, a presença de órgãos do Estado, mesmo mínima, mas com uma atitude diferente da polícia tradicional, criou um ambiente favorável para a vida e a organização comunitária.

Se a economia continuar crescendo e aumentando a oferta de empregos, a atividade do Estado nas favelas contribuir para a formação educacional e profissional de jovens e adultos, e ambas possibilitarem a organização comunitária autônoma, a política de ocupação territorial pode limpar o cenário das contradições sociais, encobertas até então pela presença escancarada do tráfico, e ajudar a superar décadas de descaso e de abandono.

Por outro lado, a política de ocupação dos territórios, precisa estar associada a uma política de apelo à rendição, entrega das armas pelos “soldados” dos bandos armados e ressocialização efetiva dos jovens ganhos pelo tráfico em virtude da ausência de esperança de vida. O que demanda uma reforma profunda do sistema prisional brasileiro.

Contra a “guerra regular de posições”, praticada pelo governo, sem ofertas de rendição e tratamento diferenciado de ressocialização, os “soldados” vão seguir à risca a orientação de seus chefes. Vão travar uma “guerra de guerrilhas”, de caráter terrorista, contra a população civil e contra a polícia, e tendem a lutar até a morte quando não tiverem mais qualquer território onde se recolherem.

Talvez tenha chegado a hora de colocar a política no comando das ações militares, de modo a evitar um banho de sangue de grandes proporções. Não se pode esquecer que a crise atual foi gerada numa fase ainda preliminar da criação das UPP. A maior parte das favelas do Rio ainda não conta com a presença das UPP. Desse modo, sem uma política de atração dos “soldados”, com oferta clara de uma nova perspectiva de vida, teremos a repetição de novas crises, à  medida que a ocupação dos territórios avançar.

A oferta não pode ser apenas prisão ou morte, porque nas condições prisionais brasileiras ambas são quase a mesma coisa. Precisa ser prisão com condições diferentes das atuais, educação, formação profissional e ressocialização. Se isto não for tentado, estaremos apenas trocando os sofás de lugar e será difícil o Rio sair da pequenez em que foi jogado há mais de meio de século, e voltar a ser grande, que é o que merece.


COMPARTILHEM !!!


CARTA DE ANITA PRESTES AO CC DO PcdoB

CARTA DE ANITA PRESTES AO CC DO PcdoB

COMPARTILHEM !!!


Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2010.


Ao Comitê Central do
Partido Comunista do Brasil
(PCdoB)


Dirijo-me à direção do PCdoB para externar minha estranheza e minha indignação com imagem, que está circulando na Internet, da capa de uma publicação intitulada “Gibi do Programa Socialista do PCdoB – O ideal e o caminho”, assinado por Bernardo Joffily.
 Essa publicação apresenta imagens dos meus pais, Luiz Carlos Prestes e Olga Benario Prestes, ladeando a figura de Getúlio Vargas. Também estão colocadas junto a Vargas lideranças revolucionárias como Carlos Lamarca e João Amazonas.  Não posso aceitar que sejam divulgadas, sem nenhuma razão para tal, imagens dos meus pais, dois revolucionários comunistas, junto com o ditador sanguinário Getúlio Vargas, que manteve Luiz Carlos Prestes preso durante nove anos e entregou Olga Benario Prestes à Alemanha nazista para ser assassinada numa câmara de gás.
Espero, portanto, que a direção do PcdoB torne público pronunciamento a respeito e retire de circulação tal publicação, cujo teor contribuirá para a distorção da história do Brasil e, em particular, das lutas revolucionárias em nosso país.
Atenciosamente,
  Anita Leocádia Prestes


COMPARTILHEM !!!


CSR/MS: AS RAZÕES DA DERROTA ELEITORAL E POLÍTICA DO PT NO PARÁ

CSR/MS: AS RAZÕES DA DERROTA ELEITORAL E POLÍTICA DO PT NO PARÁ

COMPARTILHEM !!!



BALANÇO PRELIMINAR DAS ELEIÇÕES 2010


Ao apresentarmos este texto não temos a intenção de sermos os donos da verdade, mas sim contribuir com as considerações que entendemos foram decisivas para nossa derrota. Para iniciar, temos que avaliar a condução do nosso governo, que foi o grande “cabo eleitoral” na campanha, para o bem e para o mal. A síntese do nosso balanço é que o PT foi derrotado eleitoral e politicamente, mesmo levando em consideração o aumento da nossa bancada estadual e federal.

BALANÇO DO NOSSO GOVERNO
Sem duvida nenhuma, nosso governo desenvolveu políticas que beneficiaram milhares de pessoas mais pobres do estado. Nunca, um governo estadual, e um governante esteve tão presente nos municípios do estado, levando desenvolvimento, obras, equipamentos e descentralizando a gestão.
Avançamos na política para a juventude, principalmente através do programa bolsa-trabalho, onde mais de 70 mil jovens foram beneficiados. Tiramos da gaveta o projeto ação metrópole, e outros projetos engavetados há décadas pelos governos tucanos anteriores, além de criamos um dos maiores projetos de inclusão digital do país, o navega Pará.
Por tanto, para o CSR, a manutenção do nosso governo, não era uma prioridade apenas para o PT, era uma necessidade do povo pobre do Pará.
Infelizmente, a condução de um governo com tantas vitórias, foi tragicamente prejudicada pela postura de um seleto grupo de “proprietários do governo”, que se transformaram posteriormente no “comando real” da campanha.

Que posturas, destruíram nosso governo:
·         Faltou um norte claro e estratégico que conduzisse o projeto de governo;
·         O governo não tinha centralidade, cada um fazia o que queria, considerando que o que estava fazendo era o melhor pra todos;
·         Devido a falta de norte político, o governo não fez a luta política clara e permanente contra o PSDB, quando tínhamos a possibilidade de destruí-lo quando estava fraco;
·         Aliança equivocada a direita, só beneficiou os tais “aliados”, que na verdade nunca se comprometeram com o governo e sim com as benesses que este lhe dava. Exemplos dos aliados traíras: Wlad, Orlando Reis, Josué Bengtson, Tião Miranda, Juvenil, Alessandro Novelino, entre outras perolas;
·         Se era pra se aliar com o PMDB, que buscasse construir a ponte para garantir a reeleição, ao contrário priorizou outras alianças com partidos inexpressivos;
·         A participação popular (PTP), foi um mero instrumento eleitoral, e não um organizador do povo;
·         O núcleo de governo ficou conhecido por não cumprir acordos, e pela forma atrapalhada como conduziu a relação com as forças políticas do PT;
·         A comunicação do governo era fraca e despolitizada;
·         E finalmente, o PT não era chamado para ser um parceiro das decisões estratégicas sobre a condução do governo;

AS RAZÕES DA DERROTA ELEITORAL
Perdemos a eleição por que não conseguimos reverter os erros de condução do governo descritos acima.
Os erros de governo agregaram uma rejeição altíssima a governadora Ana Julia, chegando algumas vezes a 70% do eleitorado da região metropolitana. Encerramos a eleição girando em torno de 40% de rejeição.
Os iluminados do núcleo dirigente da campanha, acreditavam que o programa de TV mudaria esta rejeição e ganharia a eleição.
Infelizmente, a condução da comunicação da campanha foi desastrosa, desde o slogan “acelera Pará”, que implicitamente dizia que, o Pará tava parado?, passando pelo azul Priante, e terminando com a postura de “estadista” da Ana Julia diante das câmeras, em contraste com a Ana Julia guerreira, vermelha e de luta, que a militância levava as ruas.
O “comando real” da campanha estava a cargo de pessoas de um pequeno núcleo, arrogante, inexperiente, que atropelava o PT, e que acreditava piamente nos novos “aliados” em detrimento aos dirigentes do partido.
Tudo isso, fruto da falta de um planejamento de campanha, feito pelo partido e núcleo dirigente, de forma unificada e que norteasse durante o processo eleitoral.

AS RAZÕES DA DERROTA POLÍTICA
Esta foi a derrota mais duída.
Estar fora do governo é ruim mas já ficamos fora durante muitos anos e o PT não morreu. A forma como foi a derrota é que nos deixou cabisbaixos.
Saímos da eleição com a derrota de duas grandes expressões políticas do partido, Ana Julia e Paulo Rocha. A perda do governo e a vaga pro Senado, aconteceu de forma pior possível, por que não fez a disputa política, se não vejamos:
·         Enquanto Paulo Rocha era chamado de ficha suja, o Flexa Ribeiro, surfou durante a campanha sem ninguém atacá-lo e mostrar que ele sim e ficha suja até sendo preso e algemado;
·         Jatene abandonou o estado, fez obra só pra rico, e somente depois de muita porrada, conseguimos que o nosso programa de TV mostrasse quem era o Jatene;
·         Na maioria das prefeituras do PT a Ana Julia e o Paulo Rocha perderam;
·         Perdemos pra parte do PSDB, parte do DEM e pra uma candidatura anti-Lula e anti-Dilma;

Fomos derrotados politicamente, quando o “comando real” apostou que a TV mudava tudo e ignorou a militância do PT, chegamos a passar quase uma semana sem material de campanha para municiar nossos  “soldados que estavam na frente de batalha”.
Mas a derrota política pior, foi a aposta equivocada numa política de alianças a direita que primeiro se aliou ao Chefe de quadrilha, Duciomar Costa, e depois, com festa e fogos se aliou ao “ex” assassino de sem-terras, que passou a ser, segundo os defensores desta política,” um dos melhores governadores do Pará”.
A aposta numa coligação de 14 partidos, que não se envolviam na campanha, mas que eram beneficiados pelo “comando real” -em detrimento a militância dos partidos de esquerda- que ao sair do comitê ou do Hangar, iam beijar as mãos dos amarelos. Esta coligação se revelou  um verdadeiro “pastel de vento” .
Uma eleição mexe com a paixão, com o coração, com a emoção. Nesta eleição pela condução equivocada do “comando real”, a militância não se apaixonou, não vibrava nos debates, ia pras caminhadas e a candidata não ia, sem que fossem dadas as devidas explicações.
Sem paixão não tem convencimento, não tem engajamento real.
Cabe também uma critica ao companheiros que compõe o campo Construindo um novo Brasil-CNB, que tendo força partidária, tendo as maiores lideranças do PT, e tendo sido o maior vitorioso nas eleições proporcional, não conseguiram impor um ritmo e uma condução diferente na campanha, esta parcela de culpa, o campo majoritário não pode se eximir.

O FINAL- “PAU QUE NASCE TORTO ATÉ A CINZA É TORTA”
Bem passou a campanha, perdemos, nossa militância cabisbaixa, mas tinha um consolo, restavam dois meses de governo e os militantes que eram DAS, refletiam.... “Bem agora deixa eu ajeitar minha vida, pegar o13o para pagar as dividas (algumas de campanha), e ver o que vou fazer ao ser exonerado em janeiro....”
Nada disso, o “comando real”, se superou, ao invés de demitir os amarelos e traíras que estavam no governo, começou a demitir os nossos militantes, os mesmos que pegaram sol e chuva para garantir a reeleição.
Num dia saia um decreto, no outro a governadora revogava, depois soltava mais outro e revogava alguns, enfim uma atrapalhada só. O governo acabou, como começou tropeçando nas pernas.

FORAM EMBORA OS IMPORTADOS, E AGORA ESTAMOS NÓS.
Bem restou para nós que ficamos no PT, avaliar de forma serena e lúcida os erros e buscar debater qual a melhor estratégia para reconstruir o partido, voltar as lutas sociais, realizar uma forte oposição de massa e institucional a Jatene e Duciomar, fortalecer nossas prefeituras, principalmente onde perdemos as eleições e fortalecer um campo de alianças a esquerda visando 2012.


Vamos ao debate!!

Coordenação estadual do CSR/MS


COMPARTILHEM !!!


Revista

Revista

Seguidores